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Quando a drenagem postural é realizada juntamente com a tapotagem ou as
vibrações os efeitos são muito potencializados.
O tempo de duração da drenagem deve ser por volta de 30 a 40 minutos em
cada sessão.
As contra indicações para a aplicação da drenagem postural são as seguintes:
- Não deve ser aplicada antes de menos de uma hora das refeições;
- Pós operatórios imediatos de cirurgias do crânio;
- Anastomoses esofágicas;
- Hérnia de hiato;
- Utilização de sonda nasogástrica fechada;
- Infarto agudo do miocárdio;
- Arritmias;
- Insuficiência cardíaca congestiva;
- Angina;
- Edema pulmonar;
- Embolia pulmonar;
- Tuberculose ativa;
- Hemoptise;
- Pneumotórax.
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Figura 1 – Fases da drenagem autógena
1.2.1 Descolamento
1.2.2 Coleta
1.2.3 Eliminação
1.3 Tapotagem
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Todas as ondas geradas vão ser propagadas para os pulmões, e irão
promover o deslocamento de todas secreções que estão localizadas nos
brônquios.
A manobra deve executada através do movimento de flexão e extensão
do punho, sem que ocorra qualquer movimento do cotovelo e do ombro, para
esta manobra deve ser utilizado ambas as mãos de forma alternada e em
sequência.
Para a realização desta manobra o fisioterapeuta deve tomar bastante
cuidado principalmente no caso dos pacientes idosos.
Também é necessário um grande cuidado no caso de pacientes pós
operatórios recentes, evitando a aplicação das manobras nos locais muito
próximos ou mesmo na própria incisão cirúrgica.
1.4 ELTGOL
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está apoiado na maca, todas as manobras devem ser executadas durante a
expiração.
1.5 Tosse
Figura 2 - Tosse
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Além do cuidado quanto ao volume de ar inspirado também é necessário
que a força da musculatura expiratória realize uma compressão do ar com a glote
fechada sendo também essencial para a retirada das secreções.
A pressão intratorácica atingida no final do fechamento da glote durante
0,2 segundos em média vai ser suficiente para provocar a geração dos picos de
fluxos expiratórios maiores que 6 litros por segundo.
A manobra da tosse deve ser eficaz para que permita que exista a
drenagem nas primeiras 5 a 6 gerações brônquicas.
A falta de eficiência na tosse, ou seja, quanto a geração de altos fluxos
expiratórios pode ser decorrente de várias causas relacionadas por exemplo com
as mudanças na função neuromuscular até as doenças crônicas que vão
produzir uma grave limitação no fluxo expiratório.
O fisioterapeuta deve auxiliar nos casos onde os pacientes já não são
mais capazes para gerarem um fluxo expiratório de forma tão eficiente, por meio
da execução de uma compressão manual no tórax durante a expulsão da tosse,
esta manobra é chamada de tosse assistida.
Nas patologias pós operatórios do tórax ou do abdome geralmente a tosse
não vai estar tão eficiente nestes pacientes, sendo, portanto, indicado a sua
realização posteriormente a uma analgesia ou ainda através da compressão com
as mãos na região da incisão por meio da utilização de uma pressão com uma
almofada ou travesseiro
É preciso que também seja pedido para que o paciente sempre tussa
quando perceber que está com secreções em suas vias áreas mais proximais.
Apesar da tosse assistida através da compressão na região epigástrica
ser muito utilizada, existem algumas situações em que esta prática deve ser
empregada com mais cuidado como por exemplo:
- Diagnóstico de refluxo gastroesofágico grave;
- Presença de instabilidade da caixa torácica em decorrência da existência
de fraturas, osteoporose ou drenos torácicos.
A expiração forçada é uma técnica que tem como base a realização de uma
modificação ou ainda a facilitação para que a tosse seja produzida.
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Nesta técnica são aliadas as respirações diafragmáticas ao fluxo
expiratório rápido com a glote aberta (huffing) o que vai permitir a existência de
baixas pressões intrapulmonares, além da retirada da secreção das vias aéreas
mais centrais.
Já os pacientes que apresentam uma grande obstrução ao fluxo aéreo, o
deslocamento do ponto de igual pressão pode provocar um colapso distal e
grave limitação ao fluxo expiratório o que vai gerar uma diminuição na efetividade
da expiração forçada e da tosse.
Nestes casos a expiração forçada deve ser executada sempre por meio de altos
volumes pulmonares e através de uma expiração submáxima para evitar que
ocorra o colapso.
Os pacientes que apresentam uma limitação leve ao fluxo aéreo, tanto a
expiração forçada e a tosse precisam ser realizadas através de pequenos
volumes pulmonares, o que vai alterar o ponto de igual pressão para as vias
aéreas mais periféricas, removendo a secreção das vias áreas de menores
calibres.
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2 - EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Respiron Voldyne
Fonte: próprio autor
2.1.1 Indicações
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- Idosos;
- Pós operatório de vários tipos de cirurgias (cardíacas, torácicas e abdominais)
onde as possibilidades de complicações pulmonares são bastante grandes
devido as mudanças na mecânica toracoabdominal além das alterações na
redução da mobilidade.
- Tratamentos clínicos voltados para a expansão pulmonar;
- Quadros de restrição decorrentes da dor ou diminuição significativa na força
muscular, sendo observado por exemplo nos pacientes com paralisia
diafragmática, tetraplégicos entre outros.
2.1.2 Contraindicações
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2.1.4 Orientações para a utilização dos incentivadores respiratórios
14
Pode ser utilizado um objeto na passagem do ar ao longo da inspiração ou
expiração provocando uma resistência suplementar ao fluxo.
Para a geração do fluxo é necessário que exista diferença da pressão entre dois
pontos ou duas regiões (ponto A e ponto B).
Este fluxo vai estar direcionado do ponto de maior pressão para o de menor
pressão.
A resistência corresponde a relação entre a diferença de pressão (gradiente de
pressão) e o fluxo resultante alcançado.
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É praticamente quase que impossível que o paciente realize todos os
exercícios sozinho por isso a grande necessidade do estímulo por parte do
fisioterapeuta.
No incentivo está envolvido um estímulo externo, enquanto a motivação
está relacionada com um objetivo interno do paciente.
Portanto o incentivo vai fazer com que o paciente aceite o estímulo
externo e a motivação vai fazer com que o paciente assuma a provocação para
a realização dos exercícios ao passo que o estímulo vai contribuir na melhora do
desempenho.
A motivação pode ser definida como um fator psicológico que pode ser
tanto consciente como inconsciente que propicia com que o paciente consiga
realizar atividades ou aproximar-se a alguns objetivos.
O incentivador respiratório é considerado como um exercício de forma
voluntária que para garantir a sua efetividade precisa que o paciente aceite e
compreenda a sua importância.
Já nos casos onde os pacientes não são capazes de se adequarem, por
possuírem grandes dificuldades relacionadas com o entendimento e com baixo
nível de consciência, não são indicados a utilização dos incentivadores.
Nestes casos portanto é indicado a terapia com pressão positiva e a breath
stacking visto que são técnicas mais factíveis para serem trabalhadas a
reexpansão pulmonar nos casos de pacientes pouco colaborativos.
2.2 Respiron
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Figura 4 – Respiron
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realizar a oclusão das entradas de ar nas bases dos cilindros, fazendo com que
o fluxo de ar seja dirigido apenas para os cilindros que faltam.
Quanto mais dirigido o fluxo de ar e menor o vazamento controlado, a resposta
visual será da elevação das esferas ficando mais observável.
A sugestão é realizar a oclusão primeiramente nas bases do terceiro cilindro,
para que seja efetuado o direcionamento do fluxo as duas primeiras esferas.
Pode ser realizado também a oclusão das bases do segundo cilindro, fazendo
com que este exercício fique então mais leve existindo neste caso a elevação
apenas da primeira esfera.
Este é um recurso que tem sido utilizado bastante em função da sua
sensibilidade para os fluxos baixos, sendo indicado por exemplo para os
seguintes tipos de pacientes, conforme pode ser visualizado na figura a seguir:
Muito debilitados
Idosos
Crianças
No caso em que o paciente faça a oclusão dos adesivos na base dos dois
cilindros, o paciente vai ter dificuldades quanto a elevação da primeira esfera, o
que pode ser realizado neste caso é a inclinação do equipamento tendo como
objetivo a redução do peso da esfera.
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Mesmo que muitos pacientes tenham várias dificuldades quanto a
realização do exercício precisando até fazer a oclusão e a inclinação para a
elevação da esfera, este exercício vai auxiliar quanto ao emprego da utilização
dos incentivadores respiratórios servindo para estimular o paciente na realização
dos exercícios.
Mesmo que o volume gerado seja pequeno a inspiração voluntária é
fundamental, devendo sempre ser levado em consideração os critérios de
avaliação do fisioterapeuta.
Todas estas modificações vão auxiliar na sensibilização do aparelho ao
fluxo.
Através da melhora do paciente existe a opção de uma manutenção do
exercício com baixo fluxo e o aumento do tempo inspiratório ou a retirada dos
adesivos e a elevação do fluxo e do esforço para o exercício.
A elevação do esforço durante o exercício está envolvida com o
fortalecimento muscular, enquanto os incentivadores respiratórios vão operar
como uma carga alinear, ou seja, dependente do fluxo.
A proposta neste caso para que possa ser elevado a dificuldade é eliminar os
adesivos ao invés de fazer a utilização do anel regulador, visto que o esforço
preciso para fazer a elevação das três esferas e ao mesmo tempo mantê-las com
um fluxo de forma contínua, é necessário que o paciente tenha uma grande força
muscular e não precise de mais carga para o fortalecimento.
Neste caso como não existe valores numéricos precisos com relação ao fluxo ou
a resistência para a elevação das esferas através do emprego ou não dos
adesivos ou do anel regulador, é essencial que o fisioterapeuta realize uma
avaliação de forma bastante detalhada avaliando quais são os exercícios que
podem conduzir a fadiga muscular e ao desconforto do paciente.
A seguir você vai observar algumas sugestões quanto a um trabalho de forma
progressiva com relação aos níveis de intensidade sendo eles:
- Inclinação do equipamento com os dois últimos cilindros ocluídos, elevando a
primeira esfera até que esta esteja sustentada;
- Equipamento na posição normal, com os dois últimos cilindros ocluídos,
elevando a primeira esfera até que esta esteja sustentada;
- Equipamento com o último cilindro ocluído, elevando as duas primeiras esferas
até que estas estejam sustentadas;
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- Equipamento sem adesivos, com o anel regulador no zero, sendo elevado de
uma a três esferas até que estas estejam sustentadas;
- Equipamento com o anel regular no “1” sendo elevado de uma a três esferas;
- Equipamento com o anel regular no “2” sendo elevado de uma a três esferas;
- Equipamento com o anel regular no “3” sendo elevado de uma a três
esferas.
Uma outra possibilidade que pode ser empregada com a utilização do Respiron,
é virar o equipamento de cabeça para baixo, neste caso os objetivos com o
tratamento passam a ser:
- Desinsuflação pulmonar;
- Treinamento da musculatura expiratória;
- Higiene brônquica.
Através da utilização de uma resistência mínima os exercícios por meio do
Respiron invertido são parecidos com a manobra de Huffing.
2.3 Voldyne
Figura 6 - Voldyne
20
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=Coach+pedi%C3%A1trico&tbm=isch&ved=2ahUKEwjT8ev26O3rAh
UCD9QKHc1nBckQ2-
cCegQIABAA&oq=Coach+pedi%C3%A1trico&gs_lcp=CgNpbWcQAzoECCMQJzoECAAQQzoFCAAQsQ
M6AggAOggIABCxAxCDAToHCCMQ6gIQJzoECAAQHjoECAAQEzoICAAQCBAeEBNQ-
0NYl4YBYJOJAWgJcAB4AIABxgKIAdozkgEIMC4yLjIxLjSYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABCsABAQ
&sclient=img&ei=RRhiX5O7IIKe0AbNz5XIDA&bih=694&biw=1517#imgrc=687ffvwC8Gw53M – visualizado
em 19/09/2020.
21
Por meio da oclusão dos orifícios em volta do copo orientador de fluxo, existe a
possibilidade da redução do vazamento controlado e o direcionamento do fluxo
para o cilindro do volume.
Ao realizar a oclusão de forma completa o equipamento vai estar mais sensível,
possibilitando que baixos volumes e volumes sejam capazes de elevarem o
disco, atuando como uma forma de estímulo aos pacientes.
É fundamental a observação que a oclusão dos orifícios para o controle do fluxo,
escala de volume não vão ter valor real para a estimativa.
Porém os valores relativos vão ser sempre os mesmos e quando o paciente
apresenta valores maiores do que os anteriores é um sinal que está ocorrendo
sim uma elevação no volume inspirado.
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3 - INSPIRÔMETROS DE INCENTIVO
3.1 Cliniflo
Figura 8 - Cliniflo
23
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=cliniflo&sxsrf=ALeKk02dBoDo8BptP-
n9gNwS8dNrZqJBsA:1600204914967&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahU – visualizado em
15/09/2020.
24
- Fazer o ajuste na parte posterior do equipamento, conforme o volume de fluxo
escolhido, sendo indicado que o paciente consiga manter um tempo de inalação
ao menos de 5 segundos;
- O bocal deve ser inserido na boca do paciente, a inalação deve ser realizada
lentamente e de forma profunda, deve ser sustentado o indicador amarelo na
parte posterior da rosto feliz entre as setas;
- O paciente deve ser orientado para fazer a inalação o mais profundo possível.
No momento que ele não consegue mais realizar a inspiração, ele deve
segurar a respiração por volta de 5 segundos antes de fazer a expiração.
O paciente deve repetir este procedimento por volta de 5 a 10 vezes a cada hora,
de acordo com a recomendação do seu fisioterapeuta.
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=cliniflo&sxsrf=ALeKk01UTWLftSrUxH1b0y8-
A4zahu8w4A:1600264258981&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjo58_16O3rAhWOJrkGHR
GsA6EQ_AUoAnoECAwQBA&biw=1517&bih=694#imgrc=NfsYEj2JJZk0-M&imgdii=8wiy00IHXaZfeM –
visualizado em 16/09/2020.
3.2 Coach
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- Doenças neuromusculares;
- Doenças da pleura;
- Doenças do parênquima.
Os inspirômetros a volume são considerados como mais fisiológicos, uma vez
que o volume de treinamento é constante até que seja alcançado a capacidade
inspiratória máxima ou então o nível que o fisioterapeuta escolheu para fixar para
o seu paciente.
Esta terapêutica por meio da inspirometria de incentivo vai promover um
aumento da capacidade pulmonar total, possibilitando que os pulmões fiquem
insuflados e ao mesmo tempo vai prevenindo o aparecimento das unidades de
shunt.
A indicação para esta terapia é que seja aplicada com um tempo expiratório
maior que 6 segundos, levando a uma frequência respiratória menor que 12
respirações por minuto.
Existem dois tipos de equipamentos um para o uso pediátrico e o outro para uso
no adulto.
O equipamento de Coach pediátrico é bastante resistente, produzido em acrílico.
A graduação do equipamento é em até 2000 ml de volume, existe uma válvula
unidirecional que não possibilita que ocorra a expiração, possibilitando que esta
terapia seja efetivada de uma forma que pode ser considerada como mais fácil
e mais correta.
O marcador de fluxo fornece uma excelente orientação para o paciente, existe
também a possibilidade de ser anexado o oxigênio a terapia por meio da entrada
na parte posterior do Coach.
O modelo infantil possui vários adesivos infantis para fazer com que a terapia
fique mais agradável para as crianças.
Todos os benefícios encontrados no Coach infantil também estão presentes no
Coach adulto, entretanto existem diferenças quanto a escala uma vez que o
equipamento para o adulto varia de 0 a 4000 ml.
26
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=Coach+pedi%C3%A1trico&tbm=isch&ved=2ahUKEwjT8ev26O3rAh
UCD9QKHc1nBckQ2-
cCegQIABAA&oq=Coach+pedi%C3%A1trico&gs_lcp=CgNpbWcQAzoECCMQJzoECAAQQzoFCAAQsQ
M6AggAOggIABCxAxCDAToHCCMQ6gIQJzoECAAQHjoECAAQEzoICAAQCBAeEBNQ-
0NYl4YBYJOJAWgJcAB4AIABxgKIAdozkgEIMC4yLjIxLjSYAQCgAQGqAQtnd3Mtd2l6LWltZ7ABCsABAQ
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visualizado em 16/09/2020.
3.3 EzPAP
O EzPAP é uma técnica com pressão expiratória positiva que pode ser
empregada para substituir a drenagem postural aliada a percussão e a vibração.
Esta técnica faz uso da expiração contra uma resistência ao fluxo variável,
o que vai auxiliar na estimulação das secreções nas vias por meio do
preenchimento dos segmentos que estão hipoventilados, ventilação colateral e
prevenção do colapso das vias aéreas durante a expiração.
Esta terapia é indicada sempre em conjunto com a tosse dirigida ou com outro
método de eliminação de secreção.
A função neste caso é promover a expansão pulmonar por meio da elevação da
capacidade residual funcional, auxiliando na prevenção e na regresso das
atelectasias.
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Esta terapia é bastante indicada nos casos tanto de prevenção como de reversão
da atelectasia no pós operatório, além de auxiliar bastante na mobilização das
secreções nas vias aéreas.
O emprego da manobra de expiração forçada posteriormente vai proporcionar
com que o paciente consiga gerar um fluxo necessário para que possa ser
retirado o muco das vias aéreas que estavam obstruídas.
O EzPAP utiliza uma pressão positiva ao longo de todo o ciclo respiratório,
quando a pressão cai não vai ser alcançado os níveis abaixo de zero.
A pressão no sistema vai estar diminuída ao longo da inspiração, mas mesmo
assim continua positiva, auxiliando, portanto, quanto a manutenção do efeito da
tala pneumática e a abertura das vias aéreas regressando o colapso das vias.
Ao longo da expiração a pressão positiva fornece a pressão expiratória positiva
para ajudar na tala pneumática nas vias aéreas.
Existem vários hospitais no Brasil que fazem a utilização da respiração por
pressão positiva intermitente (IPPB), tendo como objetivo o tratamento e a
reversão das atelectasias, os dados indicam que o EzPAP é considerado como
melhor alternativa para os pacientes.
Os equipamentos para o IPPB são disparados pelo próprio paciente, o gás é
oferecido quando o equipamento descobre que existe um esforço que está sendo
realizado por ele ou então uma pressão negativa de uma fase inspiratória da
respiração.
A respiração por pressão positiva vai ser desenvolvida pelo próprio paciente, nos
casos em que o fisioterapeuta fizer a utilização do IPPB para o tratamento das
atelectasias é preciso que este procure descobrir a pressão para que possa ser
atingido o volume corrente.
No momento em que a pressão que foi pré fixada é atingida, o equipamento vai
fazer o ciclo e a pressão vai voltar para zero.
A IPPB não vai oferecer uma pressão positiva ao longo da expiração.
Para facilitar o entendimento quanto ao EzPAP e IPPB a seguir será apresentado
um resumo mostrando as suas diferenças entre elas:
No EzPAP a pressão é positiva ao longo da inspiração, na pausa inspiratória e
na expiração e este é um equipamento barato e de utilização muito fácil.
Já no IPPB a pressão é negativa no início da inspiração, o equipamento vai
disparar uma respiração por pressão positiva.
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O IPPB não fornece uma pressão positiva expiratória.
A sua utilização é considerada como bastante complicada além de ser mais cara.
O EzPAP pode ser utilizado entre duas a quatro vezes ao longo do dia, sendo
estipulada por meio da avaliação da resposta do paciente ao tratamento.
Ao longo do agravamento da patologia é indicado que seja feito a diminuição dos
intervalos do tratamento por meio do aumento da duração das sessões de
tratamento.
Uma das possibilidades é a adição da aerossolterapia na sessão de EzPAP por
meio da utilização do nebulizador de mão in line ou então uma dosímetro fixada
à válvula de entrada.
Para o caso dos pacientes que não são tão colaborativos é indicado a utilização
de uma máscara facial ligada ao EzPAP.
O EzPAP é muito empregado nos casos em que o objetivo é realizar a expansão
dos pulmões por meio da elevação da capacidade residual funcional.
A elevação da capacidade residual funcional vai auxiliar para a reversão e a
prevenção das atelectasias.
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- O paciente deve ser orientado para realizar o relaxamento durante a
respiração;
- O fluxo inicial deve ser acertado para 5,1 Lpm no fluxômetro da parede;
- Deve ser inserida a peça correta na boca do paciente e orientar que ele
faça a respiração normalmente contra uma pressão originada da peça;
- A máscara deve ser colocada de forma que fique muito firme, porém de
uma maneira confortável com relação a boca e ao nariz;
- Durante a monitorização da pressão nas vias aéreas, deve ser realizado
o ajuste do fluxômetro para que atua de uma forma lenta até atingir o valor
esperado de pressão positiva expiratória que deve estar entre 10 a 20 cmH 2O;
- A inspiração e a expiração deve ser realizada de forma lenta, sendo que
o paciente precisa manter a pressão de forma adequada ao longo do ciclo
respiratório;
- A respiração deve ser mantida com o EzPAP para que as metas clínicas
possam ser atingidas;
- Deve ser verificado e anotado qualquer alteração na pressão, fluxo na
tolerância do paciente;
3.3.4 Contraindicações
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- Náusea;
- Enfisema.
Esta terapia não é indicada para as crianças com menos de 3 anos de
idade em função da não compreensão da manobra.
3.4 Acapella
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A oscilação causada por este equipamento vai será propagada até a
parede das vias aéreas, tendo como objetivo soltar e mobilizar todas as
secreções auxiliando na expectoração.
A utilização do equipamento pode ser realizada em qualquer posição uma
vez que não é dependente da gravidade.
Esta importante característica acaba facilitando a sua utilização,
especialmente nos casos dos baixos fluxos expiratórios, principalmente nos
seguintes casos:
- Idosos;
- Crianças;
- Pacientes crônicos.
Este equipamento também pode ser utilizado junto com a nebulização o
que vai provocar uma grande melhora nos resultados.
Existem dois tipos de exemplares da Acapella no mercado conforme pode
ser observado na figura a seguir:
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Uso individual – Acapella paciente
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Higiene brônquica
Fibrose cística
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volta de 2 a 3 vezes para que possa expulsar toda a secreção que foi mobilizada
através das manobras, terminado esta atividade deve ser iniciado tudo
novamente;
- Para realizar a nebulização é preciso que esteja conectado a um inalador
ao final da Acapella, o paciente vai realizar a inspiração e manter a sua
respiração por volta de 2 a 3 segundos.
É necessário que o fisioterapeuta explique para o paciente que este deve
fazer a expiração até alcançar a capacidade residual funcional só que de uma
forma bastante leve.
35
4 - MECANISMOS RESPONSÁVEIS PELA OSCILAÇÃO ORAL DE ALTA
FREQUÊNCIA
Figura 14 - Flutter
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=flutter+respiratory+device&sxsrf=ALeKk02UJqfH6idzhX52ofK6iTOm
Yy_Zbw:1600489271254&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwitguuTr_TrAhW1H7kGHWcoC9w
Q_AUoAXoECAwQAw&biw=1366&bih=625#imgrc=tGMZIW5BZDSmNM – visualizado em 19/09/2020.
36
Figura 15 - Shaker
Fonte:
https://www.google.com.br/search?q=incentivadores+respirat%C3%B3rios+&tbm=isch&ved=2ahUKEwjQ8
Pfmh_frAhVhCbkGHRZiBJwQ2-
cCegQIABAA&oq=incentivadores+respirat%C3%B3rios+&gs_lcp=CgNpbWcQAzICCAAyBAgAEB4yBAgA
EB4yBAgAEBgyBAgAEBgyBAgAEBgyBAgAEBgyBAgAEBgyBAgAEBgyBAgAEBg6BAgjECc6BwgjEOoCE
CdQ0p4CWLepAmDXqwJoAXAAeASAAbQBiAHZBpIBAzAuNpgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1nsAEKw
AEB&sclient=img&ei=m_BmX5C3E-GS5OUPlsSR4Ak&bih=625&biw=1349&hl=pt-
BR#imgrc=rmj68w2QwuGa6M – visualizado em 20/09/2020.
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Figura 16 – Parte interna do Flutter
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Existem vários benefícios que são proporcionados por meio da utilização
da oscilação oral de alta frequência entre eles:
- Fluxo expiratório;
- Criação de uma pressão positiva;
- Alteração do fluxo nas vias aéreas;
- Vibração provocando a modificação na viscoelasticidade do muco.
Existem vários fenômenos que estão envolvidos com a remoção do muco
nas vias aéreas, tendo como objetivo a manutenção do equilíbrio entre a
produção e eliminação fazendo parte do mecanismo complexo defesa,
correspondendo a relação entre o batimento dos cílios e o fluxo expiratório por
meio de forças de fricção e inerciais do muco.
O transporte mucociliar é fundamental nas pequenas vias aéreas, sendo
que a sua ação está reduzida nas vias aéreas centrais.
Nesta região existe a elevação da participação dos componentes de fluxo
expiratório para a remoção do muco.
Entre os movimentos de inspiração e expiração existe uma desproporção
no calibre das vias aéreas.
Existe uma tendência quanto a elevação do diâmetro ao longo da
inspiração (tração radial) provocando a diminuição da resistência enquanto na
expiração vai ocorrer o estreitamento, fazendo com que aumente a interação na
interface gás – líquido.
O transporte mucociliar também vai sofrer a influência dos princípios
dinâmicos entre eles o de igual pressão, visto que os pontos de compressão da
via aérea, vão provocar o estreitamento do seu diâmetro, elevando a velocidade
linear do gás.
O fluxo está relacionado com o volume de ar que percorreu por uma via
aérea em um determinado período, enquanto a velocidade corresponde ao
espaço que o ar atravessou em um certo período de tempo.
Na mesma via área o fluxo vai ser o mesmo tanto no início como também
no final de uma região.
No caso de existir uma certa compressão, o fluxo ainda vai ser o mesmo,
porém o gás vai necessitar sofrer uma aceleração para que seja mantido o
mesmo fluxo, visto que existe um menor espaço para que possa ser percorrida
a mesma quantidade do gás, a velocidade será maior neste ponto.
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Esta é uma questão que é considerada como essencial nas regiões onde
o fluxo tem uma função primordial, este episódio vai elevar o transporte de muco.
O estreitamento vai auxiliar neste caso, porém o colapso da via aérea é
considerado como prejudicial para esta questão, visto que vai interromper o fluxo
expiratório levando a um aprisionamento tanto do ar como das secreções.
A pressão expiratória vai garantir a eficácia das vias aéreas impossibilitando que
exista o colapso, estando relacionado com o equilíbrio entre as pressões
intrabrônquicas e as pressões expiratórias do esforço executado.
As vantagens neste caso são:
- Elevação da capacidade residual funcional;
- Elevação da ventilação colateral;
- Redução do aprisionamento aéreo.
Todas estas alterações estão relacionadas com a pressão positiva
expiratória.
Chega a ser contraditório afirmar que o afunilamento da via aérea vai
ajudar tanto no transporte do muco como da pressão positiva reduzindo o
afunilamento das vias aéreas, caso os dois fatores acontecem ao mesmo tempo
com a utilização do Flutter ou do Shaker.
O pulmão é um órgão heterogêneo, além de ser muito dinâmico, as forças
mecânicas dos pulmões tanto de resistência como de elastância não são iguais
em todas as regiões, em decorrência da ação da gravidade como também da
anatomia local, mesmo quanto a expiração toda a mecânica regional vai passar
por modificações permanentes.
No caso de uma expiração lenta iniciando a partir da capacidade pulmonar
total vai existir o predomínio na porção dependente da gravidade,
correspondendo a parte inferior.
Vai existir um esvaziamento contínuo, com o fechamento das vias aéreas
e limitações mecânicas locais que vão elevar o fluxo expiratório das regiões
maios superiores (partes não dependentes).
No caso da elevação do esforço expiratório a medida gravitacional que
atua nas pressões pleurais vai ser propensa a redução, fazendo com que a
expiração fique homogênea nas várias regiões.
Ao longo do exercício com oscilação oral de alta frequência pode ser
observado em algumas vias aéreas o colabamento, enquanto outras vão estar
40
diminuídas e outras abertas, existindo várias taxas de transporte de muco para
cada uma delas.
Os resultados positivos com a oscilação oral de alta frequência são
diversos em cada região do pulmão, o que faz com que os benefícios sejam
muito maiores.
Um outro elemento que participa nas secreções é a amplitude do fluxo,
correspondendo a diferença do fluxo entre o máximo e o mínimo em uma curva
fluxo pelo tempo.
A abertura e o fechamento ocasionados pela esfera vão produzir um
movimento que vai “arrancar” o fluxo de ar em decorrência do acúmulo de
pressão quando a espera vai fazer a oclusão do cone.
Esta modificação de forma rápida tanto no fluxo como na pressão são
consideradas como fundamentais para a mobilização do muco.
A utilização do Flutter ou do Shaker vão provocar a modificação do fluxo
expiratório e do ângulo de inclinação do equipamento.
Quanto mais elevado o equipamento especialmente a +15º o efeito será
elevado da pressão positiva além da amplitude das oscilações.
Já as modificações mais negativas vão privilegiar o efeito de huff, este é
um efeito que existe nos casos onde existe pouca pressão expiratória e a
passagem do ar tem uma menor impedância.
O huff através dos altos fluxos vai movimentar as secreções mais
proximais, enquanto o huff mais devagar vai ocasionar uma depuração maior
das vias aéreas distais por meio do deslocamento da compressão dinâmica das
vias aéreas.
41
- Internações hospitalares.
No hospital a utilização é considerada mais extensa, sendo indicada por
exemplo nos casos onde existe hipersecreção decorrentes de infecções
pulmonares agudas.
Deve ser utilizado não só quando o paciente está com um volume elevado
de secreção, mas também quando existe uma predisposição para manifestar
ruídos que estejam envolvidos com as secreções pulmonares e o fechamento
das vias aéreas, sem que seja preciso um grande volume para ser expectorado.
A escolha para começar uma terapia de higiene brônquica com a
oscilação oral de alta frequência pode ser medida por meio de informações da
ausculta pulmonar ao longo da inspiração profunda e também na expiração
forçada tendo como objetivo verificar os ruídos pulmonares.
42
como o Shaker não possibilitam a realização da inspiração pelo próprio paciente,
visto que a esfera metálica está fazendo a oclusão da passagem do ar, sendo
movimentada só na expiração.
Figura 17 - Traqueostomia
Neste caso o que pode ser realizada é uma adaptação de uma válvula
unidirecional com tubo T.
Como no Shaker é possível a desconexão do bucal pode ser realizado
esta adaptação possibilitando que o paciente consiga inspirar por meio da
válvula e realizar a expiração por meio do Shaker.
43
- Deve ser realizado uma expiração completa dentro do limite do conforto
de cada paciente, esta manobra deve ser repetida por volta de 10 vezes.
No final deve ser realizado manobras de alto fluxo além de técnicas de
expiração forçada ou tosse para a expectoração.
Quanto aos exercícios o fisioterapeuta deve avaliar cada caso se é
necessário as alterações de posição ou a forma como faz as manobras.
De acordo com o alívio de cada paciente é preciso que seja evidenciado
a realização da inspiração mais profunda seguida da expiração calma e plena,
sem que exista a fadiga possibilitando uma maior quantidade de repetições
quando for preciso.
É importante frisar que é necessário que exista a atenção quanto a
realização dos exercícios por meio de grandes volumes pulmonares para que
não ocorra a hiperventilação.
No caso dos pacientes que são considerados como mais sensíveis estes
podem apresentar vários sinais e sintomas conforme pode ser observado na
figura a seguir:
Tontura
44
É necessário que seja sempre respeitado o limite em todos os casos, além
de ser fundamental todas as orientações referentes a uma respiração mais
tranquila.
O Flutter e o Shaker são importantes incentivadores expiratórios, visto que
são equipamentos que vão fazer com que o paciente fique mais independente
para executar todos os exercícios.
Tanto a vibração como o som vão atuar como um importante indicador
para o controle quanto a qualidade dos exercícios indicados pelo fisioterapeuta.
45
5 - TÉCNICA DE INSUFLAÇÃO E EXSUFLAÇÃO
46
A tosse pode ser decorrente de um mecanismo reflexo ou voluntário, existem
três componentes, conforme pode ser observado na figura a seguir:
Fase inspiratória
Fase compressiva
Fase expulsiva
Fase inspiratória
A fase inspiratória que compreende uma inspiração máxima em média de 85 a
90% da capacidade pulmonar total.
Fase compressiva
A fase compressiva é seguida do fechamento da glote por volta de 0,2 segundos,
elevação da pressão intratorácica decorrente da contração dos músculos
expiratórios.
Fase expulsiva
A fase expulsiva é decorrente da abertura da glote.
47
músculos abdominais (expiratórios) e comumente a falta de habilidade para
mostrar de forma adequada as cordas vocais e fechar a glote para segurar a
respiração anteriormente a produção da tosse.
Para os pacientes com obstrução como por exemplo os com doença pulmonar
obstrutiva crônica a causa fundamental da tosse que é considerada não eficaz
seria a diminuição do fluxo expiratório em decorrência da compressão dinâmica
das vias aéreas e da elevação da viscosidade das secreções.
O broncoespasmo ou algumas situações que levam a obstrução de forma não
reversível das vias aéreas superiores e inferiores também vão diminuir o pico de
fluxo da tosse.
Para a tosse ser considerada como efetiva o pico de fluxo da tosse deve ser
medido por meio do pico de fluxo maior que 270 l/min ou 4,5 l/seg, enquanto o
pico de fluxo da tosse é considerado como não eficaz quando for menor que 160
l/min ou 2,7 l/seg, neste caso é preciso que seja realizado uma assistência a
tosse.
48
5.2.1 Resultados fisiológicos
Esta técnica é indicada para todos os pacientes que não são capazes de tossir
ou então remover as secreções de forma eficiente em função do fluxo expiratório
diminuído, menor que 2 ou 3 l/seg decorrente das lesões na medula espinhal,
deficiência neuromuscular ou fadiga grave aliada a doença pulmonar intrínseca.
49
- Taquicardia;
- Pneumotórax.
Além das contraindicações existem alguns cuidados que devem ser levados em
consideração entre eles:
- Pacientes com instabilidade cardíaca;
- Pacientes com comprometimento bulbar com pequena estabilidade glótica;
- Aplicações posteriormente as refeições;
- Hiperinsuflação pulmonar;
- Inflamação das vias aéreas;
- Pacientes não colaborativos.
50
Já no modo automático todos os indicadores deve ser ajustados pelo
fisioterapeuta.
As pressões tanto de insuflação como de exsuflação precisam ser reguladas de
maneira independente para elevar tanto o conforto como a eficácia da técnica.
Os pacientes que estão começando a utilizarem esta técnica, vão começar com
pressões menores entre 20 a 25 cm H2O devendo ser elevado posteriormente
as pressões a começar de 30 cm H2O para alcançar a remoção da forma correta.
O tempo de duração da inalação e da exalação são configurados entre 1 a 5
segundos através do modo automático, sendo geralmente empregado o tempo
de inalação inferior ao de exalação com valores entre 1 a 3 seg.
Já o tempo da pausa pode ser ajustado até 5 segundos ou suprimido de acordo
com a preferência de cada paciente.
O término dos ciclos com pressão positiva auxilia uma maior expansão pulmonar.
Em algumas situações é necessário realizar a mobilização das secreções
anteriormente a realização da pressão negativa.
Para efetuar este procedimento é preciso situar o tempo expiratório em zero e
produzir apenas a pressão positiva de forma intermitente, por volta de 5
manobras de insuflação (pressão positiva), posteriormente a exsuflação
(pressão negativa) com tosse, finalizando o ciclo do tratamento com pressão
positiva.
Ao longo da exsuflação a compressão no abdome pode ser efetuada para
melhorar a remoção da secreção.
Para a técnica da insuflação e exsuflação mecânica aliada a compressão
abdominal é preciso a participação de dois fisioterapeutas, sendo que vai ficar
responsável pela manipulação da máscara e do aparelho, enquanto o outro vai
realizar a compressão.
O tratamento é baseado no emprego da aplicação de 4 a 5 ciclos de insuflação
e exsuflação mecânica na via aérea do paciente tendo como proposta a retirada
da secreção pulmonar.
Posteriormente a finalização do ciclo, o paciente deve ficar por um pequeno
período de tempo repousando para impedir a hiperventilação no caso dos
pacientes com doenças neuromusculares que utilizam a ventilação mecânica
não invasiva, sendo necessário a recolocação da prótese ventilatória para
impedir que ocorra a fadiga muscular.
51
Posteriormente deve ser repetido a série de 4 a 5 ciclos, devendo ser
prosseguido até que o muco seja eliminado e a saturação normalizada.
Pode ser preciso três séries ou mais em cada sessão de tratamento, ao longo
das infecções graves a insuflação e exsuflação mecânica é sinalizada a cada 10
minutos.
52
6.1.1 Pressões respiratórias máximas
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As avaliações das pressões inspiratória máxima e pressão expiratória
máxima podem ser realizadas por meio da utilização de um manovacuômetro
em escala de cmH2O.
Esta avaliação também pode ser executada através da utilização de uma
escala em mmHg ou ainda por meio de uma coluna d’água, porém o mais
empregado atualmente é através da escala de cmH2O.
Os valores da pressão expiratória máxima são sempre maiores do que os valores
da pressão inspiratória máxima, e os valores nos homens tanto para a pressão
inspiratória máxima e pressão expiratória máxima são maiores do que os valores
nas mulheres.
Existe um grande relação dos valores das pressões respiratórias máximas com
algumas variáveis conforme pode ser observado na figura a seguir:
Peso
Sexo Altura Idade
corporal
Fonte: próprio autor
Os valores das pressões respiratórias máxima também tem uma grande relação
com a cirtometria tóraco abdominal em todos os níveis axilar, xifoidiano e
abdominal.
6.2.1 Threshold
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Este equipamento é conectado a uma válvula unidirecional que vai impor
uma resistência para a passagem do fluxo aéreo inspiratório ou expiratório de
acordo com cada equipamento.
Threshold IMT
O threshold IMT é um equipamento utilizado especificamente para o treinamento
da musculatura inspiratória (Inspiratory Muscle Triainner), sendo constituído por
um dispositivo que possibilite que a pressão seja específica e constante
provocando a melhora da força e da resistência da musculatura inspiratória,
independentemente da quantidade de fluxo que o paciente está produzindo ao
longo da inspiração, lenta ou rápida, possuindo uma válvula unidirecional que
permite que exista apenas o fluxo inspiratório.
O threshold proporciona níveis pressóricos constantes, a referência para a carga
a pressão inspiratória máxima (PImáx), para os treinamentos de intensidades
devem ser de em torno de 30 a 50% da PImáx através da realização de várias
repetições quando o objetivo é o ganho de resistência ou através de poucas
repetições quando o objetivo é o ganho de força com intensidades entre 60 a
80% da PImáx.
O que significa, portanto, que este equipamento pode ser empregado tanto para
o ganho de força como de resistência, de acordo com a intensidade utilizada
para o treinamento.
O treinamento de força deve ser efetuado através de 15 a 30 repetições
em média ou durante menos de 10 minutos de exercícios, enquanto a
intensidade do treinamento deve estar por volta de 60 a 80% da PImáx.
Já para o treinamento de resistência esta deve durar por volta de 10 a 30
minutos de atividades com uma intensidade variando de 30 a 50% da PImáx.
É necessário que seja tomado um cuidado com relação a carga empregada,
uma vez que as cargas muito grandes ao longo do treinamento muscular
respiratório podem provocar a fadiga.
Threshold PEP
O threshold PEP é um equipamento específico para o treinamento da
musculatura expiratória (Positive Expiratory Pressure), permitindo que exista
uma pressão específica e consistente.
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O objetivo neste caso é a melhora da força e da resistência da
musculatura expiratória, independente do fluxo expiratório que o paciente está
mantendo, existe uma válvula unidirecional que possibilita que exista apenas o
fluxo expiratório.
O treinamento deve ter a duração de 15 a 30 minutos, devendo ser levado
em consideração as condições de cada um dos pacientes, inicialmente a
duração de cada sessão deve ser de 15 minutos aumentando de forma gradativa
até atingir 30 minutos.
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No treinamento com carga resistiva inspiratória a carga deve ser empregada nos
músculos inspiratórios por volta de 5 a 10 minutos.
A resposta para este treinamento pode ser avaliada por meio da elevação na
carga máxima considerada como aceitável ao longo de um certo período de
tempo ou de acordo com um aumento no tempo com uma determinada carga.
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repetitivas com um esforço máximo que deve ser mantido ao longo de 12 a 15
segundos.
Este volume avaliado vai ser extrapolado para o que seria ventilado ao longo de
um minuto, sendo alcançado a ventilação voluntária máxima em um minuto, esta
variável é medida em litros por minuto.
A ventilação voluntária máxima vai sofrer a influência de algumas variáveis
fisiológicas conforme pode ser observado na figura a seguir:
Frequência respiratória
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BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
SARMENTO, GJV. O ABC da Fisioterapia Respiratória. Barueri, Editora Manole,
2009.
COMPLEMENTAR
COSTA, D. Fisioterapia Respiratória Básica. Rio de Janeiro, Editora Atheneu,
1999.
DAVIES, A.; BLAKELEY, AGH. & KIDD, C. Fisiologia Humana. Porto Alegre, Editora
Artes Médicas, 2002.
GUYTON, AC. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro, 13ª Edição, Editora
Elsevier, 2017.
TORTORA, GJ. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro, 10ª Edição, Editora
Guanabara Koogan, 2011.
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