Você está na página 1de 59

SUMÁRIO:

1 - INTRODUÇÃO A ERGOMETRIA ................................................................. 3

2 EXAMES CLÍNICO-FUNCIONAIS .................................................................. 9

3 PROGRAMA DE TREINAMENTO ................................................................ 23

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 47


1 - INTRODUÇÃO A ERGOMETRIA

Definição

Define-se ergometria como uma ciência aplicada para mensurar a carga


de trabalho realizado pelo corpo humano durante o exercício. Estes exercícios
representam esforços, digo, aumento do gasto metabólico decorrente da
atividade em diferentes ergômetros, permitindo assim analisar o comportamento
do organismo diante de um estresse físico.

Princípios do Exercício

Alguns elementos ou características são prioridades para o processo de


prescrição de exercícios: a intensidade, a duração e a frequência dos exercícios.

O entendimento destas características é importante para que possamos


modular a evolução do treinamento, onde por exemplo, nem sempre elevar a
intensidade do exercício é a melhor solução.

A intensidade corresponde à carga a ser instituída para o indivíduo.


Normalmente, ela é definida pelos testes de esforço, no caso das atividades
aeróbias (consumo de oxigênio e/ou frequência cardíaca) ou de uma resistência
máxima (quilogramas, banda elástica...) nos exercícios localizados. A duração,
demarca por quanto tempo o indivíduo fara a atividade e participará do programa.
E a frequência, por quantas vezes semanais isto será aplicado.

Princípios do Treinamento(KASPER, 2019)

3
Os princípios do treinamento envolvem conceitos particulares sobre a
relação indivíduo – exercício. Vejamos sobre cada um.

O primeiro que comentamos e o Princípio da Sobrecarga, este princípio


define que diferentes níveis de atividade induzem a mecanismos
compensatórios. A aplicação adequada permite ganhos como a hipertrofia e a
resistência muscular, ao passo que usado inadequadamente pode expor o
indivíduo aos efeitos deletérios do super treinamento e outras injúrias, ou ainda
nenhum ganho significativo.

Já o Princípio da Reversibilidade mostra que a interrupção dos exercícios


ou inadequação do princípio da sobrecarga, pode levar o indivíduo a um
retrocesso funcional, ou seja hipotrofia ou atrofia muscular, perda da força e da
resistência muscular localizada e da resistência aeróbia.

O Princípio da Progressão ou Estabilização mostra que a manutenção


e/ou incremento da sobrecarga pode provocar uma adaptação ao treinamento,
não gerando mais benefício. Isso implica no ajuste de qualquer uma das
variáveis, intensidade, duração ou frequência. Também se tem a clareza de que
o incremento muito rápido, pode levar ao estresse físico e aparecimento de
traumas diversos, como também sua aplicação lenta demais interfere
diretamente no ganho.

Considerando que o processo de prescrição é individual, destaca-se o


Princípio da Individualidade, onde as variáveis devem ser empregadas de acordo
com inúmeras particularidades individuais, tais como idade, sexo, genética,
peso, altura entre outros. Cada um é cada um; o que não impede de um
programa ser passado para um grupo de pessoas, mas iremos observar que
cada um sentirá diferentemente a sobrecarga e outras demandas.

O Princípio da Periodização leva em conta não só as variáveis prescritoras


(intensidade, duração e frequência), mas também os ciclos de treinamento, que
podem proporcionar uma retardabilidade na progressão do indivíduo. Assim, os
ciclos propostos dos exercícios devem sofrer variações, que podem ser
empregadas em microciclos, mesociclos e macrociclos, de acordo com a fase
que o indivíduo se encontre. No esporte se leva em conta as fases pré, durante
e após a temporada.

4
O Princípio da Especificidade descreve a necessidade de se adequar a
proposta de tratamento ao organismo de acordo com o objetivo a ser alcançado.
Se buscamos flexibilidade, não adianta impor treinamentos de força ou aeróbio,
sendo bem claro. Para cada objetivo ou estrutura a ser trabalhada, deve-se
aplicar o seu treinamento específico.

Estes princípios nos ajudam a adequar nosso programa e por meio da


monitorização e supervisão contínua conseguimos avaliar os progressos ou
ajustes que devem ser aplicados.

Controle das respostas cardiorrespiratórias

O entendimento das respostas ao exercício é essencial para que se


consiga uma prescrição adequada e segura. A figura 1, apresenta o modelo de
engrenagens proposto por Wasserman, envolvendo os três sistemas principais
envolvidos, respiratório, cardiovascular e musculoesquelético(NEDER; NERY,
2004).

Este modelo demonstra de maneira simples a participação conjunta


desses três sistemas na manutenção da oferta de oxigênio para os tecidos, no
repouso e no exercício. Esta oferta é regulada pelo metabolismo dos músculos
em atividade, matematicamente calculada: VO2 = DC x C(a-v)O2;

Onde, é VO2 é o consumo de oxigênio; C(a-v)O2 é a diferença artério-


venosa de oxigênio (extração tecidual) e DC o débito cardíaco. Entretanto, estes
sistemas demandam um controle integrado “organizando o papel” de cada um.

5
O controle do organismo no exercício envolve três aspectos, não
permitindo que alguma informação fique de fora. O controle central pela
integração somato-motora envolve circuitos cerebrais e os centros cardíacos e
respiratórios localizados no bulbo, com os sistemas efetores (músculos). Este
sistema funciona por uma via de feedback entre o sistema nervoso central
(receptores intrínsecos/extrínseco) e receptores localizados nos músculos ativos
(fibras aferentes do grupo III e IV; mecanoceptores e metaboreceptores). Um
terceiro aspecto está relacionado ao aumento do metabolismo dos músculos em
atividade, o que proporciona um maior consumo de oxigênio (VO 2) e da produção
de gás carbônico (VeCO2), assim a elevação do gás carbônico (↓pH), serve como
estímulo ao sistema nervoso para a regulação/controle das respostas
cardiorrespiratórias.

Respostas Agudas ao Exercício

A atitude de sair de uma situação de repouso, induz ao aumento do


metabolismo corpóreo, o que necessitará de mais energia, em resumo à
necessidade de se captar, transportar e utilizar mais oxigênio. Este aspecto, leva
às mudanças no sistema cardiovascular como o aumento da frequência cardíaca
(FC), da força de contração e do ajuste e redistribuição do fluxo de sangue
vascular.

Uma das primeiras respostas que se observa é a elevação da FC. Este


objetivo é alcançado por meio de uma redução da ação vagal (parassimpática)
sobre o coração, gerando um predomínio da atividade simpática, levando a
resposta desejada, elevação da FC(GALLO JÚNIOR et al., 1989). Em seguida,
observa-se um predomínio da atividade simpática, onde o aumento da FC irá até
o nível máximo do esforço e do volume sistólico até cerca de 60% do consumo
máximo/pico de oxigênio. De acordo com a demanda metabólica tecidual,
observaremos maior ou menor extração de oxigênio pelos tecidos (incremento

6
ou redução da diferença artério-venosa de oxigênio).(RIVERA-BROWN;
FRONTERA, 2012).

O ganho de incremento do débito cardíaco ocorre também devido a uma


redistribuição do fluxo sanguíneo, de regiões onde não há necessidade de
sangue durante o exercício (território gastrointestinal) para os músculos ativos.
No repouso, cerca de 50% do DC é destinado ao fígado e rins, durante o
exercício, a prioridade passa a ser os músculos, que recebem o maior percentual
de sangue. A pressão arterial também se eleva no exercício, mas com destaque
apenas para a pressão arterial sistólica (PAS), pois a diastólica (PAD)
praticamente não se altera ou varia no máximo 10 a 20 mmHg(NEDER; NERY,
2004)(KATCH; KATCH; MCARDLE, 2016; POWERS; HOWLEY, 2017).

Durante o treinamento, o sistema ventilatório eleva a frequência


respiratória e o volume corrente, permitindo maior captação de oxigênio que será
transferido ao sangue.

Adaptações crônicas ao exercício

O resultado positivo de um treinamento com exercícios terapêuticos é


observado por meio das adaptações que ele produz no organismo. Iremos iniciar
a variável mais utilizada junto aos treinamentos, a FC. Com a realização de
exercício por um longo período, o estímulo constante de sobrecarga dada pela
atividade, induz uma modulação simpato-vagal, tendo como resultado uma
recuperação da FC mais rápida ao final do exercício e redução dos seus valores
de repouso. Também o volume sistólico se altera, apresentando um aumento.
Este aumento do volume sistólico ocorre devido à sobrecarga constante que
produz uma hipertrofia do coração de maneira excêntrica (de dentro para fora),
aumentando o raio da cavidade ventricular esquerda. Tal resposta, permite
ganho nos valores de DC no exercício, todavia no repouso os valores se
mostram semelhantes aos valores prévios ao programa de treinamento. As
adaptações periféricas também podem ser vistas após longo período de
treinamento aeróbio. Na musculatura periférica como na cardíaca, o estímulo

7
produz um processo de angiogênese devido ao incremento de metabolismo
constante do treinamento. O resultado, é uma ampliação da rede vascular
associada aos vasos já recrutados com o treinamento, elevando a oferta de
oxigênio aos tecidos(GUILKEY; OVERSTREET; MAHON, 2015; KATCH;
KATCH; MCARDLE, 2016; NEDER; NERY, 2004; POWERS; HOWLEY, 2017;
RIVERA-BROWN; FRONTERA, 2012).

Considerando a população de pacientes cardiopatas, submetidos a um


programa de reabilitação, o sistema ventilatório não se mostra limitante ao
exercício, salvo se associado o paciente também for um pneumopata.

8
2 EXAMES CLÍNICO-FUNCIONAIS

A investigação inicial e complementar

A base para o entendimento do diagnóstico funcional que permite traçar


nossas condutas é norteada pelo exame clínico-funcional. O exame físico deve
ser sempre o norte de qualquer abordagem a um paciente. Iremos abordar neste
tópico os principais métodos de exames funcionais e suas particularidades, bem
como aplicabilidade associada a versatilidade e relação custo-efetividade.

Exame Físico

O entendimento do paciente, parte de como entenderemos sua demanda.


Para tal, a anamnese e o exame físico devem ser aplicados com cuidado e
atenção, não podendo apenas utilizar o encaminhamento médico como
parâmetro para entendimento do caso per se. O objetivo final da atenção
fisioterapêutica só se mostra comum com a dos demais profissionais em relação
à qualidade de vida, mas sabemos que é a melhora ou estabilização da resposta
funcional que irá produzir os efeitos desejados.

No processo do exame físico, o profissional não deve negligenciar


nenhuma etapa da semiologia, considerando a anamnese, inspeção, palpação,
ausculta entre outros testes que possam ser aplicados.

Para que tenhamos clareza e segurança, esta avaliação deve envolver


todos os sistemas: Neurológico, Cardiovascular, Respiratório,
Musculoesquelético, Renal, Gastrointestinal, Pele e anexos. Iremos apresentar
aqui uma tabela (Tabela 1) para facilitar os aspectos relevantes de avaliação de
cada sistema, facilitando assim a leitura e entendimento das disfunções.

9
Tabela 1. Sistemas do organismo e aspectos relevantes do processo de avaliação(SWARTZ,
2015).

SISTEMAS VARIÁVEIS/ASPECTOS

cognição, equilíbrio, reações de proteção e


NEUROLÓGICO endireitamento, sensibilidade, tônus, coordenação,
marcha

frequência cardíaca, ritmo, pressão arterial, pulsos


(regularidade, intensidade, frequência), ausculta
CARDIOVASCULAR
cardíaca, edema membros inferiores, perfusão
periférica (extremidades), estase jugular

tipo de tórax, abaulamentos, retrações,


deformidades, padrão respiratório, expansibilidade,
RESPIRATÓRIO
frequência respiratória, presença de dispneia,
percussão, sons vocais (33), ausculta pulmonar

MÚSCULO-ESQUELÉTICO trofismo, deformidades, força, flexibilidade, postura

diurese (volume/dia – 1 a 2 ml/kg/hora), coloração,


RENAL
odor

palpação do fígado (hepatomegalia), evacuação


GASTROINTESTINAL
(característica das fezes)
lesões, cicatrizes, hidratação, unhas, cabelo,
PELE e anexos
coloração

Os pontos destacados envolvem alguns aspectos que devem ser


considerados pelo fisioterapeuta que atua em qualquer área intra ou extra
hospitalar, sendo que as particularidades devem ser impostas por cada
profissional. Com estes dados, apresenta-se mais segurança e visibilidade do
paciente permitindo um melhor direcionamento dos objetivos e
condutas.(SWARTZ, 2015)

Um outro ponto de relevância na avaliação dos pacientes submetidos a


programas de atenção fisioterapêutica cardiorrespiratória é a presença de
fatores de risco. Os fatores de risco atualmente são responsáveis por
interferência expressiva junto a esta população. Os fatores podem ser divididos
em modificáveis e não modificáveis. Os não modificáveis envolvem a idade, sexo
e hereditariedade; já os modificáveis a hipertensão arterial sistêmica, a diabetes
melito, o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade, o estresse, a
dislipidemia.(A.F. et al., 2013; ECKEL et al., 2014; GREENLAND et al., 2010;
JIMÉNEZ-PAVÓN et al., 2013; PIEPOLI et al., 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA

10
DE CARDIOLOGIA, 2005a) A relevância do conhecimento destes fatores pelo
fisioterapeuta está embasada no fato que o exercício terapêutico atua sobre
todos eles.

Tipos de Testes

Testes de Laboratório

Teste Ergoespirométrico ou Cardiopulmomar

O teste ouro para avaliação da capacidade funcional de indivíduos e


pacientes é o teste ergoespirométrico ou cardiopulmonar (TCP), onde as
medidas de consumo de oxigênio (VO2), da produção de gás carbônico (VCO2)
e ventilatórias são obtidas diretamente, respiração a respiração. O teste
normalmente é realizado em dois tipos de ergômetro, o cicloergômetro ou a
esteira, onde os indivíduos são submetidos a um estresse físico até atingirem o
nível máximo de sua capacidade

As variáveis consumo de oxigênio e produção de gás carbônico são


monitoradas respiração a respiração permitindo análise precisa do repouso ao
nível máximo de esforço. O teste permite ainda, entender a participação das
diferentes vias metabólicas utilizadas pelo organismo para produção de energia.
Destaca-se aqui as vias aeróbia e anaeróbia, as quais são caracterizadas por
níveis de esforço leve a moderado e de moderado a intenso, respectivamente.
Após a utilização do sistema de fosfato de creatina (ATP-CP) para o início do
exercício, e mantendo-se um nível de esforço moderado, o metabolismo aeróbio
impera. Esta é a via preferencial para o trabalho com os pacientes cardiopatas,
pois este nível de carga de trabalho induz ao coração o processo de
remodelamento, digo hipertrofia, excêntrica, o que melhora não só a função
cardíaca como a oferta de oxigênio para o músculo cardíaco(LAVIE et al., 2015).

11
Para a execução do teste, um profissional experiente com o sistema se
faz necessário, e capacitação para atendimento de suporte de vida(KAMINSKY
et al., 2016).

A Figura 2, apresenta os gráficos de um TCP onde pode-se observar os


dois limiares ventilatórios (anaeróbios). No primeiro limiar ventilatório observa-
se uma variação do equivalente ventilatório do oxigênio (VE/VO 2), onde apesar
da elevação do lactato não se vê variação do equivalente ventilatório do CO2
(VE/VCO2), assim o sistema ainda consegue se manter em homeostase. Este
ponto se encontra dentro da faixa aeróbia (< 50 a 60% do VO 2max; 60–70% da
FCmax), apresentando baixa fadigabilidade e longa duração da atividade. Já o
segundo limiar, pode-se identificar no gráfico a seta vermelha mostrando uma
variação expressiva do VE/VCO2, caracterizada pela elevação da ventilação
quase que perpendicularmente e o cruzamento das curvas dos equivalentes
ventilatórios. A partir deste ponto, o nível de lactato se eleva muito rápido, onde
mesmo com o incremento expressivo da ventilação, não se consegue mais o
tamponamento (acidose metabólica). Este nível de esforço se encontra entre 60
a 70% do VO2max ou 70 a 80% da FCmax, o que impede que o paciente
permaneça por muito tempo em atividade, chegando a fadigabilidade em cerca
de alguns minutos.

12
O TCP está bem estabelecido para avaliação de pacientes portadores de
insuficiência cardíaca, apresentando valor prognóstico e de mortalidade. Um
trabalho que não pode deixar de ser citado foi desenvolvido por Weber & Janick
em 1985. Os autores, utilizando um teste incremental, conseguiram estratificar
os pacientes em diferentes classes funcionais, sendo: A, B, C e D,
respectivamente do menos sintomático para o com maior
comprometimento(WEBER; JANICKI, 1985). A figura apresentada no trabalho
mostra o comportamento das diferentes classes, evidenciando uma perda
acentuada do débito cardíaco nos pacientes classe D. A Figura 3, mostra a
relação do índice cardíaco (gráfico a esquerda) e do índice do volume sistólico
(gráfico a direita) com o percentual do VO2max. Observe que os pacientes com
pior classe funcional não apresentam contratilidade suficiente para atingir um
índice cardíaco superior a 4,5 L/min/m2 (CLASSE C), ou 3,5 para os CLASSE
D, sendo que o valor superior de normalidade deste índice é 3,5. Isto se
caracteriza melhor quando observamos a Figura 4 onde, a relação do índice
agora é com a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo (pré carga do VE).
Os pacientes CLASSE D chegam a atingir quase 50 mmHg, ao passo que os da
CLASSE A não ultrapassam 20 mmHg (Figura 3 e 4).

Além da capacidade funcional, o TCP é indicado para definição de


pacientes com IC refratária a tratamento clínico e/ou cirúrgico. Muito superior a
fração de ejeção ventricular o VO2max ou pico, como alguns autores preferem
descrever, indica o status funcional e defini sobrevida para estes pacientes. A III
Diretriz de Transplante Cardíaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia
apresenta as indicações clássicas para transplante, definindo o nível ≤ 12
13
ml/kg/min em uso de betabloqueador, como classe de recomendação I e nível
de evidência B(BACAL et al., 2018; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 2010). (Figura 5)

Links: Teste Cardiopulmonar

https://www.youtube.com/watch?v=y9oUli567W0

https://www.youtube.com/watch?v=ndNytr0i8DE

https://www.youtube.com/watch?v=U_0Gi0gozgU

Teste Ergométrico

Em segundo lugar, o teste ergométrico (TE), se apresenta como o


instrumento que também permite avaliar a capacidade funcional, diagnosticar,
avaliar efeitos de medicações em outros. Entretanto, a medida de VO 2 não é
obtida de maneira direta, mas sim por cálculo. A vantagem do TE em relação ao
TCP está principalmente ligada a custo. O TE não é realizado com análise de
gases, assim seu custo é muito inferior; também o profissional, caso não seja o
médico diretamente que opere o sistema, reduz muito o custo. Assim como o
TCP, o TE deve sr um teste máximo, onde a FC máxima estimada como critério
para interrupção do teste, pode ser obtida pela fórmula: FCmax=220 – idade.
Como este cálculo pode apresentar grande variação, atualmente tem-se optado
pela fórmula desenvolvida por Tanaka, sendo: FCmax=208 – 0,7 x
14
idade(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010; TANAKA;
MONAHAN; SEALS, 2001).

Existem diferentes protocolos e basicamente dois ergômetros que se


utilizam para a realização do TE. Os ergômetros são a esteira e a bicicleta, e
devem ser escolhidos de acordo com a familiaridade no paciente, sendo a esteira
preferida, pois envolve uma atividade comum ao indivíduo. O protocolo mais
utilizado é o de Bruce, mas outros como Bruce modificado, Ellestad, Naughton,
Balke ou em rampa podem ser aplicados. Os protocolos na esteira, envolvem a
velocidade da esteira e a inclinação, assim cada um dos protocolos citados
trabalha com estas variáveis, permitindo protocolos mais ou menos agressivos.
Deve-se destacar que a escolha do protocolo deve respeitar, primeiramente as
individualidades de cada paciente e o tempo ideal de realização do teste que é
de 10 minutos, com uma margem de 8 a 12 minutos(SOCIEDADE BRASILEIRA
DE CARDIOLOGIA, 2010).

Há importância ao fisioterapeuta tomar conhecimento e até mesmo operar


tais equipamentos, mas na prática iremos ver que existem testes que foram
derivados destes citados, que se correlacionam com as variáveis e apresentam
baixíssimo custo, os testes de campo.

Testes de Campo

Teste da caminhada de seis minutos

O teste da caminhada de seis minutos (TC6min) foi idealizado a partir do


teste de Cooper, o qual avaliou 115 militares por meio de um teste de 12 minutos
em campo e um teste cardiopulmonar em esteira. O autor observou correlação
importante entre o teste de campo e o TCP. Isto permitiu avaliar grupos maiores,
com excelente acurácia e baixo custo(COOPER, 1968).

Posteriormente, Mcgavin em 1976, testou a variação do teste de Cooper


aplicando uma caminhava por 12 minutos ao invés da corrida em pacientes com
bronquite crônica. O autor observou também importante correlação com o
VO2max e com a capacidade vital forçada e ventilação(MCGAVIN; GUPTA;
15
MCHARDY, 1976). Estava dado o primeiro passo para a aplicação de um teste
de campo na avaliação de pacientes com problemas respiratórios. Em 1982,
Butland definiu como ficaria o TC6min, quando aplicou a comparação dos
tempos de dois, seis e 12 minutos em pacientes com doença pulmonar obstrutiva
crônica, observando correlações semelhantes aos trabalhos
anteriores(BUTLAND et al., 1982).

Em 2002, a American Toracic Society (ATS) apresentou um guia para


padronização do TC6min, permitindo assim a comparação dos diversos estudos
onde é aplicado. O artigo descreve as indicações e toda a metodologia do teste,
não cabendo aqui a descrição de tais aspectos.(ATS, 2002). Importante destacar
que o TC6min é um teste submáximo e mede a distância percorrida ao longo dos
seis minutos e não o VO2max, e é esta variável que se correlaciona com o
VO2max, inferindo assim sua capacidade funcional.

A medida que o teste ganhou força junto as pesquisas, principalmente em


pacientes cardiopatas e pneumopatas, o teste passou a ser aplicado em diversas
populações e foi ganhando aprimoramentos, com o cálculo da estimativa da
distância a ser percorrida em diversas etnias (BAUTMANS; LAMBERT; METS,
2004; DOURADO, 2011; ENRIGHT; SHERRILL, 1998; IWAMA et al., 2009;
PIRES et al., 2007; SPERANDIO et al., 2015). O aprofundamento dos trabalhos,
permitiu ainda desenvolver fórmulas para predição do VO 2max e inferência de
morbidades e mortalidades dos pacientes com doenças cardiorrespiratórias
(BITTNER et al., 1993; CAHALIN et al., 1996; WEBER; JANICKI,
1985,)(KARANTH; AWAD, 2017; MORAKAMI et al., 2017).

Uma variação entre 14 a 30,5 metros pode ser considerada com um ganho
da capacidade funcional em diversas populações incluindo a DAC, permitindo
assim o acompanhamento das adaptações ao treinamento(BOHANNON;
CROUCH, 2016)(DU et al., 2017; GREMEAUX et al., 2011).

Teste do Degrau de seis minutos

16
O teste do degrau de seis minutos (TD6min) é uma variação do TC6min,
trocando-se apenas o ergômetro ou seja, ao invés de caminhar o indivíduo sobe
e desce um degrau de 20 centímetros (DAL CORSO et al., 2006). Este teste
como é cadenciado pelo individuo, se mostra como um teste submáximo. A
grande vantagem do TD6min em relação ao TC6min é o espaço necessário para
o teste, visto que o ergômetro se constitui de uma escada fabricada com um
degrau e pode ser aplicado em um espaço bem reduzido.

Diversas variações foram desenvolvidas para o TD6min(ANDRADE et al.,


2016), assim como a possibilidade de aplicá-lo de maneira incremental o que o
transforma em um teste máximo. Assim como o TC6min, o mesmo pode ser
aplicado em diferentes populações, mostrando também sua versatilidade em um
atividade comum as pessoas, como o TC6min(CAMARGO et al., 2013; DA
SILVA et al., 2013; DAVI et al., 2014; SELMAN, 2015; TRAVENSOLO; POLITO,
2014).

O Shuttle walk teste

O Shuttle Walk Test (SWT) foi idealizado como uma variação do TC6min,
contudo, com a finalidade de levar o indivíduo a um esforço máximo. Diferente
do TC6min, o SWT é um teste incremental, definido por sons em intervalos de
tempo regulares, os quais fazem o indivíduo andar mais rápido
progressivamente até o mesmo não conseguir atingir a outra extremidade. A
distância percorrida é de 10 metros, marcada por dois cones, assim a cada
minuto e mudança do nível sabemos o quanto o paciente já andou.(HANSON;
MCBURNEY; TAYLOR, 2018; LIMA et al., 2019)

Sua aplicabilidade também como os outros testes de campo é


diversificada, permitindo uma avaliação da capacidade funcional “mais real” em
relação ao TCP. Também, seu custo é muito menor que um TCP ou TE, o que
além da redução do custo/teste, não depende de manutenção periódica e de
programas e/ou equipamentos mais complexos.(CARDOSO et al., 2017; COSTA

17
et al., 2018; GOMES et al., 2018; HOUCHEN-WOLLOFF et al., 2018; OLIVEIRA
et al., 2018)

Equações de predição também foram desenvolvidas, além da correlação


com o consumo máximo/pico de oxigênio, evidenciando boa correlação
permitindo sua aplicação na avaliação do esforço máximo.(CARDOSO et al.,
2017; GOMES et al., 2018). O SWT também permite analisar as variações
clínicas e/ou da capacidade funcional diante de incrementos de 70 metros, o que
proporciona um instrumento valioso no processo de reabilitação cardiovascular
e acompanhamento de diferentes perfis de pacientes. Sua aplicabilidade se
estende a avaliação de sobrevida também.(CARTLIDGE et al., 2018;
HOUCHEN-WOLLOFF; BOYCE; SINGH, 2015; TRAVENSOLO et al., 2018;
YILDIZ et al., 2018)(HANSON; TAYLOR; MCBURNEY, 2018)

Outros testes podem ser aplicados ou adaptados para a população


cardiorrespiratória, todavia, destacamos os mais significativos e aplicados nas
diferentes pesquisas na área.

Contraindicações(SWARTZ, 2015)(BONOW et al., 2017)

As contraindicações irão envolver qualquer fator que interferira no


rendimento ou possa se agravar com o exercício. O exemplo mais comum é o
quadro infeccioso, onde já possuímos um metabolismo mais ativo em virtude das
respostas imunológicas o que eleva a temperatura. Assim, a qualquer sinal de
infecção o indivíduo deve suspender seu programa de exercício. A infecção é
muito comum nos pacientes pneumopatas, como a DPOC e a bronquiectasia.

A dor é um outro sinal que deve ser bem analisado em qualquer região do
corpo. No tórax, mas especificamente no peito, a suspeita de doença coronária
deve ser o primeiro diagnóstico diferencial. As dores musculoesqueléticas
também devem nos dizer sobre a existência ou não de alguma lesão osteo-mio-
articular. A claudicação, quando presente merece atenção, considerando
possíveis doenças arteriais periféricas associadas, como a arterite obliterante,
resposta inflamatória à nicotina.

18
A dispneia deve ser valorizada tanto no paciente pneumopata como
cardiopata, e sua causa identificada. A presença de cianose pode estar
diretamente ligada à disfunção cardíaca e pulmonar, sendo necessária sua
diferenciação entre central e periférica, e sendo central, qual componente está
mais diretamente envolvido, coração ou pulmão.

Considerando fatores de risco, a diabetes melito é dos mais agressivos,


mais do que a possibilidade de hipoglicemia, a vasculopatia e a neuropatia
diabéticas são responsáveis por úlceras e até amputação devido a péssima
perfusão e a falta de sensibilidade. Os indivíduos devem ser orientados a olhar
todos os dias no banho suas extremidades, principalmente os pés, que sofrem
maior atrito e impacto.

Variáveis importantes para prescrição do exercício

A prescrição de exercício funciona como a prescrição medicamentosa,


apresenta dose (intensidade), frequência, duração do tratamento. Assim como
os medicamentos os exercícios terapêuticos podem gerar reações adversas que
podem até mesmo levar a morte, ou serem insuficientes para se obter o resultado
esperado.

Retomando os testes comentados anteriormente, o TCP, padrão ouro dos


testes funcionais, apresenta as principais variáveis para se utilizar na prescrição
dos exercícios, o VO2max e o Limiar Anaeróbio (LA). A prescrição com estas
variáveis permite maior exatidão, visto que os dados são obtidos de maneira
direta, respiração a respiração. Considerando as diferentes vias metabólicas, é
possível definir o momento em que se observa a mudança do metabolismo
aeróbio para o anaeróbio, evitando assim sobrecarga indesejada ou níveis muito
baixos de intensidade. Normalmente, se preconiza de 30 a 80% do VO2max/pico
para os pacientes cardiopatas e pneumopatas, onde os 80% normalmente atinge
o nível do LA. Assim, uma opção é o trabalho também com valores menores que
o LA, o que se relaciona faixas entre 40 e 90% do LA (NEDER; NERY, 2004).

19
A utilização de ambas as variáveis citadas seria o padrão ouro, entretanto
tal exame é de um custo elevado, normalmente sendo aplicado em poucos
pacientes ou mais críticos. A elevação da FC apresenta um padrão quase linear
com o VO2max até a interrupção do esforço, daí esta variável ser a mais utilizada
para a prescrição do exercício. Sua escolha está ligada ainda ao fato de ser a
variável que será utilizada para a monitorização durante o exercício. A Tabela 2,
abaixo, mostra a correlação da FC com o VO2.

Tabela 2. Correlação entre os percentuais da frequência cardíaca e o


consumo de oxigênio, desde uma intensidade baixa de esforço até o
máximo.

Com o auxílio destes dados, podemos observar que a faixa da intensidade


de treinamento pela FC vai de 50 a quase 90% do VO 2max/pico. Considerando
os pacientes cardiopatas que podem apresentar angina durante um teste de
esforço (limiar isquêmico), a sua FC no momento de interrupção do teste, será
considerada como máxima, ou como costuma ser chamada pico. Assim, na hora
de se calcular a intensidade da prescrição, iremos utilizar uma faixa da FC que
vai de 70 a 85% do limiar isquêmico.

%FCmax 44 51 58 64 72 79 86 92 100

% VO2max 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Uma maneira de calcular a intensidade do esforço para as atividades


aeróbias, além de se utilizar as medidas diretas de VO 2 ou LA, é por meio da
fórmula da FC de reserva:

FCT = FC repouso + x%(FCmax – FC repouso);

20
Onde, FCT é a frequência cardíaca de treinamento (ou de reserva) e
x% é o percentual da FCmax que iremos aplicar, na faixa de 50 a 80%
da FCmax.

Nota-se que a FCmax/pico, é a atingida no teste de esforço, e se


considera a FC de repouso (para padronizar podemos usar a obtida o teste
também), o que acaba por normatizar melhor os resultados. Sugere-se que os
alunos “brinquem” com números para treinar e absorver melhor (BONOW et al.,
2017).

Alguns pacientes podem ser portadores de marcapasso, de frequência


fixa ou variável, única ou dupla câmara, neste caso, substitui-se na fórmula a
FCmax pela pressão arterial sistólica (PAS) no momento da interrupção e no
lugar da frequência de repouso a PAS de repouso, assim ao invés da frequência
de treinamento, se obtém a pressão arterial de treinamento (BONOW et al.,
2017).

Em qualquer situação, utilizando-se valores mais precisos ou calculados,


um instrumento importantíssimo a ser utilizado é a escala de percepção de
esforço de Borg. Ela apresenta variação de 6 a 20, o que equivale a 60 a 200
batimentos por minuto, permitindo monitorar esta percepção do repouso ao
treinamento, definindo-se o nível ligeiramente forte como uma faixa apreciável
para se terminar a atividade. Esta escala também pode ser aplicada para os
membros inferiores, analisando-se também o cansaço das pernas.(BORG, 1982)

Diante da impossibilidade de um teste de esforço mais complexo, pode-


se utilizar os testes de campo e suas respectivas variáveis para a prescrição. No
TC6 e TD6 a FC atingida ao final do teste pode ser utilizada para cálculo,
devendo-se lembrar que são testes máximos. No caso do TD modificado para
esforço máximo e SWT, também a FC é a variável de escolha. Como todos os
testes avaliam a pressão arterial, não se pode deixar de analisar seu
comportamento. A escala de percepção de esforço deve ser sempre aplicada
antes e ao final, podendo assim ser instrumento de prescrição ou monitorização
(OLIVEIRA et al., 2018).

Uma outra variável que é utilizada é o equivalente metabólico (MET), que


em repouso representa 3,5 ml/kg/min de consumo de oxigênio. Existem tabelas

21
que descrevem o MET relacionado à diferentes atividades de vida diária com
alguns esportes. Se considerarmos como exemplo, um VO2max de 45
ml/kg/min, basta dividirmos por 3,5 e obteremos o MET equivalente: 12,85 METs.
O restante, aplica-se da mesma maneira, definindo-se uma faixa de treinamento
entre 30 a 80% do VO2max, você irá transformar em MET. Todavia, na prática,
o uso da FC é a metodologia mais simples e prática devido ao seu acesso
simples à monitorização (CARNEIRO, 2011).

22
3 PROGRAMA DE TREINAMENTO

O programa de treinamento e suas bases teóricas

O treinamento aplicado pelo fisioterapeuta não é apenas um “fazer


exercícios”. O profissional deve estar envolvido e ter clareza de seus objetivos,
das bases teóricas que envolvem a prescrição, do conhecimento do paciente e
dos recursos que possui para atingir os objetivos.

Vejo como um primeiro passo para se entender a prescrição o


conhecimento das respostas agudas e adaptações aos exercícios abordados
anteriormente, assim, caso haja alguma dúvida, procure rever o material sobre
o assunto.

Tipos de Exercícios

Primeiramente, vamos classificar os exercícios de acordo com a


movimentação ou não do corpo ou de um segmento corporal, assim temos os
exercícios isotônicos ou isométricos (sem alteração do ângulo articular). Estes
exercícios são utilizados normalmente para treinamento ou condicionamento
localizado Dentro da reabilitação cardiorrespiratória, os exercícios preferenciais
são os isotônicos, todavia, algumas atividades de vida diária dependem da
isometria, o que não impede de aplicá-los com parcimônia(KISNER; COLBY,
2015; O´SULLIVAN; SCHIMITZ; FULK, 2010).

Quando abordamos exercícios dinâmicos de condicionamento físico,


podemos dividi-los em aeróbios e anaeróbios, como já abordado anteriormente.
O exercício mais aplicado dentro do contexto de reabilitação cardiorrespiratória
é o exercício aeróbio (endurance). Este exercício se caracteriza pelo
fornecimento de energia pela via oxidativa, onde a oferta permite uma atividade
de baixa a moderada intensidade por longo período. Assim, a utilização do
substrato lipídico pelo músculo esquelético, também permite a redução do peso

23
corpóreo, além de aumento no número de mitocôndrias(GRANATA; JAMNICK;
BISHOP, 2018)(DRAPER, 2018).

As atividades de alta intensidade necessitam de um fornecimento de


energia rápido para que o processo de contração muscular não seja afetado.
Estas atividades dependem do metabolismo anaeróbio, alta intensidade e curta
duração, excedendo a capacidade oxidativa do músculo, terminando com um
fornecimento de energia pela via do sistema piruvato. Tanto os exercícios
aeróbios com anaeróbios normalmente estão ligados a atividades
dinâmicas(LUNDSGAARD; FRITZEN; KIENS, 2017).

Os exercícios resistidos ou de resistência muscular localizada como


também são chamados, envolvem o aumento da carga de trabalho com a
finalidade de ganho de massa muscular (hipertrofia muscular). Está hipertrofia
pode proporcionar ganho de força e/ou de resistência de determinado músculo;
na reabilitação normalmente se busca mais a resistência localizada do que o
ganho de força isolado. Devemos destacar ainda que com o envelhecimento
observa-se uma perda progressiva da massa muscular e da força, evidenciando
assim a prioridade destes exercícios em um programa(KISNER; COLBY, 2015;
O´SULLIVAN; SCHIMITZ; FULK, 2010).

Considerando o sistema musculoesquelético, não podemos deixar de


considerar os exercícios de flexibilidade, ou de alongamento como são
normalmente chamados. Estes proporcionam o “ganho” do comprimento
muscular e da amplitude articular de movimento(KISNER; COLBY, 2015;
O´SULLIVAN; SCHIMITZ; FULK, 2010).

Como prescrever a intensidade no exercício aeróbio?

Vimos anteriormente dentro dos exames clínico-funcionais as diversas


variáveis que podem ser utilizadas para a prescrição da intensidade do exercício
aeróbio, bem como alguns exemplos de como usá-las.

Uma particularidade na prescrição da intensidade aeróbia é o uso ou não


de beta-bloqueadores. O uso desta medicação é prática comum nos pacientes
24
com DAC, sendo assim, devido sua resposta ser redução da FC de repouso e
máxima, é importante que ser faça uma correção de acordo com a dosagem e o
tipo de medicamento. Com a medicação o paciente não irá atingir sua FCmáx
pela ação da droga, mas não impede o esforço, podendo já estar bem cansado
com uma FC aquém da sua prevista(SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 1997).

Visando a abordagem de uma maneira mais prática, iremos utilizar um


caso fictício para que vocês possam aplicar os conhecimentos abordados até o
momento. Vamos lá?

Metodologia ativa – Caso clínico-funcional

Um indivíduo de 48 anos, 1,70m, 89 kg, sexo masculino, administrador de


empresa, atua no mercado bancário há 20 anos. Seu empenho diário o coloca
muitas vezes sobre estresse, visto a necessidade de cumprimento de metas. Há
três dias no escritório ao final da manhã, apresentou um mal-estar, com um
pouco de sudorese e náusea, mas não valorizou os sintomas pois havia se
alimentado mal no dia anterior. Hoje, procurou um hospital devido ao retorno dos
sintomas agora com maior intensidade e um certo aperto no peito. Na triagem
com a enfermagem, apresentava SatO2=97%; FC=98 bpm e PA= 145 x 95
mmHg, relatou os sintomas para a enfermeira que o identificou como prioridade
vermelha e já solicitou um eletrocardiograma em virtude do protocolo para
síndrome coronariana aguda. O eletrocardiograma evidenciou supra
desnivelamento em parede anterolateral, sendo encaminhado pelo médico para
o serviço de hemodinâmica. Apresentava lesão de 50% em artéria
interventricular anterior (descendente anterior) e 40% em circunflexa, sendo
realizado angioplastia e colocado dois stents.

25
ECG de entrada

Permaneceu internado por cinco dias e teve alta domiciliar, orientado pela
equipe multidisciplinar a procurar um serviço de reabilitação, após realizar um
teste de esforço daqui a 21 dias. O teste foi realizado em laboratório com boa
aparelhagem, utilizado o protocolo de Bruce, tendo como FCmax estimada 172
bpm, apresentando os seguintes resultados:

Em repouso e em pé uma FC = 62 bpm; PA = 130 x 80 mmHg; fazendo


uso de AAS 100mg/dia; Carvedilol 6,25mg/2xdia (há 3 dias); Enalapril =
20mg/dia e atorvastatina 40mg/dia. Foi estimado um fator de correção de 15%
devido ao beta bloqueador, ou seja, FCmax = 146 bpm, todavia, como estava
tomando a dose fazia poucos dias, tolerou-se uma variação de 10%.

VO2max = 28 ml/kg/min; FCmax = 155; PAmax = 185 x 110 mmHg; percepção


de esforço de exaustão no peito e pernas.

Resultado: não foi observado resposta isquêmica durante o teste, resposta


pressórica diastólica anormal e condicionamento moderado a bom.

Visando avaliar como vai indo seu conhecimento, responda as questões abaixo:

1.Qual a variável ouro para o processo de prescrição e qual o exame necessário


para obtê-la de forma direta?

2.Qual a correlação da FC com o VO2max?

3.Qual a correlação da escala de percepção de esforço com a FC e o VO2?

26
4. A partir do VO2max oferecido, calcule o intervalo de treinamento entre 40 a 80%
deste valor?

5.Considerando que o percentual da FCmax que se correlaciona com a faixa de


40 a 80% do VO2max é 56 a 86% da FCmax, calcule o intervalo de treinamento
entre estes percentuais da FC.

6.Utilizando os dados oferecidos no caso, use a fórmula da FCT para calcular o


intervalo (use o mesmo exposto acima para a FC) de treinamento para este
paciente. [FCT = FCrep + %(FCmax – FCrep)]

7. Qual seria a faixa de treinamento aplicando-se a escala de percepção de


esforço?

Respostas:

Treinamento contínuo e intervalado

No nosso dia a dia, realizamos diferentes atividades de diferentes formas,


onde algumas precisamos manter um ritmo durante um intervalo de tempo
relativamente longo e outras precisamos alternar momentos de atividade com
momentos de repouso. Pode-se dizer que estas frases expressam o princípio
dos treinamentos contínuos e intervalados. O treinamento contínuo descreve-se
como a manutenção de um nível de intensidade de esforço de maneira
constante, com determinada duração. Já o treinamento intervalado destaca-se

27
por períodos de alta intensidade intervalados por períodos de baixa intensidade,
também com uma duração definida.

Ambos os treinamentos mostram maior benefício no ganho da resposta


da capacidade funcional e na recuperação da frequência cardíaca (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 1997)(ROGNMO et al., 2004; WISLØFF et al.,
2007)(MEZZANI et al., 2012).

Um primeiro passo a ser considerado se deve à prescrição da intensidade


a ser aplicada, ou seja, zona de treinamento. Um recente estudo, propõem um
cálculo para aplicação da zona de treinamento nos exercícios intervalados, o que
antes ainda não era bem definido como na prescrição do exercício
contínuo(TAYLOR et al., 2019).

As faixas de treinamento normalmente seguem o mesmo padrão da


prescrição das atividades contínuas. Um primeiro passo é a definição da FCmax
via teste cardiopulmonar é preferível para se definir o intervalo de treinamento.
O uso da fórmula de FCmax [FCmax = 211 − (0,64 × idade)] estimada também
pode ser aplicada, assim como a preditiva para a correção do uso de beta-
bloqueador [FCmax =164 − (0,7 × idade)]. Deve-se lembrar que alguns fatores
podem interferir na FC. A FCmax pode sofrer interferência em relação ao motivo

28
de interrupção do teste, como no caso de interrupção por cansaço das pernas e
não de origem central e o horário do uso do beta-bloqueadores com horário da
sessão de treinamento. Tais aspectos devem ser levantados no momento da
anamnese.

No segundo momento, calcular o intervalo correspondente à zona de


treinamento entre 85 a 95% da FCmax. Em um terceiro momento, devemos
correlacionar e validar este intervalo com a escala de percepção de esforço,
sendo nível de 15 no início da fase de alta intensidade e terminá-la em 17-18,
para a escala de Borg de 6 – 20. Lembremos que como a prescrição é
individualizada, caso o paciente descreva ou mostre-se exausto ao final desta
fase, deve-se reconsiderar este nível para a próxima fase e reajustar a zona alvo,
etapa quatro. As fases normalmente são compostas por períodos de 4x4 com
intervalos de redução da carga ou repouso de 3 minutos, lembrando-se sempre
que deve existir uma fase de aquecimento e de recuperação(TAYLOR et al.,
2019).

Fica como sugestão a aplicação desta modalidade de exercício no caso


acima, usado para a prescrição da intensidade contínua, o que irá oferecer maior
clareza na absorção do conhecimento.

O exercício resistido

O processo de reabilitação envolve a atenção integral ao paciente, o que


implica também num trabalho muscular localizado. O exercício resistido está hoje
estabelecido como parte integrante do processo de reabilitação cardiovascular e
pulmonar. A aplicação tem como objetivo a manutenção ou ganho da força e
resistência muscular esquelética, o que além de poder contribuir para ganho do
VO2, também permite a uma melhor extração tecidual de oxigênio(POLLOCK et
al., 2000; SCHOENFELD; OGBORN; KRIEGER, 2016).

A vantagem do exercício resistido é a possibilidade e liberdade de se


trabalhar com diferentes recursos (anilhas, aparelhos, bandas elásticas,

29
exercícios calistênicos, aparelhos) para proporcionar a sobrecarga necessária
para se obter os objetivos pretendidos(POLLOCK et al., 2000).

A intensidade a ser aplicada pode ser definida pelo teste de uma


resistência máxima (1RM). Todavia, inúmeras variáveis podem interferir na
aplicação deste teste simples e de baixo custo, como idade, peso, altura,
treinado ou não. Apesar de tudo, este teste continua a ser muito bem aceito no
meio das pesquisas, devido a sua capacidade de ser aplicado em grande número
de indivíduos, diferente do uso de um equipamento de isocinética. O teste se
baseia na capacidade do indivíduo realizar um movimento em um determinado
segmento com amplitude articular completa, diante da aplicação de cargas
incrementais. A carga máxima ou 1RM é definido no momento que o indivíduo
não consegue mais completar a amplitude de movimento, definindo-se assim a
carga anterior (do último movimento completo) como a de 1RM. Como o teste
pode demandar um tempo prolongado, existem equações de predição que
podem ser aplicadas(ABERNETHY; WILSON; LOGAN, 1995; BROWN; WEIR,
2002; MATERKO; NEVES; SANTOS, 2007)(HASS; FEIGENBAUM; GENTRY,
2001; POLLOCK et al., 2000).

Os exercícios isométricos normalmente são entendidos como negativos


para os pacientes cardiovasculares e/ou pneumopatas. Todavia, vários são as
atividades que desenvolvemos no dia a dia que envolvem este tipo de exercício.
Sua aplicação deve ser introduzida sem sobra de dúvidas. Alguns trabalhos
encontraram resultados benéficos na redução das pressões arteriais de repouso
pós aplicação exercícios isométricos de preensão palmar. Estes resultados se
mostram seguros e interferem positivamente na modulação autonômica,
reduzindo a atividade simpática e potencializando a parassimpática, além de
melhora da força muscular(BADDELEY-WHITE et al., 2019; HARTOG et al.,
2018; LUM; BARBOSA, 2019; SARMENTO et al., 2017; SMART et al., 2019;
WILES et al., 2018).

A preferência dos exercícios resistidos são dos exercícios isotônicos.


Nestes exercícios ocorre uma variação da amplitude articular (concêntrica ou
excêntrica) associada a determinada carga, normalmente baseada em um
percentual de 1RM. Este padrão de exercícios de demonstrado efeitos positivos

30
no ganho da força e hipertrofia muscular esquelética e em menor grau na
capacidade aeróbia. A intensidade a ser aplicada pode variar de acordo com a
individualidade, capacidade funcional entre outra variáveis, entretanto
normalmente se aplica valores ≤ 60% 1RM para cargas leves e superiores para
treinamentos mais intensos. O objetivo de ganho de força ou resistência
muscular é que irá definir a opção de carga, tanto para membros superiores
como inferiores. Diversas associações internacionais sugerem cargas iniciais de
intensidade de 30 a 40 % de 1RM para membros superiores e 50 a 60% para
membros inferiores. A frequência de duas vezes por semana, incluindo de oito a
dez grupamentos musculares variando de oito a 15 repetições (BALADY et al.,
2000; CARDOSO et al., 2012; GORDON et al., 1995; RHEA et al., 2003;
SCHOENFELD et al., 2016; SCHOENFELD; OGBORN; KRIEGER, 2016;
VINCENT et al., 2002; WILLIAMS et al., 2007).

A duração e a frequência são importantes?

Não se pode entender a prescrição sem se considerar as variáveis


frequência e duração. A frequência está ligada ao número de vezes por semana
que o indivíduo irá participar, sendo indicado cinco vezes por semana e no
mínimo duas. Já a duração, envolve dois aspectos, primeiro a duração do
programa, onde alguns trabalhos falam de ao menos 8 semanas (sinais iniciais
de adaptação), mas preferencialmente 12 semanas onde os sinais adaptativos
se mostram mais visíveis. Segundo a duração da sessão de treinamento,
adotando-se um mínimo de 30 minutos até uma hora, sendo cerca de 5 a 10
minutos de aquecimento e recuperação e ao menos 20 minutos de atividade
aeróbia.

Devemos lembrar que o processo de reabilitação pode se iniciar ainda no


hospital, o que as Diretrizes Brasileiras caracterizam como fase 1. Já as fazes 2
e 3 ambulatoriais apresentam três a seis meses e seis a um ano,
respectivamente. Logicamente, sempre se deve considerar as características
individuais de cada um.

31
Ambas as variáveis podem juntamente com a intensidade serem
calibradas para se impor regimes de baixa a alta carga de treinamento de acordo
com o objetivo. Assim, muitas vezes, temos como exemplo, a manutenção da
intensidade com aumento da duração da sessão ou no número de vezes da
semana(SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 1997, 2005b, 2014).

32
Referências Bibliográficas

A.F., S. et al. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular.


Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 101, n. 6, 2013.
ABERNETHY, P.; WILSON, G.; LOGAN, P. Strength and Power
Assessment: Issues, Controversies and Challenges. Sports Medicine, [s. l.], v.
19, n. 6, p. 401–417, 1995.
ANDRADE, C. et al. O uso de testes do degrau para a avaliação da
capacidade de exercício em pacientes com doenças pulmonares crônicas. J
Bras Pneumol, [s. l.], v. 38, n. 1, p. 116–124, 2016.
ATS. Guidelines for the six-minute walk test. American Journal of
Respiratory and Critical Care Medicine, [s. l.], v. 166, n. 1, p. 111–117, 2002.
BACAL, F. et al. 3a Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco. Arquivos
brasileiros de cardiologia, [s. l.], v. 111, n. 2, p. 230–289, 2018.
BADDELEY-WHITE, D. S. et al. <p>Blood pressure lowering effects of a
novel isometric exercise device following a 4-week isometric handgrip
intervention</p>. Open Access Journal of Sports Medicine, [s. l.], v. Volume
10, p. 89–98, 2019.
BALADY, G. J. et al. Resistance Exercise in Individuals With and Without
Cardiovascular Disease. [s. l.], v. 8721, n. 71, p. 1591–1597, 2000.
BAUTMANS, I.; LAMBERT, M.; METS, T. The six-minute walk test in
community dwelling elderly: Influence of health status. BMC Geriatrics, [s. l.], v.
4, p. 1–9, 2004. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC512286/pdf/1471-2318-4-
6.pdf>
BITTNER, V. et al. Prediction of Mortality and Morbidity With a 6-Minute
Walk Test in Patients With Left Ventricular Dysfunction. JAMA: The Journal of
the American Medical Association, [s. l.], v. 270, n. 14, p. 1702–1707, 1993.
BOHANNON, R. W.; CROUCH, R. Minimal clinically important difference
for change in 6 ‐ minute walk test distance of adults with pathology : a
systematic review. J Eval Clin Pract., [s. l.], v. 23, n. (2), p. 377–81, 2016.
Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27592691>
BONOW, R. O. et al. Tratado de Medicina Cardiovascular -
Braunwald E. 10th. ed. São Paulo.
BORG, G. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicne and
Science in Sports and Exercise, [s. l.], v. 14, n. 5, p. 377–381, 1982.
BROWN, L. E.; WEIR, J. P. ACCURATE ASSESSMENT OF
MUSCULAR STRENGTH AND POWER. Journal of Exercise Physiology
online, [s. l.], v. 1971, n. 1, p. 1–10, 2002.
BUTLAND, R. J. A. et al. Two-, six-, and 12-minute walking tests in
respiratory disease. British Medical Journal, [s. l.], v. 284, n. 6329, p. 1607–
33
1608, 1982.
CAHALIN, L. P. et al. The six-minute walk test predicts peak oxygen
uptake and survival in patients with advanced heart failure. Chest, [s. l.], v. 110,
n. 2, p. 325–332, 1996.
CAMARGO, A. A. et al. Reproducibility of step tests in patients with
bronchiectasis. Brazilian Journal of Physical Therapy, [s. l.], v. 17, n. 3, p.
255–262, 2013.
CARDOSO, A. M. et al. Acute effects of resistance exercise and
intermittent intense aerobic exercise on blood cell count and oxidative stress in
trained middle-aged women. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research, [s. l.], v. 45, n. 12, p. 1172–1182, 2012.
CARDOSO, F. M. F. et al. Reference values for the incremental shuttle
walk test in patients with cardiovascular disease entering exercise-based
cardiac rehabilitation. Journal of Sports Sciences, [s. l.], v. 35, n. 1, p. 1–6,
2017.
CARNEIRO, D. Prescrição de exercício físico: A sua inclusão na
consulta. Revista Portuguesa de Clínica Geral, [s. l.], v. 27, n. 5, p. 470–479,
2011.
CARTLIDGE, M. K. et al. Validation of the Incremental Shuttle Walk Test
as a Clinical End Point in Bronchiectasis. Chest, [s. l.], v. 154, n. 6, p. 1321–
1329, 2018.
COOPER, K. H. A Means of Assessing Maximal Oxygen Intake. JAMA,
[s. l.], v. 203, n. 3, p. 201, 1968. Disponível em:
<http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?doi=10.1001/jama.1968.031400300
33008>
COSTA, I. P. et al. Reliability of the Shuttle Walk Test with Controlled
Incremental Velocity in Patients with Difficult-to-Control Asthma. Journal of
Cardiopulmonary Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 38, n. 1, p. 54–57,
2018.
DA SILVA, T. D. et al. Comparison between the six-minute walk test and
the six-minute step test in post stroke patients. International Archives of
Medicine, [s. l.], v. 6, n. 1, p. 1–5, 2013.
DAL CORSO, S. et al. A step test to assess exercise-related oxygen
desaturation in interstitial lung disease. European Respiratory Journal, [s. l.],
v. 29, n. 2, p. 330–336, 2006. Disponível em:
<http://erj.ersjournals.com/cgi/doi/10.1183/09031936.00094006>
DAVI, S. F. et al. Reprodutibilidade do teste de caminhada e do degrau
de 6 minutos em adultos jovens saudáveis. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte, [s. l.], v. 20, n. 3, p. 214–218, 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922014000300214&script=sci_abstract&tlng=pt>
DOURADO, V. Z. Equações de referência para o teste de caminhada de
seis minutos em indivíduos saudáveis. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,

34
[s. l.], v. 96, n. 6, p. e128–e138, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2011000600022&lng=pt&nrm=iso&tlng=en>
DRAPER, O. J. B. • K. B. F. • T. M. M. • T. R. Exercise Prescription and
Physiology. In: Netter’s Sports Medicine. [s.l: s.n.]. p. 117-123.e1.
DU, H. et al. Six-Minute Walk Test for Assessing Physical Functional
Capacity in Chronic Heart Failure. Current Heart Failure Reports, [s. l.], v. 14,
n. 3, p. 158–166, 2017.
ECKEL, R. H. et al. 2013 AHA/ACC guideline on lifestyle management to
reduce cardiovascular risk: A report of the American college of
cardiology/American heart association task force on practice guidelines.
Journal of the American College of Cardiology, [s. l.], v. 63, n. 25 PART B,
p. 2960–2984, 2014.
ENRIGHT, P.; SHERRILL, D. Reference Equations for the Six-Minute
Walk in Healthy Adults. American Journal of Respiratory and Critical Care
Medicine, [s. l.], v. 158, p. 1384–1387, 1998.
GALLO JÚNIOR, L. et al. Sympathetic and parasympathetic changes in
heart rate control during dynamic exercise induced by endurance training in
man. Brazilian journal of medical and biological research, [s. l.], v. 22, n. 5,
p. 631–43, 1989. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2620172>
GOMES, A. L. et al. Cardiorespiratory and metabolic responses and
reference equation validation to predict peak oxygen uptake for the incremental
shuttle waking test in adolescent boys. PLOS ONE, [s. l.], v. 13, n. 11, p.
e0206867, 2018. Disponível em:
<http://dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0206867>
GORDON, N. F. et al. Cardiovascular safety of maximal strength
testing in healthy adults, 1995.
GRANATA, C.; JAMNICK, N. A.; BISHOP, D. J. Principles of Exercise
Prescription, and How They Influence Exercise-Induced Changes of
Transcription Factors and Other Regulators of Mitochondrial Biogenesis.
Sports Medicine, [s. l.], v. 48, n. 7, p. 1541–1559, 2018.
GREENLAND, P. et al. 2010 ACCF/AHA guideline for assessment of
cardiovascular risk in asymptomatic adults. Journal of the American College
of Cardiology, [s. l.], v. 56, n. 25, p. e50–e103, 2010. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.jacc.2010.09.001>
GREMEAUX, V. et al. Determining the Minimal Clinically Important
Difference for the Six-Minute Walk Test and the 200-Meter Fast-Walk Test
During Cardiac Rehabilitation Program in Coronary Artery Disease Patients
After Acute Coronary Syndrome. Archives of Physical Medicine and
Rehabilitation, [s. l.], v. 92, n. 4, p. 611–619, 2011. Disponível em:
<https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0003999310009639>
GUILKEY, J. P.; OVERSTREET, M.; MAHON, A. D. Heart rate recovery
and parasympathetic modulation in boys and girls following maximal and

35
submaximal exercise. European Journal of Applied Physiology, [s. l.], v. 115,
n. 10, p. 2125–2133, 2015.
HANSON, L. C.; MCBURNEY, H.; TAYLOR, N. F. Is the 10 m
incremental shuttle walk test a useful test of exercise capacity for patients
referred to cardiac rehabilitation? European Journal of Cardiovascular
Nursing, [s. l.], v. 17, n. 2, p. 159–169, 2018.
HANSON, L. C.; TAYLOR, N. F.; MCBURNEY, H. Interpreting
Meaningful Change in the Distance Walked in the 10-Metre ISWT in
Cardiac Rehabilitation, 2018.
HARTOG, R. et al. Short-term vascular hemodynamic responses to
isometric exercise in young adults and in the elderly. Clinical Interventions in
Aging, [s. l.], v. 13, p. 509–514, 2018.
HASS, C. J.; FEIGENBAUM, M.; GENTRY, R. Prescription of Resistance
Training for Clinical Populations. Sports Medicine, [s. l.], v. 31, n. 14, p. 953–
964, 2001. Disponível em:
<https://pdfs.semanticscholar.org/be74/75427522d010f78d33d73f7a05bffe7e89
2a.pdf>
HOUCHEN-WOLLOFF, L. et al. Survival following pulmonary
rehabilitation in patients with COPD: The effect of program completion and
change in incremental shuttle walking test distance. International Journal of
COPD, [s. l.], v. 13, p. 37–44, 2018.
HOUCHEN-WOLLOFF, L.; BOYCE, S.; SINGH, S. The minimum
clinically important improvement in the incremental shuttle walk test following
cardiac rehabilitation. European Journal of Preventive Cardiology, [s. l.], v.
22, n. 8, p. 972–978, 2015.
IWAMA, A. M. et al. The six-minute walk test and body weight-walk
distance product in healthy Brazilian subjects. Brazilian Journal of Medical
and Biological Research, [s. l.], v. 42, n. 11, p. 1080–1085, 2009. Disponível
em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19802464>
JIMÉNEZ-PAVÓN, D. et al. Physical activity and clustered cardiovascular
disease risk factors in young children: A cross-sectional study (the IDEFICS
study). BMC Medicine, [s. l.], v. 11, n. 1, 2013.
KAMINSKY, L. A. et al. Assessing physical activity as a core component
in cardiac rehabilitation: A position statement of the American association of
cardiovascular and pulmonary rehabilitation. Journal of Cardiopulmonary
Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 36, n. 4, p. 217–226, 2016.
KARANTH, M. P. S.; AWAD, N. T. Six minute walk test: A tool for
predicting mortality in chronic pulmonary diseases. Journal of Clinical and
Diagnostic Research, [s. l.], v. 11, n. 4, p. OC34–OC38, 2017.
KASPER, K. Sports Training Principles. Current Sports Medicine
Reports, [s. l.], v. 18, n. 4, p. 95–96, 2019. Disponível em:
<http://insights.ovid.com/crossref?an=00149619-201904000-00002>
KATCH, F. I.; KATCH, V. L.; MCARDLE, W. D. Fisiologia do Exercício

36
- Nutrição, Energia e Desempenho Humano. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016.
KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e
Técnicas. 6a edição ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2015.
LAVIE, C. J. et al. Exercise and the cardiovascular system: Clinical
science and cardiovascular outcomes. Circulation Research, [s. l.], v. 117, n.
2, p. 207–219, 2015.
LIMA, L. P. et al. Cardiorespiratory fitness assessment and prediction of
peak oxygen consumption by Incremental Shuttle Walking Test in healthy
women. PLoS ONE, [s. l.], v. 14, n. 2, p. 1–11, 2019.
LUM, D.; BARBOSA, T. M. Brief Review: Effects of Isometric Strength
Training on Strength and Dynamic Performance. International Journal of
Sports Medicine, [s. l.], v. 40, n. 6, p. 363–375, 2019.
LUNDSGAARD, A. M.; FRITZEN, A. M.; KIENS, B. Exercise Physiology
in Men and Women. In: Principles of Gender-Specific Medicine: Gender in
the Genomic Era: Third Edition. [s.l: s.n.]. p. 525–542.
MATERKO, W.; NEVES, C. E. B.; SANTOS, E. L. Modelo de predição de
uma repetição máxima (1RM) baseado nas características antropométricas de
homens e mulheres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, [s. l.], v. 13,
n. 1, p. 27–32, 2007.
MCGAVIN, C. R.; GUPTA, S. P.; MCHARDY, G. J. Twelve-minute
walking test for assessing disability in chronic bronchitis. BMJ, [s. l.], v. 1, n.
6013, p. 822–823, 1976. Disponível em:
<http://www.bmj.com/cgi/doi/10.1136/bmj.1.6013.822>
MEZZANI, A. et al. Aerobic exercise intensity assessment and
prescription in cardiac rehabilitation: A joint position statement of the European
association for cardiovascular prevention and rehabilitation, the American
association of cardiovascular and pulmonary rehabilitat. Journal of
Cardiopulmonary Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 32, n. 6, p. 327–
350, 2012.
MORAKAMI, F. K. et al. Can the six-minute walk distance predict the
occurrence of acute exacerbations of COPD in patients in Brazil? Jornal
Brasileiro de Pneumologia, [s. l.], v. 43, n. 4, p. 280–284, 2017. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132017000400280&lng=en&tlng=en>
NEDER, J. A.; NERY, L. E. Fisiologia Clínica do Exercício. 1a. ed. São
Paulo: Editora Artes Médicas, 2004.
O´SULLIVAN, S. B.; SCHIMITZ, T. J.; FULK, G. D. Fisioterapia:
Avaliação e Tratamento. 5a edição ed. São Paulo: Manole, 2010.
OLIVEIRA, C. S. et al. Incremental shuttle walk test to assess and
prescribe exercise for subjects with bronchiectasis: Hallway versus treadmill.
Respiratory Care, [s. l.], v. 63, n. 3, p. 311–318, 2018.
PIEPOLI, M. F. et al. 2016 European Guidelines on cardiovascular
37
disease prevention in clinical practice. European Heart Journal, [s. l.], v. 37, n.
29, p. 2315–2381, 2016.
PIRES, S. et al. Teste de caminhada de seis minutos em diferentes
faixas etárias e índices de massa corporal. Revista Brasileira de Fisioterapia,
[s. l.], v. 11, n. 2, 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
35552007000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>
POLLOCK, M. L. et al. Resistance exercise in individuals with and
without cardiovascular disease: benefits, rationale, safety, and prescription.
AHA Science Advisory, [s. l.], v. 101, n. 7, p. 828–833, 2000.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: Teoria e
aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9a ed ed. São Paulo:
Editora Manole, 2017.
RHEA, M. R. et al. A meta-analysis to determine the dose response for
strength development. Medicine and Science in Sports and Exercise, [s. l.],
v. 35, n. 3, p. 456–464, 2003.
RIVERA-BROWN, A. M.; FRONTERA, W. R. Principles of exercise
physiology: Responses to acute exercise and long-term adaptations to training.
PM and R, [s. l.], v. 4, n. 11, p. 797–804, 2012. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.pmrj.2012.10.007>
ROGNMO, Ø. et al. High intensity aerobic interval exercise is superior to
moderate intensity exercise for increasing aerobic capacity in patients with
coronary artery disease. European Journal of Cardiovascular Prevention
and Rehabilitation, [s. l.], v. 11, n. 3, p. 216–222, 2004.
SARMENTO, A. de O. et al. Regular physical exercise improves cardiac
autonomic and muscle vasodilatory responses to isometric exercise in healthy
elderly. Clinical Interventions in Aging, [s. l.], v. 12, p. 1021–1028, 2017.
SCHOENFELD, B. J. et al. Muscular adaptations in low- versus high-load
resistance training: A meta-analysis. European Journal of Sport Science, [s.
l.], v. 16, n. 1, p. 1–10, 2016.
SCHOENFELD, B. J.; OGBORN, D.; KRIEGER, J. W. Effects of
Resistance Training Frequency on Measures of Muscle Hypertrophy: A
Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Medicine, [s. l.], v. 46, n. 11, p.
1689–1697, 2016.
SELMAN, J. P. R. TESTE EM ESTEIRA E TESTE DO DEGRAU PARA
AVALIAÇÃO DO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO: ELES
SÃO INTERCAMBIÁVEIS? 2015. Universidade Nove de Julho - UNINOVE, [s.
l.], 2015.
SMART, N. A. et al. Effects of isometric resistance training on resting
blood pressure: Individual participant data meta-Analysis. Journal of
Hypertension, [s. l.], v. 37, n. 10, p. 1927–1938, 2019.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Consenso Nacional de
Reabilitação Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v.

38
69, n. 4, p. 267–291, 1997.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I DIRETRIZ
BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME
METABÓLICA. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 84, n. supl 1, p.
1–28, 2005. a.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz de Reabilitação
Cardíaca. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 84, n. 5, p. 431–440,
2005. b. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2005000500015>
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. III Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre teste ergométrico. Arquivos
brasileiros de cardiologia, [s. l.], v. 95, n. 5 Suppl 1, p. 1–26, 2010.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz Sul-Americana
de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de
Cardiologia, [s. l.], v. 103, n. 2, 2014. Disponível em:
<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2014/Diretriz_de_Consenso Sul-
Americano.pdf>
SPERANDIO, E. F. et al. Intensity and physiological responses to the 6-
minute walk test in middle-aged and older adults: A comparison with
cardiopulmonary exercise testing. Brazilian Journal of Medical and
Biological Research, [s. l.], v. 48, n. 4, p. 349–353, 2015.
SWARTZ, M. H. Tratado de Semiologia Médica. 7a edição ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Ltda, 2015.
TANAKA, H.; MONAHAN, K. D.; SEALS, D. R. Age-Predicted Maximal
Heart Rate Revisited. J Am Coll Cardiol, [s. l.], v. 37, n. 1, p. 153–156, 2001.
Disponível em:
<http://content.onlinejacc.org/cgi/content/abstract/37/1/153%0Ahttp://ac.els-
cdn.com/S0735109700010548/1-s2.0-S0735109700010548-
main.pdf?_tid=ac5b7a64-0e2d-11e6-aff1-
00000aab0f26&acdnat=1461950181_3fc76f0b8305496b914594f61dc8f9b2>
TAYLOR, J. L. et al. Guidelines for the delivery and monitoring of high
intensity interval training in clinical populations. Progress in Cardiovascular
Diseases, [s. l.], v. 62, n. 2, p. 140–146, 2019.
TRAVENSOLO, C. et al. Medida do desempenho físico por testes de
campo em programas de reabilitação cardiovascular: revisão sistemática
e meta‐análise, 2018.
TRAVENSOLO, C.; POLITO, M. Testes de Degrau para Avaliação da
Capacidade de Exercício em Pacientes com Doenças Cardíacas: Resvisão da
Literatura. Revista Brasileira de Cardiologia, [s. l.], v. 27, n. 6, p. 445–453,
2014.
VINCENT, K. R. et al. Improved cardiorespiratory endurance following 6
months of resistance exercise in elderly men and women. Archives of Internal
Medicine, [s. l.], v. 162, n. 6, p. 673–678, 2002.

39
WEBER, K. T.; JANICKI, J. S. Cardiopulmonary exercise testing for
evaluation of chronic cardiac failure. The American Journal of Cardiology, [s.
l.], v. 55, n. 2, 1985.
WILES, J. D. et al. The safety of isometric exercise. Medicine, [s. l.], v.
97, n. 10, p. e0105, 2018.
WILLIAMS, M. A. et al. Resistance exercise in individuals with and
without cardiovascular disease: 2007 update: A scientific statement from the
American Heart Association Council on Clinical Cardiology and Council on
Nutrition, Physical Activity, and Metabolism. Circulation, [s. l.], v. 116, n. 5, p.
572–584, 2007.
WISLØFF, U. et al. Superior cardiovascular effect of aerobic interval
training versus moderate continuous training in heart failure patients: A
randomized study. Circulation, [s. l.], v. 115, n. 24, p. 3086–3094, 2007.
YILDIZ, S. et al. Clinical Determinants of Incremental Shuttle Walk Test
in Adults with Bronchiectasis. Lung, [s. l.], v. 196, n. 3, p. 343–349, 2018.

40
Efeitos benéficos do exercício aeróbico para os pacientes com doença
arterial coronariana

Inserir Video-aula – Efeitos Benéficos – Capacidade Funcional

Efeitos na capacidade funcional

Como foi visto anteriormente, diante de estímulos adversos, leia-se


sobrecargas, o organismo mostra respostas imediatas a esses exercícios. Isso
foi o que denominamos de efeitos agudos ou respostas imediatas ao exercício.
Todavia, devemos ter clareza que a constância dos estímulos gera ao longo do
tempo, mais ou menos a partir de 12 semanas, adaptações nos diferentes
sistemas envolvidos nos exercícios. Estas adaptações são sinais de que os
efeitos desejados foram atingidos, assim, a existência das adaptações mostram
o sucesso da sua proposta terapêutica. Claramente, deve-se ter a consciência
de que sinais discretos ou ausências deles, podem não significar falha da
abordagem, como discutiremos adiante.

Entende-se por capacidade funcional a resposta do indivíduo diante de


um esforço empregado, ou seja, capacidade de realizar trabalho. Vimos que o
consumo de oxigênio é a variável que manifesta o grau de capacidade funcional
do indivíduo, sendo esta capacidade tanto maior quanto maior for o consumo,
assim a principal adaptação obtida com a prática regular é o aumento do
consumo de oxigênio. Também foi discutido que a capacidade funcional está
intimamente relacionada com os sistemas cardiovascular, respiratório e
musculoesquelético. Considerando nosso tópico, a doença arterial coronariana
(DAC) acomete uma das engrenagens envolvidas na neste sistema, o que pode
limitar a capacidade do organismo em responder ao aumento da demanda
metabólica. Não podemos esquecer que a presença dos fatores de risco ligados
à DAC, modificáveis ou não, também podem influenciar nestas respostas.
Diversos estudos demonstram o benefício dos exercícios terapêuticos sobre a
DAC, propiciando até mesmo redução da mortalidade. Indiscutivelmente, uma

41
proposta terapêutica adequada promove um aumento da capacidade funcional
e qualidade de vida dos pacientes portadores de DAC(GOBLE; WORCESTER,
1999; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 1997, 2006)(GHORAYEB
et al., 2019; PATTYN; BEULQUE; CORNELISSEN, 2018; SPINDLER et al.,
2019).

Inserir Video-aula – Efeitos Benéficos – sistema cardiovascular e


respiratório

Efeitos no sistema cardiovascular e respiratório

Os sistemas cardiovascular e respiratório são responsáveis pelo


transporte e obtenção de oxigênio, respectivamente. O estímulo constante do
exercício terapêutico, tanto nos exercícios aeróbios como resistidos isotônicos,
fornecem sobrecarga suficiente para produzir diferentes adaptações no sistema
cardiovascular. Vamos tomar uma sequência das variáveis cardiovasculares
para que fica mais fácil o entendimento destas adaptações.

DC = FC x VS

O débito cardíaco (DC), produto da frequência cardíaca (FC) pelo volume


sistólico (VS) se mantem igual após um período longo de treinamento na
situação de repouso, mas se mostra bem mais elevado ao final de um exercício
máximo. A adaptação da FC ao exercício, é caracterizada por uma redução dos
seus valores de repouso em relação a fase pré treinamento, um dos principais
sinais positivos do efeito do treinamento. Tal aspecto é devido a um ajuste na
modulação autonômica sobre o coração, aumentando a atuação parassimpática
sobre a simpática. Estando a FC mais baixa no repouso, podemos considerar
que o consumo de oxigênio do miocardio será menor, o que vai de encontro
positivo para um paciente com DAC. A recuperação da FC nos primeiros minutos
após o exercício também é um indicador prognóstico para pacientes com DAC.

42
O exercício aumenta a participação do componente vagal parassimpático
gerando mais rapidamente uma queda da FC final aos valores de repouso.

A outra adaptação está ligada ao aumento do volume sistólico no repouso


e no exercício. Este aumento é decorrente da sobrecarga de volume imposta
pelo exercício ao longo do treinamento levando a uma hipertrofia excêntrica.
Assim, o DC de repouso continua igual ao valor pré treinamento, mas o DC final
se eleva permitindo o ganho na capacidade funcional (ANTELMI et al., 2008;
BESNIER et al., 2017; CHEN et al., 2018; FU; D.LEVINE, 2013; GUILKEY;
OVERSTREET; MAHON, 2015; MOUINE; BERRADA, 2020; OLIVEIRA et al.,
2013; PRINSLOO; LAURIE RAUCH; DERMAN, 2014; SEGOVIA et al., 2017;
TARALOV; TERZIYSKI; KOSTIANEV, 2015); (THOMPSON; FERNANDEZ,
2018).

C(a - v)O2 = CaO2 – CvO2

A diferença artério-venosa ou conteúdo artério-venoso, descrito pela


diferença entre o conteúdo arterial de oxigênio (CaO2) e o conteúdo venoso de
oxigênio (CvO2) representa a quantidade de oxigênio que ficou nos tecidos. Para
obtenção desta variável, é necessária uma amostra de sangue arterial e venoso
e o valor da hemoglobina, como se segue nas seguintes fórmulas:

CaO2 = (1,34 x Hb x SatO2) + (0,0031 x PaO2);

CvO2 = (1,34 x Hb x SvtO2) + (0,0031 x PvO2);

Onde, Hb é o volume de hemoglobina plasmática, PO2 as pressões


parciais de oxigênio nos sangues arterial e venoso, respectivamente. Um outro
instrumento utilizado para avaliação desta variável é a espectroscopia no
infravermelho próximo, sistema não invasivo utilizado em terapia intensiva e
laboratórios (NEDER; NERY, 2004; LIMA; BAKKER, 2011; POWERS; HOWLEY,
2014; HALL; GUYTON, 2016; BONOW et al., 2017).

O entendimento desta variável no exercício ou em terapia intensiva é


simples; quanto maior a diferença artério-venosa maior a extração tecidual de
oxigênio, mais oxigênio nas células. Há importância do entendimento de que os
conteúdos estão relacionados aos sistemas cardiovasculares e respiratório,
43
sendo que um quadro de insuficiência cardíaca ou ventilatória podem interferir
diretamente na diferença artério-venosa.

Pressão Arterial

A pressão arterial (PA) é uma variável relacionada diretamente com o


produto do DC com a resistência vascular sistêmica. Pode-se assim dizer que
quanto maior o volume de sangue ejetado, maior será a PA; sendo que esta
verdade deve ser considerada apenas apara a pressão de ejeção ou sistólica
(PAS), visto que a pressão arterial diastólica deve-se manter em seus valores de
repouso ou elevar-se não mais que 10 milímetros de mercúrio. A elevação da
PAS atinge cerca de 180 mmHg, valores acima sugerem resposta inadequada.

O exercício apresenta um efeito benéfico sobre a PA, vimos que um


aumento da atividade vagal e maior liberação de óxido nítrico são algumas das
respostas. Um outro aspecto é que o estímulo constante dado pela musculatura
esquelética ou cardíaca leva a um estímulo denominado de angiogênese,
gerando um aumento do território vascular para aquela musculatura. Como
resposta a longo prazo, observa-se uma redução das PA no repouso, reduzindo
assim o consumo de oxigênio do músculo cardíaco (MVO2), daí a importância da
prática de exercício regular para pacientes hipertensos. Considerando a DAC, já
deve estar claro que a redução do MVO2 melhora a balança entre a oferta e o
consumo, reduzindo a sobrecarga sobre o coração(AMERICAN ASSOCIATION
OF CARDIOVASCULAR AND PULMONARY REHABILITATION, 2013; RIVERA-
BROWN; FRONTERA, 2012; BRUM et al., 2011; GIELEN et al., 2011; CASSAR
et al., 2009; FU; D.LEVINE, 2013; HALL; GUYTON, 2016; KATCH; KATCH;
MCARDLE, 2016; NEDER; NERY, 2004; SOCIEDADE BRASILEIRA DE
CARDIOLOGIA, 1997, 2014a, 2014b; TURKBEY et al., 2010).

Efeitos na musculatura esquelética

O movimento é essencial para a sustentação e deslocamento do corpo.


Os músculos são a engrenagem que estimula o sistema cardiovascular e
44
respiratório impondo o aumento da demanda metabólica gerando assim
respectivas respostas. Considerando a DAC, a perda de parte da função contrátil
cardíaca ocasiona uma redução da oferta de oxigênio para os músculos, levando
uma incapacidade ao indivíduo de manter o trabalho pelo mesmo período de
tempo de um coração normal.

O princípio da sobrecarga descreve o ganho da massa muscular frente ao


aumento da carga de trabalho. Podemos entender que não existe sempre a
necessidade de carga extra (peso, anilha, banda elástica...), mas para um
coração acometido, o aumento da duração ou frequência da atividade, seja ela
aeróbia ou por meio dos exercícios resistidos promove a hipertrofia muscular. A
hipertrofia da musculatura esquelética, será um dos mecanismos de
compensação que auxiliaram a manutenção ou ganho da capacidade funcional
para o paciente coronariopata. Como citado acima, o processo de angiogênese
pela estimulação periódica dos músculos, favorece a captação do oxigênio e sua
utilização a nível mitocondrial (aumento no número de mitocôndrias), otimizando
a capacidade aeróbia, ou seja, o metabolismo oxidativo(BALADY et al., 2007;
BROWN; WEIR, 2002; HALL; GUYTON, 2016; HAMM et al., 2011; KANG; HA;
KO, 2019; KASPER, 2019; MCKENDRY et al., 2018; MCMAHON; ADES;
THOMPSON, 2017; PIEPOLI et al., 2016; POLLOCK et al., 1990; POWERS;
HOWLEY, 2014, 2017; SCHOENFELD; OGBORN; KRIEGER, 2016;
THOMPSON; FERNANDEZ, 2018).

Empoderamento e segurança ao paciente

Um dos aspectos de destaque na reabilitação de pacientes com DAC é o


psicológico. Se imaginamos que o indivíduo que sofreu o infarto se considerava
sadio, ele agora se mostra desesperado. Vamos mais a fundo ainda; um pai ou
mãe de família, a pergunta se resume em: Como cuidarei da minha família se
estou doente agora?

As diversas sociedades internacionais e nacionais que atuam na


reabilitação destacam competências profissionais e componentes obrigatórios

45
para atenção a esta população(AMERICAN ASSOCIATION OF
CARDIOVASCULAR AND PULMONARY REHABILITATION, 2013; BALADY et
al., 2007; HAMM et al., 2011; MCMAHON; ADES; THOMPSON, 2017; PIEPOLI
et al., 2016; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2006, 2014a).

Deve se ter claro primeiramente, que o paciente que faz parte ou virá a
fazer parte de um programa receberá instruções além da necessidade de possuir
a capacidade de se alto monitorar, o gera segurança. O conhecimento de sua
doença, sinais e sintomas, permite que o indivíduo perceba em qualquer
momento o que pode estar errado. Atualmente este aspecto permite até mesmo
a aplicação de programas domiciliares, visto que a mortalidade e reinfarto são
extremamente baixos(DALAL et al., 2010; JOLLY et al., 2006)(ANDERSON et
al., 2016; JOLLIFFE et al., 2001).

Bem-estar e qualidade de vida

Já está bem claro que o processo de reabilitação cardiovascular promove


um melhora da qualidade de vida e redução da morbi-mortalidade, além de uma
melhor relação custo-efetividade(ANDERSON et al., 2016; JOLLIFFE et al.,
2001).

Atualmente, bem-estar e qualidade de vida são os focos dos programas


de saúde. A definição atual de saúde dada pela Organização Mundial de Saúde
descreve a mesma não apenas como a ausência de doença, mas enfoca o
indivíduo como um todo, bio-psico-social(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE, 1948).

Poderíamos questionar esta definição se fossemos seguir literalmente o


que foi escrito, mas descartando utopias, o fato de um indivíduo voltar a estar
integrado à sociedade após um evento cardiovascular caracteriza seu processo
de reabilitação, o que permite que ele siga com sua vida. Cabe aos profissionais
envolvidos, destacando os fisioterapeutas aqui, a busca pelo cumprimento desta
meta.
46
Assim, o conhecimento e o envolvimento de cada profissional e dos
diferentes serviços, devem estar sempre focado no paciente, buscando sempre
superar as possíveis limitações do sistema, e mais do que nunca envolver o
paciente e os familiares no processo, pois só assim ocorrerá o aparecimento do
bem-estar e melhora da qualidade de vida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A.F., S. et al. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arquivos


Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 101, n. 6, 2013.

ABERNETHY, P.; WILSON, G.; LOGAN, P. Strength and Power Assessment:


Issues, Controversies and Challenges. Sports Medicine, [s. l.], v. 19, n. 6, p. 401–
417, 1995.

AMERICAN ASSOCIATION OF CARDIOVASCULAR AND PULMONARY


REHABILITATION. Guidelines for Cardiac Rehabilitation and Secondary
Prevention Program. 5th. ed. Champaign, United States: Human Kinectics
Publishers, 2013.

ANDERSON, L. et al. Exercise-based cardiac rehabilitation for coronary heart


disease ( Review ). Cochrane Database of Systematic Reviews, [s. l.], n. 1, p. 1–
211, 2016.

47
ANDRADE, C. et al. O uso de testes do degrau para a avaliação da capacidade
de exercício em pacientes com doenças pulmonares crônicas. J Bras Pneumol,
[s. l.], v. 38, n. 1, p. 116–124, 2016.

ANTELMI, I. et al. Recuperação da Freqüência Cardíaca após Teste de Esforço


em Esteira Ergométrica e Variabilidade da Freqüência Cardíaca em 24 Horas em
Indivíduos Sadios. Arq Bras Cardiol, [s. l.], v. 90, n. 6, p. 413–418, 2008.

ATS. Guidelines for the six-minute walk test. American Journal of Respiratory
and Critical Care Medicine, [s. l.], v. 166, n. 1, p. 111–117, 2002.

BACAL, F. et al. 3a Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco. Arquivos


brasileiros de cardiologia, [s. l.], v. 111, n. 2, p. 230–289, 2018.

BADDELEY-WHITE, D. S. et al. <p>Blood pressure lowering effects of a novel


isometric exercise device following a 4-week isometric handgrip intervention</p>.
Open Access Journal of Sports Medicine, [s. l.], v. Volume 10, p. 89–98, 2019.

BALADY, G. J. et al. Resistance Exercise in Individuals With and Without


Cardiovascular Disease. [s. l.], v. 8721, n. 71, p. 1591–1597, 2000.

BAUTMANS, I.; LAMBERT, M.; METS, T. The six-minute walk test in community
dwelling elderly: Influence of health status. BMC Geriatrics, [s. l.], v. 4, p. 1–9,
2004. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC512286/pdf/1471-2318-4-
6.pdf>

BESNIER, F. et al. Exercise training-induced modification in autonomic nervous


system:An update for cardiac patients. Annals of Physical and Rehabilitation
Medicine, [s. l.], v. 60, p. 27–35, 2017. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.ehab.2016.07.002>

BITTNER, V. et al. Prediction of Mortality and Morbidity With a 6-Minute Walk


Test in Patients With Left Ventricular Dysfunction. JAMA: The Journal of the
American Medical Association, [s. l.], v. 270, n. 14, p. 1702–1707, 1993.

BOHANNON, R. W.; CROUCH, R. Minimal clinically important difference for


change in 6 ‐ minute walk test distance of adults with pathology : a systematic
review. J Eval Clin Pract., [s. l.], v. 23, n. (2), p. 377–81, 2016. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27592691>

BONOW, R. O. et al. Tratado de Medicina Cardiovascular - Braunwald E. 10th.


ed. São Paulo.

BORG, G. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicne and Science in


Sports and Exercise, [s. l.], v. 14, n. 5, p. 377–381, 1982.

48
BRUM, P. et al. Aerobic exercise training in heart failure: impact on sympathetic
hyperactivity and cardiac and skeletal muscle function. Brazilian Journal of
Medical and Biological Research, [s. l.], v. 44, n. 9, p. 827–835, 2011. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
879X2011000900002&lng=en&tlng=en>

BUTLAND, R. J. A. et al. Two-, six-, and 12-minute walking tests in respiratory


disease. British Medical Journal, [s. l.], v. 284, n. 6329, p. 1607–1608, 1982.

CAHALIN, L. P. et al. The six-minute walk test predicts peak oxygen uptake and
survival in patients with advanced heart failure. Chest, [s. l.], v. 110, n. 2, p. 325–
332, 1996.

CAMARGO, A. A. et al. Reproducibility of step tests in patients with


bronchiectasis. Brazilian Journal of Physical Therapy, [s. l.], v. 17, n. 3, p. 255–
262, 2013.

CARDOSO, A. M. et al. Acute effects of resistance exercise and intermittent


intense aerobic exercise on blood cell count and oxidative stress in trained
middle-aged women. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, [s. l.],
v. 45, n. 12, p. 1172–1182, 2012.

CARDOSO, F. M. F. et al. Reference values for the incremental shuttle walk test
in patients with cardiovascular disease entering exercise-based cardiac
rehabilitation. Journal of Sports Sciences, [s. l.], v. 35, n. 1, p. 1–6, 2017.

CARNEIRO, D. Prescrição de exercício físico: A sua inclusão na consulta.


Revista Portuguesa de Clínica Geral, [s. l.], v. 27, n. 5, p. 470–479, 2011.

CARTLIDGE, M. K. et al. Validation of the Incremental Shuttle Walk Test as a


Clinical End Point in Bronchiectasis. Chest, [s. l.], v. 154, n. 6, p. 1321–1329,
2018.

CASSAR, A. et al. Chronic coronary artery disease: Diagnosis and management.


Mayo Clinic Proceedings, [s. l.], v. 84, n. 12, p. 1130–1146, 2009.

CHEN, Y. et al. Association between cardiac autonomic nervous dysfunction and


the severity of coronary lesions in patients with stable coronary artery disease.
Journal of International Medical Research, [s. l.], v. 46, n. 9, p. 3729–3740, 2018.

COOPER, K. H. A Means of Assessing Maximal Oxygen Intake. JAMA, [s. l.], v.


203, n. 3, p. 201, 1968. Disponível em:
<http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?doi=10.1001/jama.1968.031400300
33008>

49
COSTA, I. P. et al. Reliability of the Shuttle Walk Test with Controlled Incremental
Velocity in Patients with Difficult-to-Control Asthma. Journal of Cardiopulmonary
Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 38, n. 1, p. 54–57, 2018.

DA SILVA, T. D. et al. Comparison between the six-minute walk test and the six-
minute step test in post stroke patients. International Archives of Medicine, [s. l.],
v. 6, n. 1, p. 1–5, 2013.

DAL CORSO, S. et al. A step test to assess exercise-related oxygen desaturation


in interstitial lung disease. European Respiratory Journal, [s. l.], v. 29, n. 2, p.
330–336, 2006. Disponível em:
<http://erj.ersjournals.com/cgi/doi/10.1183/09031936.00094006>

DALAL, H. M. et al. Home based versus centre based cardiac rehabilitation:


Cochrane systematic review and meta-analysis. BMJ (Online), [s. l.], v. 340, n.
7740, p. 249, 2010.

DAVI, S. F. et al. Reprodutibilidade do teste de caminhada e do degrau de 6


minutos em adultos jovens saudáveis. Revista Brasileira de Medicina do Esporte,
[s. l.], v. 20, n. 3, p. 214–218, 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922014000300214&script=sci_abstract&tlng=pt>

DOURADO, V. Z. Equações de referência para o teste de caminhada de seis


minutos em indivíduos saudáveis. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v.
96, n. 6, p. e128–e138, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2011000600022&lng=pt&nrm=iso&tlng=en>

DRAPER, O. J. B. • K. B. F. • T. M. M. • T. R. Exercise Prescription and


Physiology. In: Netter’s Sports Medicine. [s.l: s.n.]. p. 117-123.e1.

DU, H. et al. Six-Minute Walk Test for Assessing Physical Functional Capacity in
Chronic Heart Failure. Current Heart Failure Reports, [s. l.], v. 14, n. 3, p. 158–
166, 2017.

ECKEL, R. H. et al. 2013 AHA/ACC guideline on lifestyle management to reduce


cardiovascular risk: A report of the American college of cardiology/American heart
association task force on practice guidelines. Journal of the American College of
Cardiology, [s. l.], v. 63, n. 25 PART B, p. 2960–2984, 2014.

ENRIGHT, P.; SHERRILL, D. Reference Equations for the Six-Minute Walk in


Healthy Adults. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, [s.
l.], v. 158, p. 1384–1387, 1998.

50
FU, Q.; D.LEVINE, B. Chapter 13 - Exercise and the autonomic nervous system.
In: Autonomic Nervous System. [s.l.] : Elsevier Inc., 2013. p. 147–160.

GALLO JÚNIOR, L. et al. Sympathetic and parasympathetic changes in heart


rate control during dynamic exercise induced by endurance training in man.
Brazilian journal of medical and biological research, [s. l.], v. 22, n. 5, p. 631–43,
1989. Disponível em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2620172>

GHORAYEB, N. et al. The Brazilian society of cardiology and Brazilian society of


exercise and sports medicine updated guidelines for sports and exercise
cardiology – 2019. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 112, n. 3, p. 326–
368, 2019.

GIELEN, S. et al. Exercise-Induced Modulation of Endothelial Nitric Oxide


Production. Current Pharmaceutical Biotechnology, [s. l.], v. 12, n. 9, p. 1375–
1384, 2011. Disponível em:
<http://www.eurekaselect.com/openurl/content.php?genre=article&issn=1389-
2010&volume=12&issue=9&spage=1375>

GOBLE, A. J. ;; WORCESTER, M. U. C. Best Practice Guidelines for Cardiac


Rehabilitation and Secondary Prevention. Human Service Victoria, [s. l.], p. 1–
238, 1999. Disponível em:
<https://pdfs.semanticscholar.org/ec3b/455b4bd6be59807e98e908e0a744ad08
0b92.pdf>

GOMES, A. L. et al. Cardiorespiratory and metabolic responses and reference


equation validation to predict peak oxygen uptake for the incremental shuttle
waking test in adolescent boys. PLOS ONE, [s. l.], v. 13, n. 11, p. e0206867,
2018. Disponível em: <http://dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0206867>

GORDON, N. F. et al. Cardiovascular safety of maximal strength testing in


healthy adults, 1995.

GRANATA, C.; JAMNICK, N. A.; BISHOP, D. J. Principles of Exercise


Prescription, and How They Influence Exercise-Induced Changes of
Transcription Factors and Other Regulators of Mitochondrial Biogenesis. Sports
Medicine, [s. l.], v. 48, n. 7, p. 1541–1559, 2018.

GREENLAND, P. et al. 2010 ACCF/AHA guideline for assessment of


cardiovascular risk in asymptomatic adults. Journal of the American College of
Cardiology, [s. l.], v. 56, n. 25, p. e50–e103, 2010. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.jacc.2010.09.001>

GREMEAUX, V. et al. Determining the Minimal Clinically Important Difference for


the Six-Minute Walk Test and the 200-Meter Fast-Walk Test During Cardiac
Rehabilitation Program in Coronary Artery Disease Patients After Acute Coronary
Syndrome. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, [s. l.], v. 92, n. 4, p.
51
611–619, 2011. Disponível em:
<https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0003999310009639>

GUILKEY, J. P.; OVERSTREET, M.; MAHON, A. D. Heart rate recovery and


parasympathetic modulation in boys and girls following maximal and submaximal
exercise. European Journal of Applied Physiology, [s. l.], v. 115, n. 10, p. 2125–
2133, 2015.

HALL, J. E.; GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 13a. ed. [s.l.] :


Elsevier Editora Ltda., 2016. Disponível em:
<https://www.evolution.com.br/epubreader/9788535285543>

HAMM, L. F. et al. Core competencies for cardiac rehabilitation/secondary


prevention professionals: 2010 update: Position statement of the American
Association of Cardiovascular and Pulmonary Rehabilitation. Journal of
Cardiopulmonary Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 31, n. 1, p. 2–10, 2011.

HANSON, L. C.; TAYLOR, N. F.; MCBURNEY, H. Interpreting Meaningful


Change in the Distance Walked in the 10-Metre ISWT in Cardiac Rehabilitation,
2018.

HARTOG, R. et al. Short-term vascular hemodynamic responses to isometric


exercise in young adults and in the elderly. Clinical Interventions in Aging, [s. l.],
v. 13, p. 509–514, 2018.

HASS, C. J.; FEIGENBAUM, M.; GENTRY, R. Prescription of Resistance


Training for Clinical Populations. Sports Medicine, [s. l.], v. 31, n. 14, p. 953–964,
2001. Disponível em:
<https://pdfs.semanticscholar.org/be74/75427522d010f78d33d73f7a05bffe7e89
2a.pdf>

HOUCHEN-WOLLOFF, L. et al. Survival following pulmonary rehabilitation in


patients with COPD: The effect of program completion and change in incremental
shuttle walking test distance. International Journal of COPD, [s. l.], v. 13, p. 37–
44, 2018.

HOUCHEN-WOLLOFF, L.; BOYCE, S.; SINGH, S. The minimum clinically


important improvement in the incremental shuttle walk test following cardiac
rehabilitation. European Journal of Preventive Cardiology, [s. l.], v. 22, n. 8, p.
972–978, 2015.

IWAMA, A. M. et al. The six-minute walk test and body weight-walk distance
product in healthy Brazilian subjects. Brazilian Journal of Medical and Biological
Research, [s. l.], v. 42, n. 11, p. 1080–1085, 2009. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19802464>

52
JIMÉNEZ-PAVÓN, D. et al. Physical activity and clustered cardiovascular
disease risk factors in young children: A cross-sectional study (the IDEFICS
study). BMC Medicine, [s. l.], v. 11, n. 1, 2013.

JOLLIFFE, J. et al. Exercise-based rehabilitation for coronary heart disease. In:


JOLLIFFE, J. (Ed.). The Cochrane Database of Systematic Reviews. Chichester,
UK: John Wiley & Sons, Ltd, 2001. v. 61p. 61–67.

JOLLY, K. et al. Home-based cardiac rehabilitation compared with centre-based


rehabilitation and usual care: a systematic review and meta-analysis.
International journal of cardiology, [s. l.], v. 111, n. 3, p. 343–51, 2006. Disponível
em: <http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16316695>

KAMINSKY, L. A. et al. Assessing physical activity as a core component in


cardiac rehabilitation: A position statement of the American association of
cardiovascular and pulmonary rehabilitation. Journal of Cardiopulmonary
Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 36, n. 4, p. 217–226, 2016.

KANG, S.; HA, G.; KO, K. Journal of Exercise Science & Fitness Association
between resting heart rate , metabolic syndrome and cardiorespiratory fi tness in
Korean male adults. Journal of Exercise Science & Fitness, [s. l.], v. 15, n. 1, p.
27–31, 2019. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.jesf.2017.06.001>

KARANTH, M. P. S.; AWAD, N. T. Six minute walk test: A tool for predicting
mortality in chronic pulmonary diseases. Journal of Clinical and Diagnostic
Research, [s. l.], v. 11, n. 4, p. OC34–OC38, 2017.

KASPER, K. Sports Training Principles. Current Sports Medicine Reports, [s. l.],
v. 18, n. 4, p. 95–96, 2019. Disponível em:
<http://insights.ovid.com/crossref?an=00149619-201904000-00002>

KATCH, F. I.; KATCH, V. L.; MCARDLE, W. D. Fisiologia do Exercício - Nutrição,


Energia e Desempenho Humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas.


6a edição ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2015.

LAVIE, C. J. et al. Exercise and the cardiovascular system: Clinical science and
cardiovascular outcomes. Circulation Research, [s. l.], v. 117, n. 2, p. 207–219,
2015.

LIMA, A.; BAKKER, J. Espectroscopia no infravermelho próximo para a


monitorização da perfusão tecidual. Rev Bras Ter Intensiva, [s. l.], v. 23, n. 3, p.
341–351, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2011000300013>

53
LIMA, L. P. et al. Cardiorespiratory fitness assessment and prediction of peak
oxygen consumption by Incremental Shuttle Walking Test in healthy women.
PLoS ONE, [s. l.], v. 14, n. 2, p. 1–11, 2019.

LUM, D.; BARBOSA, T. M. Brief Review: Effects of Isometric Strength Training


on Strength and Dynamic Performance. International Journal of Sports Medicine,
[s. l.], v. 40, n. 6, p. 363–375, 2019.

LUNDSGAARD, A. M.; FRITZEN, A. M.; KIENS, B. Exercise Physiology in Men


and Women. In: Principles of Gender-Specific Medicine: Gender in the Genomic
Era: Third Edition. [s.l: s.n.]. p. 525–542.

MATERKO, W.; NEVES, C. E. B.; SANTOS, E. L. Modelo de predição de uma


repetição máxima (1RM) baseado nas características antropométricas de
homens e mulheres. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, [s. l.], v. 13, n. 1,
p. 27–32, 2007.

MCGAVIN, C. R.; GUPTA, S. P.; MCHARDY, G. J. Twelve-minute walking test


for assessing disability in chronic bronchitis. BMJ, [s. l.], v. 1, n. 6013, p. 822–
823, 1976. Disponível em:
<http://www.bmj.com/cgi/doi/10.1136/bmj.1.6013.822>

MCMAHON, S. R.; ADES, P. A.; THOMPSON, P. D. The role of cardiac


rehabilitation in patients with heart disease. Trends in Cardiovascular Medicine,
[s. l.], v. 27, n. 6, p. 420–425, 2017. Disponível em:
<https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1050173817300178>

MEZZANI, A. et al. Aerobic exercise intensity assessment and prescription in


cardiac rehabilitation: A joint position statement of the European association for
cardiovascular prevention and rehabilitation, the American association of
cardiovascular and pulmonary rehabilitat. Journal of Cardiopulmonary
Rehabilitation and Prevention, [s. l.], v. 32, n. 6, p. 327–350, 2012.

MORAKAMI, F. K. et al. Can the six-minute walk distance predict the occurrence
of acute exacerbations of COPD in patients in Brazil? Jornal Brasileiro de
Pneumologia, [s. l.], v. 43, n. 4, p. 280–284, 2017. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
37132017000400280&lng=en&tlng=en>

MOUINE, N.; BERRADA, N. E. M. Effect of exercise training in heart rate


recovery of patients in cardiac rehabilitation. Archives of Cardiovascular
Diseases, [s. l.], v. 12, n. 1, p. 152–153, 2020. Disponível em:
<https://doi.org/10.1016/j.acvdsp.2019.09.305>

NEDER, J. A.; NERY, L. E. Fisiologia Clínica do Exercício. 1a. ed. São Paulo:
Editora Artes Médicas, 2004.

54
O´SULLIVAN, S. B.; SCHIMITZ, T. J.; FULK, G. D. Fisioterapia: Avaliação e
Tratamento. 5a edição ed. São Paulo: Manole, 2010.

OLIVEIRA, C. S. et al. Incremental shuttle walk test to assess and prescribe


exercise for subjects with bronchiectasis: Hallway versus treadmill. Respiratory
Care, [s. l.], v. 63, n. 3, p. 311–318, 2018.

OLIVEIRA, N. L. et al. Heart rate variability in myocardial infarction patients:


Effects of exercise training. Revista Portuguesa de Cardiologia, [s. l.], v. 32, n. 9,
p. 687–700, 2013. Disponível em:
<https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0870255113001601>

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Constituição OMS. 1948. Disponível


em: <https://www.who.int/es/about/who-we-are/constitution>.

PATTYN, N.; BEULQUE, R.; CORNELISSEN, V. Aerobic Interval vs. Continuous


Training in Patients with Coronary Artery Disease or Heart Failure: An Updated
Systematic Review and Meta-Analysis with a Focus on Secondary Outcomes.
Sports Medicine, [s. l.], v. 48, n. 5, p. 1189–1205, 2018.

PIEPOLI, M. F. et al. 2016 European Guidelines on cardiovascular disease


prevention in clinical practice. European Heart Journal, [s. l.], v. 37, n. 29, p.
2315–2381, 2016.

PIRES, S. et al. Teste de caminhada de seis minutos em diferentes faixas etárias


e índices de massa corporal. Revista Brasileira de Fisioterapia, [s. l.], v. 11, n. 2,
2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
35552007000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>

POLLOCK, M. L. et al. Resistance exercise in individuals with and without


cardiovascular disease: benefits, rationale, safety, and prescription. AHA Science
Advisory, [s. l.], v. 101, n. 7, p. 828–833, 2000.

POLLOCK, M. L. et al. The recommended quantity and quality of exercise for


developing and maintaining cardiorespiratory and muscular fitness in healthy
adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, [s. l.], v. 22, n. 2, p. 265–
274, 1990.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao


Condicionamento e ao Desempenho. 8th. ed. [s.l: s.n.].

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: Teoria e aplicação ao


condicionamento e ao desempenho. 9a ed ed. São Paulo: Editora Manole, 2017.

55
PRINSLOO, G. E.; LAURIE RAUCH, H. G.; DERMAN, W. E. A brief review and
clinical application of heart rate variability biofeedback in sports, exercise, and
rehabilitation medicine. Physician and Sportsmedicine, [s. l.], v. 42, n. 2, p. 88–
99, 2014.

RHEA, M. R. et al. A meta-analysis to determine the dose response for strength


development. Medicine and Science in Sports and Exercise, [s. l.], v. 35, n. 3, p.
456–464, 2003.

RIVERA-BROWN, A. M.; FRONTERA, W. R. Principles of exercise physiology:


Responses to acute exercise and long-term adaptations to training. PM and R,
[s. l.], v. 4, n. 11, p. 797–804, 2012. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1016/j.pmrj.2012.10.007>

ROGNMO, Ø. et al. High intensity aerobic interval exercise is superior to


moderate intensity exercise for increasing aerobic capacity in patients with
coronary artery disease. European Journal of Cardiovascular Prevention and
Rehabilitation, [s. l.], v. 11, n. 3, p. 216–222, 2004.

SARMENTO, A. de O. et al. Regular physical exercise improves cardiac


autonomic and muscle vasodilatory responses to isometric exercise in healthy
elderly. Clinical Interventions in Aging, [s. l.], v. 12, p. 1021–1028, 2017.

SCHOENFELD, B. J. et al. Muscular adaptations in low- versus high-load


resistance training: A meta-analysis. European Journal of Sport Science, [s. l.],
v. 16, n. 1, p. 1–10, 2016.

SCHOENFELD, B. J.; OGBORN, D.; KRIEGER, J. W. Effects of Resistance


Training Frequency on Measures of Muscle Hypertrophy: A Systematic Review
and Meta-Analysis. Sports Medicine, [s. l.], v. 46, n. 11, p. 1689–1697, 2016.

SEGOVIA, V. et al. El entrenamiento físico restaura la variabilidad del ritmo


cardiaco en la insuficiencia cardiaca. Revisión sistemática. Archivos de
Cardiología de México, [s. l.], v. 87, n. 4, p. 326–335, 2017.

SELMAN, J. P. R. TESTE EM ESTEIRA E TESTE DO DEGRAU PARA


AVALIAÇÃO DO BRONCOESPASMO INDUZIDO PELO EXERCÍCIO: ELES
SÃO INTERCAMBIÁVEIS? 2015. Universidade Nove de Julho - UNINOVE, [s.
l.], 2015.

SMART, N. A. et al. Effects of isometric resistance training on resting blood


pressure: Individual participant data meta-Analysis. Journal of Hypertension, [s.
l.], v. 37, n. 10, p. 1927–1938, 2019.

56
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz brasileira de doença
coronariana estável. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 103, n. 2 Supl.
2, p. 73, 2014. b.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz de Reabilitação


Cardíaca. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 84, n. 5, p. 431–440,
2005. b. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-
782X2005000500015>

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz de Reabilitação


Cardiopulmonar e Metabólica: Aspectos Práticos e Responsabilidades. Arq Bras.
de Cardiol., [s. l.], v. 86, n. 1, p. 74–82, 2006. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/abc/v86n1/a11v86n1.pdf>

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz Sul-Americana de


Prevenção e Reabilitação Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia,
[s. l.], v. 103, n. 2, 2014. Disponível em:
<http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2014/Diretriz_de_Consenso Sul-
Americano.pdf>

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Consenso Nacional de


Reabilitação Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 69, n.
4, p. 267–291, 1997.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I DIRETRIZ BRASILEIRA DE


DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA. Arquivos
Brasileiros de Cardiologia, [s. l.], v. 84, n. supl 1, p. 1–28, 2005. a.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. III Diretrizes da Sociedade


Brasileira de Cardiologia sobre teste ergométrico. Arquivos brasileiros de
cardiologia, [s. l.], v. 95, n. 5 Suppl 1, p. 1–26, 2010.

SPERANDIO, E. F. et al. Intensity and physiological responses to the 6-minute


walk test in middle-aged and older adults: A comparison with cardiopulmonary
exercise testing. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, [s. l.], v.
48, n. 4, p. 349–353, 2015.

SPINDLER, H. et al. Conventional Rehabilitation Therapy Versus


Telerehabilitation in Cardiac Patients: A Comparison of Motivation, Psychological
Distress, and Quality of Life. International journal of environmental research and
public health, [s. l.], v. 16, n. 3, p. 1–15, 2019.

SWARTZ, M. H. Tratado de Semiologia Médica. 7a edição ed. Rio de Janeiro:


Elsevier Ltda, 2015.

57
TANAKA, H.; MONAHAN, K. D.; SEALS, D. R. Age-Predicted Maximal Heart
Rate Revisited. J Am Coll Cardiol, [s. l.], v. 37, n. 1, p. 153–156, 2001. Disponível
em: <http://content.onlinejacc.org/cgi/content/abstract/37/1/153%0Ahttp://ac.els-
cdn.com/S0735109700010548/1-s2.0-S0735109700010548-
main.pdf?_tid=ac5b7a64-0e2d-11e6-aff1-
00000aab0f26&acdnat=1461950181_3fc76f0b8305496b914594f61dc8f9b2>

TARALOV, Z. Z.; TERZIYSKI, K. V.; KOSTIANEV, S. S. Heart Rate Variability as


a Method for Assessment of the Autonomic Nervous System and the Adaptations
to Different Physiological and Pathological Conditions. Folia medica, [s. l.], v. 57,
n. 3–4, p. 173–180, 2015.

TAYLOR, J. L. et al. Guidelines for the delivery and monitoring of high intensity
interval training in clinical populations. Progress in Cardiovascular Diseases, [s.
l.], v. 62, n. 2, p. 140–146, 2019.

THOMPSON, P. D.; FERNANDEZ, A. B. Exercise and sports cardiology.


Exercise and Sports Cardiology, [s. l.], v. 1–3, p. 1–927, 2018.

TRAVENSOLO, C. et al. Medida do desempenho físico por testes de campo em


programas de reabilitação cardiovascular: revisão sistemática e meta‐ análise,
2018.

TRAVENSOLO, C.; POLITO, M. Testes de Degrau para Avaliação da


Capacidade de Exercício em Pacientes com Doenças Cardíacas: Resvisão da
Literatura. Revista Brasileira de Cardiologia, [s. l.], v. 27, n. 6, p. 445–453, 2014.

TURKBEY, E. B. et al. Physical activity and physiological cardiac remodelling in


a community setting: The Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA). Heart,
[s. l.], v. 96, n. 1, p. 42–48, 2010.

VINCENT, K. R. et al. Improved cardiorespiratory endurance following 6 months


of resistance exercise in elderly men and women. Archives of Internal Medicine,
[s. l.], v. 162, n. 6, p. 673–678, 2002.

WEBER, K. T.; JANICKI, J. S. Cardiopulmonary exercise testing for evaluation of


chronic cardiac failure. The American Journal of Cardiology, [s. l.], v. 55, n. 2,
1985.

WILES, J. D. et al. The safety of isometric exercise. Medicine, [s. l.], v. 97, n. 10,
p. e0105, 2018.

WILLIAMS, M. A. et al. Resistance exercise in individuals with and without


cardiovascular disease: 2007 update: A scientific statement from the American
Heart Association Council on Clinical Cardiology and Council on Nutrition,

58
Physical Activity, and Metabolism. Circulation, [s. l.], v. 116, n. 5, p. 572–584,
2007.

WISLØFF, U. et al. Superior cardiovascular effect of aerobic interval training


versus moderate continuous training in heart failure patients: A randomized
study. Circulation, [s. l.], v. 115, n. 24, p. 3086–3094, 2007.

YILDIZ, S. et al. Clinical Determinants of Incremental Shuttle Walk Test in Adults


with Bronchiectasis. Lung, [s. l.], v. 196, n. 3, p. 343–349, 2018.

59

Você também pode gostar