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Fisioterapia
Belo Horizonte
2022
Introdução
Em todo lugar se escuta que a prática de exercícios físicos regularmente faz bem
para saúde, mas não é explicado o porquê faz bem aderir essa prática. Muito além
de manter uma estética padrão como a famosa “barriga tanquinho”, os exercícios
proporcionam mudanças em diversos sistemas do corpo humano. O objetivo deste
estudo é descrever sobre alguns ajustes e adaptações que ocorrem no organismo
ao realizar atividades esportivas, neste caso, o futebol, o esporte mais famoso do
mundo.
A ideia geral do jogo se trata de passar uma bola pela baliza da equipe adversária,
sem usar as mãos (com exceção do goleiro) em uma partida que se divide em dois
tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos entre elas, ou seja, exige
esforço para correr e chutar a bola pelo campo durante quase 1 hora ininterrupta.
Tais esforços dependem de uma série de mudanças fisiológicas que serão descritas
a seguir:
A aplicação de um treinamento físico de baixa intensidade e longa duração pode induzir uma
conversão de fibras rápidas em fibras lentas, por outro lado, um treinamento de alta
intensidade e curta duração pode causar um resultado oposto, isto é, conversão de fibras
lentas para rápidas (CAIOZZO et al., 2000; CAMPOS et al., 2002).
Ajustes cardiovasculares
Adaptações cardiovasculares
Os jogadores profissionais, a longo prazo em possuem um aumento da massa e do
volume do coração, obtendo maiores volumes diastólicos terminais no ventrículo
esquerdo durante o repouso e a atividade física. A hipertrofia cardíaca moderada
secundária ao crescimento longitudinal das células miocárdicas reflete uma
adaptação ao treinamento fundamental e normal do músculo para uma carga de
trabalho aumentada.
Esse aumento de volume caracteriza-se pelo aumento de tamanho da cavidade
ventricular esquerda (hipertrofia excêntrica) e pelo espessamento moderado de suas
paredes (hipertrofia concêntrica).
O treinamento regular altera as propriedades contráteis das fibras do músculo
cardíaco que incluem maior sensibilidade à ativação pelo Ca2+, mudanças na
relação força-comprimento e maior produção de potência.
A sobrecarga do miocárdio estimula maior síntese de proteína celular, com reduções
concomitantes na degradação proteica. Um maior conteúdo de RNA no músculo
treinado acelera a síntese das proteínas. As miofibrilas individuais sofrem
espessamento, enquanto o número desses filamentos contráteis aumenta.
Os atletas de enderance possuem, em média, um volume cardíaco 25% maior que
os congêneres sedentários. Os pesquisadores ainda procuram saber se os maiores
volumes do coração de atletas de endurance refletem padrões genéticos,
adaptações ao treinamento ou um efeito combinado.
A duração do treinamento afeta o tamanho e a estrutura do coração. Vários estudos
não relataram modificações nas dimensões cardíacas com o treinamento a curto
prazo, apesar de aprimoramentos no O2máx e na resposta da frequência
cardíaca ao exercício submáximo.
Referências
Foss, M.L.; Keteyian, S.J. Fox - Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. 6a ed.
Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000.