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ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS
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a regeneração e hipertrofia da célula muscular. A sua transformação em
mioblastos e depois em miotúbulos iria originar novas fibras (hiperplasia). São
conclusões simpáticas e atraentes que o futuro esclarecerá melhor.
As características do estímulo que se faz sentir sobre determinado
músculo vão determinar o tipo de fibra muscular que mais se vai desenvolver, ou
seja, a hipertrofia muscular é relativamente específica para as fibras treinadas.
Todos os estudos efetuados parecem indicar uma relação entre
desenvolvimento das fibras musculares de contração lenta, e consequente
aumento relativo da sua superfície, com o treino de endurance, de
características aeróbicas.
Existe também uma relação entre o desenvolvimento das fibras de
contração rápida, FT ou tipo II, com um inerente aumento da superfície relativa
dentro do músculo, com o treino de força, anaeróbico, isométrico por exemplo.
Há assim uma hipertrofia seletiva, com as alterações correspondentes das
atividades enzimáticas, induzida pelo tipo de treino.
Os estudos referem que perante um treino de força, de características
anaeróbicas, há desenvolvimento dos dois tipos de fibras (1 e 2), mas o aumento
é maior nas do tipo lI. Desta hipertrofia seletiva poderão os atletas recolher
dividendos. Se se pretender um maior desenvolvimento das fibras tipo II, o treino
deverá ser composto por um volume baixo e cargas altas, originando-se um
grande ganho na força. Já o treino com volumes altos e cargas baixas irá
desenvolver principalmente as fibras do tipo L excetuando-se as situações de
treino para desportos específicos (o treino de força para o halterofilismo, por
exemplo), o treino intervalado ou o treino com estações parece ser o mais
adequado para o desenvolvimento global do músculo, porquanto estimula os
dois tipos de fibras musculares. Assim, correndo um minuto alternadamente de-
pressa e devagar, haverá também alternadamente a entrada em funcionamento
do metabolismo anaeróbico e do aeróbico, predominantes em cada um dos tipos
de fibras musculares que naquela altura estão a ser estimulados.
O treino de desenvolvimento muscular induz adaptações de acordo com
as suas características. Poderá originar volumes musculares maiores ou
menores, ganhos superiores em força ou em endurance, ou seja, ele deverá ser
prescrito de acordo com a finalidade ou desporto em causa. Vejamos o caso do
treino de potência, que utiliza cargas moderadas a altas e velocidades de
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contração altas. Em atletas treinados, e provavelmente porque o tempo de
ativação é muito curto para induzir crescimento muscular, não se verifica
hipertrofia muscular significativa. Hakkinen refere a utilidade desta conclusão
indicando as vantagens que poderá ter nos desportos onde não se pretenda um
aumento significativo da massa muscular, o mesmo é dizer do peso corporal,
susceptível de interferir com o desempenho desportivo. Seria o caso dos ciclistas
que têm necessidade de associar a um peso baixo uma capacidade de
desenvolvimento de força grande. No treino de potência o ganho de força é
menor do que quando se utilizam cargas grandes no exercício.
Os ganhos obtidos com o treino de desenvolvimento muscular são
diferentes nos atletas treinados e nos atletas iniciadores. Aqueles têm mais
dificuldades em melhorar o seu nível de força. Há estudos que assim o
demonstram e num deles demonstra-se que os indivíduos com um nível de força
baixo, com três meses de treino intenso, tiveram uma evolução bastante superior
àquela observada nos atletas de elite, após seis meses de treino. Poder-se-á
concluir, então, que os indivíduos não treinados têm um potencial de
desenvolvimento muscular bastante mais elevado, exigindo programas de treino
menos elaborados, enquanto os atletas de elite necessitam de programas mais
individualizados dado possuírem um potencial de crescimento menor.
Parece ser crença generalizada, e de acordo com os trabalhos efetuados, que
os maiores aumentos na força muscular constatados na fase inicial do período
de treino, em indivíduos previamente não treinados, durante as primeiras
semanas de treino intenso são devidos a adaptações neurológicas, em que há
uma ativação neurológica máxima dos músculos sujeitos a treino. A conclusão
de que seja a adaptação neuromuscular a responsável pelo aumento de força
na fase inicial do período de treino surge devido à constatação de que o principal
aumento da área transversal muscular (hipertrofia) acontece apenas numa fase
mais tardia, e de que os pequenos aumentos que inicialmente se verificam não
seriam suficientes para justificar o maior aumento da força que logo de início
acontece. Há um estudo que refere um aumento inicial de força igual a II %, e
posteriormente, na segunda fase do treino, de 6,6 %, enquanto a área
transversal muscular apenas aumentou 3,1 % e 5,3% na primeira metade e na
segunda metade, respectivamente. Este estudo acaba por constatar que há um
maior aumento da força na fase inicial do programa de treino, enquanto o maior
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aumento da área transversal apenas acontece na segunda. Uma contribuição
cada vez maior da hipertrofia muscular acompanhará um maior aumento da força
durante as subsequentes semanas de treino. Parece que os músculos
destreinados vão usar a sua reserva funcional e assim ativarem totalmente os
seus músculos. Já para os atletas os estudos referem que tal não acontece, e
as conclusões indicam que se um atleta treinado utilizar cargas de 70%-80% do
máximo haverá, inclusivamente, diminuição da ativação neurológica.
http://slideplayer.com.br/slide/364125/
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musculares nos meses posteriores. É nesta altura que as especulações sobre a
hiperplasia muscular são algumas e os resultados não conclusivos.
Assim como o treino induz desenvolvimento muscular, também a paragem
do mesmo originará diminuição da força muscular, de início provavelmente
devido à diminuição da atividade neurológica e posteriormente devido à
contribuição da atrofia muscular.
Apesar de a contração excêntrica ser considerada pela maioria dos
autores como sendo a mais eficaz para o treino muscular, há, no entanto, outros
autores que preferem ser mais cautelosos na adopção de conclusões, pois
consideram que diferentes resultados se poderão dever a diferentes programas
de treino (número de contrações musculares por treino, duração e frequência
das sessões, etc.) e ao diferente estado físico antes de se iniciarem os trabalhos.
De igual modo, e de acordo com os trabalhos efetuados, a eficácia dos três
métodos (concêntrica, excêntrica e isométrica) é idêntica no desenvolvimento de
força muscular nas primeiras 4-8 semanas de treino, altura em que mais
facilmente a força muscular aumenta, desde que o músculo seja confrontado
com cargas acima dos valores habituais. Neste período inicial os aumentos da
força são facilmente atingidos, observando-se aumento de 10 ou mais por cento
em indivíduos não treinados logo nas primeiras semanas. Mas a partir deste
período a eficácia das três técnicas parece ser diferente. No mesmo estudo, a
modalidade contração concêntrica-excêntrica, na qual 50 % das contrações
musculares do exercício eram concêntricas e as restantes excêntricas, foi a mais
eficaz.
Quando o treino muscular adopta contrações concêntricas com carga
elevada e velocidade de movimento baixa há ganhos principalmente ria força
muscular máxima. À medida que a carga diminui e a velocidade de contração
aumenta os ganhos em força máxima irão diminuindo. Como já foi referido, uma
descontinuidade no treino originará uma perda de força máxima, proporcional à
carga que era utilizada durante os treinos.
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS NA
MUSCULAÇÃO
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http://docplayer.com.br/10004422-Aspectos-fisiologicos-do-treinamento-de-forca-aplicado-na-musculacao-profa-mestre-
vanessa-da-silva-lima.html
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Yan (2000) define adaptação como uma mudança na estrutura, função ou
forma que melhora as condições de sobrevivência para um animal em um dado
ambiente. O músculo estriado esquelético é um tecido dinâmico com grande
capacidade de adaptação produzida por alterações de demanda funcional.
Conforme Alberts et al (1997), o músculo esquelético é uma célula gigante
formada pela fusão de células isoladas que mantém seus núcleos logo abaixo
da membrana plasmática. O citoplasma é composto fundamentalmente por
miofibrilas, que são os elementos contráteis da célula. Isto tudo caracteriza o
músculo esquelético como uma célula altamente especializada e
compartimentalizada.
O exercício físico é um potente indutor de adaptações nas estruturas
neuromusculares. Estas mudanças estão relacionadas sobretudo ao tipo e
exercício desenvolvido, porém o exercício característico de força muscular é o
melhor estímulo para induzir mudanças nas estruturas musculares (Wilmore e
Costill, 2001; Garret Jr e Kirkendall, 2000).
O Colégio Americano de Medicina do Esporte ressalta que a força
muscular é um componente fundamental da saúde, aptidão física e melhora da
qualidade de vida (Kraemer et al, 2002).
Entre as respostas ao treinamento de força muscular está a hipertrofia
muscular, que consiste num acúmulo proteico, produto de uma maior síntese de
proteínas e uma diminuição de sua degradação (Booth e Thomason, 1991).
Conforme Phillips et al (1997) a síntese proteica no músculo esquelético
é aumentada após treinamento intenso com pesos, sendo que alcança seu pique
em torno de 24 horas pós-treino e permanece elevada até 36-48 horas pós-
exercício (MacDougall et al, 1995).
Adaptações neurais
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aumento dos componentes contráteis do músculo esquelético. O período em que
esta resposta se dá parece estar relacionado à periodização do treinamento e a
individualidade de cada sujeito, no entanto parece situar-se entre a sexta e a
oitava semana de treinamento (Moritani e de Vries, 1979; Staron et al, 1994;
1991).
Perspectivas mais recentes sugerem que a resposta hipertrófica das
miofibrilas musculares pode ser limitada, supondo um período em torno de 12
meses. Ganhos posteriores seriam atribuídos sobretudo a uma segunda fase de
adaptação neural. (Deschenes e Kraemer, 2002).
http://slideplayer.com.br/slide/3096630/
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submetidos ao treinamento de força apresentam também aumento nos graus de
força muscular (Shaver, 1970; Sale, 1988).
Adaptações contráteis
Tipos de fibras
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concentração percentual de MHC-II no quadríceps femoral está relacionada
positivamente com a força concêntrica máxima desenvolvida em movimentos
rápidos e moderados. Entretanto Staron et al (1991) sugerem que tal mudança
se dá após longo período de treinamento.
Conforme Fleck e Kraemer (1999), embora não haja conversão para o tipo
I, estas fibras também respondem ao treinamento resistido, todavia não com a
mesma intensidade que fibras do tipo II. Staron et al (2000) observaram que em
homens a concentração de fibras do tipo II responsivas ao treinamento tende a
ser significativamente maior do que em mulheres.
Adaptações endócrinas
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822008000400013
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Garret Jr e Kirkendall (2000) mencionam os IGF-I como envolvidos no
aumento do consumo de aminoácidos e na síntese de glicose, além de
estimularem a mitose celular. Yan et al (1993) e DeVol et al (1990) observaram
que o treinamento de força intenso pode induzir elevação nos níveis de IGF-I,
inclusive com a verificação de que o mencionado fator de crescimento pode ser
sintetizado e secretado pelo próprio músculo esquelético. Em sentido contrário,
Nindl et al (2001) e Kraemer et al (1995) não observaram a mesma resposta de
aumento do IGF-I. Respostas crônicas nos níveis circulatórios de IGF-I também
são conflitantes, enquanto McGall et al (1999) Kraemer et al (1998) e Hakkinen
et al (2001) não observaram alterações nos níveis basais, Marx et al (2001) e
Borst et al (2001) encontraram elevações significativas após 12 e 13 semanas
de treinamento resistido.
O catabolismo muscular é mediado sobretudo pelo cortisol, hormônio
glucocorticóide que tanto apresenta efeito na estimulação da degradação
proteica como na inibição da síntese de proteína muscular (Florini, 1987; Alberts
et al, 1997). A ação do cortisol se dá tanto sobre as fibras lentas como sobre as
rápidas, porém nestas últimas o impacto é mais pronunciado (Kelly e McGrath,
1986), sendo potencializado atenuação verificada sobre agentes anabólicos
como a testosterona, o GH e a insulina (Bricout et al, 1999; Dianan et al, 1994;
Loehrke et al, 1996 apud Deschenes e Kraemer, 2002).
Os aumentos nos níveis de cortisol são observados sobretudos em
situações de stress (Alberts et al, 1997; Garret Jr e Kirkendall, 2000). Desta
forma, o exercício resistido intenso apresenta-se como um potente agente
estressante e pós-treinamento verificam-se grandes elevações nos níveis de
cortisol circulante (Marx et al, 2001; Kraemer et al, 1998). As respostas crônicas
podem apontar para níveis atenuados nas condições de repouso (Kraemer et al,
1998; Alen et al, 1988 apud Deschenes e Kraemer, 2002). Esta resposta é
compatível com o desenvolvimento de hipertrofia induzida pelo exercício.
Adaptações bioenergéticas
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das enzimas relacionadas à geração de energia anaeróbia alática
(creatinaquinase e mioquinase). Conteúdos musculares de glicogênio e de
enzimas relacionadas à glicólise parecem também não se elevar
significativamente em função do treinamento de força específico (Houston et al,
1983, Tesch et al, 1990 apud Deschenes e Kraemer, 2002).
Em relação ao metabolismo de gorduras, Staron et al (1984) e Chilibeck
et al (1999) observaram diminuição nas reservas musculares após o treinamento
com pesos. Comprovando as adaptações específicas ao exercício físico, a
concentração de algumas enzimas envolvidas no processo de geração de
energia aeróbia tem apresentado diminuição após o trabalho de musculação,
como no caso da citrato sintase e da sucinato desidrogenase (MacDougall et al.
1979; Staron et al, 1984; Green et al, 1999; Chilibeck et al, 1999).
http://pt.slideshare.net/claudioatelier/adaptaes-do-sistema-neuromuscular-ao-treinamento
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De forma geral os maiores consensos relacionados às adaptações ao
treinamento com pesos são encontrados entre os indicadores de composição
corporal. Observam-se respostas significativas em ambos sexos e faixas etárias,
tanto em atletas como em não-atletas. Diversos pesquisadores observaram
aumento da massa corporal magra, bem como diminuição nos conteúdos de
gordura subcutânea após o trabalho com pesos (Staron et al, 1991; MacDougall
et al, 1977; Kraemer et al, 2000; Hunter et al, 2000; Fleck e Kraemer, 1999).
Com relação às características do trabalho de musculação, além da sua
alta especificidade verifica-se a grande vantagem do controle de diversas
variáveis do treinamento, como intensidade e volume. A carga, o número de
repetições o intervalo de repouso, entre outras acabam por tornar a periodização
do exercício uma arte capaz de induzir diversas respostas e adaptações do
músculo esquelético.
Hortobagyi et al (1993 apud Mujika e Padilla, 2001) verificaram que o
condicionamento de força muscular induzida pelo treinamento excêntrico
apresentou perdas mais acentuadas do que os progressos obtidos a partir do
exercício concêntrico. Isto pode indicar a importância assumida pelo regime de
contração excêntrica nos programas de treinamento de característica
neuromuscular, e que se apresenta no treinamento muscular como um dos seus
principais componentes. Do ponto de vista metabólico verifica-se, segundo
Badillo e Ayestaran (2001) e Bacurau et al (2001), predomínio das vias
energéticas anaeróbias, porém com gasto energético significativo e que em
função da ação dos hormônios anabólicos como o GH e a testosterona
favorecem a utilização não só da glicose como substrato energético, mas
também da gordura.
Com relação ao impacto sobre as características teciduais do músculo
esquelético, observa-se como principal resposta à prática da musculação o
processo de hipertrofia, tendo como principal alvo as fibras do tipo II ou rápidas.
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TIPOS DE ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS
Adaptações Metabólicas
Adaptações Cardiorrespiratórias
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Eleva a taxa total de hemoglobina e beneficia a dinâmica
circulatória, o que facilita a capacidade de fornecimento de oxigênio
aos tecidos.
Favorece o retorno venoso e evita o represamento do sangue nas
extremidades do corpo.
Aumenta a ventilação pulmonar mediante ganho no volume-minuto
e na redução da frequência respiratória.
Adaptações Músculo-ósteo-articulares
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https://ennioss.wordpress.com/tag/substrato-energetico/
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no sistema nervoso central e o recrutamento de unidades funcionais de
movimento, as unidades motoras (MCARDLE et al., 2003, p.405). Esses
mesmos autores também afirmam que outra adaptação ocorrida relacionada ao
treinamento é um maior número de descargas elétricas diretamente nos
neurônios responsáveis pela contração muscular.
O aumento de força é a principal resposta adaptativa neurofisiológica
relacionada ao treinamento com peso isso se dá pela maior coordenação intra e
intermuscular.
Totalmente contrária às respostas morfológicas e metabólicas, que são
modificações estruturais e bioquímicas.
Ao se compreender que o músculo responde aos estímulos do
treinamento físico tanto no âmbito metabólico e morfológico como no
neurofisiológico, torna-se relevante ressaltar que as adaptações, se estabelecem
de maneira intimamente relacionada a dois fatores que são: o tipo de exercício
executado e as características pessoais do indivíduo que o realiza. Esses fatores
se inserem nos princípios do condicionamento físico que são comumente
utilizados para o aprimoramento do desempenho muscular.
MCARDLE et al. (2003, p.472) afirmam que os princípios podem ser
categorizados em: princípio da individualidade biológica (ou diferenças
individuais), sobrecarga, continuidade (ou reversibilidade) e da especificidade.
Quanto ao princípio da adaptação, destaca-se que em algumas situações este
não é considerado como princípio por se caracterizar, segundo alguns autores
(ZATSIORKY, 1999; WEINECK, 1999), como uma lei que rege o treinamento
físico. Dessa forma, e possível afirmar que, destacar estes princípios e propor o
conhecimento dos mesmos, torna-se pertinente, pois a posterior compreensão
acerca “do que são” e “como ocorrem” as respostas adaptativas
neuromusculares, exige o entendimento prévio dos fatores que intervêm no
surgimento e nas consequentes características dessas respostas.
Uma adaptação neural importante é o da diminuição da co-contração
muscular, para indivíduos destreinados com peso, ao fazer o exercício o
organismo não consegue “isolar” uma musculatura apenas, fazendo a
musculatura antagonista se contrair juntamente com o músculo agonista, com a
adaptação neural o corpo passa a fazer a contração sem que haja também a
contração do músculo antagonista.
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Contudo, vale ressaltar que as adaptações promovidas por qualquer tipo
de treinamento estão estreitamente relacionadas ao modelo de treinamento
específico realizado.
http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Fisiologia_da_Contra%C3%A7%C3%A3o_Muscular
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junção neuromuscular, onde é liberado o neurotransmissor que inicia a produção
de força, a acetilcolina. A partir disso, o potencial de ação na fibra muscular se
propaga nas duas direções, dirigindo-se para as suas extremidades (WILMORE
& COSTILL, 2001; MAUGHAN et. al, 2000).
O mecanismo de desenvolvimento de força ou a contração muscular
propriamente dita ocorre quando os sarcômeros se contraem e,
consequentemente, a fibra muscular também se contrai, onde a Zona H
desaparece e a distância entre as sucessivas Linhas Z é reduzida. Os filamentos
não se alteram em comprimento, apenas ocorre o deslizamento dos filamentos
de actina sobre os filamentos de miosina, quando as cabeças de miosina formam
pontes cruzadas junto aos espaços ativos nas subunidades de actina dos
filamentos finos. Cada ponte une e desune diversas vezes durante a contração,
em uma ação rápida, arrastando os filamentos finos para dentro do sarcômero
(GENTIL, 2006; WEINECK, 2003; WILMORE & COSTILL, 2001).
Fisiologia da Hipertrofia Muscular Este capítulo se mostrou de
fundamental importância para que o professor de musculação passe a não só
fazer, mas também entender os mecanismos que estão envolvidos nas
respostas do tecido muscular ao treinamento e no desenvolvimento da
hipertrofia. Apesar da grande importância, apenas um livro-texto traz
informações sobre o assunto. Informações mais detalhadas e aprofundamentos
ainda se restringem apenas a artigos internacionais, raríssimas publicações em
língua portuguesa. Segundo o que foi visto nestas fontes de consulta, o processo
de hipertrofia está relacionado diretamente à síntese de componentes celulares,
particularmente dos filamentos protéicos que constituem os elementos
contráteis.
Sabe-se que a intensidade na síntese das proteínas contráteis
musculares é muito maior durante o desenvolvimento da hipertrofia do que a
intensidade de sua degradação, levando progressivamente a um número maior
de filamentos tanto de actina como de miosina nas miofibrilas. Além do
espessamento das miofibrilas da célula, novos sarcômeros são formados pela
síntese proteica acelerada e, correspondentes reduções no fracionamento
protéico. Aumentos significativos são observados também nas reservas locais
de ATP, fosfocreatina e glicogênio. Além disso, o tecido conjuntivo que envolve
as fibras musculares sofre aumento em resposta ao treinamento, o que de forma
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discreta, também colabora com a hipertrofia (BOMPA, 1998; GENTIL, 2006;
MAUGHAN, 2000; McARDLE, 2003).
Sem dúvida o dano muscular é um fator muito importante para o processo
de hipertrofia. Entretanto, ao contrário do que se acreditava há poucos anos,
vários outros fatores também possuem papel determinante no aumento da
secção transversa das fibras musculares. Acredita-se, portanto, que a hipertrofia
seja resultado da soma de vários fatores e diversos mecanismos que a
estimulam de forma direta e indireta.
O treino de musculação, quando adequadamente prescrito, pode
promover o desenvolvimento de vários destes estímulos. Didaticamente, eles
foram divididos em Mecanismos Físicos Intrínsecos (Síntese de DNA,
Microlesões, Mecanotransdução, Células Satélites e Alterações na
Osmolaridade) e em Fatores Hormonais e Enzimáticos (Hormônio do
Crescimento – Gh, IGF-I, Testosterona, Insulina e Miostatina) (BOSCO et al.,
2000).
Além destes mecanismos, hormônios e enzimas, alguns fatores inerentes
ao treinamento de musculação já são reconhecidamente como intervenientes no
resultado do treinamento. Para a hipertrofia, as repetições excêntricas, a hipóxia
e o óxido nítrico interferem diretamente nos resultados obtidos.
Geração e Ganho de Força A força é uma qualidade física cuja
manifestação depende de fatores tanto estruturais quanto neurais, hormonais ou
até mesmo psicológicos (BADILLO & AYESTARN, 2004).
A revisão feita sobre este tema mostrou basicamente que diferenças são
notadas entre ganho de força e massa muscular, mas que ambos os fenômenos
interagem nas respostas ao treinamento. Mostrou ainda que os benefícios da
musculação ocorrem de forma bem mais rápidos para a força que para a
hipertrofia, mas que estas duas qualidades são determinantes na melhoria da
qualidade de vida proporcionado por esta modalidade de exercício. Do ponto de
vista estrutural, a força é determinada por muitos fatores como o número de
pontes cruzadas de miosina que interagem com os filamentos de actina, número
de sarcômeros, comprimento e os tipos de fibras musculares, do posicionamento
das fibras do grupo muscular e das áreas e seção transversa do músculo (HAMIL
& KNUTIZEN, 1999).
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Em resposta ao treinamento de musculação, o ganho de força se dá
através de dois fatores:
(1) adaptações neurais;
(2) aumento da área de secção transversa do músculo (hipertrofia).
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http://pt.slideshare.net/MarceloCarneiro2/fisiologia-do-tecido-muscular
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métodos, isto é, sem os conhecimentos adequados sobre os mesmos,
praticantes e profissionais acabam por utilizá-los como uma “receita de bolo”
para todos os indivíduos.
Portanto, o ideal é que o profissional ligado ao treinamento de musculação
conheça profundamente os vários tipos de métodos, sabendo quais estímulos
cada um é capaz de produzir, utilizando-os de forma racional, na pessoa correta
e no momento adequado, o que evitará um platô no nível de progresso ou até
mesmo um overtraining durante o treinamento. De uma forma geral, os métodos
fornecem estímulos específicos, seja através da manipulação dos intervalos
entre as séries, maior número de repetições realizadas, tipo de contração
muscular, sobrecarga utilizada, tempo sob tensão, ou pela via metabólica
solicitada.
Neste sentido, didaticamente classificamos os métodos, de acordo com o
seu principal objetivo, em 6 grupos: métodos que aumentam número de
repetições; métodos que exploram ativação de unidades motoras; métodos que
são metabólicos promovem acidose e hipóxia; métodos cardiovasculares;
métodos enfatizados em grupos musculares e métodos que preconizam a fase
excêntrica do exercício.
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são superiores por promoverem maiores ganhos de força e de massa muscular
(LANGE et al., 2002).
Antes da atividade principal da sessão de exercício, vários exercícios de
aquecimento e de alongamento são realizados para melhorar a transição do
estado de repouso para o ativo (exercício), cujo objetivo é a preparação fisiologia
e psicológica do indivíduo (McARDLE, 2003).
Com base na experiência prática, sabemos que o aquecimento executado
apropriadamente com a devida técnica, respeitando o volume e intensidade trará
efeitos benéficos ao organismo prevenindo-o de possíveis lesões articulares e
musculares. Dessa forma, criando alterações no organismo para suportar um
treinamento, uma competição ou um lazer, onde o mais importante é o aumento
da temperatura corporal (DANTAS, 2003).
Suplementação na Musculação
http://www.musculacao.net/guia-dos-suplementos-de-proteina/
BIOMECÂNICA NAMUSCULAÇÃO
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Na musculação você apresenta diversos benefícios aos seus alunos,
justamente por trabalhar com os músculos e estimular seu crescimento e força.
Além dos benefícios estéticos buscados pelos praticantes de musculação, a
modalidade apresenta um ganho na saúde. Controle da pressão arterial, queda
de glicose nos diabéticos, melhora autoestima, previne certas doenças da
obesidade, além da melhora do perfil lipídico, da percepção da qualidade de
vida, dos aspectos emocionais, da força muscular, entre outros são
apresentados em estudos que envolvem o treino de força muscular.
Para auxiliar ainda mais no seu programa de treino correto e eficaz, o
professor de Educação Física deve ter conhecimentos de anatomia, fisiologias
humana e do exercício, biomecânica e primeiros socorros, o aluno não é
exclusivamente biológico, é influenciado por aspectos psicológico, sociais,
culturais, espirituais…, '' um treino de qualidade não deve ser comparado como
uma receita de bolo" o professor não deve ser um mero reprodutor de “receitas”.
Os conhecimentos em biomecânica, ou seja, noções de física (mecânica)
aplicadas no funcionamento do corpo humano, são inclusive bastante úteis para
criar treinamentos que sejam benéficos ao corpo e que consigam trabalhar suas
estruturas de forma mais apropriada a alcançar os objetivos desejados sem
correr riscos de criar lesões.
Os conhecimentos de biomecânica ajudam no entendimento da mecânica
articular, na participação dos músculos no exercício, nos mecanismos de lesão
relacionados à prática de atividade física, nos procedimentos de reabilitação e
no sequenciamento dos exercícios.
O MELHOR TREINAMENTO
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e do tecido biológico, a escolha do exerci cicio biomecânica mente adequado do
exercício é ponto crucial para um bom treino.
Trabalhar com exercícios com amplitude máxima é desejável na
musculação, uma vez que alguns quadrantes musculares só trabalham em
funções extremas. Mais que sejam aplicados em alunos treinados
e avançados. Alunos novos durante a execução não saia do arco natural da
articulação, colocando em hiperextensão ou em meio arco, porque este ângulo
nem sempre protege o indivíduo de forma efetiva.
http://www.apollotraining.com.br/artigos/12236
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humanos têm concentrações distintas de hormônios que facilitam o aumento de
força e massa muscular, gordura corporal e alteram o comportamento e eles
sofrem com a influência da idade. Dessa forma, os exercícios, a intensidade, o
volume, os métodos e a periodização devem ser adequados a essas
características.
INTENSIDADE
http://dicasdemusculacao.org/aprenda-1rm-repeticao-maxima-como-medir/
RM = 100 Kg
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O atleta executa 3 séries com apenas 5 repetições e com uma carga igual
a 80 Kg
Volume do exercício
Número de séries
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http://dicasdemusculacao.org/o-numero-ideal-de-repeticoes-na-musculacao/
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http://slideplayer.com.br/slide/1733848/
Frequência
Períodos de repouso
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Os períodos de repouso dependem do esforço efetuado, mas no caso
concreto do treino muscular a duração do período de repouso depende da
finalidade a atingir. Se se pretende um treino cardiovascular, de características
aeróbicas, para além de se adoptarem várias repetições com cargas baixas
(40%-60% de IRM), os períodos de repouso deverão ser sempre inferiores a 30
segundos, para que durante os mesmos a frequência cardíaca não baixe
demasiado.
Mas se o treino se destina a desenvolver endurance muscular dever-se-
á usar cargas moderadas, 70%-80% de IRM, várias repetições por série e
períodos de repouso entre as séries inferiores a um minuto. Neste tipo de
exercício, de características anaeróbicas, formam-se grandes quantidades de
ácido láctico. Finalmente, se se pretende desenvolver uma força máxima, para
além de se utilizar cargas elevadas, 85%-90% de IRM, em séries com poucas
repetições, dever-se-á adoptar períodos de repouso com duração igual a 2-3
minutos, pois os estudos referem ser o tempo necessário para a reposição
dos stocks fosforados.
http://62.210.217.55/humhub-1.0.1/space/page/treino-musculao-para-emagrecer-e-definir
34
Se a intensidade é prescrita como uma percentagem de IRM dever-se-á,
periodicamente, determinar o valor deste RM, para que haja uma permanente
atualização das cargas a utilizar durante o exercício, porquanto à medida que a
força/potência aumenta também a RM aumenta. Como seria de esperar, os
iniciadores nesta prática desportiva deverão começar com programas que
incluam intensidades e volumes mais baixos e, progressivamente, ir aumentando
aquelas variáveis, à medida que a sua força também aumenta.
Amplitude do movimento
http://www.efdeportes.com/efd167/planejamento-do-treinamento-de-meio-fundo.htm
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determinado ângulo articular, o ganho em força apenas acontecerá numa am-
plitude angular muito próxima do ângulo de treino, o que não é de modo algum
correto.
Forma adequada
Respiração
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http://blogdotitiobetao.blogspot.com.br/2014/11/professor-como-respirar-durante-o.html
Spotter
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http://dcfit.com.br/correntes-elasticos-musculacao/
PERIODIZAÇÃO
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http://www.moveitsports.com.br/portal/fitness/exibir/id/184/Estrategias-avancadas-de-treinamento-de-forca-
musculacao.html?p=9
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periodização. São treinos altamente intensos, e forte nos quais podem oferecer
um maior risco ao praticante não tão bem adaptado aos treinamentos.
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Sabendo a base do que é a biomecânica, talvez fique mais fácil
compreender que ela pode interagir diretamente conosco na musculação. Cada
movimento de cada exercício requer princípios corpóreos os quais devem ser
exigidos para obter a efetividade daquele exercício e/ou movimento. Mais
precisamente, diria ainda que cada fase de cada movimento requer isso.
Por exemplo: Imaginemos a remada sentado na máquina com pegada
pronada. Simplesmente “puxar o peso” faz com que você trabalhe muito os
bíceps e por mais ativados que possam acabar sendo os músculos dorsais (em
especial os romboides, redondos e o próprio músculo dorsal), eles não são
atingidos completamente, menos ainda em sua completa extensão. Do contrário,
deveríamos começar o movimento não “puxando o peso”, mas sim fazendo a
adução escapular, posteriormente ir contraindo os ombros e então começar a
puxar o peso, a fim de esmagar os músculos alvo, usando os bíceps apenas
como coadjuvantes no movimento. Nesse caso, estamos falando de uma
correção de um movimento antes executado inadequadamente.
Agora, imaginemos um leg-press tradicional 45º. O indivíduo o realiza com
as pernas um pouco afastadas, na largura dos ombros, aproximadamente, com
os “pés de pato” (para fora). Esses pés são posicionados na parte superior da
plataforma, com maior sobrecarga sobre os calcanhares. Faz a amplitude
completa e executa corretamente o movimento. Seus quadríceps são ativados e
seus posteriores de pernas também. Entretanto, digamos que ele queira
trabalhar mais os quadríceps, deixando os posteriores de pernas menos em
ação. O que deveria ser feito? Talvez, aproximando as pernas um pouco mais,
posicionando-as com os pés mais retos e com as pernas mais baixas na
plataforma, conseguiremos essa finalidade. E o movimento não está sendo
corrigido, mas executado de uma maneira diferenciada.
Neste segundo caso, evidenciamos uma modificação na forma de
executar determinado exercício a qual não foge de padrões aceitáveis e, no
entanto, proporciona o trabalho que queremos.
A manipulação que a biomecânica pode fornecer na musculação é muito
vasta. Muitas vezes, pequenas modificações na forma de se realizar um
exercício podem proporcionar trabalhos singulares, como a utilização de calços
para melhorar a amplitude do agachamento de indivíduos com os membros
inferiores alongados. Da mesma forma, é bastante peculiar a correção que a
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biomecânica permite de movimentos inadequados, o que é interessante não só
para se trabalhar o músculo de maneira eficaz, mas principalmente para prevenir
lesões, entre outros.
As particularidades biomecânicas
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explicando sobre o posicionamento diferenciado de seus punhos e de seus
braços na extensão de tríceps na polia com cabo devido a ruptura no tendão do
cotovelo que ele tinha tido antes de fazer a reconstrução por meio cirúrgico. Com
aquela forma de executar o movimento, peculiar, porém que o tornava possível
para o atleta, ele imprimia carga suficiente e evitava quaisquer sobrecargas no
deltoide, o que era muito eficaz. O mesmo atleta ainda, por lesões no
braquiorradial, costumava realizar algumas pegadas específicas no treinamento
de dorsais, a fim de minimizar o impacto local.
Quando observamos Ronnie Coleman, Jay Cutler ou outro atleta desse
nível executando a rosca francesa com as duas mãos e halteres para os tríceps,
podemos ver que seus cotovelos permanecem abertos. Mas, sendo mais eficaz
realizar o movimento com os cotovelos fechados, por que eles assim o fazem?
Apenas para imprimir mais carga? Não… A realidade é que os dorsais desses
atletas possuem um tamanho absurdo, o que torna não só desconfortável, mas
impossível que fechem por completo seus cotovelos. Assim, para executar o
exercício, é necessária essa adaptação.
Eu mesmo alguns tempos atrás, executando extensões de tríceps por trás
da cabeça com barra e sentado, fui orientado a realizar uma pegada mais aberta,
para minimizar o desgaste no epicôndilo medial. O resultado foi que senti
JUSTAMENTE DESCONFORTO. Voltando a realizar o exercício com a pegada
das mãos mais aproximadas, o problema se resolveu.
Dessa forma, pode-se entender a biomecânica não é só como algo
generalizado, mas específico. Claro que não devemos confundir esse
“específico” com “fazer o exercício do nosso jeito” e deixar de corrigir erros com
a justificativa de que seu corpo é assim. Pense na linha de bom senso!
A biomecânica é uma aliada importante do treinamento de quaisquer
modalidades, mas especificamente da musculação, permite observar as
generalizações e particularidades necessárias para atender as necessidades
individuais de cada pessoa. Dessa forma, torna-se fundamental uma boa
orientação a fim de fazê-lo capaz de superar seus limites de maneira eficaz e
principalmente segura, fugindo do risco de possíveis acidentes, lesões e
problemas crônicos.
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Vantagens em usar biomecânica correta
Prevenções de lesões;
Melhor trabalho isolado;
Maior intensidade de treino;
Precisão e segurança;
Trabalhos específicos sob necessidades individuais especiais.
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esses movimentos podem acontecer. Aliás, as possibilidades de tipos, forças,
resultantes e outras variantes relacionadas ao movimento pode, no meu singelo
conceito, ser tido como infinitos, visto que, se por algum motivo pudéssemos
conseguir pessoas anatomicamente idênticas, mesmo assim, haveriam
diferentes formas de execução desses movimentos, seja com fatores
relacionados a força aplicada, velocidade, variação de energia entre muitas
outras. Logo, se a musculação é baseada nos diferentes movimentos que podem
ocorrer através do trabalho dos músculos e das estruturas coadjuvantes a ele
como tendões, ligamentos e os próprios ossos, podemos aliar o estudo da
biomecânica e, claro, aplicá-lo na prática cada vez mais de maneira favorável ao
nosso desenvolvimento, resultando em formas diferentes de obter bons
resultados.
Para entendermos bem o quão importante pode ser a utilização da
biomecânica, seja para o praticante de musculação nível iniciante, para o atleta
em nível intermediário, ou até mesmo para o atleta de elite, começaremos então
exemplificando como pode ser importante aliá-la a estes.
Imagine então o primeiro caso. A primeira coisa na qual devemos nos
preocupar não é necessariamente em dificultar o movimento para ele, mas sim,
facilitar, até que o mesmo comece a entender um pouco de sua própria
concepção corpórea e, acima disso comece a desenvolver suas estruturas
físicas (músculos, ligamentos mais fortes etc.) e aprimorar as neuromotoras
(coordenação motora, equilíbrio etc.) para continuar seu progresso. Portanto,
exercícios básicos e de dificuldade baixa/média podem ser os mais indicados.
Pode-se usar como exemplo não roscas cruz na polia alta para os bíceps, mas,
rosca direta com barra reta. Não extensões de tríceps coice, mas sim, no pulley
com corda. Não supino reto livre, mas, talvez no Smith ou até mesmo em alguma
máquina de pressão de peitorais (chest press machine). Do contrário,
certamente teremos um trabalho extremamente submáximo (o que já acontece
muitas vezes nestes casos) e um progresso ainda mais lento. Isso, sem contar
que se não dermos a devida atenção as condições de execução do movimento
realizado pelo indivíduo, o risco de lesão pode ser alto também.
Agora, imagine que, no segundo caso, o indivíduo queira simplesmente
estimular a sua musculatura de maneira diferente, buscando melhores ganhos.
Então, que tal passarmos da rosca alternada para bíceps, para rosca simultânea
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com o banco em 45º? A simples angulação e o simples fato de não termos um
roubo (por mínimo que seja) com o tronco já fazem o exercício se tornar
incrivelmente mais difícil e isso pode ser conveniente em alguns momentos.
Por fim, imaginemos o último caso, em um atleta de elite, no qual, um
determinado exercício se tornou fácil para o que ele deseja e com limitação de
carga (principalmente nas academias brasileiras que não costumam, por
exemplo, ter halteres muito pesados). Neste caso, saber como utilizar a
biomecânica pode ser mais do que valioso, buscando formas e mais formas
(sempre não negligenciando a segurança e a funcionalidade de eficácia do
exercício) é fundamental.
Há algum tempo, particularmente, não estava mais conseguindo utilizar
uma boa intensidade em elevações frontais. Por mais carga que eu colocasse
no exercício, a instabilidade que os halteres causavam na fase excêntrica do
movimento me faziam desequilibrar o corpo. Além disso, mais dois fatores me
incomodavam muito na execução: O risco alto de lesão pela alta carga (e
cheguei a quase romper o peitoral menor em uma sessão dessas) e também o
desconforto respiratório pela tentativa de estabilizar o corpo. Pois bem, tudo
pôde ser resolvido, optando por elevações frontais com o peito apoiado em um
banco 45º, assim como fazemos no crucifixo inverso. O resultado é que de uma
carga de 30-32kg em cada halter, passei para incríveis 12kg e, com uma
dificuldade enorme. Fora o estímulo diferente, fazendo com que o músculo
pudesse fugir de algumas adaptações de movimento e o sistema neuromuscular
pudesse trabalhar de maneira nova também.
Nem sempre quando buscamos o jeito mais fácil de executar um
movimento, ele se torna mais eficaz. Aliás, uma coisa é um exercício executado
de maneira confortável para articulações e estruturas do gênero, outra é a
facilidade para execução, o que torna o exercício cada vez mais improdutivo.
Assim, se pudermos trabalhar o músculo alvo de maneira a fazê-lo trabalhar o
máximo sem a utilização mais de músculos auxiliares do que dele mesmo, então,
certamente geraremos um estresse maior na região e, aliando uma boa
alimentação com um descanso adequado, melhores serão os ganhos. E isso
pode ou não ser feito, desde com a utilização de N equipamentos, até com a
utilização de algum tipo de angulação diferente, sempre, claro, conhecendo o
que se pode ou não fazer, afim de não prejudicar alguma estrutura de seu corpo.
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Além de todas essas, a biomecânica é importantíssima para que, desde
o básico, até o avançado, possamos entender o funcionamento individual do
nosso corpo e então ir adaptando exercício a exercício de acordo com as nossas
necessidades. E é justamente por essa individualidade que, desacredito que
exista propriamente uma forma errada ou certa de executar um movimento, mas
sim, formas diferentes.
Praticamente todas as pessoas irão sofrer uma lesão ao longo das suas
vidas, e nem sequer é necessário praticar algum tipo de desporto para que isso
possa acontecer, sendo que é perfeitamente possível que venha a sofrer lesões
ao realizar atividades rotineiras no seu dia-a-dia.
No artigo de hoje iremos analisar os tipos de lesões mais comuns que
ocorrem nos praticantes de musculação e como as tratar.
É muito comum as pessoas confundirem um tipo de lesão com outra, e
espero que este artigo possa servir para esclarecer melhor os leitores e ajudá-
los a identificar uma lesão quando esta ocorrer.
TIPOS DE LESÕES
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http://www.musculacao.net/lesoes-mais-comuns-na-musculacao/
Tendinite:
Tendinose:
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Isto pode conduzir a uma redução da força tênsil, aumentando assim as
probabilidades de ruptura, até mesmo com pequenos esforços. A tendinose
pode ocorrer como consequência de uma tendinite que se tornou crônica.
Contratura muscular:
Distensão muscular:
Ruptura muscular:
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A dor da lesão muscular pode ser localizada ou irradiada para toda a
extensão do membro. Para além de dor é comum o surgimento de inflamação,
edema e alterações da cor da pele. Este tipo de lesão normalmente acontece
devido a uma contração muscular demasiado rápida ou movimentação de cargas
demasiado pesadas.
Ruptura de tendão:
Contusão muscular:
Pubalgia:
Entorse:
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http://www.iotblumenau.com.br/cirurgia-de-pe-e-tornozelo/entorse-do-tornozelo/
Hérnia discal:
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permite que a parte central mole (núcleo pulposo) se desloque além dos anéis
exteriores danificadas.
Esta fissura / rasgo no anel do disco pode resultar na libertação de
mediadores inflamatórios químicos que podem causar diretamente a dor severa,
mesmo na ausência de compressão da raiz nervosa.
As hérnias discais mais pequenas curam-se dentro de várias semanas,
mas as hérnias mais severas podem não curar por si mesmas e necessitar de
intervenções cirúrgicas.
Bursite:
Sempre que sentir que algo de errado se passa, seja dor, diminuição
drástica dos níveis de força, instabilidade ou uma tensão muscular intensa, pare
imediatamente o exercício que estiver a realizar, o seu treino, e consulte o seu
médico ou um profissional de saúde para avaliar o nível de gravidade da sua
lesão, e orientá-lo para os tratamentos iniciais adequados.
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Mantenha em mente que os cuidados que tiver nas 48 horas depois da
ocorrência uma lesão (ruptura muscular ou ligamentar, entorse, traumatismo,
etc.) irão ser determinantes para uma recuperação mais rápida e eficiente.
Repouso:
Gelo:
Compressão:
Elevação:
Diagnóstico:
Calor:
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Evite a exposição ou aplicação de calor na/s zona/s lesionada/s, porque
aumenta a vasodilatação, aumentando o derrame e edema.
Álcool:
Massagem:
Movimento:
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Para isso, é vivamente recomendado que reinicie os treinos com cargas
e um volume de treino bastante inferiores ao do seu nível anterior, de forma a
poder recuperar de forma progressiva a sua força e mobilidade sem arriscar o
reaparecimento da lesão.
Sendo assim, quando voltar aos treinos, é vivamente recomendável que
esqueça o mote “No Pain No Gain” durante pelo menos algumas semanas e que
se concentre em recuperar a força aos poucos, semana após semana.
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Pode soar até um pouco ridículo, mas em algum momento da sua vida
você já ouviu alguém dizendo (ou até mesmo pode ter ocorrido com você) que
já se acidentou da forma descrita acima, e que ficou com fortes dores nas costas
ou nos ombros. Estar preparado para esse tipo de situação fará muita diferença
e evitará problemas maiores.
https://fisiodesportiva.wordpress.com/tag/lesoes-2/
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Reabilitação
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
58
Gianolla, F. Musculação: conceitos básicos. Barueri, SP: Manole, 2003.
59
Williams, MH. Nutrição para saúde, condicionamento físico e desempenho
esportivo. 5a. ed. São Paulo: Manole, 2002.
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