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Princípios da Fisiologia do Exercício: Respostas

ao exercício agudo e adaptações de longo


prazo ao treino

Seminário III
INTEGRANTES

Felipe Rievers
Gabriel Soares
Lauren Lima
Livia Maia
Luiza Soares
Pedro Montezuma
INTRODUÇÃO

Exercício como uma ferramenta de pesquisa para compreender o


funcionamento de vários sistemas do corpo,

o metabolismo, o coração e a circulação periférica.

atividade física regular na prevenção de doenças e promoção da saúde.


OBJETIVO

O objetivo desta revisão focada é discutir nossa compreensão atual


da resposta do corpo humano a uma sessão aguda de exercício.
TIPOS DE AÇÕES
MUSCULARES ESQUELÉTICAS

ISÓMETRICA ISOTÔNICA ISOCINÉTICA

CONCÊNTRICAS
EXCÊNTRICAS
Fonte: https://alexandrebento.com.br/exercicios/prancha-isometrica/
https://hipertrofia.mgpersonall.com/contracao-muscular/
https://www.clinicacollucci.com.br/servicos/avaliacao-isocinetica/?especialidade=4
TIPOS DE
FIBRAS

Tipo I
Tipo IIa
Tipo IIx

Fonte: Shutterstock
METABOLISMO ANAERÓBICO
Vias:
ATP e CP:
Pequenas reservas de energia nas células musculares fornecem energia instantânea para
atividades de alta intensidade e curta duração (até 10 segundos), como levantamento de peso ou
um sprint curto.

Glicólise anaeróbica:
Quando o oxigênio é insuficiente, o corpo quebra o glicogênio (armazenado nos músculos)
em glicose para gerar ATP. Essa via fornece energia para atividades de alta intensidade e
curta duração (até 2 minutos)
Combustível: Carboidratos.
ácido lático é um subproduto da glicólise anaeróbica e seu acúmulo pode levar à fadiga
muscular.
Capacidade limitada: Essa via não fornece energia por longos períodos.
Pacientes com miopatias metabólicas podem reduzir a capacidade de gerar ATP.
METABOLISMO AERÓBICO
Rendimento energético desse metabolismo é muito superior ao obtido através da
glicólise anaeróbica.

Tem alto rendimento energético e é a via mais importante para a produção de


energia durante exercícios prolongados.

Sustentável por longos períodos.

Depende de oxigênio constante.

Mais lento que o metabolismo anaeróbio constante.

Diferentes processos patológicos podem interferir em uma ou mais dessas


etapas e limitar a capacidade de exercício do paciente.
RESPOSTAS CARDIOVASCULARES AGUDAS
DURANTE O EXERCÍCIO

Os determinantes do consumo de oxigênio estão resumidos na equação de Fick

2 fatores principais que podem limitar o consumo máximo de oxigênio:

DÉBITO CARDÍACO: PRESSÃO ARTERIAL


O débito cardíaco é o produto do capacidade do músculo ativo de extrair
volume sistólico e da frequência oxigênio do sangue arterial.
cardíaca. Em indivíduos saudáveis- pressão arterial
o débito cardíaco aumenta sistólica e a média aumentam com a
linearmente com a intensidade do intensidade do exercício, a pressão arterial
exercício diastólica permanece inalterada.
FATORES QUE AFETAM
O EXERCÍCIO:

Estado ácido-base
Gênero
Idade
Genética
ESTADO ÁCIDO-BASE:

O ácido láctico, produzido pela glicólise anaeróbica, aumenta a acidez intracelular dos
músculos e prejudica as ações musculares. A intensidade do exercício em que o lactato
começa a se acumular é um bom indicador do desempenho do indivíduo em condições
de resistência.

GÊNERO:

As mulheres têm corações menores, menores volumes sanguíneos e menores


concentrações de hemoglobina, o que resulta em menor volume sistólico e menor
capacidade de transporte de oxigênio no sangue. A capacidade máxima do volume de
O2 no sangue das mulheres equivale a 75% da capacidade máxima dos homens.
IDADE:
Com o aumento da idade, ocorre uma diminuição na capacidade aeróbica, parcialmente
devido à redução da atividade física habitual. A capacidade aeróbica diminui
aproximadamente 10% por década em homens e mulheres. Em atletas que mantêm um
alto nível de treinamento de resistência, o declínio no VO2 máximo é aproximadamente
5% por década. O principal fator que causa a redução do VO2 máximo com a idade é a
redução do débito cardíaco devido ao aumento da resistência periférica e menor volume
sistólico.

GENÉTICA:
A genética é responsável por 20% a 30% dos valores de VO2 máximo. Os atletas de
resistência de elite nascem com um potencial genético excepcional para o
desenvolvimento de um nível muito elevado de aptidão cardiorrespiratória.
HIDRATAÇÃO E FUNÇÃO MUSCULAR
DURANTE O EXERCÍCIO
Consequências da Desidratação:

Taxas de sudorese podem atingir de 1 a 2 litros por hora.

Aumento da tensão cardiovascular, hipertermia e comprometimento do desempenho


físico.

Uma desidratação de apenas 2% do peso corporal inicial pode prejudicar


significativamente a resistência, força muscular e potência muscular, além de aumentar o
risco de cãibras musculares.

Impacto na Função Muscular:

A desidratação pode levar a uma deformação mecânica das terminações nervosas,


resultando em hiperexcitabilidade e descarga espontânea das terminações nervosas
motoras.
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS,
MEDIANTE EXERCÍCIOS
DE RESISTÊNCIA A LONGO PRAZO

Adaptações Metabólicas no Musculo Esquelético

Adaptações Cardiovasculares

Fonte: https://polmed.com.br/marcos-do-
envelhecimento-e-saude-muscular/
ADAPTAÇÕES METABÓLICAS NO
MUSCULO ESQUELÉTICO

Aumento no número de capilares por fibra muscular, facilitando o fluxo sanguíneo para
os músculos ativos.

Diminuição na distância de difusão do oxigênio, facilitando o transporte deste gás


essencial para as células musculares.

Aumento no número e tamanho das mitocôndrias, melhorando a capacidade muscular


de extrair e utilizar oxigênio.

Maior capacidade oxidativa muscular, resultando em uma economia de glicogênio e uma


redução na produção de lactato durante o exercício.
ADAPTAÇÕES CARDIOVASCULARES

Aumento do volume plasmático e sanguíneo total, o que ocorre rapidamente,


geralmente dentro dos primeiros 7 a 10 dias de treinamento.

No coração, observamos um aumento na massa muscular do ventrículo esquerdo e


uma maior capacidade contrátil. Essas adaptações levam a uma diminuição na
frequência cardíaca em repouso e a um aumento no volume sistólico, otimizando assim
o débito cardíaco em repouso e durante o exercício.

Além disso, o treinamento de resistência induz uma redução na pressão arterial, tanto
em repouso quanto durante o exercício submáximo, beneficiando tanto indivíduos
saudáveis quanto pacientes hipertensos.
FONTE: RIVERA-BROWN, A.M (2012)
CONCLUSÃO
O exercício regular é importante para melhorar a função fisiológica, aptidão física e
saúde.
Atividade física e preparação física estão associados a uma menor prevalência de muitas
doenças crônicas doenças como doenças cardíacas, câncer, hipertensão, e diabetes.
Episódios repetidos de exercício resultam em adaptações significativas no muitos
sistemas fisiológicos do corpo.
o exercício aeróbico leva a uma melhoria no VO2 máximo que reflete diversas
adaptações cardiovasculares e metabólicas.
o VO2 é afetado pelo processo de envelhecimento, pode melhorar significativamente
com treinamento em qualquer idade e em ambos os sexos.
Exercício o treinamento deve incluir exercícios para aumentar a força e resistência.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
‌ IVERA-BROWN, A. M.; FRONTERA, W. R. Principles of Exercise Physiology: Responses to
R
Acute Exercise and Long-term Adaptations to Training. PM&R, v. 4, n. 11, p. 797–804, nov.
2012.

BARROSO, Renato; TRICOLI, Valmor; UGRINOWITSCH, Carlos. Adaptações neurais e


morfológicas ao treinamento de força com ações excêntricas. Revista brasileira de
ciência e movimento, v. 13, n. 2, p. 111-122, 2005.

FOSCHINI, Denis; PRESTES, Jonato; CHARRO, Mário Augusto. Relação entre exercício físico,
dano muscular e dor muscular de início tardio. Revista brasileira de cineantropometria e
desempenho humano, v. 9, n. 1, p. 101-106, 2007

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