Você está na página 1de 14

Conceituação, classificação

e importância da resistência
AULA 28
Conceituação
 Capacidade psíquica e física que possui
um atleta para resistir à fadiga
• Weineck, adotado por Manso (1996)

• Pode ser classificada de diversas maneiras.


 Quanto a participação da musculatura
• Geral e localizada
 Quanto a modalidade esportiva
• Geral e especial
 Quanto a mobilização energética
• Aeróbia e anaeróbia
 Quanto a duração
• Curta, média e longa duração
 Quanto aos requisitos motores
• De força, de força rápida e de velocidade
Classificação da Resistência
 Geral
• Quando participar do exercício mais que 1/6 a 1/7
da musculatura.
 A musculatura de uma das pernas representa 1/6 da
musculatura total.
 Este tipo de resistência é limitado pela capacidade do
sistema cardiovascular e respiratório
• No entanto, dados de autores de fisiologia alertam que o
sistema respiratório não é um fator limitante para o exercício,
a não ser em alguma exceção (McArdle, 2003).
 Sendo assim, é expressa em função do consumo máximo
de O2.
 Localizada
• Menos de 1/6 a 1/7
 Determinada pela força específica, capacidade anaeróbia e
fatores intrínsecos - receptores musculares, psíquicos,
resistência de velocidade, resistência de força e resistência
de força rápida).
 A resistência geral influencia a localizada, especialmente
pelo menor prazo de recuperação. O inverso não ocorre.
Classificação da Resistência
 Geral
• É aquela não diretamente ligada a modalidade
esportiva, também chamada de resistência
básica.
 Própria de início de temporada e transitório.
 Pouco ligada a performance e é tratada mais para a
manutenção da saúde de um atleta.
 Específica
• É aquela necessária a performance.
 Alguns preferem trabalhar com esta durante todo o
macrociclo do atleta
Classificação da Resistência
 Aeróbia
• Quando a disponibilidade de O2 é suficiente para
a intensidade do exercício.
 A produção de energia ocorre em nível mitocondrial,
usando prioritariamente ácidos graxos.
• Este sistema apresenta a vantagem de não provocar
fadiga, a não ser em períodos extra longos, pq a
quantidade de ácidos graxos é praticamente ilimitada e
pq não gera metabólitos.
 Anaeróbia
• Quando a intensidade do exercício é tal que a
oferta de O2 à mitocôndria torna-se insuficiente,
a célula muscular terá que utilizar um
metabolismo citosólico.
 Usa como substrato a PC e o glicogênio. Por
independerem de O2, chama-se metabolismo
anaeróbio.
 A PC é limitada e o glicogênio gera acidose e fadiga.
Classificação da Resistência
 Curta duração – estimulo de 45 seg. a 2 min.
• Suprida por aumento na mobilização anaeróbia.
• Fadiga provocada por acidose.
 Média duração – 2 a 8 min.
• A participação percentual aeróbia é maior
• A fadiga é ainda provocada por acidose, sendo que a
participação glicolítica cede espaço para a mitocondrial
(aeróbia), a acidose fica mais retardada..
• Tolerância à acidose apresenta forte componente psíquico.
 Longa duração - Estímulo maior que 8 minutos
• Como a participação relativa do metabolismo glicolítico é
bem menor, os metabólitos provocadores de acidose
produzidos são eficazmente removidos do citosol e não
ocorre acidose.
 No entanto a fadiga ainda é determinada pelo glicogênio.
• Desta feita pelo esgotamento do glicogênio
Classificação da Resistência
 Em razão disto da cinética do glicogênio,
Weineck classifica a resistência de longa
duração em:
• I : Até 30 min
 Não há depleção completa dos estoques, mas existe
uma velocidade crítica a partir da qual vai ocorrer
acidose (Denadai, 19xx).
• Importância do limiar anaeróbio
• II : 30 a 90 min
 A possibilidade de acidose é muito reduzida, mas vai
haver depleção do glicogênio.
• III : Mais de noventa minutos
 Não ocorre acidose, e a depleção do glicogênio é muito
mais lenta.
Classificação da Resistência
 Presença nas manifestação de outras qualidades
• Com relação a força
 Resistência de força
• Capacidade muscular localizada de realizar um trabalho de
força por um período prolongado.
 Resistência de força rápida
• Capacidade do músculo de vencer uma resistência com
velocidade e com retardamento de fadiga.
• Com cargas de até 30 – 40%, são mobilizados
prioritariamente fibras de contração lenta (Wilmore,
2000).
 Metabolismo aeróbio.

• O mesmo ocorre quando a contração é isométrica.


 Nas altas tensões, ocorre interrupção do fluxo

sangüíneo, que diminui o aporte de O2 e torna o


metabolismo anaeróbio.
• Resistência de velocidade
• Capacidade do organismo de resistir à fadiga apesar do
aumento da concentração de metabólitos celulares.
Importância
 Qualidade física prioritária
• Os conceitos são aplicados tanto ao atleta
quanto ao praticante do treinamento
desportivo não competitivo.
 Embora não diretamente relacionada à
performance, sobretudo nas
modalidades de características de força
e velocidade, ela representa a base para
que todos os atletas possam suportar as
cargas de treino.
Importância
 Esta intimamente relacionada à saúde do atleta
• Redução de fatores de risco para doenças crônico –
degenerativas
 Prevenção e tratamento da hipertensão arterial
 Prevenção e tratamento da diabetes
 Relação colesterol LDL / HDL (1500 Kcal/sem)
 Diminui a produção de substâncias pró-inflamatórias
 Diminui o estresse oxidativo
 Diminui atividade nervosa simpática
 Diminuição da massa gorda.
 Aumento do volume e capacidade do coração.
• Aumento do Volume de ejeção e DC.
• Diminuição da FC de repouso.
 Aumento da capilarização
 Aumento dos glóbulos vermelhos.
 Aumenta produção de BDNF
Importância
 Melhoria da capacidade do sistema
imunológico.
 Aumento da capacidade física
• Tolerância dos treinamentos
 Capacidade de recuperação
• Remoção dos metabólitos.
• Maior estimulação vagal relaciona-se com
melhor capacidade vegetativa de
adaptação às cargas de treino.
Importância
 No esporte competitivo
• Redução de lesões
 Retarda a fadiga, que é um importante fator de
lesão, tanto muscular quanto ligamentar e
articular, conforme descrito na literatura de
biomecânica e cinesiologia (Hamill e Knutzen,
19xx; Smith et al, 199x).
• Manutenção da velocidade de reação
 Poupa glicogênio, retarda hipoglicemia.
• Weineck fala de depleção dos estoques de
neurotransmissores.
Importância
 Redução de erros técnicos
• Fadiga neural
 Manutenção da postura tática
• Mais tempo se movimentando com
rapidez.
 Ocorre com valores de lactato a partir de 6 – 8
mmol (Liessen, 1985, citado por Weineck

Você também pode gostar