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Apresentação
A medida do nível de capacidade física é hoje uma das mais importantes informações preventivas
em diversas áreas da saúde, e não apenas para a área da medicina, pois, a partir de um teste
ergométrico, o fisioterapeuta pode realizar a prescrição de exercícios. É um exame que consiste na
aplicação de um esforço físico com incremento progressivo na intensidade de exercício, em esteira
ou bicicleta. Durante o exame, são realizados acompanhamentos contínuos do comportamento do
eletrocardiograma, da pressão arterial, dos batimentos cardíacos e da capacidade física. A
probabilidade de alguma complicação cardíaca grave durante o teste ergométrico é extremamente
pequena, porém não é nula. Devido a isso, o teste ergométrico deve ser realizado por um médico
qualificado e especializado nessa área.
Bons estudos.
O exercício físico é fundamental para pacientes com insuficiência cardíaca, pois reduz a
morbimortalidade e melhora a capacidade funcional e o consumo de oxigênio (VO2 ). Entretanto, a
realização do teste de exercício cardiopulmonar (TECP) pode se tornar inviável, devido à
necessidade de médico capacitado e ao alto custo desse exame. Assim, o teste de caminhada de 6
minutos (TC6m) e o teste do degrau (TD) emergem como alternativas para a prescrição de
exercício.
Cláudio foi diagnosticado com insuficiência cardíaca classe II (NYHA), que é a dispneia a médios
esforços. Ele procurou uma clínica de fisioterapia para iniciar um programa de exercícios físicos,
devido aos sintomas de dispneia (falta de ar) e cansaço a médios esforços.
Você, como fisioterapeuta, antes de realizar a prescrição de exercícios, resolveu aplicar o TC6m.
Nos 6 minutos de teste, Cláudio caminhou 518 metros.
b) Quais conclusões você pode inferir com o TC6m que Cláudio realizou?
c) Quais orientações você poderia sugerir para Cláudio em relação à sua doença e ao
acompanhamento da equipe multidisciplinar?
Na obra Fisiologia aplicada à fisioterapia, leia o capítulo Ergometria/ calorimetria. Você verá as
formas de avaliação e mensuração do esforço físico e aprenderá sobre os diferentes tipos de
ergômetros e equipamentos para avaliação, relacionando com a prescrição e o controle das
capacidades funcionais.
Boa leitura.
FISIOLOGIA
APLICADA A
FISIOTERAPIA
Introdução
O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) é um importante parâmetro
preditor do desempenho aeróbio, utilizado no controle e prescrição
de treinamento físico; é um índice muito utilizado para determinar e
classificar a capacidade funcional cardiorrespiratória. Essa medida é a
que melhor representa, tanto quantitativa como qualitativamente, a
capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório integrado ao sis-
tema muscular durante o exercício físico e a habilidade de regulação
da demanda energética que cada intensidade exige para realização das
atividades, já que há uma perfeita congruência do organismo em captar,
transportar e utilizar o oxigênio para os processos aeróbios de produção
de energia durante o esforço físico.
Neste capítulo, você irá identificar as diferentes formas de avaliação e
mensuração da ergometria, diferenciando as medidas diretas e indiretas
de avaliação do esforço físico, apontar os diferentes tipos de ergômetros
e equipamentos para avaliação do esforço físico e demonstrar a relação
entre a avaliação ergométrica e a avaliação, a prescrição e o controle das
capacidades funcionais.
2 Ergometria/calorimetria
Idade
Ruim Regular Boa Excelente Superior
(anos)
MULHERES
HOMENS
Quadro 2. Equações metabólicas para estimar o VO2 bruto — American College of Sports
Medicine
20 20
↑ 2% a cada 2 min
Velocidade = 8,9 mph 5
18
% inclinação
4,2
% inclinação
16
10 3,4
14
2,5
12
↑ 2% a cada 3 min
1,7 Velocidade conforme
10
mostrada
2 4 6 8 10 12 14 16 3 6 9 12 15 18
Tempo (min) Tempo (min)
Costil e Fox (1969) Bruce et al. (1973)
Para: altamente treinados Para: normais e alto risco
Aquecimento: caminhada ou corrida de 10 min Carga inicial de trabalho: 1,7 mph, 10%, 3 min = normal
Carga inicial de trabalho: 8,9 mph, 0%, 2 min 1,7 mph, 0,5%, 3 min = alto risco
2
12,5 21 ↑ 3,5% a cada 2 min
Velocidade = 2 mph após 2
10 17,5 os primeiros 2 min
% inclinação
% inclinação
14 2
7,5
2
10,5
5 2
↑ 2 1/2% a cada 2 min
7
2,5 Velocidade = 7 mph
3,5 2
1 2
4 26 8 10 12 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (min) Tempo (min)
Maksud e Coutts (1971) Nughton et al. (1964)
Para: altamente treinados Para: cardíacos e alto risco
Aquecimento: caminhada de 10 min a 3,5 mph, 0% Carga inicial de trabalho: 1 mph, 0%, 2 min
Carga inicial de trabalho: 7 mph, 0%, 2 min
7–10 min
2,5% a cada 3 min deste ponto
10 3
% inclinação
7,5 em diante
Velocidade como mostrada
5 7,5 3
5 3
2,5
1,5 2 2,5 3
5 3
7 11 13 3 6 9 15 18 21 24
Tempo (min) Tempo (min)
Ástrand modificado (Polloc et al., 1978) Wilson et al. (1978)
Para: altamente treinados Para: cardíacos e alto risco
Aquecimento: caminhada ou jogging de 5 min Carga inicial de trabalho: 1,5 mph, 0%, 3 min
Carga inicial de trabalho: 5–8 mph, 0%, 3 min
Fox (1973)
Ástrand (1965) Tipo: descontínuo
Tipo: contínuo Para: risco normal
Para: risco normal Carga inicial de trabalho: 750–900 kgm (125 150 W) (homens)
Carga inicial de trabalho: 600 kgm (100 W) (homens) 450–600 kgm (75 100 W) (mulheres)
300 kgm (50 W) (mulheres) ↑120 a 180 kgm a cada
1800 1200 5 min de período de trabalho
(300 W) ↑300 kgm a cada 2 Homens
Ástrand (1956)
Tipo: descontínuo McArdle et al. (1973)
Para: risco normal Tipo: contínuo
Carga inicial de trabalho: 720 kgm (100 W) Para: risco normal
↑180 kgm a cada 5 min de Carga inicial de trabalho: 900 kgm (150 W)
1260
Carga de trabalho (kgm)
período de trabalho
Intervalo de repouso = 10 min 1980
(230 W) Freq. = 60 rpm (330 W)
1080 1620
(180 W) (270 W)
900 1260
(150 W) (230 W)
720 900 ↑80 kgm a cada 2 min
(120 W) (150 W) Freq. = 60 rpm
https://goo.gl/W3jFBa
Leituras recomendadas
KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular: esquemas comentados de mecânica humana. 6. ed.
Rio de Janeiro: Editorial Médica Panamericana, 2009.
KISNER, C; COLBY, L.A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 5. ed. Barueri,
SP: Manole, 2009.
O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J.; FULK, G. D. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 5. ed.
Barueri, SP: Manole, 2010.
SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas.
3. ed. Barueri: Manole, 2010.
SMITH, L. K.; WEISS, E. L.; LEHMKUHL, L. D. Cinesiologia clínica de Brunnstrom. 5. ed.
Barueri, SP: Manole, 1997.
Conteúdo:
Dica do professor
Qualquer atividade ou exercício físico necessita de orientações para sua organização, ainda mais
quando se trabalha de forma direcionada e com metas preestabelecidas. Para tanto, há os
princípios do treinamento, os quais norteiam qualquer programa ou atividade física, desde uma
simples caminhada ou corrida até um treino de futebol, por exemplo. Seguir esses princípios é
condição indispensável para que a atividade se torne proveitosa e saudável.
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Exercícios
A) Trata-se de uma variável do TECP que não sofre influência de arritmias cardíacas.
B) O pulso de oxigênio depende de uma boa aferição da pressão arterial sistêmica por parte do
examinador.
A) A pressão arterial diastólica corresponde à pressão do sangue nas paredes arteriais quando o
sangue é ejetado pelo coração.
B) A frequência cardíaca é uma variável importante de ser avaliada, sendo que em sujeitos em
repouso é esperado que a frequência seja maior que 90 bpm.
C) Consiste em análise sanguínea para avaliar o perfil lipoproteico, com o intuito de detectar
doenças cardiovasculares.
D) O ritmo da melhora da aptidão física aumenta conforme esta se aproxima do limite genético
de cada indivíduo.
A fim de que a prescrição seja segura para esses indivíduos e os benefícios superem os riscos,
devem ser considerados inúmeros fatores, como anamnese adequada e teste de esforço com
escolha do ergômetro e do protocolo de teste mais adequados.
No anexo a seguir, confira como pode ser feita a prescrição de atividade para esse grupo de risco,
utilizando as avaliações disponíveis.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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