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CONCEITOS E ALTERAÇÕES
FISIOLÓGICAS DO
ENVELHECIMENTO
ESPÍRITO SANTO
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO........................................................ 5
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18 ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO ................................................. 37
19 CONCLUSÃO ........................................................................................ 38
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Fonte: amorecuidadodf.com.br
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Segundo o Ministério da Saúde (2005), a partir de 1960 o grupo com 60 anos
ou mais é o que mais cresce proporcionalmente no Brasil, enquanto que a população
jovem se encontra em um processo de desaceleração do crescimento. Em outras
palavras a população idosa crescerá proporcionalmente oito vezes mais que os jovens
e quase duas vezes mais que a população total.
No Brasil, em 1930, dois terços da população viviam em zonas rurais. Hoje em
dia, mais que três quartos vivem em zonas urbanas. O migrante padrão que chega às
grandes cidades é o migrante jovem, o qual, em geral, deixa seus parentes para trás.
Para o idoso que teve por toda a sua vida uma grande família que se
caracterizava por uma marcada solidariedade sócio-cultural, com um suporte provido
pelos mais jovens, rodeados de muitas crianças, esta mudança pode ser muito
complicada, causando desmotivação, sensação de desamparo e sintomas
depressivos.
De acordo com o último censo demográfico ocorrido no ano 2000, a população
idosa brasileira em 1991, era de 10,7 milhões. Hoje a população idosa brasileira já
passa dos 14 milhões, o que evidencia a importância deste contingente populacional
no Brasil.
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À medida em que nosso país passa por uma transição demográfica, cresce a
necessidade da quantificação dos recursos que a sociedade tem que arcar para fazer
frente às necessidades específicas deste segmento etário, tais como infraestrutura
em termos de instalação, programas específicos de saúde e profissionais de saúde
adequados quantitativa e qualitativamente.
Fonte: grnews.com.br
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consideras comuns, não podemos considerá-las normais. O paciente deve ir ao
médico para fazer um tratamento, fisioterapia e controlar o peso.
Com o envelhecimento, a produtividade e a economia dos países vão
desacelerar:
MITO: É cada vez maior o número de pessoas com mais de 60 anos dispostas,
saudáveis e ativas. Um levantamento recente feito pelo Instituto Datafolha mostrou
que a fatia de brasileiros com 60 anos ou mais empregados ou em busca de emprego
aumentou de 20 para 26% do total entre 2007 e 2017.
Conforme as pessoas envelhecem, aumenta o risco de doenças degenerativas
como o Alzheimer:
MITO: É verdade que envelhecimento traz mudanças no nosso organismo,
incluindo alterações neurológicas que comprometem as nossas funções cerebrais. No
entanto, é possível evitar que lapsos de memória aconteçam com frequência
mantendo o cérebro ativo. É importante exercitá-lo com atividades intelectuais como
aprender uma nova língua ou algum instrumento musical, por exemplo.
Doenças como diabetes e hipertensão são obrigatórias no envelhecimento:
MITO: Doenças não podem ser consideradas normais. No máximo, comuns.
Enfermidades como diabetes do tipo 2 e hipertensão podem e devem ser evitadas
com uma alimentação saudável, com a prática de exercícios físicos e com o
acompanhamento de um médico.
Entre os muitos mitos e verdades sobre envelhecimento está a crença de que
envelhecer significa ter uma vida limitada, o que não é verdade. O envelhecimento
saudável permite manter a capacidade funcional do indivíduo e o bem-estar em idade
avançada.
Para isso, é preciso manter uma rotina de vida saudável ao longo da vida, que
inclui uma alimentação balanceada, a prática regular de exercícios físicos, bem como
atividades intelectuais e sociais. Vale a pena investir em uma rotina de vida equilibrada
e feliz para garantir uma velhice mais tranquila e com saúde.
O ímpeto sexual pode a diminuir com o envelhecimento:
FATO: Tanto os homens como mulheres passam por mudanças no organismo
com o passar dos anos, principalmente em relação aos hormônios. Na menopausa,
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os níveis de estrogênio podem acarretar em alterações físicas e de humor que alteram
o interesse por sexo. No caso dos homens, a diminuição dos níveis de testosterona
também pode causar alterações na vida sexual. Isso não quer dizer, no entanto, que
o desejo desapareça ou que pessoas mais velhas não possam ter uma vida sexual
saudável e ativa.
Ocorre diminuição considerável da massa muscular no idoso:
FATO: A quantidade de gordura aumenta e a de massa magra diminui, assim
como a produção de colágeno. Por isso, a prática regular de exercícios físicas e uma
alimentação balanceada são ainda mais necessárias conforme envelhecemos.
Ocorre alteração do paladar na velhice:
FATO: Assim como os outros músculos, as papilas gustativas, que ficam na
língua, tendem a atrofiar. Isso influencia na percepção do paladar.
Fonte: publico.pt
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As teorias biológicas do envelhecimento têm sido classificadas de várias
formas, sendo frequente a apresentação em dois grupos: teorias
programadas (de natureza genética) e teorias estocásticas. (WEINERT,
2003, apud TEIXEIRA, 2010).
Para além do nascimento e da morte, uma das certezas da vida é que todas as
pessoas envelhecem. No entanto, a manifestação do fenômeno de envelhecimento
ao longo da vida é variável entre os indivíduos da mesma espécie e entre indivíduos
de espécies diferentes. Esta constatação deu origem ao desenvolvimento de inúmeras
definições de envelhecimento biológico que, apesar de divergirem na orientação
teórica subjacente, comungam a noção de perda de funcionalidade progressiva com
a idade, com o consequente aumento da susceptibilidade e incidência de doenças,
aumentando a probabilidade de morte.
Da interação entre o genoma e os fatores estocásticos resulta a maior ou
menor velocidade de envelhecimento do organismo. Se a capacidade de adaptação
do organismo for reduzida e/ou se a ação dos fatores estocásticos for exagerada, o
resultado poderá ser um desequilíbrio excessivo, que aumentará a susceptibilidade
para acumular lesões e défices celulares, manifestando-se no fenómeno de
envelhecimento celular, tecidual e orgânico.
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Teoria com base genética: O processo do envelhecimento seria, do
nascimento até a morte, geneticamente programado. O tempo de vida, de acordo
com essa programação, deveria conciliar as necessidades da reprodução e o não
sobrecarregamento do meio ambiente com excesso de população, garantindo um
quantitativo mínimo de indivíduos para a preservação de cada espécie.
Teorias com base em danos de origem química: Esse grupo de teorias
aproxima-se da corrente genética, no sentido de que a senescência seria decorrente
de disfunções no código contido nos genes. A diferença entre as correntes reside no
fato de que, para as teorias baseadas nos danos de origem química, os problemas de
funcionamento na reprodução e regeneração celular não se encontrariam
especificamente em sua programação. Os problemas de codificação genética seriam
causados por subprodutos das reações químicas orgânicas habituais que, pouco a
pouco, causariam danos irreversíveis às moléculas das células. Tais reações
poderiam ser potencializadas por fatores como a poluição ou padrões de alimentação
ou de atividade física. Deduz-se que, contrariamente ao que se observa nas teorias
de fundo genético, nesse caso o processo de envelhecimento poderia ser retardado,
uma vez diminuídas as reações responsáveis pelos danos, ou aumentada a
capacidade de metabolização das substâncias produzidas.
Teorias com base no desequilíbrio gradual: As teorias de desequilíbrio
gradual concentram sua atenção no funcionamento de certos sistemas corporais,
importantes para a regulação do funcionamento dos demais sistemas. Vários autores
associam a senescência a uma depleção de sistemas enzimáticos em células pós-
mitóticas ou a modificações nas funções endócrina e imunológica. Sabe-se que os
sistemas nervoso central e endócrino têm atribuições essenciais na regulação do
metabolismo e da integração entre os órgãos. A diminuição do potencial imunológico
torna todas as estruturas do corpo mais vulneráveis a enfermidades de todos os tipos.
A diminuição da atividade enzimática não é apenas fruto de problemas de transcrição,
conforme descrito nas seções prévias, mas também pode advir de desequilíbrios
homeostáticos do meio interno (pH, concentração iônica, temperatura, hidratação,
entre outros).
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Teorias com base em Restrição calórica: Outra hipótese que vem sendo
investigada é a relação entre restrição calórica sistemática e envelhecimento dos
sistemas fisiológicos e celular. Muitos foram os estudos que examinam os efeitos
dessa variável sobre o processo de envelhecimento, principalmente entre os anos 30
e 80. A partir de então, a maior parte dos estudos (realizados com modelos animais)
vem procurando observar os efeitos da restrição calórica sobre processos fisiológicos
e patológicos específicos, na tentativa de encontrar possíveis explicações para o
aumento da longevidade.
Teoria do desgaste: Esta teoria afirma que cada organismo estaria composto
de partes impermeáveis e que a acumulação de falhas em suas partes vitais levaria à
morte das células, tecidos, órgãos e finalmente do organismo como um todo. Teoria
do erro catastrófico: propõe que com o passar do tempo se produziria uma
acumulação de erros na síntese proteica, que finalmente determinaria prejuízos na
função celular.
Teoria dos radicais livres: É uma das teorias mais populares, pois, defende
que o envelhecimento seria o resultado de uma inadequada proteção contra os danos
produzidos nos tecidos pelos radicais livres. Teoria do relógio biológico: esta teoria foi
umas das pioneiras para explicar o processo do envelhecimento, ela consta que cada
organismo possui um relógio, que determina quando se inicia o envelhecimento e
marca as épocas em que suas características seriam mais visíveis.
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5 ASPECTOS SOCIOLÓGICOS, BIOPSICOSSOCIAIS, BIOLÓGICOS E
PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO
Fonte: sociologia.com.br
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salvaguarda dos valores tradicionais, eles são os "guardiões da herança coletiva". No
Brasil, sobretudo nas zonas urbanas, há, no mínimo, uma grande ambivalência com
relação aos velhos. Se, por um lado, acentua-se o respeito, a experiência e a
sabedoria dos sujeitos idosos, por outro lado é a juventude, a força física, a saúde e
o novo que merecem a valorização social. Deste modo, a velhice parece ser
representada como decadência, inutilidade, logo, desvalorização do ponto de vista
social. Não parece haver lugar para os sujeitos idosos, nem papéis sociais que
possam mantê-los como sujeitos e cidadãos.
A idade torna-se, assim, ao mesmo tempo, uma realidade biológica e uma
convenção sócio-cultural, onde a cada etapa do desenvolvimento correspondem
papéis sociais específicos, valores e expectativas que têm uma grande influência
sobre a percepção que tem o sujeito do mundo e sobre sua própria definição enquanto
sujeito que interage com este mundo.
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O processo de envelhecimento numa perspectiva biopsicossocial abrange
diferentes aspectos que podem influir para a melhoria das relações sociais da terceira
idade. O envelhecimento é tido em quatro estágios: meia-idade, que compreende
pessoas entre 45 e 59 anos de idade; idosos, pessoas entre 60 e 74 anos; anciões,
pessoas entre 75 e 90 anos; e velhice extrema, pessoas acima de 90 anos de idade.
Além do desgaste progressivo de tecidos, órgãos e da capacidade física e
cognitiva, há um acentuado processo de perdas que desencadeia turbulências
emocionais e psíquicas que ocasionam profunda infelicidade e diminuem a qualidade
de vida de maneira agressiva. O estágio da velhice vem geralmente acompanhado de
associações a sentimentos destrutivos de inutilidade e perda, situação essa que
agrava ainda mais a condição existencial do idoso, pois acirra conflitos internos
relacionados a tais conceitos.
Além das alterações no corpo, o envelhecimento traz ao ser humano uma série
de mudanças psicológicas, que pode resultar em: dificuldade de se adaptar à novos
papéis; falta de motivação e dificuldade de planejar o futuro; necessidade de trabalhar
as perdas orgânicas, afetivas e sociais; dificuldade de se adaptar as mudanças
rápidas, que tem reflexos dramáticos nos velhos; alterações psíquicas que exigem
tratamento; depressão, hipocondria, somatização, paranoia, suicídios e, por fim,
baixas autoimagem e autoestima. Exposto a um processo em que perdas e rejeições
são sempre iminentes, o idoso tende a buscar o isolamento, quer por vontade própria
quer por indução social. O fato de ter poucas ocupações sociais, ser menos solicitado
pela família e comunidade faz com que internalize um sujeito improdutivo, sem poder
de decisão. As principais consequências do envelhecimento são crise de identidade,
mudanças de papéis, aposentadoria, perdas diversas e diminuição dos contatos
sociais.
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líquido); os músculos tornam-se mais frágeis e atrofiados, podendo-se aumentar o
risco de quedas.
Pele: a pele torna-se mais seca, com manchas e com menor quantidade de
pelos, sendo que o conteúdo de gordura abaixo da pele também diminui, deixando-a
mais fina; isto ocasiona um aumento da incidência de pruridos (coceira) e de
hematomas (manchas roxas de sangue); devemos ter cuidado extra com o sol, usar
cremes hidratantes e evitar, na medida do possível, a incidência de traumas (batidas
ou pancadas).
Órgãos dos Sentidos: a visão e a audição diminuem, atenuando também o
número de dentes; o paladar (capacidade de sentir gostos ou sabores) se torna menos
eficiente, sendo que o idoso acaba por ingerir mais sal e açúcares, em prejuízo de sua
saúde; devemos estimular o uso de óculos e de aparelhos auditivos, bem como o de
dentaduras, além de orientá-los para uma alimentação correta, evitando assim o
surgimento de anemias ou de desnutrição.
Ossos: a quantidade de ossos saudáveis diminui, havendo uma maior
rarefação dos ossos (desgaste), que se tornam mais fracos e quebradiços
(osteoporose); todo o cuidado para se evitar quedas e fraturas deve ser tomado.
Postura: o idoso é mais "curvado", devido à diminuição da altura das vértebras
da coluna (pela osteoporose); perde-se um centímetro de altura a cada 10 anos; o
andar também se modifica, ficando menos equilibrado e com passos mais curtos,
aumentando-se o risco de quedas.
Artérias: as artérias (vasos sanguíneos que levam o sangue do coração para
todo o corpo), estão mais endurecidas e estreitas (com maior teor de gordura e de
cálcio), dificultando a circulação de sangue e causando aumento da pressão arterial.
Coração: a capacidade de "bombear" o sangue está diminuída no coração do
idoso, o que pode provocar problemas durante algum esforço físico com o qual o
indivíduo não esteja habituado.
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5.3 Envelhecimento psicológico
6 ENVELHECIMENTO SOCIOECONÔMICO
Fonte:ecycle.com.br
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Um dos principais fatores que contribui para um envelhecimento saudável
está associado diretamente ao conjunto de relações pessoais e influências
ambientais em que o idoso está inserido, ou seja, indivíduos que passam
exatamente pelas mesmas condições, sejam elas negativas ou positivas,
podem apresentar posturas e comportamentos completamente diferentes
(SANTOS et al., 2016, apud MENEZES, 2018).
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mercado de trabalho, porém isso não diminuiu os preconceitos acerca da mulher que
só conquistou o direito ao voto na década de 30.
O idoso de hoje é o mesmo que abandonou o meio rural em busca de novas
conquistas de vida. E para aqueles que dependem do sistema previdenciário, a
realidade também não é animadora. A maioria dos aposentados recebe um salário
mínimo onde esse valor não garante a subsistência digna dessas pessoas o que faz
com que muitos voltem a trabalhar para acrescentar algum ganho para a sua
sobrevivência.
A inversão do papel familiar gera um estado de insegurança, de medo e de
inadaptações que depende de sua intensidade, são expressões através de
irritabilidade, acomodação ou indiferença, podendo afetar a própria personalidade,
levando o idoso ao isolamento e ao sentimento de inutilidade.
7 ENVELHECIMENTO PSICOSSEXUAL
Fonte: emaze.com
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os idosos tende a ser encarada como indecente, levando os idosos a terem vergonha
e reprimirem as mudanças.
Até recentemente, ainda se acreditava que por volta dos cinquenta anos o
declínio da função sexual era inevitável face à menopausa feminina e à instalação
progressiva das disfunções da ereção masculina. Além disto, a atividade sexual perdia
fatalmente seu objetivo de procriação e, portanto, sua justificativa social.
Para uma mulher, as alterações causadas pelo envelhecimento envolvem
níveis hormonais, alterações físicas em todo o aparelho reprodutor feminino e
alterações psicológicas. Tais alterações ocorrem na intrincada relação entre os
hormônios ovarianos e os que são produzidos pela hipófise.
A menopausa é uma etapa normal do processo de envelhecimento da mulher.
Os ovários interrompem a liberação de óvulos e os períodos menstruais cessam. A
maioria das mulheres passa por esse processo por volta dos 50 anos de idade,
embora ele possa ocorrer antes mesmo dos 40 anos. Em geral, os ciclos menstruais
tornam-se irregulares antes do início da menopausa.
Devido à diminuição dos níveis hormonais, ocorrem alterações em todo o
sistema reprodutor feminino. As paredes vaginais tornam-se menos elásticas, menos
enrugadas e mais finas. O tamanho da vagina diminui. Há uma diminuição também
do tecido genital externo (atrofia dos lábios) e as secreções tornam-se escassas e
aquosas.
Diferente das mulheres que deixam de ser férteis de forma abrupta com a
menopausa, os homens não sofrem nenhuma alteração súbita em sua fertilidade. Ao
contrário, essas alterações se apresentam gradualmente. As alterações causadas
pelo envelhecimento no sistema reprodutor masculino ocorrem principalmente nos
testículos. O tecido testicular diminui. O nível do hormônio sexual masculino,
testosterona, permanece inalterado ou apresenta uma redução mínima.
Alguns homens podem apresentar uma diminuição do desejo sexual e as
respostas sexuais podem tornar-se mais lentas e menos intensas. Essa situação pode
estar relacionada à diminuição no nível de testosterona, mas é muito provável que
seja originada por alterações psicológicas e sociais relacionadas ao envelhecimento
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(como a falta de uma companheira com "desejo sexual"), doenças crônicas ou
medicamentos.
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8 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Fonte: tuasaude.com
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simpático e parassimpático do coração estarão alterados, resultando em: diminuição
do tônus vagal, atenuação dos mecanismos regulatórios autonômicos e aumento do
tônus simpático
Fonte: pneumopr.org.br
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Além disso, os idosos apresentam um risco maior de desenvolverem
pneumonia após infecções bacterianas ou virais. Desse modo, as vacinas contra
infecções respiratórias, como influenza e pneumonia pneumocócica, são
particularmente importantes para idosos.
É importante observar que as alterações nos pulmões relacionadas à idade
aumentam os efeitos de doenças cardíacas e pulmonares que a pessoa possa ter,
especialmente aquelas causadas pelos efeitos destrutivos do tabagismo.
Fonte: saudearticular.com
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marcado por alterações morfológicas, histológicas e da fisiologia neural. Essas
alterações podem ocorrer em nível macroscópico e microscópico.
Ocorre: Hipotrofia Neural A morte celular e a hipotrofia neuronal são
caracterizadas pela perda da substância branca no encéfalo, sendo consideradas as
principais causas de alterações do sistema nervoso em nível microscópico durante o
envelhecimento.
Alterações nos Neurotransmissores;
Lipofuscina: Ainda não está clara a consequência do acúmulo de lipofuscina,
mas esta é considerada uma das marcas do envelhecimento celular neuronal no
idoso, resultante da perioxidação dos lipídios poli-insaturados das membranas
biológicas;
Degeneração grânulo-vacuolar: A degeneração grânulo-vacuolar é decorrente
de um processo de autofagia de proteínas Tau nos lisossomos, sendo marcada pela
presença de pequenos vacúolos múltiplos ou isolados no pericárdio celular neural.
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11 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO
Fonte: prezi.com
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12 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA RENAL
Fonte: dicavida.com.br
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A retenção urinária (incapacidade de esvaziar a bexiga por completo, o que
pode causar um refluxo para os rins, danificando-os) é mais comum em idosos. Muitas
pessoas em idade avançada têm problemas para controlar a bexiga (incontinência
urinária). Tanto em homens quanto em mulheres, as alterações urinárias têm uma
ligação direta com as alterações no sistema reprodutor.
Fonte: bancodasaude.com
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Estômago: o processo de envelhecimento resulta em alterações nas principais
secreções gástricas, como a pepsina e a produção de fator intrínseco. Essas
alterações levam à diminuição de proteção da mucosa gástrica, tornando-a mais
susceptível a lesões e modificações epiteliais;
Fígado: tanto morfológica quanto funcionalmente, a função hepática pode estar
comprometida no envelhecimento. Morfologicamente, tem-se a redução do tamanho
do órgão, e funcionalmente, a redução de suas atividades excretoras e a
metabolização de substâncias, como determinados medicamentos;
Vesícula biliar: tem seu esvaziamento retardado em decorrência da diminuição
da sensibilidade pela Colecistocinina, aumentando, consequentemente, a incidência
de calculose biliar;) pâncreas: no que se refere às alterações funcionais, o indivíduo
idoso tem a secreção de insulina e lipase lentificadas;
Intestino delgado: as principais alterações que acometem o intestino delgado
estão relacionadas à redução da absorção de nutrientes, como as vitaminas D e B1,
ácido fólico e lipídeos, e são consequência da redução das vilosidades intestinais e
da superfície da mucosa;
Intestino grosso: tanto morfológica quanto funcionalmente, o processo de
envelhecimento acomete o intestino grosso, as principais alterações são referentes
ao enfraquecimento muscular e às alterações nas mucosas, predispondo o idoso ao
surgimento de divertículos, neoplasias e constipação intestinal; reto e ânus: as
alterações principais decorrentes do processo de envelhecimento estão relacionadas
a alterações musculares do esfíncter externo, alterações do colágeno e redução de
força muscular, que, consequentemente, diminuem a capacidade de retenção fecal
volumosa, acarretando incontinência fecal no idoso.
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14 ENVELHECIMENTO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
Fonte: minilua.com
Fonte: idosos.com.br
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quando os valores estão abaixo destes, aponta-se risco de morte por câncer, doenças
respiratórias e infecciosas, além da obesidade.
Com a diminuição da massa corporal, que acontece progressivamente com o
aumento da idade cronológica, nota-se perda de massa magra, aumento da gordura
e diminuição da massa óssea.
A perda de massa muscular (sarcopenia) é um processo que se inicia por volta
dos 30 anos e progride ao longo da vida. Nesse processo, a quantidade de tecido
muscular e o número e tamanho das fibras musculares diminuem gradualmente. O
resultado da sarcopenia é a perda gradual de massa e força muscular. Essa perda
leve de força muscular aumenta o esforço em certas articulações (como nos joelhos)
e pode predispor uma pessoa a artrite ou a quedas.
Fonte: acaopopular.net
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A qualidade de vida aplica-se ao indivíduo saudável e diz respeito ao seu grau
de satisfação com a vida nos aspectos moradia, transporte, alimentação, lazer,
realização profissional, relacionamento com outras pessoas, liberdade, autonomia e
segurança financeira.
Se os indivíduos envelhecerem com autonomia e independência, com boa
saúde física, desempenhando papéis sociais, permanecendo ativos e desfrutando de
senso de significado pessoal, a qualidade de vida pode ser muito boa.
Qualidade de vida tem múltiplas dimensões, como a física, a psicológica e a
social, cada uma com seus aspectos. A saúde e a capacidade funcional são variáveis
importantes que devem ser avaliadas, como também o bem-estar subjetivo. A
avaliação de qualidade de vida muda com o tempo, pessoa, lugar e contexto cultural;
para uma mesma pessoa, muda conforme seu estado de humor.
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significativo para ele, pois o padrão de qualidade de cada vida é um fenômeno
pessoal.
Fonte: casadeseguro.com.br
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as baixas temperaturas dificultam a circulação, induzem ao ressecamento e
descamação da pele;
Radicais livres e espécies reativas de oxigênio: a ação de compostos formados
no organismo a partir de reações bioquímicas é uma das teorias mais exploradas.
Com o avanço da idade, pode ocorrer o aumento destas moléculas. Paralelamente,
há uma diminuição da capacidade antioxidante natural do organismo. Quantidades
excessivas destes compostos podem reagir com os lipídeos de membranas celulares
e proteínas. Inclusive, enzimas e DNA contribuindo para o desenvolvimento de certas
alterações cutâneas possivelmente. Os radicais livres, ao atacar proteínas do tecido
conjuntivo, por exemplo, induzem a fibrose e esclerose;
Tabaco e poluição: podem acelerar o envelhecimento ao produzirem radicais
livres. Os fumantes apresentam envelhecimento mais intenso. A probabilidade de ele
desenvolver rugas faciais pode ser até cinco vezes maior do que a dos não-fumantes.
O cigarro está associado ao aumento de elastose cutânea, que aumenta o
envelhecimento facial e contribui para a característica de “face de fumante”. A
contração de músculos labiais e faciais, durante o ato de fumar, e entorno dos olhos,
devido à irritação promovida pela fumaça, pode aumentar a formação de rugas nestas
regiões;
Perda rápida de peso: leva à redução de volume de células graxas, que
suportam a pele facial, provocando um aspecto debilitado e flácido nesta região;
Genética: as diferenças de longevidade entre raças ou pessoas corroboram
com a ideia da influência genética processos de envelhecimento. Segundo os adeptos
da teoria genética, o processo do envelhecimento é geneticamente programado do
nascimento até a morte;
Patologias: enfermidades podem refletir na velocidade e intensidade do
envelhecimento;
Cor da pele: é bem conhecido o fato de que pessoas de pele negra envelhecem
de forma mais lenta do que as de pele branca. Isso pode ser explicado pela presença
da melanina, que funciona como um absorvedor de ultravioleta e minimiza a
participação desta radiação no envelhecimento cutâneo;
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Nutrição hipercalórica: a restrição calórica em ratos e primatas não-humanos
tem prolongado a vida destes animais e retardado o aparecimento de várias condições
patológicas associadas ao envelhecimento. Provavelmente, devido à diminuição da
produção de radicais livres;
Envelhecimento programado: funcionaria como um relógio genético, que
determina em que período da vida as células começam a se degenerar;
Mutação: por esta teoria o envelhecimento é conseqüência de alterações
espontâneas ou induzidas do DNA. A radiação UV pode levar a estas mutações,
atuando direta ou indiretamente no DNA através da produção de radicais livres;
Comportamento: os hábitos podem acelerar ou retardar a mortalidade. A
alimentação equilibrada, atividade física regular, consumo moderado de bebidas e não
fumar podem aumentar a expectativa de vida com um ganho de quatorze anos na
idade cronológica;
Estrógeno: o envelhecimento está associado ao declínio de vários hormônios.
Entre eles, está o estrógeno. Esteticamente, a redução dos níveis de estrógeno está
associada à pele seca, afinamento da epiderme, redução da manutenção de barreira
córnea, diminuição do colágeno na derme, formação de rugas e o aumento de
elasticidade cutânea.
18 ENVELHECIMENTO BEM-SUCEDIDO
Fonte: depositphotos.com
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O risco de muitas doenças e problemas de saúde diminuem com a prática
regular de exercícios. A inutilidade não é um fato, mas uma forma de comportamento.
É importante desenvolver uma ocupação prazerosa e saudável na terceira idade. As
observações do cotidiano permitem constatar que pessoas idosas que buscam seus
interesses e fazem o que gostam, melhoram muito o seu estado de bem-estar e
desenvolvimento físico e mental.
É importante também que os idosos, principalmente aqueles que enfrentam o
processo de envelhecimento com dificuldade, participem de atividades que promovam
sua inclusão social e estimulem o desenvolvimento de suas habilidades individuais.
Por mais que o idoso não esteja disposto, é preciso sensibilizá-lo para que ele tenha
no mínimo uma experiência para se sentir melhor.
A ausência de limitações e perdas não constitui o sucesso de um idoso. O
sucesso é medido pela forma como essas limitações e perdas são integradas com as
atitudes de uma pessoa em relação ao envelhecimento. O envelhecimento bem-
sucedido não é tanto uma questão de medir objetivamente as funções físicas, mas
qual é o nível de sucesso atingido no processo de adaptação às limitações físicas de
forma a satisfazer o idoso.
O fato é que os idosos precisam lançar mão de algumas estratégias que
possibilitem ter uma velhice satisfatória; isto implica estarem atentos a cultivarem
novos hábitos, engajarem-se em atividades produtivas, realizarem projeto de vida,
ingressarem em universidade de terceira idade, desenvolverem serviços voluntários e
outros.
Portanto, um envelhecimento bem-sucedido depende de como o idoso vai
enfrentar os desafios da vida, lutar pelos os seus direitos de cidadão e colocar em
prática projetos viáveis dentro das condições pessoais e do meio ambiente em que
vive.
19 CONCLUSÃO
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o aumento gradual da esperança média de vida tem se traduzido no envelhecimento
populacional.
É importante que os idosos, principalmente aqueles que enfrentam o processo
de envelhecimento com dificuldade, participem de atividades que promovam sua
inclusão social e estimulem o desenvolvimento de suas habilidades individuais. Por
mais que o idoso não esteja disposto, é preciso sensibilizá-lo para que ele tenha no
mínimo uma experiência para se sentir melhor.
Sensorial: as alterações do paladar, visão, odor, audição e tato diminuem em
proporções individualizadas. Uma vez que as estimulações do paladar e odor induzem
mudanças metabólicas, tais como secreções salivares, de ácido gástrico e
pancreático, assim como aumentam os níveis plasmáticos de insulina, a estimulação
sensorial diminuída pode prejudicar os processos metabólicos.
A visão prejudicada, perda da audição e da coordenação levam a diminuição
da ingestão de alimentos, do reconhecimento alimentar e da habilidade alimentar.
Oral: ausência de salivação (xerostomia), afeta mais de 70% dos idosos, sendo a
ingestão de nutrientes significativamente prejudicada.
Gastrointestinal: durante o processo de envelhecimento, mudanças que afetam
o apetite e a habilidade para digerir e absorver alimentos ocorre no sistema
gastrointestinal.
A motilidade gastrointestinal alterada e o tônus muscular diminuído podem ser
resultados da constipação do idoso, além da ingestão inadequada de líquidos e
inatividade.
Renal: A função renal pode estar diminuída em 50% em razão de certas
condições crônicas e de diminuição da taxa de filtração glomerular.
Neurológicos: tanto pacientes portadores de doenças de Alzheimer como Mal
de Parkinson apresentam um mau estado nutricional. Estudos relacionados a essas
doenças verificaram perda de peso intensa e aumento de gasto energético. Isso se
deve pelas dificuldades encontradas na aquisição, preparo e deglutição dos alimentos
e pela maior demanda metabólica devido ao seu estado neuromuscular.
Imunocompetência: a função imunológica diminui com a idade o que resulta na
diminuição da reação a infecções nos idosos.
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Psicossocial: o isolamento social devido à depressão; desorganização e
mudanças da rotina diária; função visual e físicas diminuídas; medo; saúde deficiente
e estado socioeconômico baixo, levam a maioria dos idosos à inadequação alimentar
e à ingestão energética diminuída.
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20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas, SP: Papirus, 6ªed. 2001.
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após exercícios aeróbicos e terapêuticos. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama,
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VAISBERG, M.; ROSA, L.F., MELLO, M.T.DE, O exercício como terapia na prática
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21 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS
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