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PROPOSTA DE REDAÇÃO

REDAÇÃO – 2º e 3º anos

PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “A questão do etarismo na sociedade contemporânea”. Apresente
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto I - O preconceito contra os idosos, chamado de “etarismo”, ainda é um mal muito latente nos dias de hoje. Advindo de
estereótipos que fazem parte da construção da sociedade, os preconceitos referem-se à saúde, a capacidade e empenho, idade,
fragilidade entre outros. (...) Algumas crenças fortalecem esses preconceitos, já que versam sobre premissas que não são
verdadeiras como: os idosos não podem trabalhar; as pessoas mais velhas são todas iguais, possuem saúde debilitada; os
idosos são frágeis; não conseguem resolver suas necessidades básicas, os mais velhos nada têm a contribuir, e são um ônus
econômico para a sociedade. (...) Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que no Brasil 13% da
população tem mais de 60 anos, sendo que a partir de 2031 haverá mais idosos do que crianças e adolescentes, e em 2042
essa população alcançará o número de 57 milhões de brasileiros. (...) Esses números apontam a necessidade de olharmos para
a velhice cada vez de modo mais positivo e real, valorizando todas as vantagens que esse período da vida traz para todos, seja
por conta de maior conhecimento sobre a vida. https://www.alpha360.com.br/etarismo-o-preconceito-contra-os-idosos/

Texto II - Chegar à terceira idade com saúde e disposição é um privilégio, mas é comum que quem tenha mais de 50 anos já
comece a sentir discriminação por estar envelhecendo. (...)Essa discriminação passou a ser chamada de etarismo —mas
também é chamada de idadismo ou ageísmo— e é bastante comum: de acordo com um relatório elaborado pela
OMS (Organização Mundial de Saúde) uma em cada duas pessoas no mundo já apresentou ações discriminatórias que pioram
a saúde física e mental dos idosos. Para isso, foi realizado um levantamento com mais de 80 mil pessoas de 57 países. Aqui
no Brasil os dados também mostram que o etarismo começa até mesmo antes das pessoas chegarem à terceira idade: 16,8%
dos brasileiros com mais de 50 anos já se sentiram vítima de algum tipo de discriminação por estarem envelhecendo. (...)
Preconceito etário coloca a saúde em risco
(...) Essa exclusão da sociedade afeta a saúde mental, já que as pessoas mais velhas recebem continuamente sinais
de não aceitação, desprezo, falta de respeito, agressões e humilhações —simplesmente pelo fato de terem envelhecido.
"O etarismo contribui para a baixa autoestima, sentimentos de desamparo, menos valia e leva ao isolamento. (...) A segunda
edição da Pesquisa Idosos no Brasil, realizada pelo Sesc São Paulo e pela Fundação Perseu Abramo, apontou que 18% dos
idosos afirmaram terem sido discriminados ou maltratados em um serviço de saúde. E 19% declararam terem sofrido algum tipo
de violência física ou verbal. Além disso, 81% dos participantes afirmaram que há preconceito contra o idoso no país. A pesquisa
contou com a opinião de 4.144 brasileiros, sendo 2.369 pessoas com mais de 60 anos, e foi realizada entre janeiro e março de
2020.
Covid-19 e o aumento da discriminação ao idoso
(...) De acordo com Ana Laura Medeiros, geriatra do Hospital Universitário Lauro Wanderley da UFPB (Universidade
Federal da Paraíba), com a pandemia aumentaram os discursos preconceituosos e até uma culpabilização desse grupo.
"Pessoas chegaram a dizer que a sobrecarga no sistema de saúde estava ocorrendo por causa dos idosos. Em alguns lugares,
discutiam se havia a necessidade de usar a ventilação mecânica em pessoas com mais de 80 anos. É como se a vida valesse
menos", destaca. (...)"Com a pandemia, o idoso deixou de ser invisível para ser colocado numa situação de risco e novamente
aparece como problema social. Não há uma integração das gerações e o idoso fica fora do circuito", diz.
Por que isso acontece?
O preconceito pela idade se manifesta por meio da forma que a sociedade pensa, sente ou age em relação aos idosos.
Isso acontece porque os estereótipos associados ao envelhecimento normalmente não são positivos. Por muito tempo, ser idoso
significava ser dependente, frágil, incapaz e também era sinônimo de senilidade. Para Medeiros, tudo isso fortalece o etarismo.
"O envelhecimento é um processo inexorável e traz desgastes naturais. E isso é interpretado erroneamente como um estado
global de fragilidade e perda de independência e autonomia. É importante frisar que o envelhecimento varia de pessoa para
pessoa e os idosos não são todos iguais", completa. Já Alexandre da Silva, gerontólogo, fisioterapeuta, professor da Faculdade
de Medicina de Jundiaí, acredita que esse preconceito é uma questão cultural e o fato de o idoso, na maioria das vezes, não
estar trabalhando contribui para essa visão negativa.
No capitalismo, o idoso pode perder seu valor porque não está no mercado de trabalho, gerando renda. Mas é
fundamental não se apegar aos rótulos e à naturalização do preconceito. Vale destacar que o etarismo está enraizado na
sociedade e, muitas vezes, as crianças desde cedo escutam frases que desvalorizam os idosos. E assim, normalizam-se os
estereótipos relacionados à idade. Frequentemente, ser velho está associado à imagem de uma pessoa triste e dependente, o
que não condiz mais com a realidade da maioria.
Como combater?
É fundamental que as mudanças e a conscientização da importância dos idosos na sociedade comecem dentro de casa, com os
familiares. "É necessário que ocorra o convívio entre as diversas gerações. As crianças precisam compreender o processo de
velhice, que faz parte da vida, e a necessidade do respeito. É preciso promover o conhecimento sobre o envelhecimento e
aumentar ações para inseri-los na sociedade", afirma Medeiros. Vale lembrar que a pessoa que sofrer qualquer tipo de
discriminação pode fazer uma denúncia junto aos conselhos municipais do idoso. No Brasil, há o Estatuto do Idoso que
determina a reclusão e a multa em casos de discriminação.(...)
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/20/etarismo-que-bicho-e-esse-preconceito-por-idade-prejudica-saude-de-idosos.htm

Texto III- A rainha Elizabeth II completou 95 anos há seis meses, mas não se considera idosa. Foi o que alegou para recusar o
prêmio de “idosa do ano” dado pela revista Oldie, explicando em uma carta remetida por seu secretário pessoal, e divulgada
pela própria revista, que a pessoa “tem a idade que sente ter”, e que por isso a soberana “acredita que não cumpre os critérios
relevantes para aceitar o prêmio”. https://brasil.elpais.com/internacional/2021-10-20/rainha-elizabeth-95-anos-rejeita-titulo-de-idosa-do-ano-a-pessoa-
tem-tem-a-idade-que-sente-ter.html

Texto IV - As mulheres são maioria da população no Brasil. Vivem mais tempo, têm mais educação formal e ocupam 44% das
vagas de emprego registradas no país. No entanto, mulheres recebem, em média, 20% menos que os homens. E apesar de
sermos 55% das universitárias e 53% do total dos alunos de pós-graduação, ocupamos apenas 13% dos cargos de presidência.
Como alcançar a igualdade de salários e de oportunidades? Como promover a diversidade nas empresas? Como conciliar a
maternidade e a carreira? Como vencer o assédio, os estereótipos, os preconceitos? As questões de sempre agora estão
renovadas. (...) A bagagem e a estabilidade emocional de profissionais com mais de 40 anos não são garantias contra o
etarismo – nome dado a toda forma de preconceitos relacionados a idade. Algo similar à ditadura de beleza e juventude, que
atinge, sobretudo e de novo, mulheres. "Mulheres ainda são vistas como seres puramente reprodutores", pontuou a psicanalista
Vera Iaconelli, 54, em uma alusão aos estereótipos que analisam a mulher de acordo com a primeira menstruação ou a chegada
da menopausa.https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/universa-talks-2020/#page35

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