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Luanda-2024
Resumo
Neste atrigo, aborda-se sobre Percepção social do envelhecimento: Situações de
risco e exclusão social da pessoa idosa em Angola, o estudo é resulta de um de conjunto
de acções científicas e obedece a todos os moldes da cientificidade do saber. A relação
que se estabelece com a pessoa idosa por conta da percepção que temos sobre as
pessoas dessa franja da sociedade, os riscos que correm e as acções que visam exclui-las
dos convívios sociais, deram vida para erguer-se esse estudo.
O problema em pesquisa, alem de ser resultado da educação passada pelos idosos
que hoje sofrem é em parte um problema que resulta da aculturação das nossas sociedades,
associando-se em grande as ravinas sociais como; pobreza extrema das famílias, prática de
acusação de feitiçaria e outros.
Toda e qualquer sociedade humana, obedece a três níveis de vida que são;
Nascimento (Infância e Adolescência), Juventude e Envelhecimento. Todos os níveis
descritos apresentam diferenças grande, o envelhecimento é certamente a fase do declínio
do ser humano, mas além disso é o período que o ser humano atinge o auge da sua
maturidade, experiência e conhecimento da realidade social. Envelhecer por si só é uma
fase da vida que apresenta-se difícil para todos por conta da diminuição das as actividades
físicas, emocional.
O trabalho foi construído olhando variados temas que sustentam a fundamentação
teórica, dão vida ao problema de pesquisa e apresenta deforma rigorosa o alcance dos
objectivos do mesmo, sem desprimor ao métodos e técnicas para a pesquisa, por formas a
proporcionar a cientificidade do artigo, confiabilidade dos dados e triangulação dos
resultados alcançados. Foram de maneira polida, descrita as características dos
participantes.
Abstract
2
In this article, the social perception of aging is discussed: Situations of risk and social
exclusion of the elderly in Angola. The study is the result of a set of scientific actions
and follows all the scientific standards of knowledge. The relationship that is
established with elderly people due to the perception we have about people on this
fringe of society, the risks they take and the actions that aim to exclude them from
social interactions, gave life to this study.
The problem under research, in addition to being the result of the education passed on
by the elderly who suffer today, is partly a problem that results from the acculturation of
our societies, largely associated with social divides such as; extreme poverty of families,
accusations of witchcraft and others.
Each and every human society obeys three levels of life, which are; Birth (Childhood
and Adolescence), Youth and Aging. All the levels described present great differences,
aging is certainly the phase of human decline, but beyond that it is the period in which
human beings reach the peak of their maturity, experience and knowledge of social
reality. Aging in itself is a phase of life that is difficult for everyone due to the decrease
in physical and emotional activities.
The work was constructed looking at various themes that support the theoretical
foundation, give life to the research problem and rigorously present the scope of its
objectives, without detracting from the methods and techniques for research, in ways
that provide the scientificity of the article, reliability of data and triangulation of the
results achieved. The characteristics of the participants were politely described.
Keyword: Social perception, Aging, Elderly.
Introdução
3
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa de campo e de consultas
bibliográficas, erguida olhando para os princípios da metodologia qualitativa e tendo
como abordagem centrada sobre Percepção social do envelhecimento: Situações de
risco e exclusão social da pessoa idosa em Angola. Envelhecer em outras realidades é
uma dádiva e tal como nalguns pontos do nosso País, fruto das ravinas sociais e das
excessivas dificuldades vividas pelas sociedades, envelhecer em nossa realidade,
tornou-se numa fase difícil, pois vive-se o período da responsabilização por tudo. Nas
sociedades urbanas, vivemos o processo de descriminação da pessoa idosa ao contrário
nas zonas rurais, vive-se a excessiva estigmatização do idoso. Sabe-se e cientificamente
é comprovável que com o envelhecimento, aparecem consequências difíceis de serem
contornadas para qualquer ser humano quer seja nos planos físicos e psicológicos, pois
se esta em uma etapa da vida em que as defesas imunológicas já estão enfraquecidas,
entre as consequências dos desgastes estão; o cansaço da sociedade e da família em
cuidar do idoso, podendo afastá-lo do convívio social ou exclui-lo.
A percepção que se tem do envelhecimento é na verdade um dos factores que expõe o idoso
em situações de exclusão e risco social. Tal como as normas para a elaboração de artigos
científicos, a presente pesquisa esta constituída em duas partes essenciais e que agrupam as demais,
a parte da fundamentação teórica, que oferece cientificidade a visão empírica, a parte inicial é
resultado de um conjunto de revisões bibliográficas, sobre o assunto em estudo. A segunda surge
como resultado dos trabalhos de pesquisa no campo e depois surge um capítulo reservado a
metodologia, que de maneira sucinta apresenta os recursos técnicos e metodológicos utilizados para
a elaboração do artigo a analise dos dados foi realizada com recursos ao sofisticado Software
Nvivo 12. Além dos dados já apresentados temos no final da pesquisa as considerações finais.
I. Justificativa
4
Nenhum ser humano gostaria de ser excluído ou colocado em situação de risco
pelos membros da sociedade que ele contribui para erguer.
Segundo Alexandre ( 2014, p.13), “as pessoas nesta parte do continente, vivem
convencidas de que, tudo que lhes acontece, é fruto de qualquer coisa de difícil
explicação. A morte de um ente querido tem sempre uma causa e todos assim pensam”
Conforme Ferreira, Cabral e Moreira(2017 p.19), “o envelhecimento é uma tendência
actual do mundo conteporâneo, mas as circunstâncias em que este ocorre em Portugal,
caracterizadas por constragimentos macroeconómicos e sociais, tornam a sua evolução
preocupante e de dificl previsão.”
Para Coutinho (2012, p.10), “A situação de envelhecimento da população
brasileira é decorrente e estima-se que em menos de 40 anos, passou-se de um cenário
de mortalidade próprio de uma população jovem para um quadro de enfermidades
complexas e onerosas, típicas de segmentos mais velho, caracterizada por doenças
crónicas e multiplas.”
Embora as realidades sejam distintas, tal como se verifica nas abordagens dos
autores mecionados acima, o envelhecimento é de todos os seres humanos. De maneira
genérica, os problemas enfrentados pelos idosos como resultado do seu
enevelhecimento e as situações de exclusão e risco que vivem nas comunidades,
ofereceram-nos bases para a presente a pesquisa.
Importância do Tema
Toda e qualquer produção cientifca possui sua importância e utilidade social,
desde que obedeça os principios da construção do saber cientifico. No entanto o nosso
trabalho possui uma importância elevada, por apresentar ao longo da sua fundamentação
teórica subtemas que demonstram de maneira exaustiva as formas de exclusão e risco da
pessoa idosa. Ainda por trazer em suas considerações finais, aspectos técnicos como
recomendações que deveram ajudar aos leitores, pesquisadores, profissionais da área e
demais membros da sociedade a preverem e prenirem as situações de vulnerabilidade
que expõe a pessoa idosa em situação de risco ou exclusão na social.
Identificação do problema
Nas nossas realidades, as pessoas possuem perceções as vezes negativa do
envelhecimento e da pessoa idosa, por conta dos desgastes físicos resultante do declínio
dos sistemas imunológicos e queda nos planos biológicos, particularmente e nalguns
acusa-o de práticas de feitiçaria, assédio, abuso sexual, desordeiro social e faz o mesmo
5
com as crianças, os adolescentes, os jovens, deficientes e as mulheres, o que nos leva a
perceber que apenas maltratamos os mais fracos. Na perspectiva de Saveia (2009, p.25);
a nossa história de vida, desde o nascimento até à morte, caracteriza-se pela
passagem por organizações sociais, responsáveis pelo processo de socialização.
Nascemos em hospitais, e por eles passamos sempre que temos problemas de
saúde, frequentamos creches, clubes e Igrejas, passamos parte significativa de
nossas vidas em escolas nos preparando para, posteriormente, passar boa parte
dos nossos dias em organizações, prestando algum serviço ou produzindo alguns
bens que todos consomem, para que no final, podemos viver tranquilos.
Objectivos:
Gerais:
Compreender a perceção social do envelhecimento : Situações de risco e exclusão
social da pessoa idosa em Angola.
Objectivos específicos:
6
Identificar as situações de risco e exclusão social da pessoa idosa em Angola;
Caracterizar a percepção social do envelhecimento;
Sondar a opinião de pessoas que vivem com idoso;
7
O presente surge como parte integral do artigo e proporcionar cientificidade ao
mesmo, neste, reserva-se a apresentação da definição dos conceitos, descrição dos
subtemas que dão suporte ao tema…
8
Devido a influência dos mass midias nalguns casos a representatividade social da
pessoa idosa tem sido molestada e distorcidas devido a adequação das realidades alheias
a nossa. Para Machado (2021), as representações sociais sempre influenciam na
compreensão sobre a estrutura da interação social, a fusão das práticas culturais e
comportamentais dos indivíduos bem como, realçar os códigos que favorecem a
construção da consciência colectiva.
As sociedades mecanizadas não se adequou as exigências das sociedades
industrializadas, sendo assim excluídas, marginalizadas e eliminadas dos convívios
sociais normais. Segundo, Saveia (2009, p.57) “como consequência do excesso de
trabalhadores disponíveis, os mais jovens e os mais velhos encontram dificuldades para
inserirem-se no mercado de trabalho. Os primeiros pela falta de experiência e os mais
velhos pela dificuldade de adaptação”.
Os espaços que se oferecem a pessoa idosa, nesses lares, muitas vezes são limitados
ou mesmo inexistentes, por estes serem sempre associados a; impedimentos
quotidianos, feitiçarias...
Entretanto, pode-se conotar a problemática da pessoa idosa nas sociedades
Angolana, particularmente, como tendo o seu início nestas fases da vida, difícil do País,
pois, muitos familiares por várias razões acabaram abandonando os seus idosos nas ruas
ou mesmo a um lar da terceira idade, para aderirem a novas formas de vida de limitada a
um menor número de membros, o que não seria possível com um idoso a bagagem.
Como afirma Saveia (2009, p.55):
neste século XXI, marcado pelos avanços da tecnologia microeletrónica, o
trabalho passa a assumir um conteúdo crescente intelectual, em contraposição ao
conceito de trabalho físico, manual. É neste ponto que em muitos postos de
trabalho a pessoa idosa é excluída, descriminada, isolada e marginalizada, pelo
facto de não se adequar a realidade dos trabalhos e as formas de trabalhos
exigidos pelo século da globalização.
Segundo, Couto (2007, p. 20);
os avanços tecnológicos levaram à criação de novos empregos, para os quais os
idosos não estariam preparados, ficando, desta forma, fora do mercado de
trabalho. A redução do status dos idosos é consequência da transformação das
sociedades agrárias em sociedades modernas e industriais.
O Idoso e a percepção social nas comunidades
9
A pessoa idosa, fruto das experiências adquiridas ao longo da vida e dos
convívios socais, percebe a comunidade de uma maneira, o mesmo acontece com a
comunidade que percebe o idoso através das experiências anteriores ou por vias das
informações adquiridas e construídas por via dos mass midias, que podem boas ou más.
Tal como afirma Machado (2021), torna-se fundamental perceber que os conteúdos de
notícias dos meios de comunicação de massa podem facilitar os indivíduos na
ancoragem para o seio de novos elementos apreendidos desta notícia. Para Cury (2015,
p.55). “Os Pais da Psicologia se revirariam em seus túmulos se soubessem que o útero
social se tornou uma fábrica de pessoas doentes”. Segundo, Levet (1995, p. 83) “O
envelhecimento no homem não é somente sofrido; cada qual, procura conduzi-lo
segundo as normas da sociedade a que pertence, e segundo o seu próprio sistema de
valores”. A sociedade acusa o idoso de práticas de feitiçaria, assédio e abuso sexual,
desordem social, e faz o mesmo com as crianças, os adolescentes, os jovens, deficientes
e as mulheres, o que nos leva a perceber que apenas maltratamos os mais fracos, quem
causa os males sociais afinal? Na perspectiva de Saveia (2009, p.25);
a nossa história de vida, desde o nascimento até à morte, caracteriza-se pela
passagem por organizações sociais, responsáveis pelo processo de socialização.
Nascemos em hospitais, e por eles passamos sempre que temos problemas de
saúde, frequentamos creches, clubes e Igrejas, passamos parte significativa de
nossas vidas em escolas nos preparando para, posteriormente, passar boa parte
dos nossos dias em organizações, prestando algum serviço ou produzindo alguns
bens que todos consomem, para que no final, podemos viver tranquilos.
Ninguém quer ser velho, mas isto é um processo involuntário e que se desenvolve
de forma gradativa e lenta, com perdas nos planos biológicos, psicológicos e sociais. A
prática de associação a pessoas idosas a casos de feitiçaria é dos maiores problemas
enfrentados por indivíduos nesta franja da sociedade em Angola. Alexandre (2014,
p.134), afirma que;
em muitas situações, as pessoas, nesta parte do continente, vivem convencidas
de que, tudo que lhes acontece, é fruto de qualquer coisa de difícil explicação. A
morte de um ente querido tem sempre uma causa e todos assim pensam. Se não,
é o Tio, que é a base do desaparecimento físico de quem tenha morrido, a
infertilidade encontra outra explicação sobre alguma pessoa da família que não
tenha beneficiado da moeda do dote.
Na visão do autor e que concordamos, podemos acrescer que a Cultura de acusação
e associação da pessoa idosa a actos maléficos ou o causador de todas as desgraças
sociais, constitui um factor de exclusão e marginalização para a pessoa idosa. Basta
olharmos para a realidade das causas da morte nas zonas rurais e algumas urbanas,
10
onde, o caixão é posto à cabeça para procurar o vitimador, e que muitas das vezes é a
pessoa idosa o achado, mesmo que a causa da morte seja doença, acidentes e o uso
abusado do álcool para os jovens. Todos sabemos que, os abortos, as drogas, as pílulas
ou anticoncepcionais mal aplicadas e vendidas em todos os mercados abertos e acedidas
deforma não prescrita, causam infertilidade, mas por cá a uma justificação simples “os
meus avós e tios são bruxos, estão a me travar”. Não se pode negar ou afirmar a
existência de práticas associadas ao feitiço, pois não existem comprovações científicas
para uma ou outra. A pessoa que um caixão lhe empurra ou panca, por quais meios
acontecem, ninguém explica ao certo, a infertilidade de uma menina que abortou mais
de uma vez, encontram no culpado hipotético, terreno fértil para isolar-se da sociedade e
da família, alem do factor idade.
Outros sim, os mais velhos deveriam ser considerados, respeitados e reverenciados
pelos mais novos, pois a nossa cultura prega o respeito aos nossos superiores
independentemente das fragilidades físicas e diminuições, próprias da idade. Entretanto,
fruto do novo modelo económico e de famílias, essa importância vai mudando. Ainda
com o factor idade, encontraremos o afastamento, a exclusão o isolamento social dos
velhos que já se transformou num problema da sociedade actual ligada aos idosos.
As crianças deveriam aprender a conviver com os idosos, para herdarem as regras
orais da socialização e a preparação para acolherem os futuros idosos, no caso nós, sem
descriminação, exclusão ou medo. Para Py, Sá, Pacheco & Goldman (2006, p. 166) “a
relação entre velhos e crianças que se dá na família ou em acções na comunidade resulta
numa troca enriquecedora tanto para os mais jovens como para os que estão
envelhecendo”. Segundo Grifa & Moreno (2011, p. 95) “os relacionamentos entre os
avós e os netos são o vínculo adulto mais significativo da relação entre Pai e filho”. Para
Schaie e McKenzie, (1980), “a variabilidade e a diversidade aumentam com a idade, e
assim a multiplicidade de padrões de conduta e traços de personalidade é maior na
velhice do que em qualquer outra idade”. (W. Schaie & S.C. McKenzie, 1980 como
citado em Grifa & Moreno 2011, p.88).
A velhice para Oliveira (1993, p. 78), é “a coroação da escala da vida. O indivíduo
chega à velhice possuindo um acúmulo de experiências e conhecimentos adquiridos
através dos acertos e desacertos que a vida oferece”.
11
familiares, doenças graves e por esta razão apresentam sinais de desvalorização social,
por apresentarem problemas ligados a crescente sensação de não pertencerem ao meio
social, falta de obrigações diárias, incapacidade de contribuir para a vida ou dar algo aos
outros. Segundo Monteiro e Queirós (1997, p.141), “a velhice, na sociedade,
corresponde uma baixa de estatuto”. As sociedades rurais em relação as urbanas nalguns
casos, conservam os seus idosos e oferecem a eles respeito, atenção, amor e utilidade,
nas reuniões para resolução de conflitos comunitários por exemplo, a palavra da pessoa
idosa é tida em conta, até no momento da sentença e não só. As sociedades rurais
mantêm os seus idosos, por formas a manterem a transmissão dos seus hábitos culturais
e não só. Toda e qualquer sociedade precisa de referências para transmissão dos seus
padrões culturais e de conduta, no caso alguém com maior idade é sempre uma boa
referência para repassar experiências de vida.
Problemas psicossociais do idoso
12
Uma das causas para o desajuste dos velhos na família e na sociedade é; a falta de
espaços e actividades viradas para a sua idade, deixando-os irritados, descontentes e
com um forte sentimento de inutilidade. Conforme Martins (2001), a marginalidade a
que é submetido o idoso na sociedade actual, diz nos: exatamente o ponto de vista social
para a pessoa idosa. O velho tornou-se sinónimo de solidão e recolhimento, isto quando
não é tratado como criminoso ou retardado mental, quando for o caso é levado em
camisa de força para os abrigos, sanatórios e/ou casas similares. Segundo Santiso (2007,
p. 26).
é muito diferente a pessoa de idade que vive na zona rural, integrada à sua
família, cumprindo um papel na economia de sua casa e de seu meio,
transmitindo aos seus o tesouro de sua experiência e de sua afectividade, da
pessoa que vive sozinha na cidade, num meio urbano que pode lhe ser hostil e,
no qual, pode sentir-se mais agredida, insegura, impelida a um isolamento
defensivo.
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baixa auto-estima, sentimento de inutilidade, marginalização, descriminação, acusação de
feitiçaria, violência física e psicológica.
III. Metodologia
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Neste item pretende-se abordar a metodologia utilizada neste estudo, por formas a
facilitar a compreensão de todos.
O trabalho será guiado pelos princípios da pesquisa qualitativa, que para Alvarenga
(2012, p.10), “a pesquisa Qualitativa Tenta compreender as situações e os processos de
maneira integral e profunda, considerando o contexto da problemática estudada”. No
ponto de vista de Francisco, Vicente, Bernardo & Pakisi (2017, p.61), “a pesquisa
qualitativa preocupa-se, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados,
centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais.”
1. Descrição das características dos participantes no Estudo.
Utilizou-se para a escolha dos participantes a amostragem de conveniência, e a
amostra ficou constituída por 5 pessoas, excluindo a questão de serem ou não idoso.
15
coletados à realidade duque se busca medir. Ou o grau em que um instrumento consegue
medir o que se pretende medir.’’
Simões (2023, p.128), apresenta a validade como ‘‘instrumento avaliativo integrado do
grau em que as evidências empíricas e teóricas que as justificam apoiam adequação das
interferências e das acções baseadas nos resultados de testes ou outros meios de
avaliação.’’
16
Ilustração 2- Apresentação da nuvem de palavras elaborada com recurso ao Software
Nvivo 12, obtidas a partir das entrevistas, sobre a temática em estudo.
17
Fonte: Elaborado pelo autor com auxílio do Nvivo 12
18
Quadro 1. Amostra sistematizada das palavras obtidas das entrevistas que aparecem com
as respetivas frequências, referentes à nuvem de palavras apresentada na ilustração 2
Ocorrências Ocorrências
Palavras Palavras
(Frequências) (frequências)
Idosos 21 Entrevistada 26
Vida 20 Conviver 20
Envelhecimento 9 Pessoa 15
2. Análise categorial
Olhando para o subtema em análise, um dos objectivos do estudo é o de
recolher a opinião da sociedade sobre a sua percepção a respeito do envelhecimento,
situações de exclusão e risco da pessoa idosa. Por formas a facilitar o agrupamento
dos dados faz-se necessário transformar os textos em categorias e subcategorias e
assim construir-se as respectiva unidades de registo e de contexto. Para Simões (2023,
p.73), ‘‘categorizar é resumir num termo ou categorias, uma frase, parágrafo ou
mesmo um texto.’’
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Tabela 2 - Análise categoria
TEMA CATEGORIAS SUBCATEGORIAS UNIDADE DE UNIDADE DE CONTEXTO
REGISTO
P1- a minha sensação é de segurança pura,
Idosos Envelhecimento Fisicamente desde que me deparo com um idoso, pois além
vulnerável de ser uma pessoa fisicamente vulnerável, são
Percepção em termo de conhecimento muito fortes”.
social do P4- é saudável ter uma troca de ideia
envelhecimento Vida Conviver Experiência de com estes, pela experiência de vida que
: situações de vida estes possuem ao longo da sua
risco e exclusão vivencia, apesar de que não é fácil ter
social da pessoa uma convivência salutar com todos
idosa em eles.
Angola. P4- Conviver com alguém em fase de
envelhecimento é sempre um prazer,
Envelhecer Pessoa Fase de percebe-se muitos assuntos e é sempre
envelhecimento bom para nos jovens, é saudável ter
uma troca de ideia com estes,
Fonte: elaborada por mão
por mão própria
20
3. Análise temática
Tendo sido criado como um dos objectivos específicos sondar a opinião de pessoas que
vivem com idosos. Recorre-se a análise temática, por formas a perceber o fenómeno e o
significado que se atribui por quem vive o problema.
21
"Sinceramente já sim, em muitos dos casos tenho recorrido a essas fontes do saber
para poder tirar ou beber deles experiências de vida e assim seguir as coisas e a vida,
algumas vezes sigo a vida pensando nos ensinamentos que recebo dos idosos, pela
experiência de vida que estes acarretam, claro os podem ser desviados em função dos
seus ensinamentos e confesso que tive”. (P4)
Conforme Fonseca (2004), ser idoso é ser um ser humano normal e que vive a sua
condição existencial idêntica a qualquer outro, no entanto devemos olhar simplesmente
como pessoa comum e com potencialidades, desejos e frustrações, exactamente como
quaisquer outros grupos etários, por forma a evitar-se a estigmatização dos idosos hoje.
2ª Unidade temática: VIDA
A segunda categoria que resultou da análise temática é a vida, pois o direito a vida é um
imperativo consagrada para todos e por todas as nações do mundo e com vida que se
processam os demais elementos da pessoa idosa. O foco desta análise não resume-se no
direito a vida que todos temos, mas foi referido pelos participantes quando indagados sobre;
Já enfrentou desafios de saúde significativos que o obrigaram a recorrer a ideias de um idoso?
“o que posso dizer é sim, muitas vezes temos tido problemas no
relacionamento e é com eles que contamos para nos aconselhar e assim puder
se curar dos problemas da vida, por outro lado, há determinadas infermidades
que temos tratado por via dos seus ensinamentos ao longo da Convivência, em
muitos Casos vai surtindo efeito positivos.” (P1).
“Já sim e vezes que nem consigo calcular, mas a situação mais marcante
é quando a minha esposa concebia e perdiamos os bebês aos sete meses de
gravidez, tivemos muitas consultas em hospitais e eventualmente por conta da
nossa situação financeira, não tivemos sucessos, decidi conversar com um
amigo e ele mostrou-me um idoso e fui ter com ele, em pouca horas com o
Senhor, a solução para um dos maiores problemas do nosso casamento tinha
sido resolvido e hoje temos dois filhos e seguimos vivendo a vida”. (P2)
3ª Unidade temática: Envelhecimento.
Envelhecer acarreta consequências incontornavéis para qualquer ser humano e pressupõe
declinio, embora ser uma fase da vida cheia de conhecimentos e sabedoria pura. A terceira e
última análise deste projecto traz para analise a fala dos entrevistado sbre o envelhecimento,
quando indagados sobre; Como a percepção do participante mudou convivendo com alguém
em fase de envelhecimento ?
22
“Conviver com alguém em fase de envelhecimento é sempre um prazer, percebe-se
muitos assuntos e é sempre bom para nos jovens, é saudável ter uma troca de ideia
com estes, pela experiência de vida que estes possuem ao longo da sua vivencia,
apesar de que não é fácil ter uma Convivencia salutar com todos eles, isto porque,
uns vão puxando de no esforço extra, em suma é muito bom conviver com estes
seres, devemos ter em conta que somos jovens hoje e amanhã seremos os idosos.”
(P4).
Tal como defendem Doron e Parot (2001), envelhecer é o efeito normal da idade
que abrange diferentes funções psicológicas e orgânicas, embora admita-se de uma
maneira muito desigual, conforme os indivíduos e as funções que vão exercendo, haja
alguma diminuição do desempenho de determinadas capacidades.
5ª Análise de clusters
A análise de clusters tem sido utilizado com maior frequência nos últimos
tempos, principalmente para os estudos qualitativos. Conforme Pereira (2008, p.194),
‘‘os métodos de análise de clusters, são procedimentos (...) que tentam organizar um
conjunto de unidades (indivíduos ou objectos), para o qual é conhecida informação
detalhadamente em grupos relativamente homogêneos.’’
A importância de uma análise de cluster é essencialmente exploratória, pois
permite a observação dos padrões de um conjunto de dados através das suas
semelhanças ou diferenças. Para este modelo de analisar dados é recomendável recorrer-
se ao dendrograma tal como exposto mais abaixo. E considera-se uma das grandes
utilidades do dendrograma e o auxílio para formação de modelos ou hipóteses, que
poderão ser testados nos próximos estudos.
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Considerações Finais
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Referencias bibliograficas
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Oliveira, M., R. (1993). Depressão na velhice. 1993. 112 cf. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1993.
Pereira, A. (2006). SPSS: guia prático de utilização: análise de dados para ciências
sociais e psicologia. 6. ed. Lisboa: Sílabo.
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de envelhecer. (2ª ed.). Holambra/São Paulo, Brasil: Setembro Editora.
Santiso, Y., P., (2007). Terceira Idade: Tempo para viver. São Paulo: Paulinas.
Saveia, J., (2009). Psicologia Organizacional e do Trabalho. (2ª ed.). Belo Horizonte,
Brasil: Armazém de ideias.
Simões, A. (2023). A Investigação Qualitativa. Metodologia de Investigação Científica.
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Investigação Qualitativa. Mestrado e Doutoramento. Luanda.
Simões. A. (2020). Modelo para Apresentação e Interrpetação dos Resultados da
Investigação Qualitativa. Mestrado e Doutoramento. Luanda.
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