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FACULDADE ALIS ITABIRITO

CURSO DE PSICOLOGIA
1º E 2º PERÍODO

ANNA KAROLINY VALADARES


DILLIANE INÁCIO
GLAUCILENE ANDRADE DIAS
ISIMAR LINARES
JORDÂNIA PEREIRA TOLE

Docente: Dr Débora D. Rosa


Projeto apresentado a disciplina de
experiencia aplicada em saúde e doença.

O impacto da saúde mental dos idosos institucionalizados.

ITABIRITO

2023
Introdução

No decorrer dos anos os conceitos relacionados com a velhice passaram por mudanças, a
velhice é considerada para alguns como uma doença, fragilidade, angustia ou o último estágio
do ciclo da vida, para outros é uma etapa natural da sua vida que confrontada e aceita
positivamente.
Segundo Machado (2020) conceber a velhice como uma categoria homogênea e claramente
definida acarretaria, inapelavelmente, um reducionismo atroz, que a limitaria a seus
estereótipos mais comuns e mais simplórios, que a tempos marcam o imaginário coletivo e que
constituem visões já cristalizados a cerca dessa etapa da vida.
Devido as mudanças sociais, aos avanços tecnológicos na área médica e às práticas de
prevenção de doenças e agravos, a população idosa tem crescido substancialmente em todo o
mundo.
De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE,
e segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD 2017, o Brasil conta com
30,2 milhões de pessoas idosas, sendo que em 2012,a população com 60 anos ou mais era de
25,4 milhões a população idosa passou para 18%. Deste grupo as mulheres são maioria, com
16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens são 13,3 milhões (44% dos idosos). Em
2055 estima-se que o número de idosos será maior que o número de crianças e jovens com até
29 anos.
Os indivíduos têm vivido muito além dos 60 anos e muitos idosos são institucionalizados, em
alguns casos nota-se a necessidade de cuidados especializados, os quais podem ocorrer em
diferentes espaços como, Instituições de Longa Permanência para Idosos - ILPIS, que muitas
vezes por fatores financeiros, psicológicos, sócio culturais e o número reduzidos de integrantes
da família acabam se tornando a única opção quando a tarefa de cuidar se torna cada vez mais
difícil.
Segundo Alcântara (2004), mesmo havendo tais instituições que oferecem os cuidados aos
idosos, espera-se que os filhos adultos cuidem de seus pais quando estes não tiverem mais
autonomia para isso. Entretanto, quando os filhos também não podem mais realizar esta tarefa
de cuidar/amparar, a Instituição de Longa Permanência se torna algo viável para a realização
deste cuidado.
O presente Trabalho (Título a definir) resultado da experiencia aplicada, trata- se de um
estudo realizado no Lar Comunitário Santa Maria, localizado na Praça Dom Oscar de
Oliveira, Número 31 na cidade de Mariana no estado de Minas Gerais. O Lar Comunitário
Santa Maria foi fundado em 8 de dezembro de 1992 no município de Mariana. O Lar é uma
das ações realizadas pelas Obras Sociais de Auxílio à Infância e à Maternidade Monsenhor
Horta. Segundo informações disponíveis no site da entidade, a instituição é uma sociedade
civil de direito privado, regida por estatuto e que goza dos títulos de utilidade pública dos
governos federal, estadual e municipal e de filantropia concedido no ano de 1974. A entidade
foi fundada pelo sacerdote católico Monsenhor Vicente Diláscio, em 1959, e até hoje mantém
suas atividades na cidade de Mariana. Em abril do ano 2023 o lar abriga 61 idosos sendo eles
22 homens e 39 mulheres, de diferentes idades e distintas circunstâncias pelas quais eles estão
institucionalizados. Conta com 50 funcionários de distintas áreas, entre elas áreas operativa,
técnica e administrativa.
O intuito dessa experiencia foi nos aproximar, ouvir e nos conectar com os moradores
institucionalizados, que muitas vezes são exclusos das distintas esferas sociais. A
institucionalização, dentre muitas outras variáveis sociais e biológicas, pode de certa forma,
influenciar na saúde mental dessa população sendo assim, se faz necessário estudar e
compreender quais fatores contribuem para o acometimento mental.
"Quão penoso é o fim de um ancião! Vai dia a dia enfraquecendo. A vista baixa, os ouvidos se
tornam surdos, a força declina, o corpo não encontra repouso, a boca se torna silenciosa e já
não fala (...) A velhice é a pior desgraça que pode acometer um
homem. (PTAH-OTHAP apud RODRIGUES e TERRA, 2006, p.18).
OBJETIVO GERAL
O escopo desse projeto tem como objetivo conhecer a perspectiva do idoso institucionalizado
sobre a velhice. A partir disso se faz necessário identificar quais seriam as principais
problemáticas relacionadas ao declínio e/ou agravamento da saúde mental deles.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Compreender alguns fatores do envelhecimento;


• Contrastar as representações da velhice, desde a perspectiva dos moradores da
instituição do Lar Comunitário Santa Maria;
• Descrever os principais fatores que podem contribuir para o adoecimento mental dos
idosos institucionalizados;

Campo
Trata-se de um estudo realizado no Lar Comunitário Santa Maria, localizado na Praça Dom
Oscar de Oliveira, Número 31 na cidade de Mariana no estado de Minas Gerais. O Lar
Comunitário Santa Maria foi fundado em 8 de dezembro de 1992 no município de Mariana. O
Lar é uma das ações realizadas pelas Obras Sociais de Auxílio à Infância e à Maternidade
Monsenhor Horta. Segundo informações disponíveis no site da entidade, a instituição é uma
sociedade civil de direito privado, regida por estatuto e que goza dos títulos de utilidade
pública dos governos federal, estadual e municipal e de filantropia concedido no ano de 1974.
A entidade foi fundada pelo sacerdote católico Monsenhor Vicente Diláscio, em 1959, e até
hoje mantém suas atividades na cidade de Mariana. Em abril do ano 2023 o lar abriga 61
idosos sendo eles 22 homens e 39 mulheres, de diferentes idades e distintas circunstâncias
pelas quais eles estão institucionalizados. Conta com 50 funcionários de distintas áreas, entre
elas áreas operativa, técnica e administrativa.
Desenvolvimento
1 Compreender alguns fatores do envelhecimento;
O processo de envelhecer distingue-se como um conjunto de alterações
morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas que depende, na sua maior parte,
da história de vida, de comportamentos, da adaptação ao meio ambiente e, por fim, de
questões genéticas. O envelhecimento apresenta características individuais e coletivas,
em seus aspectos físicos, cognitivos, psicológicos e sociais do ser humano (Fonseca et al.,
2013). A velhice é, em muitos aspectos, o estágio vital em que, embora muitas capacidades
sejam diminuídas, a plena maturidade psicológica é consolidada.

Por outro lado, a incompreensão da maior parte dos adultos que não pertencem a essa faixa
etária significou que, até certo ponto, todos os seres humanos que estão passando pela velhice
são vistos como pertencentes à mesma categoria. A terceira idade é um estágio vital que, em
parte por causa do aumento da expectativa de vida, cobre um processo de evolução que pode
chegar a ser muito longo, com muitas variações e muitas variáveis a serem levadas em
consideração. É por isso que é útil falar sobre as fases da velhice, uma vez que oferecem uma
categorização aproximada sobre necessidades especiais, os padrões de comportamento mais
comuns e as características biológicas desses estágios.

2 Contrastar as representações da velhice, desde a perspectiva dos moradores da instituição do


Lar Comunitário Santa Maria;

Pendente

3 Descrever os principais fatores que podem contribuir para o adoecimento mental dos idosos
institucionalizados;

Saúde mental é a capacidade de a pessoa se sentir bem consigo mesma, conseguir se adaptar às
situações da vida, sejam elas boas ou ruins, compreender até onde vão seus limites e saber
quando buscar ajuda. Durante a terceira idade, diversos fatores podem influenciar diretamente
na saúde mental, seja pelo declínio natural do corpo ou condições de saúde. Muitas vezes, essas
pessoas geram confusões mentais que podem estar relacionadas com diversas condições de
saúde, mas que também podem não ter relação com elas.
Nessa faixa etária, um número considerável de idosos desenvolvem um sentimento de
inutilidade, já que se encontram aposentados e/ou impossibilitados de realizar suas tarefas
sozinhos, necessitando de ajuda. É nesse ponto em que eles optam por morar com seus filhos,
cuidadores ou escolhem Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs)
As ILPIs são definidas segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) como
entidades governamentais ou não governamentais destinadas ao acolhimento ou moradia de
idosos com 60 anos ou mais, com ou sem suporte familiar, garantindo condição de liberdade,
dignidade e cidadania.
Há diversos fatores que dificultam a estadia dos idosos nas ILPIs, como por exemplo, a não
adaptação a esses lares e a sensação de falta de liberdade associados a déficits cognitivos e/ou
físicos, além de outros elementos (ambientais, genéticos ou psicossociais) que causam danos à
saúde mental gerando, em muitos casos, depressão ou características depressivas. A depressão
é caracterizada como um transtorno mental incapacitante, de acordo com o vigente Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos mentais, o DSM-5 (2013), que indica como principais
sintomas desse transtorno o desprazer na realização de atividades e humor deprimido na maior
parte do tempo. Não possui uma causalidade única, de modo que os fatores, sejam eles
biológicos, psicossociais ou ambientais podem contribuir para o seu surgimento.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (2018) mais de 300 milhões de pessoas
sofrem com esse transtorno no mundo todo, tendo sido considerado por muitos como o mal do
século. De acordo com a pesquisa nacional de saúde de 2013 do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) a faixa etária predominante em diagnósticos de depressão é de
idosos entre 60 e 64 anos, 11,1% dos idosos nessa faixa etária têm diagnóstico de depressão,
podendo este número aumentar consideravelmente ao longo dos anos.
Metodologia
Trata-se de um estudo realizado através de visitas a instituição Lar Santa Maria, a
metodologias utilizadas foram: observação para coleta de dados, esculta, atividades interativas
e oficinas. Foram realizados 4 encontros, com base nos dados coletados observou-se que
grande parte dos idosos institucionalizados, apresentam grande necessidade em serem
ouvidos, através dessa esculta e das intervenções propostas poderemos mediar e até mesmo
prevenir um acometimento mental
A escuta clínica na prática psicológica não se caracteriza como uma escuta comum, mas como
um ouvir diferenciado, pois quem escuta e quem fala se abrem à experiência alteritária e
produzem novos significados que favorecem novos modos de sentir, pensar e agir (Dourado,
Macêdo & Lima, 2016).

Justificativa
Devido as mudanças sociais, aos avanços tecnológicos na área médica e às práticas de
prevenção de doenças e agravos, a população idosa tem crescido substancialmente em todo o
mundo. No Brasil, o crescimento abrupto da população idosa resulta da combinação de
variáveis estritamente demográficas com as profundas alterações sociais e culturais ocorridas,
que simultaneamente configuram-se como causa e consequência (Cruz; Caetano; Leite,2010).
Os indivíduos têm vivido muito além dos 60 anos e muitos idosos são institucionalizados. As
etapas do envelhecimento podem deixar o indivíduo fragilizado para enfrentar o cotidiano da
vida como tomar decisões, e até mesmo sofrendo impactos nos aspecto econômico, familiar e
para gerir sua própria vida, em decorrência disso muitos idosos acabam se vendo obrigados a
residir em instituições de longa permanecia A institucionalização, dentre muitas outras
variáveis sociais e biológicas, pode de certa forma, influenciar na saúde mental dessa
população sendo assim, se faz necessário estudar e compreender quais fatores contribuem para
o acometimento mental. A partir desses parâmetros, é importante pensar sobre a qualidade de
vida dos atuais e futuros idosos, pensando nisso e visando contribuir para o saudável
envelhecimento dessa população, o presente artigo foi desenvolvido, somando-se ao fato de
que muitos idosos se encontram em instituições de longa permanência, podendo estas últimas
serem um fator contribuinte para depressão, torna-se importante pensar: Quais os aspectos
depressivos e de que forma eles afetam os idosos dentro de uma instituição de longa
permanência? Objetiva-se ao final deste artigo responder a esta pergunta tendo como base os
estudos mais recentes na área.
Conclusão

Pendente
Referencias
Nóbrega, Isabelle Rayanne Alves Pimentel da et al. Fatores associados à depressão em idosos
institucionalizados: revisão integrativa. Saúde em Debate [online]. 2015, v. 39, n. 105
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https://doi.org/10.1590/0103110420151050002020.
MACEDO, Shirley; SOUZA, Gledson Wilber de e LIMA, Monzitti Baumann Almeida.
Oficina de desenvolvimento da escuta: prática clínica na formação em psicologia. Rev.
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Longa Permanência segundo necessidades humanas básicas. Revista Brasileira De
Enfermagem, 67(2), 241–246. https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140032
ALCÂNTRA, Adriana. Velhos institucionalizados e família: entre abafos e desabafos.
Campinas, SP: Ed Alínea, 2004.

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