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CURSO DE PSICOLOGIA
FORTALEZA - CEARÁ
2021
OS DESAFIOS CAUSADOS NA TERCEIRA IDADE
Rajiv (01251905)
Joellen (01225031)
Sabrina (01244498)
Luana (01284231)
Natan (01197080)
Isabella (01284226)
Stephanie (01217578)
FORTALEZA - CEARÁ
2021
1.0 Família e Idosos: A diversidade do envelhecer e o papel dos avós na
família
1.1 A diversidade do envelhecer
O aumento da população idosa no mundo tem representado uma grande mudança na
sociedade moderna. segundo o IBGE entre os anos de 1991- 2009, o número de idosos
passou 14,8 milhões para 21,7 milhões. E estima-se que no Brasil, até 2050 a população
idosa seja de 50 milhões. Segundo a ONU, a estimativa para 2050 é 2,4 bilhões de idosos.
Diante de um cenário nos quais os setores sociais já privam o idoso ao acesso dos serviços
públicos de qualidade, a pergunta é: Quais serão as propostas e intervenções desses
setores frente a estas estimativas¿
O aumento de idosos em situação de rua e adoecimento psíquico é preocupante em
plena crise política-ideológica, econômica e social. O Brasil encontra-se em crise sanitária e
as discussões tolas carregadas de ignorâncias em relação a terceira idade, do então
“presidente” Jair Messias Bolsonaro tem proporcionado inquietações para profissionais de
diversas áreas.
Percebe-se que a longevidade humana e as mudanças sociais proporcionam uma
transformação no processo envelhecer. A família enfrenta desafios diante das demandas da
velhice e o desafio é maior quando o fator doença e saúde mental estão presentes no idoso.
A Família é u sistema interativo complexo e a resposta que ela tem com a chegada da
velhice dentro do seu núcleo vai depender do tipo de sistema que criaram ao longo dos
anos e da capacidade de se ajustar as novas demandas ou perdas desse processo.
É importante ressaltar que os modelos de envelhecimento e velhice devem ser
observados dentro de seu contexto. A terceira idade vivenciada na periferia é diferente da
terceira idade vivenciada na classe média e\ou alta. Durante a pandemia escutava-se
diversas frases como: “- Estamos todos no mesmo barco”, mas a realidade não é essa.
Essa metáfora não engloba o contexto social pois podemos estar sim todos no mesmo mar,
mas nem todos estão no mesmo barco.
5. Suicídio em idosos
O envelhecimento é um processo individual, universal e irreversível, cada pessoa
envelhece de uma forma diferente, tanto nos aspectos cerebrais e corporais, como nos
aspectos de adaptação e estratégias de enfrentamento a esse novo ciclo de vida. Segundo
Minayo e Cavalcante (2010), a população acima de 60 anos é a que mais cresce no Brasil e
em torno da maior parte do mundo, acaba tendo um olhar atento para os problemas sociais
e de saúde que o afetam.
Pode ocorrer diversos fatores associados ao suicídio na população idosa, como por
exemplo associação com doença terminal, doenças crônicas e isolamento social,
juntamente com doenças crônicas coexistentes e deficiência funcional. Os idosos tendem a
usar meios mais letais do que pessoas mais jovens, eles têm uma facilidade maior de
experimentarem alterações sociopsicológicas importantes do que outras faixas etárias, tais
como perda de um cônjuge ou de pessoas próximas, o que pode influenciar no surgimento
de sintomas depressivos.
Com tudo se destaca a falta de interação social que é um dos mais relevantes
problemas a serem enfrentados na prevenção do suicídio nesse grupo social, mesmo no
caso em que as pessoas não sofram transtornos mentais. Contudo as doenças
incapacitantes, a dor física, as dificuldades de acesso a saúde, a falta de recursos
financeiros, a solidão, o abandono e outras tantas violências praticadas contra os idosos
podem levá-los a desejar a própria morte.
Com isso embora seja pouco falado o suicídio de pessoas idosas, o suicídio entre
essas pessoas constitui hoje um grave problema para as sociedades das mais diversas
partes do mundo.
No início da luta pela garantia de direitos das pessoas idosas no Brasil destacou-se o
importante papel dos profissionais da gerontologia que produziram reflexões, estudos e
ações a respeito do envelhecimento e da velhice, e também o importante protagonismo dos
idosos na organização em prol da garantia de direitos.
Os direitos devem ser garantidos tanto pelo Estado através de políticas públicas,
como pela sociedade, ao criminalizar toda forma de violação e discriminação direta ou
indireta, contra a pessoa idosa, bem como a omissão de cuidados ou prestação de socorro
e demais medidas cabíveis em caso de violações.
O Estatuto formou uma base sólida para cobrar a atuação de todos frente ao amparo
e respeito que deve ser dado a esse público. Ampliou conhecimentos no campo do
envelhecimento, aumentou a percepção de todos sobre os direitos afiançados a terceira
idade e inovou ao estabelecer deveres e medidas de punição há quem violá-los.
Sabe-se que a expectativa de vida das pessoas vem aumentando, com isso foi
pensado e elaborado políticas sólidas e ações urgentes que visam uma melhor qualidade de
vida promovendo mais saúde e consequentemente impactando na economia mundial. O
termo utilizado para promover essa discussão é a “revolução da longevidade” (FRANÇA e
MURTA, 2014).
Desse modo, trazendo estas questões para o contexto nacional ocorreram alguns
marcos no decorrer da história do Brasil. Foi assegurado direito a seguridade social, saúde,
a previdência e assistência social. Como também foi instaurado a Política Nacional do Idoso
e posteriormente a elaboração do Estatuto do Idoso. Essas medidas foram criadas para
permitir uma velhice saudável, com intervenções de prevenção e promoção de saúde física
e mental. Assim, possibilitando condições de liberdade, autonomia e principalmente de
dignidade para essa população (FRANÇA e MURTA, 2014).
Nesse sentido, para que ocorra uma promoção de envelhecimento saudável deve-se
ter um olhar atento para o sujeito, bem como pensar estratégias de acordo com a
necessidade da população observada. Criando condições e ambientes que favoreçam o
bem estar corroborando para uma vida mais saudável e com autonomia.
REFERÊNCIAS
Miranda, Gabriella Morais Duarte, Mendes, Antônio da Cruz Gouveia e Silva, Ana Lucia
Andrade, Population aging in Brazil: current and future social challenges and consequences.
Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia [online]. 2016, v. 19, n., pp. 507-519.
Motta de Paula Galvão, F., Resende, G., & Motta de Paula Resende , F. . (2021). A
representação do idoso em tempos de pandemia: Bolsonaro e o enfrentamento neoliberal
da Covid-19 no Brasil. Gláuks - Revista De Letras E Artes, 21(01), 59-82.
https://doi.org/10.47677/gluks.v21i01.229