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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PRESIDENTE

PRUDENTE

ENFERMAGE
M

PORTFÓLIO CICLO 1

Maria Clara Ferreira Palma

FACILITADORA: Prof.ª Fernanda Vieira Gimenez

Presidente Prudente -
SP
2023
PORTFÓLIO – ENFERMAGEM – 3º TERMO

1º CICLO

No dia 20 de Setembro de 2023 os alunos do 3° termo de Enfermagem realizaram uma


roda de conversa sobre o tema “Como você percebe o cuidado à saúde do idoso?”.
Após todos os alunos lerem os textos escritos por eles, houve uma análise dos pontos
importantes que foram abordados nos textos de cada um.

Brainstorming

● Perda de autonomia, independência;


● Prejuízo cognitivo, funcional e emocional;
● Visão holística da pessoa biopsicossocial;
● Falta de assistência especializada no cuidado à pessoa idosa;
● Dificuldade de acessibilidade - serviços de saúde, domicílio não adaptado e
sociedade;
● Falta de reconhecimento, valorização da pessoa idosa na sociedade;
● Despreparo familiar para cuidado da pessoa idosa - falta de informação;
● Inclusão da pessoa idosa no mercado de trabalho após a aposentadoria;
● Senescência x Senilidade;
● Pessoa idosa dependente: violência, quedas e acidentes;
● Violência à pessoa idosa: ageismo;
● Direito da pessoa idosa: políticas e leis;
● Capacitação profissional para atendimento da pessoa idosa;
● Sobrecarga do cuidador;
● ILPI’s “depósito de idosos”;
● Atividades de lazer para a população idosa, 60+;
● Transição demográfica;
● Pilares para o envelhecimento ativo e saudável: qualidade de vida;
● DCNT;
● Aumento da tecnologia no cuidado à saúde.

A partir da realização da chuva de ideias criamos hipóteses referente a nossas crenças


pré-estabelecidas.
Hipóteses

1) Por conta do prejuízo cognitivo, funcional e emocional. Há perda de autonomia e


independência, além da dificuldade de acessibilidade e transporte, ocasionando
pelo processo de envelhecimento, necessitando de capacitação profissional e
familiar para promover um cuidado qualificado.
2) A escassez e a não efetivação de leis e políticas tornam a pessoa idosa mais
vulnerável à violência. Além disso, culturalmente a desvalorização e falta de
reconhecimento do idoso na sociedade comprometendo o que é padronizado para
o envelhecimento ativo e saudável.

Questões

1) Identifique o papel da família e da rede de apoio no cuidado da pessoa idosa.


2) Compreenda o atendimento profissional voltado à pessoa idosa.
3) Explique os direitos da pessoa idosa no atendimento à saúde. Cite as leis e
políticas voltadas para essa faixa etária.
4) Diferencia ageismo de etarismo.
5) Defina os tipos de violência contra a pessoa idosa e reconheça os fatores de risco
associados.
6) Descreva os aspectos importantes para o envelhecimento saudável.
Busca Individual

1) Identifique o papel da família e da sua rede de apoio no cuidado à pessoa idosa.

O Brasil mantém um aumento na taxa de envelhecimento da população de maior faixa


etária, considerando que há a presença significativa de uma mudança na estrutura social
e econômica do país, "desde 2012, a população acima de 60 anos cresceu 19%. Em
outras palavras, a população brasileira está envelhecendo". Quanto maior a elevação do
número de idosos, maior é a necessidade de cuidados especiais para essa parte da
sociedade, tendo em vista que ao alcançar a velhice, os idosos precisam ainda mais de
assistência nos afazeres do dia a dia e principalmente no quesito saúde. Para Machado, o
envelhecimento é uma fase em que a dependência e a diminuição da capacidade
funcional é bastante recorrente, por isso, os idosos passam a ser vistos com uma maior
atenção, uma vez que, se trata de uma fase da vida em que se encontram bastante
vulneráveis e "sabe-se que com o avançar da idade existe a maior probabilidade de surgir
doenças, o que pode gerar limitações ao idoso" Entretanto, é de suma importância que os
idosos de hoje e até mesmo os do futuro, possam ter uma velhice ativa e saudável,
principalmente no que diz respeito a uma melhor qualidade de vida, uma vez que, irá
garantir um bem estar satisfatório, tanto no ponto de vista físico, como mental.
Montezuma destaca que quando se pensa em cuidado do idoso, além do auxílio
necessário de profissionais, destaca-se também o papel da família, considerando que é a
que recebe a maior carga de responsabilização. Jede e Spuldaro apontam que é no
âmbito familiar que deve ocorrer todos os cuidados necessários aos idosos, porém, tal
concepção não leva em consideração que nem toda família possui os meios necessários
para tal e que nem todos detêm um aporte familiar. Na fase da velhice, tem-se um
aumento da dependência física e emocional dos idosos para com outras pessoas,
principalmente familiares, tendo em vista que, além do surgimento de doenças que
necessitam de assistência diária, é um momento também marcado pelo medo de se
chegar à velhice. A dependência dos idosos desencadeia nos familiares uma grande
carga de responsabilidade pelos seus cuidados. Infere-se destacar que, no cenário
familiar voltado para o cuidado dos idosos, não é sempre recorrente a possibilidade de os
familiares auxiliarem no dia a dia dos idosos, tendo em vista que muitas das vezes "T..] os
membros da família não estão disponíveis, estão sobrecarregados ou despreparados
para essas responsabilidades" Além disso, Borges e Telles (2010), ressaltam que no
contexto do papel da família no cuidado ao idoso, a ineficiência das políticas sociais
nesse panorama contribui para uma situação de desamparo dos idosos, tendo em vista
que o Estado não fornece o apoio necessário, principalmente quando a família possui
dificuldades econômicas para responsabilizar-se. O Estatuto da Pessoa Idosa aponta que
é obrigação da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à pessoa idosa a
efetivação dos direitos fundamentais. Por tanto, a responsabilidade também se estende
ao Estado, garantindo e ampliando políticas públicas que proporcionem saúde e bem
estar para os idosos (BRASIL, 2022). De acordo com o IBGE (2018), a expectativa de
vida para uma mulher idosa é de 79 anos e 9 meses, enquanto para o homem é de 72
anos e 8 meses, os dados demonstram que há um envelhecimento desigual no país, pois,
a expectativa de vida dos idosos são maiores nas regiões mais ricas do Brasil, como
região Sul e Sudeste, enquanto nas regiões mais pobres a expectativa de vida é em
média de 8,6 anos a menos. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em 2019, evidenciou
que 78% das pessoas idosas entre 60 a 74 anos e 84% dos idosos que têm 75 anos ou
mais é portador de alguma doença crônica. Diante das várias faces que permeiam o
cuidado da pessoa idosa, é imprescindível o estudo da realidade dessa população, tanto
no aspecto do cuidado familiar, quanto a realidade na qual está inserida e como as
políticas de saúde, quais as medidas preventivas e/ou interventivas estão sendo tomadas
para proporcionar melhor qualidade de vida no envelhecimento (IBGE, 2019). Sendo
assim, o objetivo do artigo é analisar as nuances que permeiam a responsabilidade da
família no cuidado da pessoa idosa, tendo em vista a importância desse cuidado e como
este é um ponto que merece ser discutido e analisado, relacionando com as políticas
sociais voltadas para essa população e a realidade socioeconômica. Segundo Nunes, o
ato de cuidar tem uma certa complexidade, pois está ligado a mudanças, tanto de quem
cuida como de quem é cuidado. Historicamente, o perfil dos cuidadores se encontra no
seio familiar, são do sexo feminino, cônjuge ou filha na idade entre 50 e 55 anos. Os
cuidadores muitas vezes assumem a responsabilidade de cuidar inesperadamente, não
havendo uma preparação psicológica para nova função que lhe é atribuída e isso acaba
acarretando conflitos particulares. Além disso, se os familiares e profissionais possuírem
uma atividade laborativa, isso faz com que os mesmos tenham mais tendência ao
estresse e uma rotina cansativa, visto que, o cuidador não se cuida, se auto negligência,
gerando assim consequências sérias como doenças e até o óbito, tudo isso por conta da
exaustão e da sobrecarga que lhe é conferida. Os autores destacam que nos dias atuais
ainda há uma preponderância de mulheres, casadas com idade acima de 50 anos como
cuidadoras de idosos, algumas são familiares, outras não. As mulheres desde muito
tempo tiveram a função de cuidar, por ser um trabalho com ligação feminina e também
por não trabalharem. Os filhos homens se encarregam principalmente da ajuda financeira,
com atividades externas, como levar ao médico, realizar exames, entre outros. Além
disso, há uma preocupação com os cuidadores de meia idade, pois ocorrem momentos
em que a execução de suas funções pode ficar comprometida, diminuindo a qualidade do
cuidado prestado à pessoa idosa, ou até mesmo, colocando-a em situação de risco, sem
falar o fato do cuidado pessoal que é deixado de lado, podendo levar a doenças
emocionais e físicas, comprometendo à sua saúde. Os cuidadores de idosos tem o ensejo
de receber informações sobre como cuidar melhor dos seus entes queridos, com
segurança e com qualidade em casa, sobre informações relacionadas de como lidar com
o estresse, pois existe uma carência do suporte profissional para poder sanar suas
dúvidas e anseios, enfatizando também a necessidade e a importância de políticas
públicas direcionadas para saúde do cuidador. Vale destacar que as atribuições dos
cuidadores estão relacionadas em atividades práticas de rotina diária que tem o intuito de
auxiliar o idoso fisicamente ou intelectualmente comprometido. Diante disso, tais deveres
são acrescidos sem orientações adequadas, pois interferem na rotina do cuidador e
afetam diretamente a qualidade de vida do mesmo. Uma vez que, muitos deles dedicam
todo o seu tempo nos cuidados e tarefas do dia a dia, assumindo assim uma
responsabilidade gigantesca sobrecarregando e gerando consequências graves. Nesse
sentido, vale destacar que o idoso é considerado independente, quando ele consegue
realizar tarefas do dia a dia, e precisa do apoio da família com o acompanhamento ao
médico, ajuda para tomar remédios, ajuda financeira, além de uma companhia para lazer,
etc. Já o idoso considerado dependente, é aquele que requer uma atenção maior, que
depende da ajuda e do cuidado de outra pessoa, como ajuda na hora de tomar banho,
vestir, se alimentar e etc. Algumas análises demonstraram que se o idoso for
independente, maior a chance de o cuidador não estar sobrecarregado, entretanto,
quando o idoso se torna dependente, os cuidadores irão possuir um sobrecarregamento
parcial ou total. Vale destacar que os motivos que atuam negativamente na qualidade de
vida dos cuidadores estão relacionados às doenças e ao grau de dependência do idoso, a
idade do idoso e do cuidador, das atividades extras e da falta de apoio social. Os autores
destacam que a enfermagem ao possuir vínculo terapêutico com os familiares e
cuidadores, têm a possibilidade de identificar as necessidades daquela família e assim
planejar e organizar ações que possibilitem um melhor cuidado, restauração à saúde e
suporte social a família, cuidadores e ao idoso, diminuindo as dificuldades durante o
processo de cuidar. São vários os episódios de cuidadores sem nenhuma instrução.
Anjos et al., (2018), apontam que existe uma carência de informação sobre esses
cuidados, os quais deveriam ser supridos pelos profissionais da saúde, por isso é
importante enfatizar o trabalho, a prevenção e o tratamento para os cuidadores. Diante
dessa contextualização é importante salientar que o apoio social e o trabalho preventivo
para os cuidadores é algo necessário e os profissionais de enfermagem podem contribuir
para isso acontecer (ANJOS et al., 2018). Segundo o estudo de Silva e Almeida (2019), o
idoso sofre com insegurança no mercado de trabalho, doenças, invalidez, saída da vida
produtiva, a aposentadoria ou até mesmo a falta de renda causada pela falta de serviço.
Por conseguinte, idosos se vêem descartados pela idade, que acaba por gerar
afastamento tanto na vida trabalhista como também no contexto familiar. Além disso, o
próprio contexto familiar para os idosos sofre alterações onde são desencadeados
processo de fragilização dos vínculos familiares e comunitários tornando-o ainda mais
vulnerável, o que torna ainda mais complicado a sua rotina e consequentemente, a sua
qualidade de vida (ANDRADE et al., 2021). O envelhecimento populacional exige maior
necessidade de cuidado com o idoso. No entanto, o maior desafio no cuidado do idoso é
a imposição à família o dilema de conciliar e reordenar as novas demandas do cotidiano
do cuidado e as outras tarefas domésticas, sociais e profissionais. É de suma importância
evidenciar que segundo o Estatuto do Idoso, a obrigação do cuidado ao idoso é da
família, porém, quando esta falha em seu papel protetivo, o poder público e a sociedade
devem solidariamente desempenhar este papel (SOUSA et al., 2021).
Consequentemente, findará em assegurar ao idoso a absoluta prioridade, a efetivação do
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária (SILVA; ALMEIDA, 2019). Assumir o papel de cuidador, para a maioria,
envolve sentimentos positivos, de gratidão, de responsabilidade ética e moral para com
os parentes idosos que perderam sua autonomia. Dessa maneira, a percepção de
assumir a responsabilidade de cuidar, apesar de desafiador, é uma experiência única de
reciprocidade, que ocorre renúncia de si mesmo em um código moral preestabelecido que
vincula o sujeito no cuidado do outro (SOUSA et al., 2021). Em contraste à Silva e
Almeida (2019), Sousa et al (2021), demonstraram em seu estudo que as necessidades
cotidianas dos cuidadores familiares se pautam pela insegurança por falta de orientação
no atendimento em geriatria e gerontologia; repercussões psicossociais pelo trabalho
árduo e repetitivo; privação social; dificuldades em conciliar cuidado e trabalho;
suspensão da vida profissional e dificuldades financeiras. Analogamente, Marzola et al.,
(2020) identificaram em seu estudo que uma boa funcionalidade familiar, associa-se à
melhor percepção de saúde, à maior idade, à ausência de quedas e de depressão.
Destarte, a detecção de fatores que geram funcionalidade familiar ruim demanda dos
profissionais de saúde, o planejamento de ações direcionadas para prevenir ou
restabelecer o equilíbrio dos vínculos intrafamiliares, promovendo o bem-estar do idoso e
de sua família. Desse modo, destaca-se que os estudos selecionados foram de grande
importância para a compreensão acerca da temática e suas interfaces, além de ter sido
observado que os artigos em sua maioria tiveram abordagem qualitativa e estudo
exploratório, no qual possibilitou ter maior dimensão do papel da família do cuidado ao
idoso.

2) Compreenda o atendimento profissional voltado à pessoa idosa.

No Brasil, o desafio para o século XXI é oferecer suporte de qualidade de vida para uma
população com mais de 32 milhões de idosos, na sua maioria de nível socioeconômico e
educacional baixo e com alta prevalência de doenças crônicas e incapacitantes. Contudo,
para atenção adequada ao idoso, juntamente com a magnitude e a severidade dos seus
problemas funcionais, é imperativo o desenvolvimento de políticas sociais e de saúde
factíveis e condizentes com as reais necessidades das pessoas nessa fase da vida.
Gordillho et al (p.138) enfatizam que “é importante considerar que as necessidades de
saúde dos idosos requerem uma atenção específica que pode evitar altos custos para o
Sistema de Saúde e, sobretudo, proporcionar melhores condições de saúde a essas
pessoas”. No entanto, estas mesmas necessidades precisam ser adequadamente
identificadas e incorporadas em novas práticas de saúde, para além do modelo biomédico
essencialmente curativo e centrado no profissional, e não no cliente. Tais práticas
requerem a voz e a participação ativa do idoso no movimento de construção e efetivação
das leis e políticas sociais e de saúde que viabilizem o viver e envelhecer com qualidade.
O Estatuto do Idoso, em seu Artigo 18, no Capítulo IV do direito à saúde, diz: “As
instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às
necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais,
assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda”.

3) Explique os direitos da pessoa idosa no atendimento em saúde. Cite leis e


políticas voltadas para essa faixa etária.

Em relação à saúde, dispõe, do artigo 15 até o artigo 19, que o idoso tem atendimento
preferencial no Sistema Único de Saúde, inclusive com o fornecimento de medicamentos
aos idosos, principalmente aqueles de uso contínuo (hipertensão, diabete, etc.), também
de próteses e órteses

Benefício de Prestação Continuada (BPC)


Previsto na Constituição Federal, ele garante um salário mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso maior de 65 anos que comprovem não possuir meios de se manter
por conta própria ou de receber ajuda de sua família.“Terá direito ao BPC se possuir
renda familiar mensal igual ou inferior a um quarto do salário mínimo por pessoa da
família que viva sob o mesmo teto”, explica o professor da Escola de Direito da FMU
Leandro Tripodi.
Receber pensão de filhos
Qualquer pessoa que tenha filhos, cônjuge ou companheiro tem o direito a requerer em
juízo o pagamento de pensão alimentícia (Lei Federal 6.515 de 1968). “Para tanto, basta
provar a sua necessidade em recebê-la e demonstrar a possibilidade de pagar da pessoa
indicada”, pontua Cavalcanti.“O artigo 229 da Constituição deixa expresso a necessidade
de amparo aos pais nos seguintes termos: ‘Os pais têm o dever de assistir, criar e educar
os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice,
carência ou enfermidade’, destaca a doutoranda em Direito Previdenciário e docente da
Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) Nayara Dallefi Oliveira.
Isenção do imposto de renda
São isentos do IR os rendimentos de aposentadoria e pensão recebidos pelas pessoas
com 65 anos ou mais, até o valor de R$1.903,98 por mês, incluindo os pagos por
previdência privada. “Como já há uma isenção no mesmo valor mensal para todos os
contribuintes e a isenção ‘extra’ dos idosos não exclui essa isenção geral, os idosos
podem ficar com um valor mensal de até R$3.807,96 de rendimentos isentos. Desde que
pelo menos a metade desse valor se refere a rendimentos de aposentadoria e pensão”,
orienta Tripodi. “Rendimentos de transferência para a reserva remunerada ou de reforma
dos militares inativos se incluem na mesma regra”, complementa. Por sua vez, a pessoa
idosa também tem prioridade para restituição do IR.
Atendimento preferencial no SUS e outros órgãos públicos
O Sistema Único de Saúde (SUS), assim como os demais órgãos e repartições públicas
e privadas, deve observar o atendimento preferencial e prioritário aos idosos conforme
determinado no artigo 3º do Estatuto do Idoso. “Lembrando que os maiores de 80 anos
possuem super prioridade e isso também deve ser aplicado para atendimento no SUS.
Além disso, o artigo 15 do Estatuto do Idoso prevê o atendimento domiciliar para idosos
que não podem se locomover”, acrescenta. A prioridade no atendimento não se restringe
às repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos. “Inclui também
instituições financeiras, empresas públicas de transporte e as concessionárias de
transporte coletivo”, orienta Oliveira.
Isenção em transporte público
Esse direito é tratado no artigo 39 do Estatuto do Idoso, bastando a pessoa apresentar
um documento pessoal que comprove a idade para reivindicá-lo. Neste caso, a lei estipula
a isenção a partir de 65 anos. Alguns estados, porém, oferecem a isenção para pessoas
já a partir de 60 anos. “Aos acima de 65 anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto em serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares”, descreve Cavalcanti.
Vagas exclusivas no transporte público e vagas em estacionamentos públicos e privados
Idosos com mais de 60 anos possuem direito a vagas exclusivas no transporte público,
segundo o Estatuto do Idoso. “São reservados 10% dos assentos dos transportes
públicos coletivos para estes, devidamente identificados com a placa de reservado
preferencialmente para idosos”, apresenta Cavalcanti. Idosos também têm direito à
reserva de 5% das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser
posicionadas de forma a garantir comodidade.
Medicamentos gratuitos
O direito a medicamentos gratuitos aos idosos, especialmente os de uso continuado,
também está assegurado pelo Estatuto do Idoso. Por ser uma lei federal, o direito é
aplicável em todo o território nacional.“Uma opção para a aquisição de medicamentos
gratuitos ou com descontos expressivos é o Programa Farmácia Popular, disponível em
farmácias conveniadas”, diz Cavalcanti.
Prioridade em trâmites da justiça
“De acordo com o artigo 71 do Estatuto do Idoso e do artigo 11.048 do Código de
Processo Civil, é assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e
na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente
pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, em qualquer instância”, conta Cavalcanti.
“Estendendo essa prioridade nos procedimentos na administração pública, empresas
prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, Defensorias Públicas da
União, Estados, Municípios e do Distrito Federal diante os serviços voltados à Assistência
Judiciária”, destaca Oliveira.
Meia-entrada em eventos
A pessoa idosa tem garantido o seu direito à cultura, devendo o Poder Público viabilizar
esse acesso para inserção social. De acordo com o artigo 23 do Estatuto do Idoso, a
participação dos idosos em atividades culturais, esportivas e de lazer será proporcionada
mediante descontos de pelo menos 50% nos ingressos.
Direito a um acompanhante em internações e problemas de saúde
Conforme o artigo 16 do Estatuto, ao idoso internado ou em observação é assegurado o
direito a acompanhante. “Devendo o órgão de saúde proporcionar as condições
adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico”,
explica Cavalcanti. “Caberá ainda ao profissional de saúde responsável pelo tratamento
conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade,
justificá-la por escrito”, completa.

4) Diferencie ageismo de etarismo.


Por definição etarismo é a discriminação e preconceito baseados na idade, geralmente
das gerações mais novas em relação às mais velhas; também conhecido por idadismo ou
ageísmo. Têm-se falado muito sobre etarismo, mas não imaginamos o quanto esse
preconceito pode estar infiltrado em nossa sociedade e em nós mesmos.

5) Defina os tipos de violência contra a pessoa idosa e reconheça os fatores de


risco associados.

As violências contra a pessoa idosa podem ser visíveis ou invisíveis:


● As visíveis são as mortes e lesões;
● As invisíveis são aquelas que ocorrem sem machucar o corpo, mas provocam
sofrimento, desesperança, depressão e medo.
VIOLÊNCIA FÍSICA
Os abusos físicos constituem a forma de violência mais perceptível aos olhos. Nem
sempre as agressões são perceptíveis, como situações de espancamento, que promovam
lesões ou traumas. Em algumas situações os abusos são realizados na forma de
beliscões, empurrões, tapas, ou agressões que não evoluem com sinais físicos.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
É praticado com atos, tais como, agressões verbais, tratamento com menosprezo,
desprezo, ou qualquer ação que traga sofrimento emocional como humilhação,
afastamento do convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão; bem como
submeter a pessoa idosa a condições de humilhação, ofensas, negligência, promovendo
insultos, ameaças e gestos que afetem a autoimagem, a identidade e a autoestima do
ofendido, é considerado violência psicológica.
VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
Trata-se de qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional (público
ou privado) praticada contra a pessoa idosa, pode ser por meio de um dos seus
funcionários que comete algum ato de abuso, agressão física ou verbal no ambiente da
instituição.
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Configura-se violência patrimonial qualquer prática ilícita que comprometa o patrimônio do
idoso, como forçá-lo a assinar um documento sem lhe ser explicado para que fins é
destinado, alterações em seu testamento, fazer uma procuração ou ultrapassar os
poderes de mandato, antecipação de herança ou venda de bens móveis e imóveis sem o
consentimento espontâneo do idoso, falsificação de assinatura, etc.
VIOLÊNCIA SEXUAL
Este tipo de violência refere-se ao ato sexual utilizando pessoas idosas. Esses abusos
visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas, através de coação com
violência física ou ameaças.
ABUSO FINANCEIRO
O abuso financeiro é caracterizado pela exploração imprópria ou ilegal ou uso não
consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros. Esse tipo de situação
acontece frequentemente. O violador se apropria indevidamente do dinheiro, cartões
bancários da pessoa idosa utilizando o valor para outras finalidades que não sejam a
promoção do cuidado.
DISCRIMINAÇÃO
Este tipo de violência refere-se a comportamentos discriminatórios, ofensivos,
desrespeitosos em relação à condição física característica de uma pessoa idosa,
desvalorizando e inferiorizando-a simplesmente por sua condição.
NEGLIGÊNCIA
Trata-se da recusa ou à omissão de cuidados, é um ato muito comum, pois se manifesta
frequentemente tanto no seio familiar como em instituições que prestam serviços de
cuidados e acolhimento a pessoas idosas. O abandono é uma forma de violência que se
manifesta pela ausência de amparo ou assistência pelos responsáveis em cumprir seus
deveres de prestar cuidado a uma pessoa idosa.

Além de lesões físicas, os efeitos da violência para a saúde incluem incapacitação,


depressão, problemas de saúde física, tabagismo, comportamento sexual de alto risco,
consumo abusivo de álcool e drogas e uma série de outras doenças crônicas e
infecciosas e que podem até levar à morte. A violência exerce grande embate sobre os
sistemas de saúde e de justiça criminal, bem como os serviços de atendimento social.
Todos os tipos de violência estão fortemente associados a determinantes sociais, normas
culturais e de gênero, desemprego, desigualdade de renda, educação limitada, maior
acesso a armas de fogo e a outros tipos de armas, e consumo excessivo de álcool, dentre
outros. Ao considerar que a violência contra a pessoa idosa desenha-se como um
problema de saúde pública de complexa administração, é de fundamental importância
conhecer seus fatores associados, sobretudo, para cada tipo de violência, para assim
possibilitar a criação de políticas públicas baseadas em evidências, fundamentadas. Os
fatores associados à violência geral foram idade, sexo, estado civ-il, nível de educação,
renda, arranjo familiar, suporte social, solidão, transtorno mental, depressão, tentativa de
suicídio, dependência para atividades da vida diária, função cognitiva, doenças crônicas,
abuso de álcool ou drogas, entre outros.
6) Descreva os aspectos importantes para o envelhecimento saudável.

Os idosos percebem o envelhecimento saudável como a adoção de hábitos e


comportamentos inerentes ao estilo de vida, com destaque para a alimentação saudável,
práticas de atividades físicas, não ser tabagista e nem etilista. Esses hábitos e
comportamentos são fatores de proteção e auxiliam no controle de doenças crônicas não
transmissíveis, que correspondem às maiores causas de mortalidade da população idosa,
por desfechos como a doença cardíaca isquêmica, acidente vascular cerebral e doença
pulmonar obstrutiva crônica.
O conjunto desses hábitos e comportamentos mencionados pelos idosos é tema
prioritário na Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) brasileira e está previsto
para ser trabalhado junto à população na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio de
orientações em grupos de educação em saúde, consultas médicas e de enfermagem,
visitas domiciliares, entre outras oportunidades.
Assim, os esforços dos profissionais para prevenir ou controlar as DCNT se concentram
fortemente no estilo de vida individual. Tal ação contribui para que os idosos assumam de
modo isolado a autorresponsabilidade de adquirir esse estilo de vida saudável. Sob essa
ótica, a literatura científica abrange dois posicionamentos distintos, que envolvem
estimular essa postura ou encorajá-la com cautela.
Nova Síntese

Na Quarta-Feira, dia 27 de Setembro após as pesquisas individuais, o grupo se reuniu em


sala de aula para discutir, expor e trocar informações referente às questões que foram
levantadas. De modo geral, todos conseguiram expor suas respostas pesquisadas e
houve uma grande troca de informações. A tutora deixou o ambiente confortável o que foi
de grande importância, já que desse modo, os alunos puderam trocar experiências
pessoais o que trouxe um maior e mais amplo conhecimento sobre o tema.
Todos entenderam a importância de especialização para um cuidado mais significativo
para melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa. Entenderam o quão difícil é o
envelhecimento e o quão se faz necessário profissionais qualificados para para ampliar
os manejos e a qualidade do tratamento com as pessoas idosas.
Concluímos que ao olhar para a pessoa idosa, não devemos vê-la não como alguém que
não agrega mais nada para a sociedade e sim, olhar o quão foi significativa a sua
participação e contribuição em todos os seus anos de vida. Devemos ter um olhar mais
empático, sermos acolhedores e tratarmos da melhor forma possível. Sempre observando
suas necessidades e buscando a melhor maneira para deixá-la confortável.

Avaliação (pessoal, grupo e professor)

Achei minha participação adequada no levantamento de ideias, na formação das


hipóteses e na realização das perguntas. Sinto que consegui me expressar da forma que
queria na discussão com o grupo e tivemos uma ótima troca de informações.
O grupo sempre foi muito respeitoso, entendendo o tempo de fala da cada um e
agregando informações, sendo um complementando o outro.
A professora tutora nos deixou livre para que pudéssemos trocar informações pessoais
relacionadas ao tema, o que, ao meu ver, ampliou muito em nosso conhecimento pessoal.
REFERÊNCIAS

1. Brasil. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso / Ministério da Saúde. – 2. ed.


rev. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007. 70 p. – (Série E.
Legislação de Saúde
2. Couto, M. C. P. de P., Koller, S. H., Novo, R., & Soares, P. S.. (2009). Avaliação
de discriminação contra idosos em contexto brasileiro - ageismo. Psicologia:
Teoria E Pesquisa, 25(4), 509–518. https://doi.org/10.1590/S0102-
37722009000400006
3. Martins, J. de J., Schier, J., Erdmann, A. L., & Albuquerque, G. L. de .. (2007).
Políticas públicas de atenção à saúde do idoso: reflexão acerca da capacitação
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Geriatria E Gerontologia, 10(3), 371–382. https://doi.org/10.1590/1809-
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4. SANTOS BRITO, N. J.; LEAL CORREIA, C. G. .; SILVA SOUZA, A. .; RANGEL
COSTA DE ALMEIDA, A. B. .; TEIXEIRA VANDERLEI, F. R. .; SOUSA
FRANCO, L. de L.; LIMEIRA SILVA LIMA, G. .; PEREIRA DA SILVA, E. W.;
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