Você está na página 1de 18

Prática de Integração Ensino Serviço Comunidade

PIESC V

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL


À SAÚDE DO HOMEM
Instituída por meio da Portaria GM No 1944, de 27.08.2009

Adaptado por: Profa. Dra. Vera Lúcia Fugita dos Santos


2023/2
Atenção à Saúde do Adulto
Recordando... Quem é o adulto?

➢ Adulto jovem, para a faixa etária entre 18 e 21 anos;


➢ Adulto, para a faixa etária de 21 aos 45 anos;
➢ Meia-idade, para as pessoas que possuem idade entre
45 e 60 anos.

“Em cada uma dessas faixas etárias, homens e mulheres têm


experiências diferentes que vão desde uma fase intermediária, de
adolescência para idade adulta, em que estão em processo de
construção da vida afetiva, profissional e financeira, ao próprio
processo de maturidade”.

(in PIANCASTELLI et al, 2020)


“Ser adulto é ser capaz de vivenciar na
sociedade momentos de escolhas, decisões, de
construir e desfazer laços afetivos, de
estabilidade e instabilidade na vida profissional,
financeira e familiar, profissionalizar-se, tornar-se
um ser estruturado, agir por si só, sofrer várias
pressões sociais e viver de acordo com as
normas sociais que ora o oprime e ora o liberta”.

(PIANCASTELLI et al, 2020)


Para Sousa (2007), existe mais de uma categoria de adulto
e ela cita três:

1ª - Aqueles que se comportam como pessoa equilibrada e


estável;
2ª - São os sujeitos em desenvolvimento, em atitude de
experimentação, de progressão, de formulação de desejos e
concretização de projetos, com etapas a percorrer e
objetivos a cumprir;
3ª - São os adultos que têm de lidar com o imprevisto, o
risco, a exclusão, a desestabilização e a inexistência de
quadros de referência.

(in PIANCASTELLI et al, 2020)


“Com o aumento da esperança de vida, a fase
de vida adulta ocupa cerca de 50% do total do
percurso de vida de cada pessoa. Esse fato
gera a necessidade de estudar esse adulto que
tem pela frente diversos caminhos a percorrer,
muitas decisões a tomar e experiências a viver.
Nesse caminhar, vive o constante equilíbrio-
desequilíbrio do processo saúde-doença,
companhia constante de todos nós”.

(in PIANCASTELLI et al, 2020)


POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
Instituída por meio da Portaria GM No 1944, de 27.08.2009
OBJETIVO GERAL

Facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos


serviços de saúde, contribuindo para a redução das causas
de morbidade, mortalidade e atuação nos aspectos
socioculturais.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PRIORITÁRIOS

1- Organizar rede de atenção à saúde a fim de garantir uma linha de


cuidados integrais, tendo a Estratégia Saúde da Família (ESF) como porta
de entrada;

2- Apoiar ações e atividades de promoção de saúde para facilitar o acesso


da população masculina aos serviços de saúde;

3- Qualificar profissionais de saúde para o atendimento dos homens;

4- Incorporar o homem no planejamento reprodutivo e no


compartilhamento aos cuidados da saúde familiar;

5- Construir parcerias com a sociedade civil organizada para promover a


saúde do homem.
População Masculina Projeções para 2022 População Feminina
93 042 111 214.954.591 96 293 080
49,1% 50,9%

População Total do Brasil

População alvo: 20 a 59 anos


50 618 551
54,4% da população masculina

Fonte: Estimativas preliminares IBGE - Censos Demográficos


Por que uma Política Nacional de Atenção
Integral à Saúde do Homem?

♂ Porque os homens apresentam algumas peculiaridades em


relação às mulheres nos quesitos:

♂ MORTALIDADE
♂ MORBIDADE
♂ ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
MORTALIDADE

- A cada 3 pessoas que morrem no Brasil, 2 são HOMENS.

- A cada 5 pessoas que morrem de 20 a 30 anos, 4 são


HOMENS.

Os homens vivem 7,6 anos a menos,


em média, do que as mulheres.
MORBIDADE

♂Os homens, entre outros problemas, apresentam mais:

♂ Doenças do coração (infarto, AVC)


♂ Cânceres (pulmonar, próstata, pele)
♂ Colesterol elevado
♂ Diabetes
♂ Pressão alta
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS

♂ Têm medo de descobrir doenças;

♂ Acham que nunca vão adoecer e por isso não se cuidam;


♂ Não procuram os serviços de saúde e não seguem os
tratamentos recomendados;
♂ Estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho;
♂ Utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade;
♂ Estão envolvidos na maioria das situações de violência;
♂Não praticam atividade física com regularidade.
Por que os homens não se cuidam e
não procuram os serviços de saúde?

Estereótipos de gênero
O pensamento mágico
Socioculturais Medo que descubra doenças
O papel de provedor
O papel de “cuidar”
Barreiras

Estratégias de comunicação não privilegiam os homens

Institucionais Inadequação dos serviços de saúde


a.Horários de funcionamento
b.Dificuldades de acesso
c.Presença de mulher no exame do toque retal
Por que, em geral, os homens não demandam os
serviços de saúde?

❑ Os estereótipos de gênero, enraizados há séculos em


nossa cultura, que potencializam práticas baseadas em
crenças e valores típicos do que é ser homem.

❑ A ideia de que ser homem é ser forte e de que doença é


sinal de fragilidade, gera uma compreensão de que os
serviços de saúde são exclusivamente para os supostos
mais fracos: mulheres, crianças e idosos.

❑ Os homens não consideram os serviços de saúde como


espaços masculinos e os serviços de saúde não
consideram os homens como sujeitos de cuidado.
Por que, em geral, os homens não demandam os serviços
de saúde?

Do ponto de vista estrutural, essas barreiras são


potencializadas, quando observamos:

• O baixo nível de renda da população brasileira (de um


modo geral) e
de escolaridade (especialmente da população masculina)
no Brasil que impede o pleno exercício da cidadania;

• A precariedade dos serviços públicos de saúde e


educação que impedem uma atenção de qualidade.
Refletindo...
➢ Com o envelhecimento populacional os problemas de
saúde do adulto tornaram-se ainda mais importantes.
➢ Apesar disso, a Saúde Pública no Brasil tem
tradicionalmente priorizado ações voltadas para a
criança, a mulher e o idoso, provocando um lapso em
relação à assistência ao adulto – o período de vida mais
produtivo de uma pessoa.
➢ Implantar a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
do Homem, alinhada à Política Nacional de Atenção
Básica, com estratégias de promoção de saúde com
vistas à redução de agravos e melhoria na qualidade de
vida, é um desafio para os profissionais de saúde.
(in PIANCASTELLI et al, 2020)
REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do


Homem: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas – Brasília: Ministério
da Saúde, 2009. 92 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) ISBN 978-85-334-
1643-7. Disponível em http://www.unfpa.org.br/Arquivos/saude_do_homem.pdf.
Acesso em 01/08/2023.

PIANCASTELLI, Carlos Haroldo. Rede de atenção: saúde do adulto / Carlos


Haroldo Piancastelli, Giulliana Cantoni Di Spirito, Tácia Maria Pereira Flisch. -- 3.
ed. -- Belo Horizonte: Nescon / UFMG, 2020. 232 p. ISBN: 978-65-86593-02-0.
Disponível em https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/rede-de-
atencao-saude-do-adulto-24_08_2020.pdf. Acesso 01/08/2023.

Você também pode gostar