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A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA


PERMANÊNCIA PARA IDOSOS: REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA NO CONTEXTO BRASILEIRO

The Psychologist's role in Long-Term Care Institutions for the Elderly: a literature
review

Joselene Gomes Rocha – Faculdade Anísio Teixeira – FAT1


Leiliane Nascimento Pereira - Faculdade Anísio Teixeira - FAT2
Milena Calhau Brito - Faculdade Anísio Teixeira – FAT3
Thaís Diniz Santos Moreira – Faculdade Anísio Teixeira – FAT4

RESUMO
O estudo foca na atuação do psicólogo em Instituições de Longa Permanência para Idosos
(ILPI), investigando seu papel no bem-estar e saúde mental dos residentes. Utilizando uma
abordagem de revisão integrativa e descritiva, a pesquisa explora como intervenções
psicológicas podem melhorar a qualidade de vida dos idosos, incentivando interações
sociais positivas. Os artigos científicos revisados, coletados de bases de dados como
PePSIC, SCIELO e BVS: LILACS, com descritores em envelhecimento, psicologia e
gerontologia, revelam a importância, porém a insuficiente ênfase nos cuidados psicológicos
nas ILPI. A análise dos dados sugere que, embora vitais, os aspectos psicológicos muitas
vezes são secundarizados, com a responsabilidade por atender às demandas psicológicas
sendo frequentemente atribuída aos profissionais de enfermagem, apontando para uma
lacuna no cuidado integral ao idoso, onde a saúde mental necessita de mais atenção e
especialização. O estudo destaca a necessidade de maior reconhecimento e integração do
psicólogo nos cuidados multidisciplinares dentro das ILPI, enfatizando o valor da prevenção,
diagnóstico e tratamento psicológico para a população idosa, evidenciando a necessidade
de um olhar mais holístico para os cuidados nesse contexto. O objetivo é assegurar que as
necessidades emocionais e mentais dos idosos sejam atendidas de forma eficaz,
complementando os cuidados físicos já existentes.

Palavras-chave: Envelhecimento. Psicologia. Gerontologia. Instituição de Longa


Permanência.

1
Joselene Gomes Rocha graduanda em Psicologia na Faculdade Anísio Teixeira – FAT, Feira de
Santana – BA, E-mail: jhosypsi@gmail.com
2
Leiliane Nascimento Pereira graduanda em Psicologia na Faculdade Anísio Teixeira - FAT, Feira de
Santana – BA, E-mail: Leilapsi22@gmail.com.
3
Milena Calhau Brito graduanda em Psicologia na Faculdade Anísio Teixeira - FAT, Feira de Santana
– BA , E-mail: amilenacalhau@gmail.com.
4
Thaís Diniz Santos Moreira – Faculdade Anísio Teixeira – FAT, Mestre em Saúde coletiva,
especialista em Saúde Mental, Feira de Santana – BA, E-mail: thaisufrb@gmail.com
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ABSTRACT

The study focuses on the role of psychologists in Long-Term Care Facilities for the
Elderly (ILPI), investigating their impact on the well-being and mental health of
residents. Employing an integrative and descriptive review approach, the research
explores how psychological interventions can enhance the quality of life for the
elderly, fostering positive social interactions. The reviewed scientific articles,
collected from databases such as PePSIC, SCIELO, and BVS: LILACS, using
descriptors in aging, psychology, and gerontology, reveal the importance yet
insufficient emphasis on psychological care in ILPI. Data analysis suggests that,
although vital, psychological aspects are often secondary, with the responsibility for
meeting psychological needs frequently assigned to nursing professionals. This
points to a gap in comprehensive elderly care where mental health requires more
attention and specialization. The study highlights the need for greater recognition and
integration of psychologists in multidisciplinary care within ILPI, emphasizing the
value of prevention, diagnosis, and psychological treatment for the elderly population.
This underscores the need for a more holistic approach to care in this context. The
goal is to ensure that the emotional and mental needs of the elderly are effectively
met, complementing the existing physical care.

Keywords: Aging. Psychology. Gerontology. Long-Term Care Facility.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento traz consigo uma série de alterações no organismo,


acarretando algumas vulnerabilidades devido aos efeitos do tempo (Moraes; Lima
2010). Para os autores, existe evidência que essa fase pode acontecer de forma
multifatorial, dependendo das modificações que ocorrem nas mediações celulares-
molecular e na genética. Cabe destacar que é importante a compreensão desta
etapa da vida como uma fase heterogênea, ou seja, nem todos envelhecem do
mesmo modo, são impactados por fatores como raça, classe social, gênero e
gerações.
No que se referem aos marcadores para a definição e caracterização do que
é um idoso, um dos mais utilizados é a faixa etária. Segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU),
uma pessoa é considerada idosa, em países desenvolvidos, a partir dos 65 anos e,
em países em desenvolvimento, a partir dos 60 anos de idade (Miranda; Mendes,
2016). No Brasil, a Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, instituída como Estatuto
da Pessoa Idosa, no seu art. 1º, diz que “são consideradas idosos, pessoas com
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idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos” (Brasil, 2003).


Quanto a expectativa de vida, no ano de 1920, era de 35,2 anos, com os
idosos representando cerca de 4% da nação. Em 1970, o Brasil foi caracterizado
como um país de maioria rural e tradicional, trazendo em sua maioria famílias
numerosas. Em contraste, hoje se tornou mais urbano e suas estruturas familiares
com menos filhos, o país que era majoritariamente composto por jovens teve um
aumento significativo da população idosa (Miranda; Silva, 2016).
Consoante com o IBGE (2021), a população brasileira está mais envelhecida
e isto se deve a mudança na composição etária, com a queda do número de jovens
e o aumento na faixa de 60 anos ou mais. Segundo dados coletados nesta pesquisa,
o número de pessoas de 30 anos caiu de 98,7% para 93,3 % e o número de idosos
aumentou de 11,3% para 14,7%. Em números absolutos, o número passou de 22,3
milhões para 31,2 milhões, representando um incremento de 39,8% no período de
2021.
Cabe destacar que as discussões sobre o envelhecimento atravessam os
séculos. Em muitos momentos a velhice parece estar associada à doença, morte e
dependência, ou seja, a fatores que levam a uma visão negativa, no entanto,
Schneider e Irigaray (2008) relatam que, em resultados de pesquisas feitas em
sociedades não ocidentais, a velhice é vista de forma positiva. Os dados mostram,
no entanto que a conceituação de envelhecimento, de forma negativa ou positiva
pode também estar associada à cultura e a qualidade de vida.
Sendo assim, quando se fala de idosos e seus cuidados, deve-se pensar nas
necessidades desses indivíduos, de um modo geral, principalmente onde estão
concentrados, no que diz respeito à moradia. Dentro desse contexto, é possível citar
as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e o contínuo aumento do
número de instituições desse tipo nas redes privadas e públicas, que dividem com a
família as obrigações no cuidado aos idosos (Alves, 2014).
Quanto a conceituação de Instituição de Longa Permanência, a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em sua Resolução de Diretoria Colegiada
(RDC) número 283, de 26 de setembro de 2005, define como instituições
“governamentais ou não governamentais, de caráter residencial, destinadas a
domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem
suporte familiar, em condição de liberdade e dignidade e cidadania” (Anvisa, 2005).
Cabe pontuar, de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
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(SBGG), que a terminologia ILPI foi substituição de outros termos como: casas de
repouso, asilos (Pinto; Simson, 2012).
No que se refere a acolhida dos idosos nas ILPI, deve ser humanizada, pois o
processo de transferência desses indivíduos para a instituição demanda algumas
adaptações. Este sujeito será transferido do seu contexto familiar, dos vínculos
afetivos e sociais, ou seja, de tudo aquilo que estava habituado a realizar durante a
sua vida, para residir em um local totalmente desconhecido, adequando-se a regras
às quais não estão adaptados, bem como, muitas vezes, são impossibilitados de
administrar o seu próprio tempo. Em outras palavras, eles deverão se tornar
pessoas diferentes do que estavam acostumados, podendo perder, assim sua
identidade. Como consequência disso, é possível que alguns desenvolvam a
diminuição da autonomia e a fragilização dos afetos com a família (Corrêa; Caputo,
2012).
Diante dessas mudanças, Moreira (2017) sinaliza que os idosos são
assistidos nas ILPI por uma equipe interdiciplinar composta por: enfermeiros,
técnicos de enfermagem, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais,
fisioterapeutas, educadores físicos, e outros profissionais – que visam ofertar
cuidado, companhia e deve atuar em parceria com as áreas de Saúde, Educação,
Esporte, Cultura, Lazer, dentre outras.
Quanto à atuação do Psicólogo nas ILPI, de acordo com Ribeiro (2015), estes
profissionais têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento da saúde mental
do idoso, auxiliando para que este adquira autonomia, independência e qualidade de
vida. Segundo os dados apresentados, o número de ILPI no Brasil tem aumentado,
por isso é importante discutir esse aspecto e focar na atuação dos profissionais de
psicologia nessas instituições. Dessa forma, propõe-se responder o seguinte
problema de pesquisa: como se caracteriza a atuação dos psicólogos nas ILPI?
Em busca dessa compreensão, o objetivo geral deste estudo é analisar as
contribuições da atuação do psicólogo em Instituições de Longa Permanência para
Idosos, a partir dos artigos científicos publicados nos últimos 20 anos. Para tanto, foi
necessário caracterizar o funcionamento das ILPI e descrever de que forma o
psicólogo tem atuado em relação às demandas dos idosos nessas instituições.
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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1. O crescimento da população idosa

Uma das grandes causas para o aumento do número de pessoas idosas,


segundo os autores Ribeiro, Garcia e Faria (2019), é a baixa fecundidade e a
postergação do nascimento, bem como o aumento da expectativa e qualidade de
vida. Em suas pesquisas, os autores indicam dados das possíveis causas para esta
baixa taxa de fecundidade: uma delas é a distância que ocorre do tempo entre o
primeiro filho e a possibilidade de se ter outro, que, muitas vezes, se dá maior
importância a este primogênito, como também outras opções que acabam levando a
tomar esta decisão de não ter mais filho ou postergar. De acordo com Ribeiro e
Faria (2019) entre as mulheres que mais postergam, estão as que tiveram
oportunidade de estudar e as de cor branca. Outro fator importante são as mulheres
que decidem esperar a idade de 30 a 35 anos para terem o primeiro filho, além
daquelas que, muitas vezes, não terão filhos.
Zanon, Moretto e Rodrigues (2013) afirmam que, com a diminuição da
fertilidade desde 1960, começa o processo de aumento da população idosa e a
diminuição do número de famílias, além disso, as novas formas de família também
contribuem para esta baixa fecundidade. No Brasil não há pesquisa que aponte o
adiantamento ou recuperação futura desta fecundidade a ONU, no entanto faz uma
estimativa de que a fecundidade no Brasil “deverá atingir 1,65 filho por mulher em
2050/2055 e, a partir de então, apresentará uma recuperação, de 1,77 filho por
mulher em 2095/2100”, bem como, cabe destacar que as projeções mais recentes
do IBGE (2018) “mostram queda gradativa, alcançando 1,66 filho por mulher em
2060” (Ribeiro; Garcia; Faria, 2019 p. 4).
Schneider, Irigaray (2008) afirmam que não é possível criar uma definição
para a velhice por causa dos complexos caminhos de reflexão próprio de cada povo.
O envelhecer faz parte da vida, é um processo de desenvolvimento que passa pela
infância, adolescência, juventude e idade adulta para chegar, assim, a esta fase. Ao
longo do tempo vão acontecendo várias mudanças no processo biológico do homem
que vai sendo diferenciado pela vivência de cada pessoa, por suas estruturas ao
longo da vida.
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Dentro dos aspectos biológicos, o envelhecimento acontece de forma natural


e cronológica, que se dá a partir do nascimento até a morte. Durante este processo
de envelhecimento, o corpo experimenta uma série de alterações fisiológicas. A
idade é um fator de grande relevância no processo do envelhecimento, porém difere
para cada pessoa, por causa da influência de gênero, cor, classe social, cultura e
saúde (Schneider; Irigaray, 2008).
Conforme destacado por Chagas e Rocha (2012), o processo fisiológico
principal da anatomia dos idosos, abrange alterações das funções biológicas devido
aos efeitos da idade cronológica no organismo, podendo ocorrer a perda da
capacidade de manter o equilíbrio e começar a declinar. A pele vai alterando a
elastina perdendo a elasticidade e dando o aspecto de velho, já a partir dos 40 anos
o indivíduo, já começa a perder centímetro.
Moraes, Moraes e Lima (2010) abordam como as funções psíquicas do idoso
se comportam ao longo dos anos. Foi possível verificar que não há motivos para a
pessoa envelhecida ser tratada como limitado em sua função cognitiva, e que não
há alterações em seu funcionamento mental, ou seja, os idosos que não tem
nenhum comprometimento físico podem ter vida bastante produtiva. Contudo, pode
ser necessário fazer adaptação de estímulos ambientais.
Conforme Gonçalves, Vieira, Siqueira, & Hallal, (2008), um aspecto
desafiador da velhice é o ambiente familiar, que influencia significativamente esta
etapa da vida. Durante a velhice, o corpo e o organismo se tornam mais propensos a
diversas patologias. Contudo, esta vulnerabilidade pode ser exacerbada por fatores
como solidão, negligência nos cuidados, ou dificuldades financeiras.
Frequentemente, estas condições não são favoráveis para a manutenção da saúde
mental do idoso ou para a prevenção de doenças potenciais. Um os fatores que
corrobora para esta falta de suporte ao idoso e a diminuição do número de
integrantes na família e, em alguns casos de separação, em que acaba diante da
realidade destas famílias não tendo um suporte necessário .
Marcados por uma cultura capitalista, cuja busca principal é a produtividade,
Miranda e Mendes (2016), destacam que a velhice ganha um caráter de exclusão
frente a sociedade, sendo estigmatizado com o perfil de não poder mais produzir;
sendo assim, pode ir perdendo sua valorização, o que pode ocasionar na aceleração
do processo de envelhecimento. Desta forma, ambiente social do idoso e de
extrema importância porque contribui para o processo do envelhecer saudável.
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No Brasil, um país que se considerava jovem, não existia nenhuma lei


garantindo o direito dos idosos. Em 1988, a constituição criou um artigo que defende
o direito da pessoa idosa (Schneider; Irigary, 2008). A Política Nacional do Idoso
(PNI), pela Lei 8.842/94 e regulamentada pelo Decreto 1948/96, estabelece direitos
sociais, garantia da autonomia, integração e participação dos idosos na sociedade,
como instrumento de direito próprio de cidadania.
Um estudo feito por Corinna E Löckenhoff et al (2009) , Explica que o
envelhecimento é influenciado por aspectos socioculturais, variando amplamente
entre as culturas. Em algumas, como as africanas, a idade avançada é valorizada e
vista como uma fonte de riqueza, atribuindo-se grande importância aos idosos. Em
contraste, em outras culturas, ser idoso pode ser associado a uma percepção
negativa de inutilidade, uma experiência que muitos prefeririam evitar. Os autores
destacam a relevância do contexto sociocultural para uma experiência positiva e
enriquecedora da velhice.

2.2. A contextualização das ILPI no Brasil

O envelhecimento da população, como diz Camarano e Kanso (2010), é um


fenômeno que foi acontecendo em meio a mudanças nas áreas sociais, culturais e
econômica. Segundo os autores, é de se esperar um crescimento ainda maior nas
taxas mais elevadas acima de 80 anos. Alves-Silva, Scorsolini-Comin e Santos
(2013), em suas pesquisas, referenciaram os dados da ONU, estimando que em
2050 os idosos serão 2,5% da população do mundo, onde cerca de 4,5 dos
envelhecidos terão dificuldades para fazer atividades diárias. A SBGG destacou os
dados do IBGE (2018), informando que a população envelhecida no Brasil,
corresponde a 28 milhões de pessoas com idade entre 60 ou mais. Para o SBGG,
apesar deste tema não ser novo, ainda se encontram muitas dificuldades para
gestar esta realidade porque não foram identificadas suas reais necessidades
específicas.
Para Camarano e Kanso (2010) há uma certeza deste crescimento da
população idosa, mas há também uma incerteza neste cenário, de como ficarão os
cuidados à esta população envelhecida. Eles apontam também que, segundo a
legislação brasileira, os cuidados de membros da família que estejam em situação
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de dependência são responsabilidade da família. Porém, as mudanças ocorridas nas


estruturas familiares, com o crescimento da baixa taxa fecundidade, e a crescente
inserção das mulheres no mercado de trabalho, estes cuidados com os idosos tem
sido escassos, por isto o Estado e o mercado privado devem dividir com as famílias
estas responsabilidades.
Para Pollo e Assis (2008), essa mudança nas estruturas familiares tem
tornado difícil para essas famílias optarem por deixar os idosos em casa, por não
dispor de um cuidador, muitas vezes, demandando-os para as instituições ILPI. Os
autores informam que estas instituições não são novas, sua origem vem através do
cristianismo, onde o Papa Pelagio II (520-590) transformou sua casa em hospital
para velhos, fundando aí o primeiro asilo.
No século XX, o que se conhecia por “asilo” deu lugar ao termo “Instituição
para Velhos”, porém, ainda hoje, costuma ser chamado de asilo e com o estigma de
exclusão social. No Rio de Janeiro, em 1794, o conde Rezende criou a casa dos
Inválidos, com o intuito de abrigar soldados idosos em uma velhice com dignidade.
Sequencialmente, em 1890, o Asilo São Luiz Para a Velhice Desamparada também
fundada no Rio de Janeiro. Esta instituição cuidava de pessoas idosas desabrigadas
(Fagundes; Esteves, 2017).
Vários autores discorrem sobre o tema do parágrafo acima. Camarano e
Kanso (2010) vão trazer que não há uma concordância no Brasil sobre as ILPI, sua
procedência está ligada também aos asilos que acolhiam pessoas carentes, advindo
da comunidade cristã, que acolhia estas pessoas desprovidas de políticas públicas.
Para minimizar os aspectos de exclusão, como rejeição e pobreza, designado pela
palavra “asilo”, a SBGG iniciou um movimento para a utilização da expressão
Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), que passou a ser utilizado a
partir da Resolução 283 da SBGG, em 2005 (Fagundes; Esteves, 2017).
O documento Eixos Norteadores para Abrigos (2003), que foi implantado pela
prefeitura do Rio de Janeiro (onde se encontra um dos maiores números de ILPI),
dispõe que o abrigo é uma rede de serviços e devem estar dispostas a estar em
parceria parte com as redes de serviços e atuar com as áreas de Saúde, Educação,
Esporte, Cultura, Lazer, etc. Deve ter uma localização facilitada para dar acesso a
transporte e rede de serviços, direito a segurança da instituição, dos profissionais e
dos usuários.
As características encontradas nas ILPI são, na maioria, áreas com espaço
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físicos semelhantes a grandes alojamentos. Dificilmente são encontradas


instituições que tenham pessoas com expertises na área de assistência social e
saúde ou que exerça um trabalho para autonomia e a independência do idoso. As
estruturas encontradas muitas vezes se assemelham com as de reformatório ou
internato, com poucas vivências de vida social, afetiva e sexual (Silva, Comin,
Santos, 2017).
Fagundes e Esteves (2017), afirmam que a Política Nacional de Saúde da
Pessoa Idosa (PNSPI), originada em 2006, aponta que as intervenções de saúde
voltadas à pessoa idosa sejam de forma multidisciplinar e multidimensional, pede-se
que sejam observados os fatores físicos, psicológicos, espirituais, sociais e
ambientais que influenciam na saúde e bem estar do indivíduo. Em suma, Pollo e
Assis (2008) afirmam que em 2005 passa a vigorar a Resolução da Diretoria
Colegiada, RDC nº 283, que discorre que, no decorrer do tempo, a instituição tem
sido obrigada a se adequar a legislação, passando de assistencialismo para
prestação de serviços adequando-os aos direitos da pessoa idosa.
A dificuldade financeira e a ausência de moradia têm sido o principal motivo
para a procura destas instituições (Camarano; Kanso, 2020). De acordo com Pollo e
Assis (2008), as crises familiares são também um dos pontos que levam a família,
ou até mesmo os idosos, por vontade própria, a procurar as ILPI. Para os autores,
as críticas da sociedade e dos profissionais que trabalham com a demanda do
envelhecimento às famílias que colocam seus idosos nestes institutos, não
contribuem para a resolução da problemática. Eles descrevem que é preciso uma
aproximação do Estado, no contexto de orientação à estas famílias, para que
possam bem atender estes idosos.

2.3. Atuação dos psicólogos nas Instituições de Longa Permanência para


Idosos

Até a década de 1940, as pesquisas estavam centralizadas na Psicologia da


infância e da adolescência e somente a partir da década de 1950 é que a ciência
que estuda a velhice (Gerontologia) passa a ser um objeto de atenção e a Psicologia
do Desenvolvimento passa a considerar a velhice como fase importante na vida de
um individuo. Santos, Andrade e Bueno (2009) afirmam que, devido à complexidade
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da vida, o envelhecimento é uma das etapas mais temidas pela própria pessoa e por
aqueles que convivem com ela. Assim, não é incomum a existência de um grande
quantitativo de idosos em ILPI. Na maioria das vezes a transição desses idosos para
as ILPI causa grandes impactos emocionais e na saúde desse sujeito. Para que haja
um atendimento funcional e adequado para os indivíduos que residem nestes
institutos, é necessário que haja a atuação de uma equipe multidisciplinar, com
diversos profissionais capazes de auxiliar e atender a todos. Para isto, as equipes
tendem a ser compostas por enfermeiros, médico, nutricionista, psicólogo, assistente
social, fisioterapeuta, educador físico, cuidadores e responsáveis pelos serviços
gerais (Silva; Santos, 2010). Deste modo, é notório que a presença de um psicólogo
é imprescindível para o cuidado dos idosos nas ILPI, pois estes profissionais podem
atuar de diversas formas promovendo qualidade de vida.
A presença de psicólogos nas ILPI podem propiciar melhores condições,
como autonomia, independência e até mesmo aumento na autoestima dos idosos
que residem nestes locais. Evidências científicas corroboram com o argumento de
que fatores modificáveis interferem no processo de envelhecimento e podem
intensificar ou amenizar os efeitos adversos decorrentes do passar dos anos. Sendo
assim, compreende-se que a atuação do psicólogo nas ILPI também é de promover
atividades e psicoterapia grupal e individual, contribuindo no controle emocional,
com o objetivo de conscientizar esse idoso sobre o processo do envelhecimento,
para que este possa sentir-se capaz de cuidar de si e dos outros, dentro dos limites
físicos e psíquicos (Peskind et al., 2014; Barton, 2014; Barton, 2013). Depp e Jeste
(2006) sugerem que pesquisas futuras no campo do envelhecimento devem focar
em aspectos como resiliência, otimismo e satisfação com a vida, que são
importantes para o bem-estar cognitivo e psicológico dos idosos.
Oliveira et al. (2021) destacam que a atuação do psicólogo não se limita
apenas aos idosos residentes em ILPI, mas também abrange seus familiares,
facilitando um bom relacionamento entre a família e o idoso institucionalizado, visto
que estes podem se sentir abandonados ao serem deixados na instituição.
Destarte, a Psicologia não se delimita aos residentes e seus familiares. Isto
porque também cabe ao psicólogo realizar trabalho com os demais funcionários das
ILPI, buscando incentivar a interdisciplinaridade e até mesmo oferecendo suporte
emocional aos mesmos, bem como a autonomia. Logo, o papel do psicólogo dentro
das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários
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grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos


indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da
organização. As atividades exercidas dentro desse papel, que são fundamentadas
em técnicas e instrumentos da Psicologia e relacionadas à díade homem & trabalho,
podem trazer desenvolvimento para a empresa, o trabalhador e a sociedade
(Orlandini, 2008). Por fim, é límpida a importância dos profissionais de psicologia
onde desempenham um papel crucial no ambiente das instituições de longa
permanência para idosos, enriquecendo significativamente tanto a vida dos idosos
residentes quanto o trabalho das equipes multidisciplinares. Eles oferecem suporte
emocional e psicológico essencial, contribuindo para um ambiente mais harmonioso
e eficiente, melhorando a qualidade de vida dos idosos e facilitando a colaboração
interdisciplinar entre os profissionais de saúde.

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa trata-se de uma revisão integrativa, realizada através de


artigos científicos publicados, tem abordagem descritiva e foi realizado o
levantamento de dados atualizados, buscando a compreensão e reflexão sobre a
atuação do Psicólogo nas Instituições de Longa Permanência.
Foram utilizadas como base de dados PePSIC, SCIELO, BVS: LILACS. As
buscas foram direcionadas pelos descritores: envelhecimento, psicologia,
gerontologia, Instituição de Longa Permanência, conforme os descritores em
ciências da saúde (DESCs). Os descritores foram combinados com os operadores
boleanos AND e OR, através da seguinte estratégia de busca: Instituição de Longa
Permanência AND psicologia; Envelhecimento AND psicologia; Instituição de Longa
Permanência AND envelhecimento AND psicologia; Instituição de Longa
Permanência OR gerontologia AND psicologia; Instituição de Longa Permanência
AND envelhecimento.
Como critérios de inclusão, foram considerados estudos em português,
publicados nos últimos 20 anos (2003 a 2023). Foram excluídos artigos duplicados
nas bases de dados selecionadas e que fugiram do tema.
A metodologia empregada foi a análise de conteúdo, que é entendida como
um agrupamento de técnicas analíticas aplicadas a comunicações. Bardin (2010),
descreve a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas para analisar a
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comunicação que utiliza procedimentos sistemáticos e uma descrição objetiva do


conteúdo das mensagens. Esses indicadores facilitam a dedução de conhecimentos
sobre as condições em que as mensagens foram produzidas ou recebidas.
Inicialmente foram analisados os títulos dos artigos e identificados os que
poderiam ser selecionados. Sequencialmente os mesmos tiveram seus resumos
avaliados e foram excluídos os que não correspondiam ao tema de interesse. Após
essa etapa, os estudos selecionados foram lidos na íntegra e reavaliados seguindo o
pressuposto da questão temática.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa inicial nas várias bases de dados identificou 58 artigos. Deste


total, 13 foram removidos por serem duplicatas. Uma análise mais detalhada dos
resumos resultou na exclusão de outros 23 artigos, que não se alinhavam com o
tema central da pesquisa. Dos 22 artigos restantes avaliados integralmente, foram
descartados por não atenderem à questão orientadora do estudo. Uma avaliação
subsequente da qualidade dos estudos levou à exclusão de mais 8 artigos.

Quadro 1. Apresentação dos artigos selecionados


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AUTORES TÍTULO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS

ANO DA PERÍODICO
PUBLICAÇÃO PUBLICADO

TEXTO 01 Promoção de saúde Compreender o papel que Caráter qualitativo, O presente estudo indicou que atividades
de idosos residentes atividades dialógicas assumem pautou-se na análise dialógicas, organizadas a partir do enfoque da
Massi, G., em instituições de na promoção da saúde de dialógica do discurso promoção de saúde, proporcionaram bem-
Carvalho, T. P. longa permanência: idosos institucionalizados. estar e interação entre residentes de duas
de, Paisca, A., uma pesquisa AMOSTRA - 14 ILPI, situadas no Sul do Brasil, colaborando
Guarinello, A. dialógica. residentes de duas ILPI, para que enfrentassem a rotina da vida
C., Hey, A. P., situadas no Sul do Brasil. institucionalizada.
Berberian, A. P., REVISTA Saúde e
& Tonocchi, R. Pesquisa

2020

TEXTO 02 A relevância da Discutir, a partir de uma revisão Revisão de literatura. O psicólogo tem como função promover um
atuação do psicólogo bibliográfica, a importância da olhar mais criterioso para o idoso, inclusive
Sobral, A. L. O., em Instituição de atuação do psicólogo para uma com a proposta de incentivar a reflexão da
Guimarães, A. Longa Permanência melhor qualidade de vida do sociedade sobre o que é ser idoso e de atuar
D. O., & Souza, para Idoso (ILPI). idoso institucionalizado. como ponte entre a família e o idoso, para que
F. F. de... a primeira possa perceber o idoso além de
Revista Kairós suas limitações, ao fortalecer ou resgatar
2018 Gerontologia vínculos familiares, convidando todos a uma
convivência comunitária, um estímulo social
necessário ao desenvolvimento do ser
humano.
TEXTO 03 Instituições de longa Identificar as contribuições da Revisão integrativa, que Conclui-se que a maioria das instituições de
permanência para psicologia nas instituições de se presta a sumarizar e longa permanência para idosos não dão
Aldenice de idosos (ILPI): longa permanência para idosos sintetizar conhecimentos ênfase aos aspectos psicológicos deles, nem
Lima Silva; contribuições da (ILPI) através de uma revisão acumulados, com vistas a priorizam a qualidade de vida desse idoso.
Alana Silveira psicologia do integrativa. inter-relacionar seus Grande parte das pesquisas colocam o lidar
Santos; Liegyles envelhecimento resultados para que um com as demandas psicológicas das ILPI a
Araújo Sousa; novo conhecimento seja cargo do enfermeiro, o que pode ser explicado
Clara Viviane REVISTA ANAIS V produzido. pelo fato de muitos estudos sobre ILPI virem
Claudino CIEH sendo feitos por pesquisadores da área de
Henriques; enfermagem.
Aponira Maria
14

de Farias

2017

TEXTO 04 Declínio cognitivo em Investigar, na literatura, a O estudo refere-se a uma O prejuízo cognitivo em idosos
Josiane idosos presença de déficit cognitivo em revisão de literatura. institucionalizados é elevado, quando
Teresinha institucionalizados: pacientes institucionalizados, comparado a idosos da comunidade. Alguns
Bertoldi, Ana revisão de literatura. avaliados através do Mini- estudos justificam estas diferenças pelo baixo
Camila Batista, exame do estado mental nível de escolaridade, a idade avançada, o
Samanta REVISTA DO (MEEM). gênero, a falta de atividade física e o
Ruzanowsky DEPARTAMENTO isolamento social, sugerindo que a
DE EDUCAÇÃO institucionalização é um fator relevante no
FÍSICA E SAÚDE declínio intelectual. No entanto, destacamos
2015 que outras variáveis podem interferir nestes
resultados e merecem maior investigação.
Fonte: Elaborada pelas autoras (2023)

Os resultados do presente trabalho ressaltam a importância e a eficácia das atividades dialógicas e de promoção de saúde
no contexto de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), com foco específico no papel do psicólogo. A análise dos
relatos dos artigos científicos revisados revelou que:
15

4.1. Bem-estar e interação social

O estudo em questão do Quadro 1, Texto 1, revelou características importantes


sobre a população idosa em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI).
Foi observado que a maioria dos participantes eram mulheres com baixa
escolaridade, refletindo um padrão encontrado em outras pesquisas no Sudeste do
Brasil (Soares, 2012; Rosa et al., 2020). Essa característica destaca a feminização
da velhice e as limitações históricas no acesso das mulheres à educação formal
(Massi et al., 2020).
Importante ressaltar que as atividades dialógicas, focadas na promoção da
saúde, mostraram-se benéficas para o bem-estar dos idosos, gerando maior
animação e valorização pessoal. Tais atividades promovem a interação social,
quebrando a rotina monótona das ILPI, e corroboram com estudos anteriores que
enfatizam a importância de uma abordagem holística na promoção da saúde dos
idosos (Massi et al., 2020).
Além disso, o estudo destacou a necessidade das ILPI em promover um
ambiente enriquecedor para os idosos, investindo nas interações sociais e
reconhecendo a dignidade e o valor individual de cada residente. Isso é crucial para
melhorar a qualidade de vida e apoiar um envelhecimento ativo e saudável (Massi et
al., 2020).
No estudo mostra a importância das estratégias dialógicas e interacionais na
promoção da saúde e bem-estar dos idosos em ILPI. Estas estratégias são
essenciais para uma abordagem mais holística que abrange aspectos físicos, sociais
e psicológicos no cuidado aos idosos, conforme sugerido por Massi et al. (2010) em
suas pesquisas sobre práticas de letramento no processo de envelhecimento.
A seguir, apresenta-se uma tabela que sumariza os resultados observados,
evidenciando como as atividades dialógicas contribuíram para a promoção de um
ambiente saudável e para o desenvolvimento de relações sociais mais ricas entre os
idosos residentes.

Quadro 2. Resultados dos estudos acerca do bem-estar e interação social

INDICADOR DESCRIÇÃO RESULTADOS OBSERVADOS


Atividades Dialógicas Sessões de diálogo e Melhora significativa no bem-estar
comunicação entre idosos emocional e psicológico
Interação Social Qualidade das interações Aumento na frequência e positividade
16

entre residentes das interações sociais


Adaptação à Vida Avaliação do processo de Evidências de uma adaptação mais
Institucional adaptação dos idosos à ILPI suave e positiva à rotina
institucionalizada
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023)

A eficácia das intervenções nas ILPI que utilizam a comunicação e o diálogo


como ferramentas terapêuticas é claramente indicada pelos resultados da tabela.
Estas atividades dialógicas mostram-se eficazes na melhoria da qualidade de vida
dos idosos, destacando que as estratégias de saúde mental e emocional são
fundamentais e devem ser valorizadas tanto quanto os cuidados físicos. A
implementação dessas práticas dialógicas em outras instituições pode enriquecer os
programas de cuidado aos idosos, promovendo uma visão mais holística e
humanizada da saúde.
Sendo assim, traçando um paralelo com os objetivos das instituições para
pessoas idosas, de acordo com a ANVISA, as ILPI como instituições residenciais,
sejam elas governamentais ou não, devem oferecer, não apenas moradia,
alimentação e cuidados, mas deve propiciar um ambiente que respeita a liberdade,
dignidade e cidadania destes. Destarte, as ILPI têm como propósito oferecer
cuidados integrais aos idosos, com o objetivo de assegurar seus direitos e promover
cuidados que reduzam riscos, contribuindo assim para uma melhor qualidade de
vida e bem-estar dos residentes idosos.

4.2. Percepção da Atuação do Psicólogo

A atuação do psicólogo em Instituições de Longa Permanência para Idosos


(ILPI) é multifacetada e essencial. O trabalho envolve psicoterapia tanto em grupo
quanto individual, focando no bem-estar emocional do idoso. O objetivo principal é
promover a conscientização sobre o envelhecimento, permitindo que os idosos se
sintam capazes de se cuidar e de cuidar dos outros, respeitando seus limites. As
atividades grupais abordam questões psicossociais, estimulam capacidades
cognitivas e promovem socialização, segundo Sobral e Souza (2018).
Este estudo de Sobral, Guimarães e Souza (2018), localizado no Quadro 1,
Texto 02, focou na importância da atuação do psicólogo em Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPI), abordando a relevância do olhar humanizado para
17

o idoso institucionalizado. A pesquisa bibliográfica destacou os principais quadros


psicopatológicos que podem surgir na institucionalização, enfatizando a necessidade
de um atendimento psicológico que considere a singularidade de cada idoso.
Um ponto crucial abordado é a depressão nos idosos, uma condição
frequentemente associada a elementos como predisposição genética, perdas, luto,
abandono e doenças. A depressão é bastante prevalente em idosos, com 22% dos
idosos hospitalizados ou institucionalizados sofrendo com essa condição (Moura,
2013). Este estado depressivo pode evoluir para demência, outra síndrome
geriátrica significativa, sendo reconhecida como um fator de risco para a demência
(Meleiro, 2016).
Bertoldi, Batista e Ruzanowsky (2015) destacaram que várias condições
podem influenciar o declínio cognitivo em idosos institucionalizados, incluindo fatores
como baixa escolaridade e falta de atividades físicas, afetando negativamente a
qualidade de vida dos idosos. Figueiredo e Moser (2013) ressaltam que o
envelhecimento começa a ser visto como um problema quando os idosos adotam
uma visão negativa de si mesmos, sentindo-se deslocados da sociedade e perdendo
o sentido de sua existência.
Trindade et al. (2017) observaram que os idosos institucionalizados tendem a
ter um menor desempenho cognitivo, habilidades funcionais comprometidas e maior
incidência de depressão, em comparação com aqueles que vivem na comunidade e
participam de atividades
Os resultados apontam para uma percepção unânime da importância do
trabalho psicológico na promoção da saúde mental dos residentes. A ausência de
aspectos negativos na avaliação desse trabalho reforça a ideia de que a presença e
intervenção do psicólogo são essenciais para o bem-estar dos idosos
institucionalizados. As contribuições mais destacadas incluem a prevenção, o
diagnóstico e o tratamento de questões psicológicas, sugerindo que a atuação deste
profissional vai além do suporte emocional, alcançando um papel vital na
manutenção da saúde mental e na qualidade de vida dos idosos. A seguir, é
apresentada uma tabela que resume a percepção dos idosos sobre a atuação do
psicólogo nas ILPI.

Quadro 3. Resultados dos estudos acerca da percepção da atuação do psicólogo

ASPECTO AVALIADO DESCRIÇÃO FEEDBACK DOS IDOSOS


18

Relevância do Trabalho Importância do psicólogo Unanimidade na percepção da


Psicológico para a saúde mental importância
Prevenção Ações para prevenir Altamente valorizado pelos idosos
problemas psicológicos
Diagnóstico Capacidade de identificar Considerado essencial para o
questões psicológicas cuidado adequado
Fonte: Elaborado pelas autoras (2023)

A tabela referida mostra que os idosos reconhecem e valorizam a atuação do


psicólogo nas ILPI (Instituições de Longa Permanência para Idosos), evidenciando
uma visão positiva que serve como fundamento para a continuidade e o
desenvolvimento dos serviços psicológicos. No contexto atual de envelhecimento da
população, a atuação dos psicólogos em Instituições de Longa Permanência para
Idosos (ILPI) torna-se cada vez mais essencial.
Barbosa, Noronha, Camargos e Machado (2019) destacam a importância da
inclusão e integração social dos idosos institucionalizados, enfrentando desafios
como a dificuldade de comunicação, isolamento e abandono. Este cenário é
agravado pela representação negativa dessas instituições, marcadas por caridade e
exclusão, como apontam Bentes, Pedroso e Maciel (2012), ressaltando a
necessidade de uma mudança na identidade e percepção desses espaços.
Em contrapartida, Furlan e Alvarez (2017) enfatizam a necessidade de os
psicólogos desenvolverem intervenções que estimulem a memória, a linguagem, a
autoestima e a orientação espaço-temporal dos idosos, desde o início das
intervenções.
Além do atendimento direto, Côrrea et al. (2012) detalham as
responsabilidades do psicólogo nas ILPI, que incluem pesquisa, abordagem de
alterações emocionais e cognitivas, intervenções individuais e grupais, suporte à
equipe de cuidadores, e promoção de um ambiente social saudável. Eles também
assumem funções administrativas e operacionais, como gerenciamento de
admissões, entrevistas com novos residentes, monitoramento do progresso dos
idosos e estabelecimento de colaborações com outras entidades de saúde. Essas
funções são cruciais para integrar o idoso na comunidade da ILPI e garantir uma
qualidade de vida durante o envelhecimento.
19

4.3. Impacto da Psicologia do Envelhecimento nas Instituições de Longa


Permanência para Idosos (ILPI)

A análise dos estudos do Texto 3, Quadro 1, Segundo Silva et al (2017), a


região Nordeste do Brasil concentra a maior parte das pesquisas sobre Instituições
de Longa Permanência para Idosos (ILPI), representando 35% do total, seguida pela
região Sul com 24,3%. Notavelmente, a região Norte não foi objeto de estudo em
nenhum dos documentos analisados .
No que se refere à natureza jurídica das ILPI, Silva et al (2017) diz que, a
maioria dos estudos (56,8%) focou em instituições filantrópicas. Além disso, foi
observado que categorias como 'Capacidade Funcional' e 'Família dos Idosos
Institucionalizados' foram as mais recorrentes nos artigos analisados. Essas
categorias estão diretamente relacionadas à autonomia e independência dos idosos,
bem como ao impacto da institucionalização em seu bem-estar psicológico e
cognitivo
Estudos indicam que a autonomia dos idosos em ILPI é frequentemente
comprometida, o que pode levar ao surgimento de sentimentos negativos como
solidão e melancolia, potencialmente desencadeando depressão e contribuindo para
a perda da capacidade cognitiva (Rissardo et al., 2012; Alencar et al., 2012). Outro
aspecto importante é o padrão de sono prejudicado entre os idosos
institucionalizados, que contribui para problemas cognitivos e psicológicos
(Mansano-Schlosser et al., 2014; Santos et al., 2012).
A pesquisa também ressaltou a importância do cuidado integral aos idosos
asilados, destacando a necessidade de equipes multidisciplinares bem capacitadas,
incluindo especialistas em gerontologia e geriatria, para garantir um atendimento que
respeite a autonomia e as necessidades individuais de cada idoso (Salcher et al.,
2015; Cardoso et al., 2014). Contudo, foi observado que, apesar da importância da
equipe multidisciplinar, o papel do psicólogo nas ILPI ainda não é claramente
definido em muitos estudos, com algumas pesquisas atribuindo funções psicológicas
aos enfermeiros (Borges et al., 2015).
Em conclusão, esta revisão bibliográfica evidencia a necessidade de uma
abordagem mais integrada e especializada no cuidado aos idosos em ILPI,
enfatizando a importância do papel da psicologia na manutenção da qualidade de
20

vida e bem-estar dos idosos institucionalizados. Além disso, destaca-se a carência


de publicações específicas na área da psicologia sobre o tema, apontando para a
necessidade de mais pesquisas focadas nas contribuições que a psicologia pode
oferecer às ILPI (SILVA et al, 2017).

4.4. Prejuízo Cognitivo

O estudo do declínio cognitivo em idosos institucionalizados, conforme revisão


bibliográfica, mencionado no Quadro 1, Texto 4, Texto revela aspectos críticos desta
condição. Esta revisão, englobou um total de 432 pacientes idosos entre 60 e 104
anos, utilizou o protocolo MEEM no rastreamento cognitivo. Os resultados
demonstram um desempenho cognitivo inferior nos idosos institucionalizados em
comparação com seus pares na comunidade, sugerindo que a institucionalização
pode agravar o declínio cognitivo.
De acordo com Bertoldi, Batista e Ruzanowsky (2022), os fatores de risco
como baixo nível de escolaridade e idade avançada mostraram-se significativos para
o comprometimento cognitivo e déficits funcionais. Em particular, cerca de 60% dos
idosos institucionalizados exibiram alterações cognitivas, sendo esta prevalência
ainda mais acentuada em indivíduos com faixas etárias mais elevadas .
Além disso, o perfil cognitivo dos idosos em Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPI) foi caracterizado por sinais de possível demência,
depressão e tendência à ansiedade. Segundo Bertoldi, Batista e Ruzanowsky
(2022), a pesquisa evidenciou que, apesar da alta prevalência de déficit cognitivo,
não foram encontradas alterações psicopatológicas da personalidade ou transtornos
depressivos significativos. Interessantemente, a perda cognitiva foi mais prevalente
em mulheres, especialmente naquelas com idades mais avançadas e com baixo
nível de escolaridade.
As considerações finais do estudo apontam para a relevância do prejuízo
cognitivo em idosos institucionalizados, destacando a internação em ILPI como um
fator contribuinte para o declínio das funções mentais. Além de variáveis como
idade, escolaridade, gênero, falta de atividades físicas e isolamento social, destaca-
se a necessidade de investigar outras variáveis, como os déficits cognitivos pré-
existentes, para uma compreensão mais completa dos fatores que influenciam o
21

declínio cognitivo em idosos institucionalizados.


A análise meticulosa dos artigos científicos sugere que o prejuízo cognitivo se
apresenta com maior intensidade entre idosos que residem em Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPI), quando comparados àqueles que vivem na
comunidade.
Ferreira et al. (2014) observaram que 30% dos idosos em ILPI apresentavam
perda cognitiva, sendo mais prevalente em mulheres, reiterando a necessidade de
considerar as diferenças de gênero ao abordar o declínio cognitivo nesta população.
Essas pesquisas coletivamente ressaltam a necessidade de abordagens
holísticas e multidimensionais para entender e tratar o declínio cognitivo em idosos
institucionalizados, considerando uma gama de fatores inter-relacionados.
22

5 CONCLUSÃO

O presente trabalho de conclusão de curso, através de uma revisão


integrativa da literatura, discutiu atuação do psicólogo em Instituições de Longa
Permanência para Idosos (ILPI), com o intuito de abordar a relevância e os desafios
dessa prática profissional. A análise de diversas pesquisas revelou que as atividades
dialógicas com foco na promoção da saúde mental proporcionam bem-estar
significativo aos residentes dessas instituições, reforçando a necessidade de uma
atuação psicológica mais ativa e presente.
A pesquisa ressaltou a percepção positiva dos idosos quanto à presença e ao
trabalho do psicólogo, indicando a relevância de sua função não apenas no
diagnóstico e tratamento, mas também na prevenção de transtornos mentais e na
promoção da qualidade de vida. Ainda, foi possível identificar o prejuízo cognitivo
como uma condição prevalente entre os idosos institucionalizados, demandando
uma atenção especializada para a criação de estratégias de intervenção eficazes.
Portanto, conclui-se que a inserção do psicólogo nas ILPI é fundamental para
o enfrentamento das complexidades do envelhecimento, sendo imprescindível a
valorização deste profissional e a ampliação de seu espaço de atuação. Espera-se
que este estudo contribua para a reflexão sobre as práticas atuais e inspire
transformações que promovam uma assistência integral e humanizada aos idosos,
garantindo-lhes não apenas uma longevidade, mas uma vida com dignidade e
qualidade.

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