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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ – SEDUC

COORDENADORIA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO -


CREDE 19
E.E.M.T.I. PRESIDENTE GEISEL – POLIVALENTE
NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICA SOCIAIS
PROFESSORA: PAULA CRISTINA RODRIGUES
2°ANO “D”

PERCEPÇÃO DA SOCIEDADE SOBRE O BEM-ESTAR DE IDOSOS EM


ABRIGO DA COMUNIDADE

AISHA SOUSA PONTES


ANA CLARA BARRETO DO NASCIMENTO
DAVI RAEL ZACARIAS FERREIRA
EVELYN LARA DE SOUSA DA SILVA
FRANCISCO CANDIDO DOS SANTOS FILHO
JOÃO EMERSON PINHEIRO NUNES
SARAH CAETANO RIBEIRO
SINTHIA ÉRIKA DA SILVA ALVES
VITÓRIA STHEFANY XAVIER DE BRITO

JUAZEIRO DO NORTE – CE
2018
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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO CEARÁ – SEDUC


COORDENADORIA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO -
CREDE 19
E.E.M.T.I. PRESIDENTE GEISEL – POLIVALENTE
NÚCLEO DE TRABALHO, PESQUISA E PRÁTICA SOCIAIS
PROFESSORA: PAULA CRISTINA RODRIGUES
2°ANO “D”

Tema Geral: COMUNIDADE


Macro Campo: SOCIAL
Professor orientador: Dieferson Leandro de Souza

PERCEPÇÃO DA SOCIEDADE SOBRE O BEM-ESTAR DE IDOSOS EM


ABRIGO DA COMUNIDADE

AISHA SOUSA PONTES


ANA CLARA BARRETO DO NASCIMENTO
DAVI RAEL ZACARIAS FERREIRA
EVELYN LARA DE SOUSA DA SILVA
FRANCISCO CANDIDO DOS SANTOS FILHO
JOÃO EMERSON PINHEIRO NUNES
SARAH CAETANO RIBEIRO
SINTHIA ÉRIKA DA SILVA ALVES
VITÓRIA STHEFANY XAVIER DE BRITO

JUAZEIRO DO NORTE – CE
2018
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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, fonte de inspiração para seguir nosso


caminho, concedendo paciência e oportunidade para nossa jornada.
Ao nosso orientador, pela dedicação, esforços, comprometimento e
paciência. A professora Paula Cristina pela orientação e trabalho desenvolvido
ao longo da disciplina.
A todas as pessoas, que de forma direta ou indiretamente, fizeram parte
desse estudo. Nossos sinceros agradecimentos.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 4
2. JUSTIFICATIVA.............................................................................................. 5
3. OBJETIVOS.................................................................................................... 6
3.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................6
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................6
4. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 7
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................9
6. CONCLUSÃO................................................................................................12
7. REFERÊNCIAS.............................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

O envelhecer da população representa um dos maiores êxitos dos


humanos e ao mesmo tempo, um grande desafio, causando necessidades
sociais e econômicas, sendo considerados idosos indivíduos com 65 anos ou
mais.
Nas últimas décadas, a ciência tem realizado um trabalho considerável
para a melhoria da saúde física e mental da população. Especialistas
avançaram na investigação de diversas doenças, encontrando tratamentos
eficazes para algumas e cura para outras. Embora haja muito por descobrir, a
expectativa de vida aumentou significativamente no último século. Com o
aumento da população idosa, o governo e a sociedade buscam diariamente
novas formas para lidar com os idosos.
O processo do envelhecimento é bastante complexo, principalmente
quando se trata das diversas mudanças que ocorrem nessa fase, como por
exemplo, a aparência física, o papel social e os comportamentos. Ao decorrer
da velhice, muitos são privados da saúde física e mental, e acabam residindo
em abrigos, vivendo em abandono afetivo, sobretudo por partes de seus
familiares. Muitos abrigos são mantidos através de doações, em especial de
alimentos, fraudas e medicamentos.
O abrigo em estudo é o de Nossa Senhora das Dores, fundado em
janeiro de 1956, por João Batista de Menezes Barbosa, prestando acolhimento
aos idosos. Passado de pai para filho, o desejo de cuidar dessas pessoas
permanece e hoje o abrigo é administrado pelo filho do fundador, Dr. Walter
Barbosa. Tendo em vista todos os pontos apontados sobre os idosos, a
pergunta norteadora é: Como a comunidade pode contribuir para a melhoria do
bem-estar dos idosos?
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2. JUSTIFICATIVA

Com base em Joia, Ruiz e Donalisio (2007), o aumento da expectativa


de vida da população reforça a importância em assegurar a esses indivíduos,
não apenas maior longevidade, mas qualidade de vida, associada ao bem-
estar e satisfação pessoal.
O bem-estar dos idosos interliga-se a sua saúde comportamental,
existindo diversos fatores que lhe permitem viver e aceitar de forma negativa
ou positiva a sua condição de vida, com o meio interno/externo, a qualidade de
vida percebida e a competência comportamental.
De acordo com o Art.3°, do Estatuto do Idoso (2003), é um compromisso
coletivo assegurado ao idoso, a “efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária”. Refletindo então, que o idoso apresenta diversos direitos e,
mesmo diante de tudo que é destinado aos mesmos, sabe-se que muito pouco
ainda lhe é oferecido.
De acordo com esses pressupostos percebe-se que são escassas as
políticas publicas voltadas as inserções dos mesmos, no meio social, esportivo
e cultural, despertando assim, o interesse em analisar como a sociedade
percebe ações que envolvem o bem-estar para idosos, em espaços de abrigos
que estão inseridos.
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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL


 Analisar como a comunidade compreende o abrigo e suas contribuições
para o bem-estar.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Identificar fatores que colaboram para o bem-estar de idosos;
 Reconhecer colaborações e ações da população local, sobre a
promoção ao bem-estar em abrigos para idosos;
 Verificar a ocorrência de visitas, pelos entrevistados, ao abrigo em
análise.
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4. DESENVOLVIMENTO

Ao envelhecer, boa parte dos idosos inevitavelmente acabam perdendo


as suas idoneidades funcionais, dificultando assim a execução de várias
tarefas no dia a dia. Ao aumentar a idade cronológica, as pessoas se tornam
menos ativas e suas capacidades físicas diminuem. Cabe acrescentar que é
importante distinguir os “efeitos da idade” de patologia, pois algumas pessoas
mostram um declínio em suas capacidades cognitivas precocemente, enquanto
outras vivem saudáveis com 80 anos e até mesmo, a idades superiores.
Conforme Spirduso (1995):

Essas alterações nos domínios biopsicossociais põem em risco a


qualidade de vida do idosos, por limitar a sua capacidade para
realizar, com vigor, as suas atividades do cotidiano e colocar em
maior vulnerabilidade a sua saúde.

A qualidade de vida resulta da percepção do indivíduo de sua posição na


vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que ele vive, e em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Nessa
definição, fica implícito que “o conceito de qualidade de vida é subjetivo,
multidimensional e inclui elementos de avaliação tanto positivos quanto
negativos.” (FLECK; COLABORADORES, 1999).
Neri (2008) destaca:

“A velhice é a última fase do ciclo de vida e é delimitada por eventos


de natureza múltipla, incluindo, por exemplo, perdas locomotoras,
afastamento social, restrição dos papéis sociais e especialização
cognitiva. O envelhecimento é o processo de mudanças universais
pautado geneticamente para espécie e cada indivíduo, que se traduz
em diminuição da plasticidade comportamental, em aumento da
vulnerabilidade, em acumulação de perdas evolutivas e no aumento
da probabilidade de morte. O ritmo, a duração e os efeitos desse
processo comportam diferenças individuais e de grupos etários,
dependentes de eventos de natureza genético-biológica e
psicológica.”

A velhice caracteriza-se como a última fase do ciclo vital do ser humano,


é nessa fase que o indivíduo cotidianamente vê-se, de certa forma, obrigado a
lidar com perdas, apresenta um declínio gradual de suas funções e torna-se
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cada vez mais vulnerável a doenças, complicações físicas e psicológicas que


relacionam-se às suas individualidades e vivências.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O questionário desenvolvido pela equipe para adquirir conhecimento


sobre a percepção da comunidade acerca dessa temática foi aplicado em dois
momentos: primeiro com 18 adultos e, posteriormente, com 18 adolescentes,
totalizando 36 entrevistados. Os integrantes da equipe dividiram-se para uma
coleta de dados mais eficaz, tendo em vista que os adolescentes que
contribuíram com essa pesquisa estudam numa instituição do bairro no qual o
abrigo está inserido e os adultos trabalham em comércios próximos ao local
que esse projeto de pesquisa está sendo desenvolvido.

VOCÊ JÁ VISITOU O ABRIGO NOSSA SENHORA DAS DORES?

13

1
SIM NÃO
ADOLESCENTE 3 15
ADULTO 10 8

A primeira pergunta do questionário teve o objetivo de identificar se o


entrevistado já havia visitado o abrigo de sua comunidade. A partir dos dados
colhidos, pode-se concluir que 23 dos entrevistados nunca visitou o abrigo
Nossa Senhora das Dores, trazendo à tona a necessidade de demonstrar aos
mesmos a importância das visitas aos idosos, contribuindo para a melhoria do
bem-estar dos mesmos. Pode-se levar em consideração que os adultos
compõem o maior percentual dos que visitaram, sendo pertinente destacar que
durante o momento de conversa, afirmaram ter realizado ao menos duas visitas
ao local.
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VOCÊ JÁ OFERECEU ALGUMA CONTRIBUIÇÃO PARA A


MELHORIA DO BEM-ESTAR DOS IDOSOS DA INSTITUIÇÃO?

11
9
7
5
3
1
SIM NÃO
ADOLESCENTE 6 12
ADULTO 7 11

O segundo item do questionário, verificou a contribuição para a melhoria


dos idosos, percebendo que o número de adolescentes e adultos que
contribuíram representa um percentual próximo, mas abaixo do esperado.
Considerando que os indivíduos ao fazerem uma visita, que eles possam
cooperar, mesmo que de maneira simples, com o bem-estar de quem lá reside.
Portanto é significativo discutir esse tema com a comunidade, incentivando a
participação da mesma para o avanço da qualidade de vida das pessoas com
idade avançada. Um dos possíveis motivos para que essas pessoas não
contribuam para a melhoria do bem-estar dos mesmos é a ausência do
conhecimento sobre a importância dessa prática.
De acordo com uma pesquisa realizada por TELLES e PETRILLI (2002),
os principais motivos da admissão de idosos em asilos dizem respeito à falta
de respaldo familiar correlacionado a dificuldades financeiras, distúrbios de
comportamento, e precariedade nas condições de saúde. Desta forma, faz-se
necessário discutir com a sociedade as causas que levam os idosos a deixar
seus lares e familiares, fazendo com que busquem a companhia e o cuidado
dos outros para camuflar sua realidade.
Assim, o item três questionava ao participante, se o mesmo possuía
algum familiar ou conhecido em casa de idosos, demostrando que 92% dos
entrevistados não possuem familiares ou conhecidos em abrigos. É importante
esclarecer, que dois adultos, dos três que disseram sim, afirmaram que os
idosos que eles conhecem, já residiam no abrigo quando se conheceram.
11

TEM ALGUM FAMILIAR OU CONHECIDO


QUE RESIDE NA CASA DE IDOSOS?

17

13

1
SIM NÃO
ADOLESCENTE 0 18
ADULTO 3 15

A última pergunta, em forma subjetiva, identificou fatores que na


percepção dos entrevistados possam contribuir para a melhoria do bem-estar.
Obtendo como principais respostas fatores relacionados à gestão pública, a
gestão do abrigo, ao cuidado com o idoso, momentos de lazer, e outras
situações mesmos citadas, como exemplo, conversas durante a visita,
brincadeiras e descontração. Esses aspectos identificados nos fazem refletir
sobre quais motivos os mesmos procedem desta maneira.

EM SUA OPINIÃO, QUAIS OS FATORES QUE INFLUENCIAM


NA MELHORIA DO BEM-ESTAR DOS IDOSOS?

8.5
6.5
4.5
2.5
0.5
ADOLESCENTE ADULTO
GESTÃO PÚBLICA 0 2
GESTÃO DO ABRIGO 4 5
CUIDADO AO IDOSO 5 10
MOMENTOS DE 5 2
LAZER
OUTROS 2 3
12

6. CONCLUSÃO

Com a aplicação do questionário, adquirimos conhecimento sobre a


percepção das pessoas acerca dos fatores que influenciam o bem-estar dos
idosos e também como as mesmas podem contribuir para a melhoria da
qualidade de vida deles, seja de forma direta ou indireta.

Através dos dados obtidos, é perceptível a omissão dos entrevistados no


que tange a participação para com a melhoria da saúde física e
comportamental dos anciões. Fundamentado nas informações adquiridas,
compreendemos o quanto nosso projeto é importante para a conscientização
da comunidade na qual o abrigo está inserido.

Através deste trabalho, obtivemos experiências que somarão ao nosso


aprendizado, fortalecendo nossas perspectivas acerca dessa temática,
reconhecendo os limites dos idosos e sua importância na sociedade. Ao final
desta pesquisa e de outras já desenvolvidas espera-se que a sociedade possa
mudar pensamentos e ações, contribuindo para um envelhecer parceiro ao
bem-estar.
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7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do


Idoso e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/l10.741.htm>. Acesso em:
11/06/2018.

FLECK M.P.A.; LOUZADA S.; XAVIER M.; CHACHAMOVICH E.; VIEIRA G.;,
SANTOS L.; Aplicação da versão em português do instrumento de
avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde
(WHOQOL-100). Rev Saúde Pública. 1999; 33(2):198-205.

JOIA, L. C.; RUIZ T. & DONALISIO, M. R. (2007). Condições associadas ao


grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. Revista de
Saúde Pública, p.131-138.

NERI, A. L. Palavras-Chave em gerontologia. São Paulo: Alínea, 2008.

SPIRDUSO W. Physical dimension of aging. Champaign, Illinois: Human


Kinetics, 1995.

TELLES FILHO, P. C. P.; PETRILLI FILHO, J. F. Causas da inserção de


idosos em uma instituição asilar. Escola Anna Nery - Revista de
Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 6, n. 1, p. 135-143, 2002.

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