Você está na página 1de 10

IBMR - CENTRO UNIVERSITÁRIO

CAMPUS BARRA - TURNO DA NOITE


PSICOLOGIA 2022.2

PROJETO DE INTERVENÇÃO – ATIVIDADE PARA IDOSOS


INSTITUCIONALIZADOS

PROFESSOR BRUNO HELIO FERREIRA DE REZENDE

Felipe de Souza Matos Ferreira Gomes - 2020104503


Marcella da Silva Santos Soares - 2020107691
Maria Bethânia Costa - 2020200504
Monique do Rosário Serqueira - 2018200367
Vitória de Souza - 2019100846
Resumo

O presente trabalho tem como proposta compreender os principais problemas no


processo de envelhecimento e garantir uma vida saudável na terceira idade, de
forma que o idoso consiga construir vínculos afetivos no grupo inserido, tenha sua
individualidade respeitada e a conservação dos laços familiares. Com um
cronograma de atividades no decorrer do ano, ativação da memória afetiva através
de oficinas e a inserção da família nesse novo ambiente, buscamos a realização do
sentimento de pertencimento desse indivíduo e assim possibilitando a longevidade e
o bem-estar na melhor idade.

Palavras-chave: Envelhecimento; Família; Pertencimento; Idoso.


Sumário

1 Introdução...................................................................................................1

2 Problema.....................................................................................................1

3 Justificativa..................................................................................................2

4 Objetivos.....................................................................................................2

4.1 Objetivo geral................................................................................2

4.2 Objetivos específicos....................................................................2

5 Revisão de Literatura..................................................................................3

6 Metodologia.................................................................................................5

7 Cronograma.................................................................................................5

8 Recursos necessários.................................................................................6

9 Resultados esperados.................................................................................6

10 Referências bibliográficas..........................................................................7

11 Anexo.........................................................................................................7
1. Introdução

Tornou-se um desafio econômico para os brasileiros sobreviver mais tempo,


ainda que deveria ser uma boa notícia para todos. Na base da pirâmide, onde se
situam os menos afortunados, começamos a sentir o número crescente de idosos
abandonados pelas famílias. Segundo o IPEA, que realizou um estudo sobre as
condições de funcionamento e infraestrutura das instituições de longa permanência
para idosos, existem mais de 20 milhões de idosos no país, mas existem apenas
218 instituições públicas de longa permanência para idosos.
Atualmente, há um consenso de que o desenvolvimento também ocorre na
velhice com a natureza do processo de mudança, ganho e perda. Isso torna o idoso
e seus processos de envelhecimento mais visíveis e considerados um processo
natural da vida marcado por mudanças psicológicas, físicas e sociais.
Parte da psicologia do envelhecimento é que as pessoas mais velhas se
voltam contra si mesmas. Nesta fase é difícil olhar para fora, formar vínculos,
tendem a ser mais reflexivos. Consequentemente, nossa motivação para a
construção deste projeto foi criar um ambiente motivador para que os idosos
possam manter sua identidade, bem-estar e seu desejo de realizar as atividades
que amam.

2. Problema

A falta de um sentimento de pertencimento na comunidade, da dificuldade em


criar vínculos afetivos, do compartilhamento da rotina com outros internos não
priorizando as questões individuais caracterizados pela falta de conexão com laço
familiar, assim como a ruptura com o mundo externo de forma brusca dificultando a
adesão de idosos às oficinas propostas pela instituição.

1
3. Justificativa

Existem diversos fatores que propiciam a entrada de idosos em lares que são
destinados a esses cuidados durante seus últimos anos de vida. Nosso projeto de
intervenção tem como base o aproveitamento de habilidades e hobbies já adquiridos
antes da inserção deste idoso na instituição. Com isso, nossa intervenção atuará
com o objetivo de promover qualidade de vida para o idoso, a fim de proporcionar
um envelhecimento saudável.

4. Objetivos

4.1. Geral

Analisar as condições e recursos em que os idosos se encontram nos asilos,


bem como a principal pesquisa a Casa dos Famosos, localizada no Rio de Janeiro.

Visando valorizar os saberes e experiências de vida dos mais idosos,


preservar e ressignificar os antigos saberes criados ao longo da vida incorporados
aos modernos.

4.2. Específicos

● Desenvolver atividades para recuperação da identidade do idoso, a


partir de tarefa que faça o resgate das habilidades e hobbies desse
indivíduo.
● Potencializar o relacionamento interpessoal entre os idosos na clínica.
● Estabelecer um projeto de integração de grupo periódico por meio de
dinâmicas para potencializar os relacionamentos afetivos desses
idosos.

2
5. Revisão de Literatura

Como forma de pesquisar a situação de idosos institucionalizados que por


consequência de seus atuais momentos, não enxergam uma independência no seu
viver e uma perda de identidade, o artigo de Elsa Maria da Silva Sousa e Maria
Clara Costa de Oliveira.
Como forma de intervir na realidade dos idosos, atividades práticas voltadas
para o público de idade entre 50 e 85 anos, tanto homens quanto mulheres, tiveram
diferentes áreas temas como informática, educação em saúde e ambiente,
intergeracionalidade e momentos de lazer e aprendizagem.
Aliado a prática das atividades, fez se necessário metodologias que
tornassem a intervenção produtiva e atrativa. E com isso a base da nossa pesquisa
e proposta de intervenção centralizou, uma forma de atrair os idosos a atividades
que pudessem possibilitar esse resgate de identidade e sensação de vida cotidiana,
uma espécie de volta à normalidade que eles tinham antes da velhice, uma vez que
o principal desafio não é definir o modelo de intervenção mas a metodologia
necessária para que essa intervenção se torne atrativa e engaje os idosos inseridos
naquele contexto.
Pesquisando instituições que conversassem com o tema abordado no artigo,
pudemos perceber que diferentes lugares também possuem esse modelo de
intervenção prática, mas que pecam no momento de engajar os idosos a
participarem.
A constante busca pelo envelhecimento ativo, conceito que surge como
forma de classificar a velhice como um processo natural da vida, mas que acontece
permitindo que o idoso tenha autonomia, independência, reconhecimento de
direitos, segurança, dignidade, bem estar e saúde, conversa diretamente com tipos
de intervenção que buscam resgatar esse modelo de vida que um dia esses
indivíduos tiveram, quando ainda podiam fazer suas atividades e responsabilidades,
sem que dependessem de alguém.
Porém, como descrito no artigo de Cristineide Leandro-França e Sheila Giardini
Murta, os problemas encontrados por pessoas que alcançam a velhice esbarram
diretamente na saúde mental, provocando casos inclusive de suicídios, o que
compromete diretamente no engajamento desses idosos em relação às atividades

3
de intervenção propostas nas instituições em que eles estão inseridos, ou até
mesmo em seus núcleos familiares. Além disso, observou-se que os estudos sobre
intervenções que visam a promoção de saúde mental e bem estar aos idosos, são
escassos em relação às outras faixas etárias, o que segundo Leandro-França e
Sheila Giardini Murta, poderia ser um possível preconceito a essa faixa etária, o que
provoca um cenário de desconhecimento em relação a como fazer de forma efetiva
o empoderamento e resgate da independência dos indivíduos institucionalizados.

“Dessa forma, há um crescente reconhecimento de que os programas mais


eficazes na prevenção e promoção da saúde são aqueles que adotam abordagens
abrangentes, como a proposta pelo modelo ecológico, que inclui várias estratégias
de intervenção, visando não só os determinantes individuais de saúde
(comportamento, conhecimentos, habilidades), mas também determinantes sociais
como rede de apoio, comunidade, organizações e políticas públicas (Abreu, 2012;
Jackson et al., 2007). Entretanto, percebe-se que o foco de intervenções de
prevenção à saúde mental da pessoa idosa está centrado, em sua maioria, no
componente individual. Características desse tipo de intervenção são apresentadas,
por exemplo, em estudos de prevenção à depressão (Pot et al., 2008; Korte et al.,
2012) e ao suicídio (Lapierre et al., 2011) em adultos mais velhos e idosos.”
https://www.scielo.br/j/pcp/a/GnQzV9V5t9GBYjwJxVyGYkH/?lang=pt#

Trazendo para a nossa proposta de intervenção, que inclui atividades que


serão realizadas em grupo, o artigo de Aline Pereira de Souza, Kátia Terezinha
Alves Rezende, Maria José Sanches Marin, Silvia Franco da Rocha Tonhom, e
Daniela Garcia Damaceno chegou a conclusão mediantes estudos que analisaram
modelos de intervenção em idosos, que atividade que são operadas em grupos, são
eficazes inclusive no tratamento de doenças que possam vir a cometer a saúde
mental desses indivíduos de idade avançada, como a depressão por exemplo. Não
só a escuta, mas a valorização de laços afetivos também se torna um importante
fator que contribui para o resgate de uma certa "normalidade" que um dia essas
pessoas já tiveram em suas vivências.

4
6. Metodologia

Criar diferentes oficinas a cada semana, alternando em: Itens pessoais e


temas sorteados. Permitir que o idoso coloque objetos pessoais no quarto para que
possa levar estes itens relembrando memórias afetivas para o grupo; Disponibilizar
uma caixa onde o idoso deixará anonimamente sugestões de temas a serem
abordados em grupo.
Organização de eventos comemorativos ao longo do ano, com diversas
atrações e atividades: Realização de sorteios, gincanas, bingo, buffet e diversos
shows contando com Roberto Carlos. Fazendo com que a família participe dessa
inserção no ambiente de asilamento.
A criação das oficinas possibilita a construção de novos laços afetivos entre
os idosos. Através dos itens pessoais, estes têm a oportunidade de compartilhar
seus momentos com outras pessoas que possam estar passando por uma situação
similar, retomando uma identidade pessoal. Já os itens sorteados, tem por objetivo
retomar a autonomia e identidade. A escolha dos temas para o debate na roda de
conversa possibilita que o idoso tenha seu espaço de fala resgatando a
subjetividade do indivíduo, além de poder se identificar com temas escolhidos por
outros idosos.
Os eventos com a presença de parentes contribuem para reforçar o laço
familiar e o resgate de suas memórias afetivas. Através desse contato, o idoso
possui um espaço de pertencimento, uma vez que resgata elementos que um dia
fizeram parte da sua trajetória.

7. Cronograma

OFICINAS (programação por mês)


Itens pessoais Temas sorteados
Semana 1 x
Semana 2 x
Semana 3 x
Semana 4 x

5
EVENTOS (programação anual)
Datas
Páscoa 09/04
Dia da Família 06/05
Festa Junina 23/06
Dia das Crianças 14/10
Festa de fim de ano 09/12

8. Recursos necessários

Nosso projeto de intervenção precisará de espaços para eventos, salas para


as oficinas, caixa para depositar temas, rosas para serem distribuídas no show do
Roberto Carlos, budget para custear os eventos, cadeiras e mesas para as oficinas
e eventos, artigos de papelaria.

9. Resultados esperados

Com a implementação do nosso projeto de intervenção os idosos obterão um


lugar de acolhimento onde irão compartilhar suas vivências ao longo da vida que
fazem parte de sua trajetória, além de poder compartilhar objetos pessoais que
relembrem uma memória afetiva. Através disso, irão iniciar um processo de
identificação com os outros idosos criando novos vínculos afetivos e ressignificando
o processo de envelhecimento trazendo bem-estar e qualidade de vida durante este
ciclo.

6
10. Referências

Maria Clotilde Barbosa. (2012). Relações Intergeracionais Alternativas para minimizar a exclusão
social do idoso.

https://docplayer.com.br/18150796-Relacoes-intergeracionais-alternativa-para-minimizar-a-exclusao-s
ocial-do-idoso.html

FREITAS, Mariana Ayres Vilhena de; SCHEICHER, Marcos Eduardo. Qualidade de vida de idosos
institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 13, p. 395-401, 2010.

TIER, Cenir Gonçalves; FONTANA, Rosane Teresinha; SOARES, Narciso Vieira. Refletindo sobre
idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 57, p. 332-335, 2004.

Gerson Scherrer, Kleyton Goes; Letícia Meazzini; Fernanda Okuno; Angélica Castilho; Angélica
Gonçalves. (2022). Atividades de vida diária, sintomas depressivos e qualidade de vida de idosos.
https://www.scielo.br/j/ape/a/pJWstHd9QRQfHhjry6WY5yg/?lang=pt#

Paskulin, L., Córdova, F., Costa, F., & Vianna, L. (2010). Percepção de pessoas idosas sobre
qualidade de vida. Acta Paul Enferm, 23(1), 101-107.
https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000100016

Souza, Aline Pereira. Ações de promoção e proteção à saúde mental do idoso na atenção primária à
saúde: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde Coletiva. (2022) , v. 27, n. 05.
https://doi.org/10.1590/1413-81232022275.23112021.

Leandro-França, Cristineide e Giardini Murta, Sheila Prevenção e promoção da saúde mental no


envelhecimento: conceitos e intervenções. Psicologia: Ciência e Profissão. 2014, v. 34, n. 2
https://www.scielo.br/j/pcp/a/GnQzV9V5t9GBYjwJxVyGYkH/?lang=pt#

11. Anexos

Você também pode gostar