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Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
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NOSSA HISTÓRIA
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com estudos brasileiros, cerca de 85% dos idosos apresentam, pelo
menos, uma doença crônica. As doenças crônicas representam a principal causa de
mortalidade e incapacidade, o que justifica a demanda pelos serviços de saúde, e
respondem por parte considerável dos gastos efetuados no setor.
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2. CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO IDOSA
Figura: 1
Em geral, as doenças dos idosos são crônicas e múltiplas, perduram por vários anos
e exigem acompanhamento médico constante e medicação contínua.
De acordo com estudos brasileiros, cerca de 85% dos idosos apresentam, pelo
menos, uma doença crônica e, em 10% são identificadas, em média, cinco dessas
enfermidades.
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Estudo de Lima-Costa, analisando resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD) de 1998, mostrou que 69,0% dos indivíduos, com 60 anos ou mais,
apresentavam, pelo menos, uma enfermidade crônica, sendo esta proporção maior
entre as mulheres (74,5%) do que entre os homens (62,2%).
Figura: 2
As pessoas acima de 60 anos estão mais ativas e sociáveis e querem ser mais
participativas na sociedade. A idade é vista como um renascimento, apesar da dificuldade
de se planejar e pensar no longo prazo – resultado de experiências e dificuldades vividas
em tempos de recessão.
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2 – Existe uma dificuldade com o planejamento de longo prazo
Planejamento e longo prazo não são parte do cotidiano dessa geração, que prefere
viver um dia após o outro, sem muito compromisso, como consequência da diminuição das
responsabilidades e também do contexto em que cresceram.
Entre as atividades que a terceira idade mais gostaria de fazer destacam-se viajar e
estudar. Hoje, essas atividades não acontecem por dificuldades financeiras ou limitações
de saúde. Modelos flexíveis e acessíveis poderiam ajudá-los a concretizarem seus desejos.
Quando a população tinha uma expectativa de vida mais baixa, o termo terceira
idade, para classificar pessoas acima de 55 ou 60 anos, parecia adequado. Hoje, com
pessoas esperando viver até os 100 anos, ele é pouco representativo. Uma pessoa de 60
anos não se identifica como parte do mesmo grupo de uma pessoa com mais de 80. Assim,
os próprios entrevistados concordam que o termo quarta idade faria mais sentido.
Uma série de cuidados deve ser tomada na escolha de imagens para comunicações
com a terceira idade para que não causem repulsa. Ambientes com muito branco, por
exemplo, são associados a hospitais. As imagens devem ser aspiracionais e próximas dos
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interlocutores. A escolha das pessoas, sua expressão e posição na imagem, o ambiente do
entorno e as cores da comunicação devem ser escolhidas com cuidado.
9 – Aposentadoria, não!
Mais que um meio de ganhar salário, o trabalho é uma forma de construir a vida
social, ter relações, conversas, se sentir informado e participando da sociedade. Nas
classes mais baixas as pessoas continuam trabalhando na velhice por necessidade; já
pessoas que possuem maior tranquilidade financeira trabalham por desejo. Nos dois casos
existem aspectos simbólicos de pertencimento e reconhecimento como útil. Ninguém gosta
de ser considerado inútil ou um peso morto.
3.1-Envelhecimento biológico
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como substrato fisiológico para influência da idade na apresentação da doença, da resposta
ao tratamento proposto e das complicações que se seguem.
Envelhecimento =
Essa perda celular não atinge as regiões corticais igualmente, pois neurônios da
mesma região têm fenótipos moleculares únicos e, portanto, diferentes vulnerabilidades
aos processos deletérios (córtex pré-frontal é mais sensível às mudanças do
envelhecimento).
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O envelhecimento normal associa-se, além das alterações microscópicas dos
neurônios, a mudanças nos sistemas de neurotransmissores. Os sistemas dopaminérgicos
e colinérgicos apresentam ações diminuídas. O declínio de memória não necessita,
necessariamente, associar-se à lesão estrutural, podendo ocorrer devido à disfunção
fisiológica e não à perda neuronal.
O SNC, apesar de não ser capaz de recuperar seus neurônios, tem propriedades
que podem diminuir o impacto das alterações do envelhecimento, como: redundância
(existem muito mais neurônios no cérebro que o necessário); mecanismos compensadores
(surgem em situações de lesão cerebral e são mais hábeis conforme o centro atingido);
plasticidade (habilidade de neurônios maduros, com sua rede de dendritos, desenvolverem
e formarem novas sinapses, levando à formação de novos circuitos sinápticos).
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problemas e formação de estruturas complexas do conhecimento. A grande dificuldade
acerca do envelhecimento é o limite entre alterações cognitivas normais e patogênicas.
► inteligência verbal;
► atenção básica;
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recentes (memória episódica recente, por exemplo, localização de objetos, recados, etc.).
Não há alteração da memória semântica.
A capacidade do idoso de dividir atenção entre vários estímulos para apreender uma
situação é extremamente prejudicada. Outras funções da atenção não se modificam com o
envelhecer. Função executiva se refere à capacidade de resolução de problemas,
planejamento, inibição de resposta, abstração, processamento de informações.
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de mais tempo para executar cálculos. A presbiacusia prejudica a compreensão da fala,
entretanto, o déficit periférico pode ser compensado pelos recursos e experiências
cognitivas. O vocabulário e expressão verbal podem aumentar durante a vida toda. A
linguagem espontânea pode se tornar menos precisa e mais repetitiva com o passar do
tempo.
3.3-Envelhecimento psicológico
Figura: 3
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individual e se traduz pela modificação dos valores de vida ou pela aquisição da consciência
(para que vivemos?). “Só é consciente a pessoa que se conhece, que conhece os reais
motivos do seu viver, sua capacidade de controle desses motivos e de organização desse
controle”.
3.4-Envelhecimento individual
A busca pela paz e pela liberdade de espírito é a meta do ser humano. É necessário
que o homem se liberte dos impulsos cegos e dos preconceitos e busque a virtude, com
equilíbrio e serenidade.
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Figura: 4
A livre procura do saber garante o clima para a reflexão, mas é necessário ter-se em
mente que a visão do indivíduo é subjetiva e deve ser testada objetivamente, na realidade.
O homem deve ter atitude crítica também perante as ideias tradicionais e os postulados já
arraigados e iniciar a análise do mundo pela busca de conhecimento de si próprio.
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conquistando a maturidade mental. O seu viver é pautado na aceitação da realidade e na
tolerância à dor e seus estados de equilíbrio são cada vez mais flexíveis, pois seus
dispositivos de segurança são cada vez mais eficazes na relação com o mundo.
Nos grandes centros urbanos do Brasil, como Rio de Janeiro e São Paulo, tem
aumentando a proporção das pequenas famílias (nucleares) em detrimento de um padrão
de família extensa que ainda se observa em zonas rurais e cidades menores. Esta última,
que é característica das sociedades tradicionais, tem como traço marcante a solidariedade
sociocultural, além do fato de a família desempenhar papel central na vida dos indivíduos.
Isso se deve à permanência dos laços de parentesco no sentido amplo, que inclui os não
parentes (agregados), que muitas vezes são mantidos como condição de sobrevivência
econômica e social (Guertechin, 1984).
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Outros fatores concorrem para a diminuição do suporte familiar para com o velho,
entre eles a maior mobilidade das famílias (facilitadas pelo seu menor tamanho) e o
aumento do número de separações e divórcios entre os casais em décadas mais recentes.
Ambas as situações trazem como consequência uma vida mais insular e uma
redução do apoio familiar ao idoso.
Figura: 5
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5. A IMPORTÂNCIA DA AMIZADE NA VELHICE
Figura: 6
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A expectativa de vida no Brasil é de 76,3 anos segundo os dados do IBGE. As
Tábuas Completas de Mortalidade divulgadas em novembro do ano passado afirmam que,
para as mulheres, espera-se maior longevidade, 79,9 anos, versus 72,8 anos para os
homens.
Figura: 7
As pessoas mais velhas também têm amigos, embora bem menos do que na
juventude. Na segunda metade da vida, o tamanho da rede de amizades diminui
gradualmente para metade, em comparação com adultos entre os 20 e os 30 anos.
Grande parte desta mudança nas redes de amizade está associada a perdas sociais
(Adams, Sanders & Auth, 2004):
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► se o trabalho profissional constitui um facilitador de relações com colegas e
amigos, a transição para a reforma pode limitar o contato com essa rede;
► por outro lado, a viuvez, a doença ou a própria morte dos amigos condiciona,
naturalmente, a rede de amizades.
Não menos importante, uma outra explicação determina as amizades nas pessoas
mais velhas.
Ao percecionar um tempo de vida mais curto, os indivíduos tendem assim a ser mais
seletivos em relação a pessoas e atividades que respondam a necessidades emocionais
mais imediatas, evitando despender tempo (precioso) com amigos menos confiáveis ou que
aborrecem. Esta premissa corresponde à denominada Teoria da Seletividade
Socioemocional. Por outras palavras, os idosos preferem preservar um círculo próximo de
confidentes (como velhos amigos ou pessoas que conhecem bem) e investir o tempo e a
energia disponíveis em relacionamentos mais íntimos, que ocasionam apoio emocional de
qualidade.
Na velhice, mais importante do que o número de amigos, é saber com quem poder
contar o que parece afetar não somente a saúde física e a esperança de vida, mas também
o bem-estar psicológico.
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mas cabe destacar que esse quadro não significa necessariamente limitação de suas
atividades, restrição da participação social ou do desempenho do seu papel social.
► garantia de orçamento;
► incentivo a estudos;
► pesquisas.
6.2-Estatuto do Idoso
► direito à vida;
► à liberdade;
► ao respeito;
► à dignidade;
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► à alimentação;
► à saúde;
Figura: 8
Entre os direitos assegurados pelo Estatuto do Idoso às pessoas idosas estão, entre
outros, o da saúde.
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Desconto de, pelo menos, 50% nos ingressos para eventos artísticos, culturais,
esportivos e de lazer.
Reserva de duas vagas gratuitas no transporte interestadual para idosos com renda
igual ou inferior a dois salários mínimos e desconto de 50% para os idosos que
excedam as vagas garantidas.
Quedas são frequentes em pessoas idosas, mas podem ser evitadas com alguns
cuidados. Geralmente, esses tombos provocam fraturas, traumatismo craniano, contusão
muscular e, principalmente, o medo de cair novamente.
Para evitar que tais situações aconteçam e coloquem a qualidade de vida da pessoa
idosa em questão, tome as seguintes precauções:
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As escadas e os corredores devem ter corrimão dos dois lados.
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de informações cedidas pela pessoa idosa, seus familiares e/ou cuidadores, para compor
o Plano de Cuidado.
A Caderneta também conta com uma ficha espelho (resumo da caderneta) contendo
dados gerais a serem preenchidos e anexados ao prontuário da pessoa idosa na atenção
básica. Através das informações registradas na ficha espelho as equipes de saúde podem
fazer levantamento do perfil dos idosos cobertos no território, identificando as situações de
maior vulnerabilidade. Trata-se de uma ferramenta que pode ser utilizada pelas equipes da
atenção básica para o planejamento e monitoramento de suas ações.
Figura: 9
Manter uma boa saúde bucal é importante para o seu bem-estar, a sua autoestima
e a saúde geral do seu corpo. Além disso, uma boca saudável é também aquela que
proporciona uma boa mastigação, o que é fundamental para uma boa digestão dos
alimentos e uma melhor absorção dos nutrientes.
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Para que se tenha um sorriso bonito e saudável, é preciso escovar os dentes todos
os dias após cada refeição e também uma última vez antes de dormir.
A higiene dos dentes deve ser feita utilizando-se uma escova de dentes de tamanho
adequado, com cerdas macias e creme dental com flúor.
Escovar a língua também é muito importante, pois ela acumula restos alimentares e
bactérias que provocam o mau hálito. Faça movimentos cuidadosos com a escova,
“varrendo” a língua da parte interna até a ponta. Além de manter uma boa higiene
bucal, também é preciso ter uma alimentação saudável e ir ao dentista regularmente.
Cárie: é uma doença causada por bactérias que vivem na boca e utilizam o açúcar da
nossa alimentação para produzir ácidos que destroem os dentes. A cárie pode avançar e
causar dor e desconforto e até a perda do dente. Para prevenir o seu aparecimento, é
importante ter uma boa higiene bucal.
Se você utiliza uma prótese parcial removível (ponte móvel), limpe-a fora da boca
com sabão ou pasta de dente pouco abrasiva e escova de dentes macia, separada
para essa função. Antes de recolocá-la na boca, escove os dentes e limpe a gengiva,
o céu da boca e a língua.
Se você utiliza prótese total (dentadura), limpe-a fora da boca com sabão ou pasta
de dentes e escova de dente separada para essa função. Antes de recolocá-la na
boca, limpe a gengiva, o céu da boca e a língua. Recomenda-se ficar sem a prótese
algumas horas durante o dia. O ideal é passar a noite sem a prótese, mas se isso
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não for possível, faça o procedimento durante o banho ou em um momento em que
você esteja sozinho (a) em casa, por exemplo. Deixe-a sempre em um copo com
água. Solicite orientação ao dentista sobre outros produtos para complementar a
limpeza das dentaduras. Devido ao desgaste natural, a ponte móvel ou a dentadura
precisará ser ajustada ou trocada após certo período de tempo. Ela não está mais
em perfeitas condições quando começa a ficar solta, quando a mastigação fica difícil
ou quando está irritando ou machucando a gengiva. Faça uma avaliação periódica
com a equipe de saúde bucal para verificar a adaptação de sua prótese e evitar o
aparecimento de feridas.
Boca seca: a falta de saliva (boca seca) é uma queixa comum entre as pessoas idosas.
Além de ser uma manifestação comum ao envelhecimento, pode ser causada pelo uso de
alguns medicamentos ou por distúrbios na saúde. A boca seca pode causar maior risco
para cárie dentária, incômodo no uso da prótese, perda do paladar, mau hálito e
dificuldades para falar, mastigar e engolir os alimentos. O profissional de saúde bucal pode
recomendar vários métodos para manter sua boca mais úmida, como tratamentos ou
remédios adequados para evitar a boca seca. Tomar água com frequência pode ajudar.
Lesões na boca: observe regularmente se existe alguma alteração nos lábios, nas
bochechas, nas gengivas, no céu da boca, na garganta, na superfície e abaixo da língua.
Procure por manchas, caroços, inchaços, placas esbranquiçadas ou avermelhadas ou
feridas. Se você observar alguma alteração nova em sua boca ou ferida que não cicatrize,
mesmo que indolor, procure um dentista ou outro profissional de saúde para realizar uma
avaliação.
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Se você utilizar porta-comprimidos para guardar os medicamentos, deixe somente a
quantidade suficiente para 24 horas.
Não passe o bico do tubo nas feridas ou na pele quando for utilizar pomadas. Você
pode contaminar o medicamento.
Não encoste no olho ou na pele o bico dos frascos dos colírios e das pomadas para
os olhos.
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Mantenha a receita médica junto com os medicamentos.
Nunca espere o medicamento acabar para providenciar nova receita, para comprá-
lo ou buscá-lo na unidade de saúde.
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7. REFERÊNCIAS:
BROMLEY, R. & GERRY, C. Causal work and poverty in third world cities. New York,
John Wiley and Sons, 1975.
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