Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
1. NOSSA HISTÓRIA
1
Sumário
Sumário .................................................................................................................... 2
2. Introdução ........................................................................................................... 3
7. Referências ....................................................................................................... 26
2
2. Introdução
Portanto, é função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem
as idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. O envelhecimento ativo
e saudável é o grande objetivo nesse processo. Se considerarmos saúde de forma
ampliada torna-se necessária alguma mudança no contexto atual em direção à
produção de um ambiente social e cultural mais favorável para população idosa.
Ele ainda alerta sobre dois grandes erros que devem ser continuamente evitados. O
primeiro é considerar que todas as alterações que ocorrem com a pessoa idosa sejam
decorrentes de seu envelhecimento natural, o que pode impedir a detecção precoce
e o tratamento de certas doenças e o segundo é tratar o envelhecimento natural como
doença a partir da realização de exames e tratamentos desnecessários, originários de
sinais e sintomas que podem ser facilmente explicados pela senescência.
O maior desafio na atenção à pessoa idosa é conseguir contribuir para que, apesar
das progressivas limitações que possam ocorrer, elas possam redescobrir
possibilidades de viver sua própria vida com a máxima qualidade possível. Essa
possibilidade aumenta na medida em que a sociedade considera o contexto familiar e
social e consegue reconhecer as potencialidades e o valor das pessoas idosas.
Portanto, parte das dificuldades das pessoas idosas está mais relacionada a uma
cultura que as desvaloriza e limita.
3
As doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) podem afetar a funcionalidade das
pessoas idosas. Estudos mostram que a dependência para o desempenho das
atividades de vida diária (AVD) tende a aumentar cerca de 5% na faixa etária de 60
anos para cerca de 50% entre os com 90 ou mais anos.
Dentro do grupo das pessoas idosas, os denominados “mais idosos, muito idosos ou
idosos em velhice avançada” (idade igual ou maior que 80 anos), também vêm
aumentando proporcionalmente e de forma muito mais acelerada, constituindo o
segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos, 12,8% da população
idosa e 1,1% da população total.
4
3. Avaliação geriátrica ampla
O idoso é um ser em fase complexa, daí uma avaliação geriátrica ampla possibilita
conhecer dentre outras questões:
a)Doenças ocultas:
Idosos procuram, na maior parte das vezes, ajuda médica para seus vários problemas
e não apenas para uma doença especial (GORZONI; COSTA; LENCASTRE, 2011).
d)Polifarmácia:
Segundo Costa (2005), muitos idosos, mesmo recebendo o tratamento adequado para
as doenças que os acometem, continuam apresentando incapacidade para executar
as AIVD e/ou AVD, o que implica em comprometimento da qualidade de vida e pode
significar que existam doenças ainda não diagnosticadas.
5
A incapacidade funcional prévia é fator preditivo independente de desfecho
desfavorável em idosos com doenças agudas.
f)Síndromes Geriátricas:
g)Apresentações atípicas:
Apresentações atípicas são sinais e sintomas que embora não clássicos de uma
doença, mas trazem pistas de uma ou mais doenças que podem estar envolvidas no
processo.
A avaliação geriátrica ampla consiste em uma ferramenta composta por escalas que
dimensionam globalmente o paciente idoso permitindo identificar quais são os idosos
com maior fragilidade, além de questão escala avalia multidimensionalmente o
indivíduo e utilizando o método centrado na pessoa.
Várias escalas e exames utilizados aqui não são específicos, portanto podem ser
usados para várias idades. O AGA avalia tanto a autonomia como independência.
6
1. História da AGA
A avaliação clínica deve ser individualizada em cada fase da vida. Não há sentido em
se usar o arsenal semiotécnico do recém-nascido para um paciente adolescente.
Assim também ocorre em relação ao idoso. Muitas condições peculiares nessa faixa
etária, como as demências e as quedas, passam despercebidas ou são mal
dimensionadas pela avaliação clínica padrão.
Figura 1 - AGA
A AGA começou a ser utilizada no Reino Unido, no final da década de trinta, com base
no trabalho da médica britânica Marjory Warren. Em 1936, ela assumiu a chefia de
uma unidade do West Middlesex County Hospital, de pacientes crônicos, acamados,
para os quais se acreditava que permaneceriam na instituição pelo resto de suas vidas.
7
Ela integra o processo clínico padrão, mas enfatiza a avaliação da capacidade
funcional e da qualidade de vida. Parâmetros objetivos de avaliação, com escalas e
questionários padronizados, são muitas vezes empregados para esse fim.
8
2. Benefícios e utilidades da AGA
9
4. Conceitos fundamentais para saúde do idoso e AGA
10
A mobilidade é a capacidade de deslocamento do indivíduo. Depende da
postura/marcha, da capacidade aeróbica e da continência esfincteriana.
Qualquer avaliação de saúde dos idosos deve ter seu início com a avaliação da
funcionalidade global. Para isso, existem diversas propostas como as escalas de Katz
e Lawton (PEREIRA; ROSA, 2018).
11
contemplada, pois são síndromes frequentes e que atuam diretamente na saúde do
idoso. Diversas outras condições são hoje consideradas como síndromes geriátricas
e entre elas merecem destaque a fragilidade e a sarcopenia.
12
miccional. A família, por sua vez, é outro elemento fundamental para o bem-estar
biopsicossocial e sua ausência, a insuficiência familiar, é capaz de desencadear ou
perpetuar a perda de autonomia e independência do idoso (PEREIRA; ROSA, 2017).
Anote aí:
13
Este declínio funcional não deve ser considerado “normal da idade”, pois representa
o principal determinante de desfechos negativos, como o desenvolvimento de outras
incapacidades e piora funcional, institucionalização, hospitalização e morte.
Usualmente as causas são múltiplas e multifatoriais, frequentemente associadas à
presença de doenças crônico-degenerativas, polifarmácia, sarcopenia e alto risco de
iatrogenia.
Em 1963, Katz (Katz et al., 1963 apud MORAES et al, 2017) desenvolveu um índice
capaz de estratificar os indivíduos conforme o grau de dependência nas atividades de
vida diária relacionadas ao autocuidado. Com o índice, houve uma clara distinção
entre idosos independentes e dependentes para as atividades de vida diária básicas
(AVD básicas), associada a uma clara hierarquia entre os idosos dependentes.
14
ser dependente para banhar-se, vestir-se e usar o banheiro. A presença isolada de
incontinência urinária não deve ser considerada, pois é uma função e não uma
atividade;
A síntese de todos estes conceitos e definições foram integrados para uma nova
metodologia de Classificação Clínico-Funcional do Idoso, baseado em uma visão de
saúde pública, fortemente ancorado na multidimensionalidade dos determinantes da
saúde do idoso, sem desprezar a importância das doenças ou das alterações físicas,
como a sarcopenia.
15
Figura 5 – Escala visual-analógica de fragilidade
16
devido a dúvida diagnóstica ou terapêutica. O termo “alta complexidade” sugere
elevado potencial de ganho funcional ou de qualidade de vida. Estes idosos
são aqueles que mais se beneficiam do acompanhamento intensivo de equipes
geriátrico-gerontológicas especializadas.
17
individualizando as metas terapêuticas. Assim, nos idosos robustos, as metas
terapêuticas podem se assemelhar àquelas estabelecidas pelas diretrizes clínicas
baseadas em doenças. Por outro lado, nos idosos com maior grau de dependência ou
em fase final de vida, as metas terapêuticas devem priorizar o conforto, pois a perda
funcional já é significativa e as estratégias preventivas clássicas devem ser revistas.
18
Figura 6 – Escalas da avaliação funcional
19
6. Testes de avaliação das atividades da vida diária
1. Escala de Katz
20
Essa escala foi planejada para avaliar a habilidade do idoso em desempenhar
atividades cotidianas, classificando-o como independente ou dependente em seis
funções: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e
alimentação. Tais funções são consideradas básicas e biopsicossocialmente
integradas.
Cada função possui três opções categorizadas desde independente até dependente.
A partir dos resultados, pode-se determinar possíveis necessidades de intervenção. A
independência significa que a função é realizada sem supervisão. É válido frisar que
essa avaliação é feita de acordo com a situação real do idoso e não com a habilidade
de realizar a tarefa sem auxílio de terceiros. Portanto, se o sujeito tem capacidade de
executar uma função, mas se nega a cumpri-la, ou se as condições ambientais são
desfavoráveis, considera-se que ele não a realiza.
Por exemplo, um idoso que necessita da presença de alguém dentro do banheiro para
que possa tomar banho é considerado dependente, apesar de ser capaz de realizar o
ato sem o auxílio direto. Abaixo é descrita a classificação do Índice de Katz pelo
número de funções nas quais o indivíduo avaliado é dependente (VALE et al, 2017).
21
A escala mostra-se útil para evidenciar a dinâmica da instalação da incapacidade no
processo de envelhecimento, estabelecer prognósticos, avaliar as demandas
assistenciais, determinar a efetividade de tratamentos, além de contribuir para o
ensino do significado de “ajuda” em reabilitação.
2. Protocolo GDLAM
A autonomia funcional (AF) voltada para o desempenho das AVDs pode ser analisada
por intermédio do protocolo GDLAM de autonomia funcional, o qual é constituído por
cinco testes: caminhar 10 m (C10m), levantar-se da posição sentada (LPS) cinco
vezes consecutivas, levantar-se da posição decúbito ventral (LPDV), levantar-se da
cadeira e locomover-se pela casa (LCLC) e o teste de vestir e tirar uma camiseta
(VTC).
Os idosos avaliados devem executar duas tentativas em cada teste, com intervalo de
cinco minutos entre elas. Registra-se o menor tempo em segundos. Após a
mensuração do tempo de cada teste, calcula-se o índice GDLAM de autonomia (IG)
em escores utilizando-se a seguinte fórmula:
22
3. Escala de Lawton
23
Figura 8 – Escala de Lawton
O Brasil será, em breve, um dos países com maior contingente de idosos no mundo.
Todos devemos nos preparar para enfrentar os desafios econômicos, sociais, e
sobretudo de saúde, para que possamos encontrar maneiras mais apropriadas de
conduzi-los. A abordagem das condições de saúde do idoso não deve ser
exclusividade de especialistas. Ferramentas como as apresentadas neste texto
permitem avaliar rápida e eficientemente a situação de saúde de um indivíduo e se
tornam, para qualquer profissional de saúde, passo fundamental na condução
terapêutica da pessoa idosa (UNIMED/BH, 2015).
24
Anote aí:
25
7. Referências
ANDREOTTI, R.A.; OKUMA, S.S. Validação de uma bateria de testes de atividades
da vida diária para idosos fisicamente independentes. Rev Paul Educ Fís.
1999;13(1):46-66.
26
MORAES, E.N.; LANNA, F.M. Avaliação Multidimensional do Idoso. Ed. Folium,
2014 (versão impressa e versão e.Book).
VALE, R. G. DE S. et al. Exame físico no idoso. In: In: DANTAS, E. H. M.; SANTOS,
C. A. de S. (Orgs.). Aspectos biopsicossociais do envelhecimento e a prevenção de
quedas na terceira idade. Joaçaba: Editora Unoesc, 2017.
27