Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dessa maneira, todos os idosos poderão praticar aquilo que é sua “razão de
viver”, seu “ikigai”, o que os torna felizes e vigorosos. Isso, sem o constante medo
É indubitável, além disso, que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as
causas do problema. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada
de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade, algo desafiador
no cenário do etarismo, visto que tal atitude, de egoísmo e preconceito, gera inúmeras
consequências, como diminuição da autoestima, aumento da solidão e até mesmo
depressão.
Estar idoso pode ter muitos significados, como sentir-se sábio, saudável, fortalecido,
autônomo, triste, solitário, isolado, derrotado... quando os sentimentos são potencialmente
negativos pode-se estar diante do etarismo. Esta discriminação, preconceito e aversão
contra as pessoas idosas, pelo simples fato de serem idosas, divide a sociedade,
enfraquece o coletivo, separa famílias e gerações. O etarismo se manifesta de diversas
formas, principalmente em locais com desigualdade social.
A invasão, conquista e inclusão das pessoas idosas nas redes de relações dos
adolescentes, possibilita visualizar compreensões de mundo, comportamentos, histórias e
trajetórias, emergindo sentimentos de respeito, admiração e compreensão.
Com 1/4 da idade dos idosos, vivendo dias em que se valoriza a velocidade, aparência,
imediatismo, tenho coragem de escrever que precisamos abandonar esta imprudente
concepção de separação, em que adolescentes são um grupo e idosos outro. Estamos
todos juntos neste planeta, a união nos tornará mais fortes, potencializará a vida e as
relações. A geração de adolescentes deve ser representante da cultura do envelhecimento,
devemos isso a nossa ancestralidade. Vamos refletir, olhar no espelho da vida, agir hoje é
projetar o amanhã!
6° colocado: Larissa Silva Sakai
7° colocado: Gabriel Henrique Vasconcelos Gonçalves
Após as revoluções industriais ocorridas a partir do século XVIII, marcadas pelo aumento da
produção, criou-se uma noção de invalidade atribuída aos idosos, pelo fato desses serem
incapazes de adequar-se totalmente ao sistema. Tal ideia, embora possua suas raízes há
mais de dois séculos, ainda permeia as relações sociais da atualidade, visto que indivíduos
de idade avançada sofrem com o preconceito e a discriminação. Logo, é de extrema
importância analisar os fatores que permitem a ocorrência dessa prática e as suas
consequências dentro do tecido social.
Ademais, as vítimas do problema podem ter sua saúde mental impactada. A partir do
momento que é atribuída uma carga negativa sobre elas, essa parcela da população acaba
sentindo-se inferior às outras pessoas, podendo até mesmo adquirir quadros de depressão
severa. Já no âmbito financeiro, o etarismo está presente na recusa das empresas à
contratação de funcionários mais velhos, enxergando-os como incompetentes e fracos
(tanto físico quanto mentalmente) para realizar determinada função.
Portanto, verifica-se que medidas devem ser tomadas para combater esse preconceito tão
arraigado na sociedade. Dessa forma, os órgãos legislativos devem atuar na criação de leis
que condenem essa prática, uma vez que essa discriminação raramente recebe punições.
No entanto, mesmo com diversos estudos e reflexões nessa área, o problema ainda
persiste. De início, é válido ressaltar que os idosos, em sua grande maioria, são
inferiorizados pela coletividade, sendo vítimas constantes de piadas, infantilização e
atitudes de exclusão em decorrência de sua idade. Esse preconceito é muito bem retratado
no filme “O curioso caso de Benjamin Button”, de David Fincher, no qual o personagem
principal nasce com 80 anos e rejuvenesce ao longo do tempo, sendo possível observar a
exclusão que passou enquanto idoso, tendo de esperar o rejuvenescimento para que
pudesse se relacionar com o amor de sua vida.
Logo, é fato que todo esse cenário retratado na obra de Fincher pode ser intimamente
articulado com a realidade das pessoas que vivem na atual sociedade, sobretudo quando
buscam técnicas de rejuvenescimento para viverem determinados momentos da vida.
Ademais, é evidente a invisibilidade e até mesmo a irrelevância com que alguns idosos são
tratados no cotidiano. No âmbito profissional, por exemplo, a taxa de contratação de idosos
é extremamente baixa; mesmo que estes tenham competência para cumprir com as
obrigações de um cargo, acabam enfrentando maior resistência na seleção, apenas por
pertencer a uma faixa de idade avançada. Tamanha discriminação etária resulta em sérios
problemas psicológicos a suas vítimas, podendo causar até mesmo morte precoce.
Portanto, é essencial que haja medidas para que o etarismo seja minimizado. Desse modo,
cabe ao Ministério Público, responsável pelo bem-estar da população, promover ações
como palestras de conscientização que visem a reduzir o preconceito contra idosos. Tal
projeto deve ser promovido em escolas e lugares abertos ao público, além de campanhas
publicitárias divulgadas em redes sociais, como Instagram e Facebook, que alcançam um
maior número de pessoas, a fim de orientar a população sobre esse mal mascarado e
diminuir, principalmente, o sentimento de inferioridade das vítimas. Feito isso, os direitos
dos cidadãos poderão ser assegurados na prática e os conceitos de Butler, seguidos.
9° colocado: Rafaela Bortolotto Zolet
Assim sendo, o Governo Federal - tendo em mente o seu dever de garantir o bem-estar
social -, em parceria com o Ministério das Comunicações, deve criar propagandas
televisivas que reforcem, diariamente, a importância de valorizar a contribuição do idoso na
sociedade e nas empresas, haja vista suas excelentes habilidades. Isso deverá ocorrer por
meio da destinação correta e eficaz da verba vinda dos impostos pagos pelos cidadãos.