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CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL

JORNALISMO
DISCIPLINA: TÉCNICAS E GÊNEROS JORNALÍSTICOS
PROFESSORA: Ma. NAIARA MOURA PINTO
ALUNOS: ANTONIO EDUARDO, BEATRIZ CORDEIRO, CAIAN OLIVEIRA,
EDIÉRIC MAGALHÃES, GILVAN RODRIGUES

FEIRA DE SANTANA
2021
De maneira que os gêneros Informativo e Opinativo cresciam, a população necessitava
de um jornalismo mais amplo e de maior profundidade. Esses gêneros já consolidados
passavam por um período de desgaste, e o gênero interpretativo surge como uma das
alternativas de resgate do público ao consumo em demasia das informações.

Os primeiros indícios de jornalismo interpretativo surgem no período da Segunda


Guerra Mundial, em que o rádio era a principal fonte de informações, com destaque à British
Broadcasting Corporation (BBC) como emissora mais influente e que transmitia para
aproximadamente 47 línguas diferentes. Visto a grande influência do rádio, o jornal impresso
buscou por meio da explicação e a intepretação dos fatos de maneira mais aprofundada uma
tática para se manter relevante na divulgação de informações.

O grande diferencial do gênero Interpretativo paras os demais está em sua abordagem.


Enquanto o Informativo está interessado em passar a informação mais clara possível e
Opinativo traz um quê para a opinião do jornalista sobre os fatos, o Interpretativo busca
investigar a fundo os ocorridos para trazer profundidade nas matérias com análise de dados e
antecedentes, explicação dos fatos e um recorte mais amplo. Mesmo na época de imediatismo
que vivemos o método é recorrido para o público que busca aprofundamento além das
matérias periódicas que trazem informações no momento exato.

Adiante, trazemos o texto-exemplo referente ao Gênero Interpretativo:

Polícia Civil indicia Ramírez, do


Bahia, por racismo contra Gerson,
do Flamengo
Índio Ramírez foi indiciado pela Polícia Civil por racismo contra Gerson, nesta
quinta-feira, por conta da acusação feita pelo atleta do Flamengo.
O episódio aconteceu no dia 20 de dezembro, no Maracanã. Na ocasião, o meio-
campista do time carioca saiu de campo falando que ouviu do atleta
do Bahia a seguinte frase: ‘cala a boca, negro’. Ramírez se defendeu das acusações e
disse que respondeu Gerson com a frase ‘joga rápido, irmão’.

Depois de ouvir os dois atletas envolvidos, Natan e Bruno Henrique, além do então
treinador do Bahia, Mano Menezes, a Polícia Civil entendeu que a acusação do meio-
campista do Flamengo é verdadeira. A investigação da Polícia Civil levará o inquérito
para o Ministério Público. Com isso, caberá à Justiça avaliar se apresenta ou não a
denúncia do caso.

"Policiais civis da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)


indiciaram, nesta quinta-feira (04/02), o jogador Ramirez, do time de futebol do
Bahia, pelo crime de injúria racial contra Gerson, do Flamengo. No dia 20 de
dezembro de 2020, durante uma partida de futebol entre os dois clubes, o atleta do
rubro-negro alegou ter sido chamado de negro pelo jogador da equipe mineira.

O fato aconteceu logo após o gol do Bahia. Bruno Henrique, atleta do Flamengo,
fingiu dar um chute na bola e Ramirez reclamou. Gerson teria dito algo após a
saída de bola. Neste instante, o jogador da equipe mineira passou correndo ao seu
lado e teria dito: "Cala a boca, negro". Tal frase motivou a imediata indignação de
Gerson pela ofensa racista, que reclamou com o árbitro do jogo e com o treinador
do Bahia", dizia parte da nota da Polícia da Civil.

Veja abaixo a nota na íntegra

Policiais civis da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)


indiciaram, nesta quinta-feira (04/02), o jogador Ramirez, do time de futebol do
Bahia, pelo crime de injúria racial contra Gerson, do Flamengo. No dia 20 de
dezembro de 2020, durante uma partida de futebol entre os dois clubes, o atleta do
rubro-negro alegou ter sido chamado de negro pelo jogador da equipe mineira.

O fato aconteceu logo após o gol do Bahia. Bruno Henrique, atleta do Flamengo,
fingiu dar um chute na bola e Ramirez reclamou. Gerson teria dito algo após a
saída de bola. Neste instante, o jogador da equipe mineira passou correndo ao seu
lado e teria dito: "Cala a boca, negro". Tal frase motivou a imediata indignação de
Gerson pela ofensa racista, que reclamou com o árbitro do jogo e com o treinador
do Bahia.

O inquérito para investigar o ato foi instaurado do dia seguinte ao duelo. De acordo
com a Decradi, testemunhas foram ouvidas, a súmula do jogo e imagens da partida
foram analisadas e comprovam a indignação imediata de Gerson ao ouvir a ofensa
racial. Além disso, em depoimento, seus companheiros de equipe acrescentaram que
o jogador ficou muito abalado com a agressão, cabisbaixo e apresentou
comportamento diferente do normal no vestiário e se recusou a encontrar parte do
elenco após o jogo, pois estava triste com o fato ocorrido. Em depoimento, declarou
que ficou tão indignado que após o encerramento da partida, ainda no gramado,
precisou desabafar a indignação durante uma entrevista. Ramirez, no entanto,
negou a injúria racial e afirmou que apenas disse “joga rápido, irmão”.

Segundo a Decradi, as investigações comprovam a dinâmica do fato e a versão da


vítima, desde o momento em que disse ter sofrido a agressão injuriosa por
preconceito até seu comportamento após o término da partida.

FONTE: https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/8135787/policia-civil-indicia-
ramirez-do-bahia-por-racismo-contra-gerson-do-flamengo

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