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CADERNO1

MÓDULO 3
PROFª ANA CLÁUDIA

CARTA
ARGUMENTATIVA
TEXTO I
Volante do Flamengo demonstrou revolta após discussão com o colombiano Juan Pablo
Ramirez
Flamengo e Bahia fizeram um duelo quente neste domingo (20), quando o Rubro-
Negro venceu por 4 a 3 em partida cheia de reviravoltas. Apesar do jogão, o encontro
ficou marcado por uma acusação de racismo do colombiano Juan Pablo Ramirez,
do Bahia, contra Gerson, meio-campista flamenguista.
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Ao fim da partida, Gerson disse que Ramirez, autor do primeiro gol do Tricolor,
cometeu uma injúria racial durante uma discussão de jogo.
“Quero falar uma coisa: tenho muitos jogos como profissional e nunca vim falar
nada porque nunca sofri esse preconceito. Quando tomamos um gol, o Bruno
Henrique ia chutar uma bola, o Ramirez reclamou e fui falar com ele, que disse: "Cala
a boca, negro". E o Mano precisa aprender a respeitar as pessoas”, disse Gerson.
O episódio ocorreu no início do segundo tempo. Revoltado com a situação, Gerson
chegou a discutir com o treinador do Bahia, Mano Menezes, a quem cobrou
respeito. Depois da partida, inclusive, o técnico foi demitido pelo Bahia, mas o clube
não comentou se a decisão teve relação com a postura de Mano sobre a denúncia de
Gerson.
Na madrugada desta segunda-feira, 21 de dezembro, o time de Salvador publicou
uma nota oficial afirmando que o Ramírez foi afastado das atividades do clube,
embora negue veementemente a acusação. Confira na íntegra a nota do Bahia:
"O Esporte Clube Bahia vem a público se manifestar sobre a denúncia de racismo
feita pelo atleta Gerson, do Flamengo, ocorrida na noite deste domingo (20).
O atleta Indio Ramírez nega veementemente a acusação e a ele está sendo dada a
oportunidade de se defender de algo tão grave.
O clube entende, porém, que é indispensável, imprescindível e fundamental que a
voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza.
Assim, decidiu afastar imediatamente o jogador das atividades da equipe até a
conclusão da apuração.
O presidente Guilherme Bellintani ligou para Gerson a fim de prestar solidariedade."
Indio Ramírez, Mano Menezes e o árbitro da partida, Flavio Rodrigues de Souza, serão
intimados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância a dar depoimento
presencial sobre o ocorrido. A delegada Marcia Noeli veio a público nesta segunda-feira
(21) para explicar a investigação.
"Instaurei inquérito e combinei com o departamento jurídico do Flamengo para que o
Gerson viesse aqui para que pudesse relatar tudo o que aconteceu. Pedi para CBF os
documentos referentes ao jogo (súmula). Injúria racial é crime e tem que ser punido.
Importante as pessoas entenderem que não pode haver mais racismo", afirmou Noeli.
https://www.goal.com/br/not%C3%ADcias/gerson-do-flamengo-acusa-jogador-do-
bahia-de-racismo-isso-eu-nao-/1beswvfy3bqnv12i5ugle6zno2
TEXTOII

"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito."


(Albert Einstein)
TEXTOIII

“Dos becos da periferia há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune.
A voz que galopa contra o passado pelo futuro de todos. Pela arte e pela cultura
no subúrbio, pela universidade para a diversidade. Contra a arte patrocinada
pelos que a corrompem. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico. A
arte que liberta não pode vir da mão que escraviza. Sejamos, pois, a favor da
poesia periférica que brota na porta do bar. A favor do teatro que não venha do
ter ou não ter. A favor do cinema real que não iluda. Das artes plásticas que
querem substituir os barracos de madeira. Da dança que desafoga. Da música
que não embala os adormecidos. Da literatura das ruas despertando nas
calçadas. Pela periferia unida, no centro de todas as coisas. Contra o racismo,
a intolerância e as injustiças sociais de que a arte vigente não fala.
Contra a surdez e a mudez artística. Pelo artista que não compactua com a
mediocridade. Por um artista a serviço da comunidade, do país, um artista que
por si só exercita a revolução. Contra a arte domingueira que a televisão defeca
em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona. Contra a barbárie que é a
falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso ao que há
de bom na produção cultural. Contra o capital que ignora o interior a favor do
exterior. Contra um sistema que precisa de carrascos e vítimas. Contra os
covardes e eruditos de aquário. Contra o artista serviçal escravo da vaidade.
Contra os vampiros das verbas públicas para a arte privada. A arte que liberta
não pode vir da mão que escraviza.
Enfim, por uma periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor. É tudo
nosso! Miami pra eles? Me ame pra nós.”
(Sérgio Vaz, o Poeta da periferia, trecho do manifesto da primeira Semana de
Arte Moderna da Periferia.)
TEXTOIV

Pouco mais de dois meses após o vazamento do vídeo de William Waack


que levou à saída dele da TV Globo, o jornalista escreveu o artigo "Não sou
racista, minha obra prova" na edição da Folha de São Paulo deste
domingo (14).
Na ocasião, registrada durante a campanha eleitoral dos Estados Unidos,
em novembro de 2016, o âncora, sem saber que estava sendo gravado,
disse: "tá buzinando por quê, seu merda do cacete? Não vou nem falar,
porque eu sei quem é... é preto. É coisa de preto".
Após Diego Pereira e Robson Ramos divulgarem o vídeo, as redes sociais
fervilharam com críticas à conduta de Waack pelas declarações de cunho
racista, que remetem a "um lugar de negro".
No artigo da Folha, o jornalista reconhece que foi uma brincadeira "idiota", que
existe racismo no Brasil e que piadas podem ser a expressão impulsiva de um
histórico de preconceitos.
Entretanto, Waack frisa que "constitui um erro grave tomar um gracejo
circunstanciado, ainda que infeliz, como expressão de um pensamento".
O jornalista dedica metade de seu artigo a analisar o fenômeno que o atingiu: o
"radicalismo obtuso e primitivo" da internet, expresso na articulação em massa de
grupos e ativistas nas redes sociais. Para ele, o linchamento que o envolveu, e
envolve outros, aumenta a intolerância e restringe liberdades.
Ele lamenta que as empresas de comunicação estejam ficando reféns dessas redes,
pois tal posição acaba, segundo ele, reforçando a imagem de que o problema é a
mídia tradicional. Esse trecho não deixa de ser uma crítica à TV Globo, que por conta
do buzz do episódio decidiu afastá-lo do comando do Jornal da Globo e depois rompeu
contrato com ele.
"Não haverá gritaria organizada e oportunismo covardes capazes de
mudar essa história: não sou racista. Tenho como prova a minha obra,
os meus frutos", argumenta Waack. "Eles são a minha verdade e a
verdade do que produzi até aqui."
Fonte: https://www.huffpostbrasil.com/2018/01/14/william-waack-
existe-racismo-no-brasil-mas-nao-sou-racista_a_23332974/
TEXTO V

“Um aluno da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), no Centro de São


Paulo, tirou uma foto de outro estudante da mesma instituição e
compartilhou em um grupo de whatsapp com a frase: “Achei esse
escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”. A vítima registrou
boletim de ocorrência por injúria racial e o autor da foto foi suspenso da
faculdade por 3 meses.”
Fonte: https://www.revistaforum.com.br/racismo-na-fgv-achei-esse-
escravo-no-fumodromo-quem-for-o-dono-avisa/
Escreva uma carta argumentativa para uma personalidade de sua preferência
que tenha sido alvo de ofensas racistas em redes sociais a fim de fazer
ponderações sobre o racismo no Brasil e sobre o ocorrido com ela na condição de
um admirador ou crítico dela. Não ultrapasse 30 linhas.

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