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Em um outro trecho da canção, o cantor diz: “Eles querem o preto com arma
pra cima, num clipe na favela gritando cocaína, querem que nossa pele seja a pele
do crime, que Pantera Negra só seja um filme (..) eles tem medo (...) de um próximo
Obama”, nos levando a pensar sobre o quanto essa história se repete
incessantemente, onde é escasso, por exemplo, negros ocupando cargos de
liderança. Um exercício capaz de refletir o que o Diogo, artisticamente chamado de
Baco, nos propõe, é o de observar quantos negros em restaurantes, teatros, festas e
shows, estão ali como clientes, como espectadores e não como empregados ou
serviçais.
Com a citação acima, é possível ter uma direção com relação a luta pela
equidade racial. Contudo, ainda caminhamos com passos lentos a esse futuro.
Como dito anteriormente, três séculos de escravidão deixam marcas tão profundas,
quase enraizadas que podem ser difíceis de reverter. Por vezes, podemos encontrar
negros que demonstram orgulho em dizer que não precisam de cotas e afirmando
que o racismo não é algo existente. Na maioria dos casos, são negros que estão
ocupando altos cargos hierárquicos em empresas e medem os demais por sua
régua. E infelizmente, ainda encontramos pessoas que ocupam posições altas em
organizações com um pensamento no mínimo retrógrado, como foi o caso da vice
presidente do Nubank, Cris Junqueira, que em entrevista afirmou que era difícil
nivelar por baixo e encontrar profissionais negros qualificados.
Como forma de fomentar ainda mais essa questão, trouxe um trecho de outro
livro que consegue dar mais embasamento a situação levantada acima:
Turma: NB2