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Trabalho de Habilidades de Vida - Parágrafo XLII do Artigo 5° da

Constituição Federal
Data: 13/05/2022
Turma: 711F
Ano: 7° ano
Tema: Racismo - Parágrafo XLII do Artigo 5° da Constituição Federal
Nomes: Gabriel Barbosa Ferreira, Arthur Carvalho Alves
Pereira,Guilherme Almeida da Silva Lima, Raoni Nunes Ramos.

Criminalização do Racismo: Uma garantia fundamental

“A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,


nos termos da lei”.

Porque o racismo existe?

O racismo só existe por causa da intolerância, da falta de educação e da


irresponsabilidade de pessoas que não aceitam as diversidades e não respeitam a diferença.
Todos devemos ter ciência de que racismo é crime e deve ser denunciado, para que os racistas
espalhados por todos os lados paguem pelo crime cometido.

Diferença entre Injúria racial e Crime racial

O que diferencia os crimes é o direcionamento da conduta, enquanto que na injúria


racial a ofensa é direcionada a um indivíduo específico, no crime de racismo, a ofensa é
contra uma coletividade, por exemplo, toda uma raça, não há especificação do ofendido.

Porque o racismo é ruim?

O racismo é capaz de interferir na autoestima da população negra. Mas, além disso,


este preconceito racial pode causar danos à saúde, se tornar um trauma, causando efeitos
psicológicos, como o transtorno do estresse pós-traumático, TOC ou ansiedade generalizada.

Caso de agressão de mulher branca contra passageira negra no Metrô


de SP é registrado como injúria racial.

Welica Ribeiro, de 35 anos, do Rio de Janeiro, estava em uma estação de Metrô na


Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, com o irmão e o pai. Segundo ela, uma mulher branca,
de cabelos loiros, que estava sentada ao seu lado pediu para que ela tomasse cuidado com seu
cabelo, que "poderia passar alguma doença".

O irmão de Welica, Jonatan Ribeiro, viu a cena e começou a filmar a discussão. "Eu
sugeri raspar minha cabeça para não incomodá-la", diz Welica no vídeo.

O corretor de imóveis Samuel Lopes, que estava no momento, presenciou o que a


mulher loira disse:

“Moça, você pode tirar seu cabelo, que você pode passar alguma doença para mim?'.
Naquela cara de cinismo mesmo".

Revoltados, os outros passageiros gritaram "racista" para a mulher e impediram sua


saída até a chegada da Polícia Militar.

A mulher negra registrou boletim de ocorrência alegando ter sofrido racismo no Metrô
de São Paulo, por uma mulher branca que fez um comentário associando o cabelo dela à
transmissão de doenças. A suposta agressora acabou escoltada pela polícia. O caso está sendo
investigado pela Polícia Civil.

Na avaliação do irmão de Welica, Jhonantha Ribeiro, a denúncia e o registro da


ocorrência são importantes por uma questão maior, que afeta o país como um todo.

"A gente está colocando a nossa cara pro Brasil todo, não está sendo fácil para minha
irmã, a gente não está conseguindo dormir direito, está sendo muito difícil, e isso não pode
ficar assim, que país estamos, meu Deus? Que mundo estamos? Isso não pode existir, a gente
não pode aceitar isso", afirmou também em entrevista ao programa.

A mulher que fez as ofensas se chama Agnes Ajda, se identifica nas redes
sociais como assistente consular do Consulado da Hungria e tem 44 anos. O Consulado da
Hungria informou que está esperando o inquérito sair para se posicionar sobre o caso.
Confirmou, no entanto, que Agnes é funcionária do órgão e não foi ao trabalho nesta terça.

Welica Ribeiro, disse nesta quarta-feira, em entrevista ao programa Encontro, da TV


Globo, que embora tenha se emocionado com a reação e apoio que recebeu de muitas pessoas,
inclusive a reação gerada dentro do vagão, está emocionalmente esgotada com tudo que viveu
nos últimos dias.

"Eu na hora tentei manter o equilíbrio porque eu fiquei com vergonha de estar
vivenciando aquela situação. O meu irmão, que quando viu aquela situação ele não se calou,
ele foi o meu grande defensor, assim como aquelas pessoas que estavam no Metrô. Eu fiquei
muito emocionada, mas infelizmente não dá para negar que eu estou emocionalmente
esgotada, eu não gostaria de estar aqui nessas circunstâncias, é muito difícil." disse Welica.
Ela também afirmou que espera que o racismo que sofreu não fique limitado à
repercussão, e que a mulher branca envolvida no caso seja responsabilizada.

Segundo o boletim de ocorrência, Agnes Ajda, a mulher loira que aparece no vídeo,
disse ser húngara e residir no Brasil há cinco anos. Ela negou ter feito comentário racista e
afirmou que se "ajeitou no banco para se afastar dos cabelos" e que teria dito para Welica: "Se
cuida porque se tiver alguém que tem doença com o cabelo, talvez você pode pegar". Segundo
Agnes, ela "quis dar uma dica" e não teve a intenção de ofender.

Bolsonaro utiliza termo considerado racista para se referir a peso de


apoiador

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a utilizar, nesta quinta-feira (12), uma
expressão considerada racista para se referir a um homem negro, durante conversa com
apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Um outro adepto aponta para o homem negro e afirma: “ele disse que levantaram ele
do chão naquela hora”. E Bolsonaro responde: “Conseguiram te levantar? Tu pesa o quê?
Mais de sete arrobas”.

O chefe do Executivo ainda complementa: “sabia que eu já fui processado por isso?
Chamei um cara de oito arrobas.”

Em 2017, enquanto discursava no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, Bolsonaro se


referiu a uma visita em um quilombo na cidade de Eldorado Paulista, no interior de São Paulo,
expondo que o “afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas” e que eles “não fazem
nada” e “nem para procriadores servem mais”.

A Justiça Federal do Rio de Janeiro condenou Bolsonaro a pagar uma indenização de


R$ 50 mil pelo episódio.

Na decisão, a juíza da 26ª Vara Federal, Frana Elizabeth Mendes, afirmou que ficou
evidenciada a total inadequação da postura e conduta praticada pelo parlamentar, que ataca
toda a coletividade e não só o grupo dos quilombolas e população negra em geral.

A magistrada ainda destacou que o exercício do direito fundamental à liberdade de


expressão, assegurado constitucionalmente, não é absoluto, e tem limites éticos, morais e
sociais de respeito ao próximo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, em abril de 2018, o então


pré-candidato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Raquel Dodge, procuradora-geral
à época, estava evidenciado que Bolsonaro praticou, induziu e incitou discriminação e
preconceito contra comunidades quilombolas, inclusive comparando-os com animais.
A Primeira Turma do STF, em setembro de 2018, rejeitou a denúncia por 3 votos a 2.
Para os ministros, prevaleceu o entendimento de que as falas estavam protegidas pela
imunidade parlamentar, já que o atual presidente era deputado federal durante o
acontecimento.

Votaram pela rejeição da denúncia o relator, Marco Aurélio, e os ministros Luiz Fux e
Alexandre de Moraes. Já Luís Roberto Barroso e Rosa Weber concordaram em receber a
denúncia, considerando que as declarações não estariam abrangidas pela imunidade
parlamentar.

A CNN entrou em contato com a Secretaria Especial de Comunicação Social da


Presidência da República e adicionará o posicionamento assim que recebido.

Mulher chama jovem negro de 'macaco' em discussão por conta de


açaí, em Taguatinga

O dono de um quiosque que vende açaí em Taguatinga, no Distrito Federal, foi alvo
de ofensas racistas feitas por uma cliente. O caso aconteceu nesta segunda-feira (9) e foi
gravado pela própria vítima, o empresário Paulo Vitor Silva Figueiredo, de 22 anos.

Nas imagens, é possível ver a mulher atacando verbalmente o rapaz. "Macaco, preto,
idiota, palhaço, ridículo, ET, inútil, pateta", disse. À TV Globo, Paulo contou que o produto
que vende já vem batido com xarope de guaraná e banana. No entanto, a cliente queria que ele
vendesse sem banana. Ao informar que não seria possível, foi atacado pela mulher.

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