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Avaliação 1 - "Educação e Relações Étnico-raciais"

Acadêmica: Gabriela de Oliveira Zaleski


Notícia: Mulher é acusada de racismo no metrô
(https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/bom-dia-sp/video/mulher-e-acusada-de-racismo-no-
metro-10539425.ghtml, acesso em 28/06/2022, às 16h54).
Welica Ribeiro, uma mulher preta do Rio de Janeiro, estava com o irmão e os pais em uma
estação de metrô em São Paulo, quando sofreu racismo no dia 02 de maio de 2022. Uma
mulher branca que estava sentada próximo, disse à Welica para tomar cuidado pois seu cabelo
estava muito próximo dela e “poderia passar alguma doença”.
O irmão de Welica, Samuel Ribeiro, registrou em vídeo o episódio, que causou revolta nos
demais passageiros. Estes, bloquearam as saídas do vagão aos gritos de “racista”, impedindo a
saída de Agnes Vadja, como foi identificada a passageira que insultou Welica.
Agnes é húngara e trabalha como assistente consular no Consulado da Hungria no Brasil. Ela
saiu escoltada pelos policias do metrô e foi levada para a delegacia, onde prestou depoimento.
Welica e a família também registraram ocorrência.
Em entrevista, Welica afirmou que todos os seres humanos merecem respeito. “Eu espero que
as pessoas entendam de uma vez por todas que somos iguais, somos seres humanos. A gente
nasce igual todo mundo, a gente vai terminar como todo mundo, que não existe melhor do
que ninguém. As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados, não porque
somos negros, mas porque somos humanos e a gente merece respeito”.
Para além de toda a ofensa gratuita sofrida por Welica e que não é um caso isolado no Brasil, a
notícia nos faz refletir sobre como as pessoas se sentem à vontade para desrespeitar o
próximo. Aqui, aliando a notícias aos textos estudados neste módulo, percebemos o quanto o
racismo está arraigado em nossa sociedade desde os primórdios, sendo validado através das
teorias raciais e do conceito de raça e etnia, difundidos até hoje.
Não há notícia sobre a condenação de Agnes Daja. Ao que tudo indica, ela prestou depoimento
e foi liberada. Não seria (além do sentimento de soberania) a certeza da impunidade, uma das
motivações de tantos casos de racismo ainda ocorrerem? Se o racismo é crime, porque as
punições não são efetivas?

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