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Instituição de ensino superior de Brasília-IESB

Psicologia Social I

Vidas negras importam

Lara Werneck- 1821120130

Júlia Thuany – 1821120121

Alyne Santos de Aguiar – 1921120130

Supervisão do professor Dr Aldry Sandro Monteiro Ribeiro

Brasília, 2020
1. Resumo

O estudo tem como foco de pesquisa o embasamento social que os


movimentos antirracistas tiveram impacto em 2020. A partir de conhecimentos
prévios sabemos que o racismo foi estruturalmente introduzido na sociedade até
os tempos atuais. Trataremos da realidade brasileira, em que, decorrente de
períodos como a escravidão os negros vindos para o Brasil, principalmente da
África, foram por séculos inferiores e sem direitos específicos. A tardia abolição
da escravidão, feita somente a partir da lei áurea assinada em 1888 oficialmente
libertou-os, e os negros se tornaram pessoas livres. A partir de então que a luta
por direitos sociais iguais começou e é presente até os tempos atuais. Muitos
negros, mesmo após a alforria, ainda continuaram em seus “trabalhos” pois a
sociedade na época não proporcionava estudos, empregos e oportunidades para o
negro ser independente financeiramente. A reinserção desse negro na sociedade
não foi feita, e os diversos caminhos que essa população encontrou para seu
sustento são considerados marginalizadas até os dias de hoje.
Palavras chave: antirracistas, racismo, realidade brasileira, escravidão,
reinserção.

2. Introdução

O atual momento de manifestações e revolta pela igualdade de


direitos começou nos estados unidos. George Floyd, um homem negro de
46 anos foi assassinado por um policial na cidade de Minneanapolis nos
EUA. “Eu não consigo respirar” ele dizia em quanto o policial jogava o
peso de seu corpo com o joelho sobre o pescoço do homem. Tal abuso de
poder, pela diferença racial e poder policial deu “start” a maior onda de
protestos que aconteceu nos estados unidos. Um reflexo de 5 séculos de
escravidão e de uma população que não tolera mais o racismo e
discriminação. O reflexo no brasil dessa vez surge de uma realidade
parecida. Em uma ação da polícia federal e civil no complexo do
salgueiro, em são Gonçalo, rio de janeiro dia dezenove de maio de dois
mil e vinte um menino de quatorze anos foi morto baleado. A polícia
levou o garoto deixando a família sem noticia por horas, até descobrirem
o óbito. A marginalização, principalmente no rio de janeiro, que foi um
dos locais principais em que os negros começaram sua jornada
independente, passaram a se formar as favelas. Inicialmente as favelas
seriam complexos de moradia e refúgio desses trabalhadores que iam
para casa apenas para dormir, até o tráfico a violência o desamparo das
autoridades proporcionarem uma auto-organização nesses complexos.
Desde então, em meio a pandemia global que o mundo vive o
Brasil foi ás ruas protestar e buscar mais uma vez os direitos dos negros.
Sobre a desigualdade e preconceito que existe com a cor, passa a ser
orientado que as pessoas brancas se engajem na luta antirracista. No
âmbito social o foco na nossa discussão vai ser a questão de que o negro
está tanto culturalmente quanto historicamente em uma posição inferior,
até os dias de hoje.
A negritude foi estereotipada no âmbito da sexualidade o e
rebaixamento principalmente pela linguagem e alguns termos utilizados
desapropriam e desrespeitam as raízes negras. O “embranquecimento” da
população termo utilizado por Fannon, no livro “pele negra, mascaras
brancas”, é um fator muito discutido pois, o homem negro observa na
mulher branca a possibilidade de ter filhos brancos e sair dessa realidade
que o permeia, e vice e versa. Um temo utilizado atualmente chamado
“palmitar” é a junção do casal inter-racial, em que principalmente quem
tiver a pele negra vai estar desonrando suas raízes e não terá a
possibilidade maior de ter herdeiros negros.

3. Justificativa
Acompanhar a mãe que é branca a uma ida ao banco e ser confundido
com um bandido, é uma situação hipotética que, quem é negro vai sofrer na pele
a discriminação e o racismo. Visualizar um negro vindo na sua direção e
associar o ser com um marginal. Ser menina negra e ter vergonha de usar short
para não expor seu corpo, ou alisar o cabelo para se parecer com as meninas
brancas. São situações cotidianas que mostram esse viés da pessoa negra e tudo
o que ela sofre. O privilegio branco, conceito que exprime que o tom da sua pele
por ser branca, não prejudica a vida cotidiana, que a partir do momento do seu
nascimento como pessoa branca já passa a usufruir do sistema que oprime os
negros. A partir dessa afirmação, pode-se mudar o jogo e passar a ensinar outras
pessoas do que se trata o privilegio branco, optar por ser antirracista e confrontar
e ter voz ativa em injustiças raciais ouvindo e ampliando a voz dos negros. Na
perspectiva da psicologia e principalmente da psicologia social, essas pessoas
que sofrem racismo devem ser tratadas por um terapeuta com cuidado. Buscar
em cada indivíduo onde essa dor o fere, onde o racismo e as agressões de forma
verbal psicológica e física o atingiram. Apresentar formas em que o indivíduo
vai encontrar força em si mesmo, e em seus antepassados que enfrentaram uma
vida cruel para que assim possam vencer essa luta.

4. Sugestões
Todas as vezes que um ato de racismo ocorre é dolorido para que o sofre e o
acompanhamento com um profissional da área de saúde mental é de extrema
necessidade. Um viés que é importante é que existam informações e interesse desse
indivíduo em buscar um apoio psicológico. Alguns fenômenos socialmente conhecidos,
e apresentados na proposta de introdução são campos em que a psicologia precisa atuar.
Abolir do vocabulário algumas falas como: neguinho, denegrir, criado-mudo, lista
negra, ovelha negra, mulata, da cor do pecado entre outras que podem ser evitadas e
devem ser questionadas pelo psicólogo se escutadas em sessão. A grande sexualização
do corpo feminino negro e a vontade do negro de se relacionar apenas com pessoas de
outra cor é uma grande forma de racismo, deve ser observada e tradada conforme for
apresentada de individuo para indivíduo.
5. Objetivos
5.1 Geral: Apresentar com um viés social o racismo no Brasil a partir das
notícias atuais.

6. Conclusão
Assim, podemos observar que as manifestações que ocorreram no Brasil
e no mundo no movimento “vidas negras importam” foi de extrema importância
e esclarecimento, coloca mais uma vez em pauta que todos somos iguais
merecemos direitos iguais. É evidente que apenas com as manifestações mais
uma vez o racismo não vai ser abolido da sociedade, mas, com informações
compreensão do assunto, busca de ajuda correta de uma rede de apoio, essa luta
passou a ser de todos. O mundo inteiro busca por igualdade e liberdade de
direitos, portanto para que cada indivíduo alcance o grau que deseja é preciso de
ajuda, de um profissional psicólogo, de alguém para te escutar e acolher toda a
sua história.

7. Referências :
Artigo eletrônico
Kawahala, E. & Vivar y Soler, R. D. (2010). Por uma psicologia social
antirracista: contribuições de Frantz Fanon.
Psicologia & Sociedade, 22(2), 408-410.
Notícia
https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/rj/rio-de-janeiro/
noticia/2020/05/19/menino-de-14-anos-e-baleado-durante-operacao-no-
complexo-do-salgueiro-rj.ghtml
Notícia
https://www.opovo.com.br/noticias/mundo/2020/06/03/vidas-negras-importam--
movimento-norte-americano-traz-luz-a-desigualdade-racial-no-brasil.html

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