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Trabalho de História

A importância da luta das organizações femininas


pelos direitos das mulheres nos dias atuais.

Alunas(o): Yasmim Lima e Rayssa Karla


Escola: Calpúrnia Caldas de Amorim
Professor(a): Mônica Sabino Matéria: História
Série :9° Ano “A” Turno: Vespertino

Jardim do Seridó RN 2023


Consciência Negra
20 de novembro

O que é consciência negra?

A consciência negra é, basicamente, o orgulho da cor da pele negra. A ideia foi extraída
dos movimentos sociais que lutam contra o racismo e pela igualdade racial.Consciência
negra é um termo que ganhou notoriedade na década de 1970, no Brasil, em razão da
luta de movimentos sociais que atuavam pela igualdade racial, como o Movimento
Negro Unido. O termo é, ao mesmo tempo, uma referência e uma homenagem à cultura
ancestral do povo de origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado
por séculos no Brasil. É o símbolo da luta, da resistência e a consciência de que a
negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu lugar na sociedade.Muitas
pessoas, erroneamente, dizem que não se deve celebrar a consciência negra, e sim a
consciência humana. Isso, no entanto, é uma ideia que pode até ter surgido com boas
intenções, mas acabou prestando um desserviço à luta contra o racismo e a favor
da igualdade racial. A consciência negra é isto: um misto de conscientização da
importância do preto na sociedade, do reconhecimento do valor, da cultura e da luta de
pessoas pretas que não se calaram e levantaram a cabeça contra o racismo. Apesar do
protagonismo negro nessa consciência — que mais do que uma ideia ou conceito, é uma
espécie de prática que dá “movimento” aos movimentos sociais —, podemos esperar
que, a partir do choque com a consciência negra, as pessoas brancas repensem suas
práticas.

A importância de celebrar o dia da consciência negra


Dia 20 de novembro foi instituído como o Dia da Consciência Negra. A data faz referência à
morte de Zumbi dos Palmares, o então líder do Quilombo dos Palmares e importante
personagem da resistência à escravidão no Brasil, que foi morto em 1695 por bandeirantes
liderados por Domingos Jorge Velho.  A data de sua morte, descoberta por historiadores no
início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a
Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a
figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem
como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.  Com isso, o dia 20 de novembro
tornou-se uma data para celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão e
conscientizar sobre a força, a resistência e o sofrimento que a população negra viveu no Brasil
desde a colonização
As barreiras que os negros enfrentam nos dias atuais no
Brasil.

Embora mais de um século já tenha se passado desde a abolição da escravatura no Brasil,


pouco mudou em relação à situação do negro na sociedade. Eles são mais de 106 milhões de
pessoas. São mais da metade da população do país. Mas, ainda hoje, no Brasil, os negros têm
todos os indicadores sociais inferiores aos dos brancos. Marginalizados, ainda hoje os negros
e mulatos brasileiros disputam um lugar ao sol, tentando se libertar dos grilhões invisíveis do
racismo e da discriminação. Mesmo que as autoridades brasileiras não admitam a existência
do preconceito racial, todos sabem que ele existe e que está impregnado na estrutura de nossa
sociedade. Sociedade essa que privilegia clara e abertamente os brancos. Isso pode ser
constatado principalmente no mercado de trabalho. Um estudo * mostrou que um trabalhador
de fábrica branco ganha cerca de 75% mais do que um negro que realiza o mesmo serviço.
Outro dado obtido foi o de que para cada ano escolar cursado, brancos ganham 3,5% a mais
enquanto mulatos ganham 2,3% a mais e negros apenas 2,2% a mais. 
Apesar da luta contra o racismo ainda estar longe de seu fim, os negros obtiveram grandes
vitórias recentemente. Exemplo disto é a reforma constitucional de 1988, quando o racismo foi
finalmente incluído como sendo crime inafiançável. Podemos citar também a crescente
aparição dos negros no cenário político e nas séries e novela televisivas; e claro, não se pode
esquecer da criação das entidades protetoras dos direitos dos negros, prontas a denunciar
casos de injustiça racial. 
Com isso, espera-se que num futuro relativamente próximo, o Brasil venha realmente a ser uma
nação igualitária!.

A DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL.

Hoje, sabe-se que os negros vêm enfrentando desafios para garantir os seus direitos na
sociedade. Com isso, já conseguiram ter grandes avanços como exercer cargos importantes,
obter salários mais justos e principalmente ingressar uma faculdade. Com essas conquistas
citadas Vemos,  que todos nós somos iguais, independentemente de sua raça, portanto, não
devemos tratá-los com indiferença. De caráter estrutural e sistêmico, a desigualdade racial no
Brasil é inquestionável e persiste devido a fragilidade de políticas públicas para o seu
enfrentamento. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por
exemplo, os negros representam 70% do grupo abaixo da linha da pobreza.
No Brasil, as desigualdades raciais ainda são muito comuns, devido ao fato de
encontrarmos pessoas que praticam atos racistas. Mas  isso não impediu com que os negros
ganhassem novos caminhos para serem bons profissionais. Um desses exemplos é o jurista e
ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, atualmente advogado, ainda é um
dos poucos juízes negros que exercem essa e outras áreas importantes dentro do nosso país.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2003 e 2015,
houve não somente o aumento salarial, como também o número de pessoas negras assumindo
grandes empresas ou indústrias, só que os percentuais são muito baixos, chegando a 30%. 
O movimento negro.

O movimento negro começou a surgir no Brasil durante o período da escravidão. Para


escapar do trabalho forçado, os negros escravizados fugiam e se organizavam em quilombos.
Ali viviam livres em comunidades que podiam abrigar desde poucas famílias a centenas de
pessoas.. Ao longo dos anos, o movimento negro se fortaleceu e foi responsável por diversas
conquistas desta comunidade, que por séculos foi injustiçada e cujos reflexos das políticas
escravocratas ainda são visíveis na sociedade atual.
O movimento negro no Brasil surge, ainda de forma precária e clandestina, durante o período
escravagista. Grandes personagens se insurgiram contra o sistema e impulsionaram o
movimento.  Dentre eles, um dos mais conhecidos é Zumbi dos Palmares (líder do Quilombo
dos Palmares). Vale lembrar que os escravizados utilizavam-se da quilombagem (fuga para os
quilombos e outros tipos de protestos) e do bandoleirismo (guerrilha contra povoados e
viajantes) para rebelar-se contra a escravidão. Ainda no mesmo período, o Movimento Liberal
Abolicionista passa a ganhar força, desenvolvendo a ideia de fim da escravidão e comércio de
escravos. Como resultado, foi promulgada em 13 de Maio de 1888 a Lei Áurea, encerrando o
longo período escravagista. A população negra inicia então um novo desafio: a luta contra o
preconceito e desigualdade social.
Depois da abolição da escravatura o movimento negro continuou em suas ações
reivindicatórias, sempre enfrentando resistências, repúdio e incompreensão de vários setores
da sociedade brasileira, ocorrendo fases de avanço e outras de recuo.
Muitos jornais e associações foram fundados em todo o país defendendo a igualdade e
melhores condições de vida para os negros, e em vários momentos foram formados grupos de
destacada atuação em diferentes linhas, como a Frente Negra Brasileira, a Associação
Cultural do Negro, o Teatro Experimental do Negro, o Centro de Cultura e Arte Negra,
o Quilombhoje e o Movimento Negro Unificado. Esse ativismo conseguiu reforçar a identidade
étnica e influir na criação de legislação, resgatou memórias, valores e tradições,
produziu expressiva literatura e iniciou um processo de revisão crítica da história, ressaltando
a importância dos negros para a construção do país e sua cultura, assim como iniciou a
derrubada do mito da democracia racial e a desfolclorização da imagem do negro.Apesar
dessas importantes conquistas, o movimento negro está longe de ter alcançado todos os seus
objetivos. Uma grande parcela da população ainda é racista e resiste à ideia da igualdade,
o preconceito está amplamente disseminado na sociedade e todos os indicadores sociais,
culturais e econômicos mostram que o negro permanece discriminado e em significativa
desvantagem em relação ao branco. Essa realidade se estende ao campo da educação,
território que apesar de ser marcado por lutas e avanços, ainda enfrenta muitos desafios,
principalmente após a pandemia do novo coronavírus que exigiu medidas de segurança de
isolamento social e o ensino emergencial remoto, evidenciando ainda mais as disparidades
socioeconômicas, educacionais e raciais.

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