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COLÉGIO MARISTA NOSSA SENHORA DA PENHA

COMPONENTES:
Emilly Elesbão Scofield
Lara Stöckl Valadares
Lucas Andrade Monjardim
Luísa Ramos de Moura Gomes
Maria Luiza Carlini Beliqui

II - Seminário Movimentos Sociais do Brasil no século XXI.

Tema: O Movimento Negro pelos direitos e igualdade no Brasil

Disciplinas: História

Vila Velha
2023
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2
2 OS MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O BRASIL ................. 2
3 O MOVIMENTO NEGRO: LUTA PELA IGUALDADE ............................................ 4
3.1 PRINCIPAIS LÍDERES DA LUTA CONTRA O RACISMO NO BRASIL .............. 5
4 AS ORIGENS E DESENVOLVER DO MOVIMENTO NEGRO EM TERRAS
BRASILEIRAS ............................................................................................................ 8
4.1 O DIA DA CONSCIENCIA NEGRA ................................................................... 10
5 O MOVIMENTO NEGRO NO SÉCULO XXI ......................................................... 11
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 14
ANEXOS ................................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 16
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1- INTRODUÇÃO

Neste conjunto de artigos será abordado sobre o movimento negro ao decorrer das
décadas e sua presença e impacto no século XXI. O movimento social negro no
Brasil é uma importante expressão de resistência e luta contra o racismo e pela
igualdade de direitos para a população negra. Ao longo da história, os negros no
país enfrentaram e ainda enfrentam diversas formas de discriminação e exclusão
social, o que motivou a organização e mobilização desse movimento. tem sido
fundamental na construção de uma consciência racial crítica e na promoção do
empoderamento da população negra. Por meio de manifestações, protestos,
debates e mobilizações, o movimento tem buscado sensibilizar a sociedade e as
instituições para a necessidade de combater o racismo e promover a igualdade
racial.
O movimento social negro no Brasil é um importante força de resistência e luta
contra o racismo e pela igualdade de direitos. Sua atuação tem contribuído para a
conscientização e transformação da sociedade, visando a construção de um país
mais justo e igualitário para todos.

2 OS MOVIMENTOS SOCIAIS E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O BRASIL

Os movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da


sociedade que visam lutar por alguma causa social. Em reumo, o grito levantando
pelos movimentos sociais representa a voz de pessoas excluídas do processo
democrático, que buscam ocupar os espaços de direito na sociedade e causar
mudanças que tenham impacto positivo no cotidiano de uma população. Eles podem
influenciar politicamente, economicamente, em religiões e em outros fatores.

Os movimentos sociais podem ser determinados como grupos da sociedade


formados com o objetivo de promover mudanças sociais e políticas que influenciam
em determinada causa que tenha haver com a exterminação do preconceito no
cotidiano. Eles não são exclusividade de um único país ou região, por isso, estão
listados abaixo os movimentos sociais de maior reconhecimento mundial.
* Movimento Estudantil;
* Movimento Feminista;
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* Movimento LGBTQIA+;
* Movimento Negro;
* Movimentos indígenas;
* Movimento Operário;
* Movimento Ambientalista;
* Movimentos de Trabalhadores de diversos setores.
As Organizações não governamentais (ONG´s) também podem ser consideradas
movimentos sociais, já que sua implementação na sociedade reflete a disseminação
de desigualdades e se influenciam com base nos surgimentos desses movimentos.
Os principais episódios realizados por movimentos sociais em ação foram o
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST).

Durante a década de 1960, grupos contra a ditadura, a favor dos direitos humanos e
que não concordavam com as práticas políticas e econômicas tiveram grande
destaque. O período ditatorial impedia as manifestações populares, marchas e
protestos contrários ao regime. Por conta disso, muitos movimentos sociais atuavam
na clandestinidade. Os primeiros movimentos sociais visavam resolver os problemas
de classes sociais e políticos, como a ampliação do direito ao voto mas com a
modernidade e urbanização, ao decorrer das décadas de 1980 e 1990, os
movimentos feministas, negros, LGBTQIAP+, pelas crianças, pessoas portadoras do
vírus da aids, cadeirantes, crianças, indígenas, por moradia e pelo meio ambiente
ganharam mais visibilidade.

Pode-se concluir que os movimentos sociais desenvolvem seus repertórios de ação


utilizando as oportunidades disponíveis de acesso e atuação institucional,
possibilitadas pelos subsistemas e pelo regime, ao mesmo tempo que buscam por
meio delas criar chances de acesso e atuação institucional, e é responsável pela
formação de uma sociedade democrática ao tentarem possibilitar a inserção de cada
vez mais pessoas na sociedade de direitos.
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3 MOVIMENTO NEGRO: LUTA PELA IGUALDADE

No Brasil, o movimento negro também tem uma longa história de luta por igualdade
e justiça racial. O país enfrentou séculos de escravidão, e após a abolição da
escravidão em 1888, a população negra continuou a enfrentar discriminação e
desigualdade em diversas formas. O movimento negro no Brasil tem buscado
combater o racismo estrutural, promover políticas de ação afirmativa, como cotas
raciais em universidades, e destacar a importância da valorização da cultura afro-
brasileira.

Além disso, líderes e ativistas negros desempenharam papéis fundamentais na


promoção dos direitos civis e na conscientização sobre a questão racial no país. A
luta por igualdade racial no Brasil continua sendo um desafio importante, com a
busca por políticas públicas mais inclusivas e a educação sobre a história e a cultura
negras desempenhando um papel crucial.

O Movimento Negro Unificado (MNU) foi lançado no dia 7 de julho de 1978 em São Paulo e desde
então são um total de 40 anos de ação pelo reconhecimento do negro em sua plenitude, ele busca
desmascarar o racismo na nação e foi um marco de resistência na história contra a ditadura militar.
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3.1 PRINCIPAIS LÍDERES DA LUTA CONTRA O RACISMO

Temos incontáveis personalidades negras que contribuíram para a história do nosso


país, neste artigo reunimos 4 das principais lideranças da luta contra a desigualdade
racial no Brasil:
3.1¹ Zumbi dos Palmares
Zumbi dos Palmares foi um nome renomado entre os escravos da época de
colonização no Brasil, considerado um dos símbolos de luta e reconhecido pela
comunidade negra, ele foi denominado líder do Quilombo dos Palmares foi uma
comunidade formada por escravos fugitivos das fazendas e indígenas, em que eram
violentamente explorados, no século XVII. Mostrou também grande habilidade no
planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos
militares estratégicos. Ele é a prova que os negros que foram escravizados por aqui
não foram submissos e alienados. O corpo do herói foi esquartejado para mostrá-lo
sem vida e sem capacidade de lutar, mas suas ações de resistências servem de
inspiração até hoje. Existem muitos livros que contam a biografia de Zumbi e seu
quilombo.

Zumbi dos Palmares na pintura feita por Antônio Parreiras


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3.1² Carolina Maria de Jesus


Carolina foi uma escritora brasileira de pouca instrução e sem escolaridade que se
destacou por seus relatos, em forma de diários, sobre sua dura realidade na favela.
Ela é autora do livro “Quarto de Despejo”, entre outras obras, que são marcadas por
relatos de uma mulher negra de classe baixa vivendo seu dia a dia repleto de
sofrimento e superação e pela escrita com erros da linguagem portuguesa deixada
em seus livros, que comprovam a veracidade da história. A obra conta o cotidiano de
uma mulher negra e favelada no Brasil do século XX, trazendo uma sensibilidade
que dá força e inspira mulheres que lutam diariamente para sobreviver. Infelizmente,
a realidade trazida nos seus diários ainda é muito atual, assim sendo alvo de citação
em muitas redações de estudantes.

Fotografia de Carolina Maria de Jesus

3.1³ Machado de Assis


Ele foi um ícone da Literatura brasileira, contendo obras famosas no Brasil, como
“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Dom Casmurro” e muitas outras. Fundou a
Academia Brasileira de Letras (ABL) e foi seu primeiro presidente, conhecida por
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“Casa de Machado de Assis”. O escritor ocupou cargos de responsabilidade em


ministérios e outros órgãos públicos. Com a abolição da escravatura e a
Proclamação da República, tentou-se criar uma nação brasileira que se aproximasse
de um ideal europeu, a partir de políticas de “embraquecimento” da população e por
isso Machado de Assis infelizmente não foi poupado disso, sua imagem foi cada vez
mais embranquecida após sua morte em 1908, como é visto em alguns filmes, mas
atualmente alguns ativistas lutam para reverter esse processo.

Retrato de Machado de Assis

3.14 Antonieta de Barros


Ela foi a primeira mulher negra eleita deputada no Brasil, em 1934, pelo estado de
Santa Catarina. Ela é conhecida pelas suas lutas por igualdade de gêneros, racial,
liberdade de expressão, pela educação como um meio de mudar e melhorar nossa
realidade. Era uma Mulher negra, seguia carreira também como jornalista, e foi
fundadora e diretora do jornal “A Semana” (entre 1922 e 1927), Antonieta teve de
impor seu lugar e sua fala em um contexto nada propenso às opiniões femininas. As
três causas da vida e luta de Antonieta permanecem pautas centrais, ainda a serem
alcançadas: educação para todos, valorização da cultura negra e emancipação da
mulher.
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Retrato de Antonieta de Barros

4 AS ORIGENS E DESENVOLVER DO MOVIMENTO NEGRO EM TERRAS


BRASILEIRAS

Falar sobre a história do Brasil é automaticamente falar sobre a África e seus


diversos povos e culturas, já que ela foi o principal fornecedor de escravos na era da
colonização escravidão, que foi onde o movimento negro surgiu, de forma precária e
clandestina. Para defender-se das violências e injustiças praticadas pelos senhores,
os negros escravizados se uniram para buscar formas de resistência.

Vários importantes personagens se insurgiram contra o sistema e impulsionaram o


movimento, dentre eles, um dos mais conhecidos é Zumbi dos Palmares (líder do
Quilombo dos Palmares) por exemplo. Vale lembrar que os escravizados se
utilizavam da quilombagem e do bandoleirismo (guerrilha contra povoados e
viajantes) para rebelar-se contra a escravidão. Nesse mesmo período, o Movimento
Liberal Abolicionista passa a ganhar força, Como resultado, foi promulgada em 13
de maio de 1888 a Lei Áurea Lei n. 3.353, encerrando o longo período escravagista.
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Graças a rebelião contra a escravidão no século XVII, que ocasionou a sua


independência em 1804, muitos episódios relacionado ao movimento surgiram,
como quando sob direção de Toussaint L’Ouverture – colocavam em prática os
grandes princípios da Revolução Francesa. acerca do movimento preconceituoso
pós-abolição, que pretendia aprimorar a genética humana favorecendo o
branqueamento do povo negro.

No final do século XIX, durante uma parte do século XX, circulavam-se jornais e
revistas voltados aos negros, que se tornaram meios de denúncia de atos praticados
contra os negros, e seu agrupamento de publicações passou a ser conhecido como
Imprensa Negra Paulista. Em 1931, é fundada a Frente Negra Brasileira virou um
partido político, que foi extinto com os demais na criação do Estado Novo. Esses
grupos começam a se organizar, formando entidades importantes na história pelo
direito dos negros, tendo como exemplo a União dos Homens de Cor e o Teatro
Experimental do Negro. Já na década de 60, a caminhada dos grupos no Brasil
ganha novas influências e referências, como o Movimento dos Direitos Civis nos
EUA e a luta africana contra a segregação racial e libertação de colônias.

Em 1995 ocorreu a Marcha Zumbi que contou com a presença de 30 mil pessoas,
despertando a necessidade de políticas públicas destinadas aos negros, como forma
compensatória e de inclusão nos campos socioeducativos. Devido a dados
alarmantes do IBGE e IPEA , um decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso
instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial para a Valorização da População
Negra.

A instauração de medidas práticas passa a ser realizada só após a Conferência


Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatadas
de Intolerância (Durban, África – 2001). A partir daquele momento o governo
brasileiro passa a ter interesse em demonstrar, efetivamente, o cumprimento de
resoluções determinadas internacionalmente pelos órgãos de Direitos Humanos,
assim sendo criados programas de cotas raciais, iniciativas estaduais e municipais, e
em 2003, a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Presidência da República (SEPPIR).
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Originado em meio a ditadura militar em 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU)


é uma organização pioneira na luta e conquistas da população negra no Brasil, que
é marcada por uma manifestação que reuniu milhares de pessoas em frente ao
Teatro Municipal de São Paulo. Suas principais conquistas foram:
* Formulação de demandas do movimento negro para a construção da Constituição
Cidadã durante a Assembleia Constituinte de 1988;
* Criação do Dia Nacional da Consciência Negra, o 20 de novembro, em 2011;
* Demarcação de terras quilombolas;
* Lei 10.639 – estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-
brasileira nas disciplinas dos ensinos fundamental e médio;
* Lei de cotas nas universidades;
* Lei nº 7.716 – define como crime aqueles resultantes de preconceito de raça ou de
cor;
* Reconhecimento de Zumbi dos Palmares como herói nacional.

Manifestações contra o racismo em época de ditadura militar.

4.1 O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

É uma data comemorativa instituída pela lei nº 12.519 de 10 de novembro de 2011,


sendo uma das conquistas do movimento negro brasileiro. A escolha da data foi
devido ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil.
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Ela foi estabelecida para favorecer debates sobre o tema e a conscientização da


sociedade brasileira a respeito do racismo, para que a história do decorrer desse
movimento não seja apagada, tanto na era da escravidão quanto na realidade
Brasileira dos dias atuais. Entretanto, a lei não transformou a data em feriado
nacional, ficando a critério de cada estado ou cidade optar ou não pelo feriado já que
o Brasil é uma república federalista desde o Mandato de Dutra. Sendo assim, o dia
20 de novembro é uma data fundamental para a reflexão sobre desigualdades e
violências que ainda estão presentes no cotidiano da população negra, além dos
impactos que os 388 anos de escravidão ainda causam nos dias de hoje.

5 O MOVIMENTO NEGRO NO SÉCULO XXI

Ao decorrer do século XXI, o Brasil tem testemunhado um contínuo e vigoroso


movimento negro que luta incansavelmente contra o racismo, a desigualdade racial
e pela promoção da igualdade de direitos. Ele não apenas denunciou o racismo
estrutural que permeia a sociedade, mas também tem buscado a representatividade
política, cultural e social, combatendo a violência policial e promovendo a
conscientização sobre a cultura afro-brasileira. Este Capítulo explora os principais
aspectos, desafios e impactos do movimento negro no Brasil neste século,
destacando a sua influência na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
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De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a


população negra enfrenta desigualdades gritantes em áreas como saúde, educação
e emprego devido ao racismo estrutural que se encontra em grande percentual nas
regiões Brasileiras. Os negros continuam a sendo não tão inclusos em posições de
poder e influência, revelando a necessidade de políticas públicas que combatam
essas disparidades, tendo como exemplo a escassa presença de negros em cargos
executivos de grandes empresas, apesar de comporem grande parte da população.

Representatividade é outro fator importante pelo qual o movimento negro tem lutado,
a eleição de políticos negros tem se mostrado crucial para trazer questões raciais ao
centro do debate político. Marielle Franco foi uma vereadora do Rio de Janeiro que
foi assassinada em 2018, é um exemplo emblemático desse tópico. Ela também foi
um líder importante para o movimento negro e se dedicou a defender os direitos
humanos e combater a violência policial nas comunidades marginalizadas.

Uma das questões mais críticas enfrentadas pelo movimento negro é a violência
policial, comum contra jovens negros em favelas, que de acordo com o Fórum
Brasileiro de Segurança Pública, em 2020, 78% das vítimas de homicídios por arma
de fogo no Brasil eram negras. Organizações como a do Movimento Negro Unificado
(MNU) e a Anistia Internacional têm liderado campanhas para combater essa
violência e exigir a responsabilização dos agentes envolvidos, e como demonstração
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da luta por esse fator esse tema é um dos mais abordados em vias de
entretenimento das mídias sociais brasileiras, tendo como exemplos vídeos,
documentários e entrevistas em canais da plataforma youtube e redes ao vivo, e
também filmes, como o famoso e clássico filme da cinematografia Brasileira, tropa
de Elite (trailer em Anexo A), muito conhecido pela população.

A taxa de homicídio da população negra em 2012 (Que no período entre 2002 a


2012 a porcentagem de homicídios entre a população negra teve um maior
percentual comparação ao total de ocupação do Brasil) foi de 40,4 para grupo de
100 mil habitantes, ao passo que a população branca teve uma taxa de 16,4 para
cada 100 mil habitantes. No total, morrem 24 pessoas negras a mais do que
pessoas brancas por grupos de 100 mil habitantes, fator que demonstra claramente
a desigualdade racial e o impacto desse problema refletido na população.

As escolas tem uma importante função na sociedade, possuindo grande parcela de


responsabilidade na luta por justiça social. A política eugenista que ganha força após
abolição da escravatura no Brasil é ligada a resistência e a luta do movimento negro,
que resultou na elaboração das Leis n. 10.639 (BRASIL, 2003) (que tornou
obrigatório o ensino da história da África nas escolas, contribuindo para uma
compreensão mais ampla da herança africana na cultura brasileira e apesar de
representar grande conquista para os movimentos negros não significou o fim da
luta pela educação, pela valorização cultural e pela cidadania) e n. 11.645 (BRASIL,
2008), as quais alteraram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) n. 9.394 (BRASIL, 1996) por exemplo. Essas legislações representam a
conquista dos movimentos negros e indígenas e fortalecem a necessidade de se
trabalhar o respeito às diferenças e à interculturalidade nas escolas.

As redes sociais têm sido uma ferramenta poderosa para mobilizar o movimento
negro. Campanhas virais como #VidasNegrasImportam e #BlackLivesMatter
demonstram a capacidade das mídias sociais em conscientizar e mobilizar pessoas
em todo o mundo. Ela também tem sido alvo de informatizar as mais diversas
matérias sobre o assunto, tanto no mundo de negócios quanto no de entretenimento,
pode-se ver um exemplo dessas notícias recentes conforme citado no Anexo B.
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Na foto é representado pessoas reunidas ao Conaq ao denunciarem a situação dos quilombolas


frente à pandemia e a omissão do governo em protegê-los.

6 CONCLUSÃO

Concluindo, O movimento negro no Brasil uma narrativa rica em histórias de luta e


conquistas que ecoam a fora e a resiliência do povo afrodescendente. Ao longo dos
séculos, os negros enfrentaram desafios inimagináveis, desde a escravidão até as
desigualdades sociais persistentes. No entanto, sua perseverança e determinação
resultaram em importantes conquistas ao longo do tempo. O movimento negro
brasileiro tem raízes profundas que remontam ao período colonial, quando os negros
escravizados começaram a resistir opresso, promovendo formas de resistência
cultural e religiosa que se tornaram fundamentais para a preservação de suas
identidades. Ao longo dos anos, essa luta evoluiu para um movimento político e
social mais organizado, com líderes como Zumbi dos Palmares, que simbolizou a
busca pela liberdade e pela igualdade. No século 20, o movimento negro ganhou
fora com a criação de organização como o Teatro Experimental do Negro e a Frente
Negra Brasileira, que buscavam visibilidade e igualdade para a população negra.

ANEXOS

A. Trailer do filme tropa de Elite:


https://www.youtube.com/watch?v=uZBiNJQxtGw
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B. Abaixo veremos algumas notícias atuais sobre o movimento abordado:


• “no dia 11 de agosto de 2020, a Coalizão Negra por Direitos protocolou o
56º pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Naquele momento, o país ultrapassava as 100 mil vidas perdidas para a
covid-19. A Coalizão Negra foi a organização mais bem sucedida na
segunda década do século 21, ela se apresenta como uma articulação
abrangente, nacional e com projeção Internacional do movimento negro
brasileiro, A novidade dela, em relação a todas as outras, é que ela tem
uma articulação forte na zona rural, com as comunidades quilombolas, e
nos quilombos urbanos também”. Entre as entidades filiadas à Coalizão,
está a Coordenação Nacional de Articulação dos Quilombos (Conaq), que
está presente em 18 dos 27 estados da Federação.”

• “ “Menina bonita, que cor você tem?”, novo livro infantil inspirado em uma
história real, conta um episódio de racismo vivido pela filha da
autora, Aline Carvalho. Para acolher e empoderar a pequena, a escritora
decidiu recorrer à contação de histórias para dialogar sobre a negritude, a
importância da diversidade e o respeito às diferenças. O intuito da autora
é tornar “Menina bonita, que cor você tem?” uma ferramenta de conversa
entre pais e filhos sobre o enfrentamento de preconceitos e a defesa da
pluralidade. O livro também tem sido utilizado por psicólogos para dialogar
com crianças que sofreram algum tipo de discriminação.”

• “O projeto de extensão “Encontro Temático da Comunidade Negra de Juiz


de Fora”, em parceria com a Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), definiu, na última segunda-
feira, 25, o tema da V Semana de Consciência Negra da UFJF. A Semana
irá abordar os 20 anos da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da
história e cultura africana e afro-brasileira. Além da definição do tema, que
contou com a colaboração de coletivos, grupos e movimentos negros, o
evento já tem data para acontecer. Será entre os dias 13 e 30 de
novembro, com inscrições entre 1º e 15 de outubro (2023).”
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.normasabnt.org/abnt-nbr-14724/

https://portalantigo.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/livros/180705_livro_bur
ocracia_e_politicas_publicas_no_brasil_cap04.pdf

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-
definicao.htm#:~:text=Os%20movimentos%20sociais%20s%C3%A3o%20de,amplia%C3%A7%
C3%A3o%20do%20direito%20ao%20voto.

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/movimentos-sociais-breve-
definicao.htm#:~:text=Os%20movimentos%20sociais%20s%C3%A3o%20de,amplia%C3%A7%
C3%A3o%20do%20direito%20ao%20voto.

https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-da-consciencia-negra.htm

https://www.brasildefato.com.br/2020/11/20/artigo-o-negro-em-movimento-e-a-
celebracao-da-consciencia

https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/em-pleno-seculo-21-ainda-temos-que-fazer-
campanhas-antirracistas/

https://mundonegro.inf.br/mae-escreve-livro-infantil-para-reconstruir-autestima-da-filha-
vitima-de-racismo-na-escola/

https://mundonegro.inf.br

https://www2.ufjf.br/noticias/2023/09/26/5a-semana-de-consciencia-negra-aborda-20-
anos-da-lei-10-639/

https://www.brasildefato.com.br/2021/11/20/o-movimento-negro-do-seculo-xxi-avanca-na-
agenda-internacional-e-pauta-a-politica-brasileira

https://www.expociee.com.br/virtual/6-liderancas-negras-importantes-na-historia-do-brasil/

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Zumbi_dos_Palmares

https://brasilescola.uol.com.br/amp/biografia/machado-de-assis.htm

https://www1.udesc.br/?id=2678

https://www.cedem.unesp.br/#!/documento-da-semana/

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