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COLÉGIO ESTADUAL MAESTRO MIGUEL AFFIUNE

Vanessa Ribeiro Nascimento


3° ano B

MOVIMENTOS SOCIAIS:
Movimento negro e estudantil

Formosa – GO
2022
INTRODUÇAO

Nesse trabalho estará presente um breve resumo do que é o movimento negro, suas duas vertentes
mais amplas, o movimento negro na África do sul, Estados unidos e também no Brasil.
Estarei citando pessoas importantes para o movimento e a criação de leis que defendem a
existência do povo negro, citarei também a criação do Dia Nacional da Consciência Negra e o
surgimento do movimento negro unificado (MNU).
Também estará presente a história do movimento estudantil.
Movimento negro

Chamamos de movimento negro um conjunto de movimentos sociais históricos que lutam pela
igualdade social e de direitos para a população negra e pelo fim do racismo.
O que denominamos movimento negro é, na verdade, um conjunto de movimentos sociais que
lutam contra o racismo e pela igualdade social e de direitos entre negros e brancos, sobretudo no
mundo ocidental, marcado pela escravização de povos africanos.
Desde o século XIX, vários movimentos surgiram em defesa da igualdade de direitos civis, contra
a escravidão e contra o racismo. A maior parte desses movimentos concentrou-se em países
americanos e na África do Sul, por conta da escravização (nas Américas) e do imperialismo inglês e
do apartheid (na África do Sul). No século XX, os movimentos ramificaram-se, desenvolvendo pautas
de lutas sociais distintas de acordo com as necessidades da população negra local.

Movimento de igualdade racial


Apesar das diferenças inerentes aos tipos de movimento que têm em comum a temática racial, o
denominador de todos eles é a reivindicação da igualdade racial entre negros e brancos. Devido à
escravização e ao colonialismo (movimento histórico de invasão e colonização de países americanos,
africanos e asiáticos por parte de países europeus), que causou a captura e comercialização de negros
africanos como escravos em todo o mundo, sobretudo nas Américas, vivemos as consequências de um
sistema extremamente desigual e cruel com os descendentes das pessoas escravizadas.
No século XIX, a escravidão foi legalmente extinta no mundo ocidental, apesar disso, suas
consequências aos povos africanos deixaram marcas profundas na sociedade e os negros continuaram
sendo tratados como inferiores. No sul dos Estados Unidos e na África do Sul, houve um sistema de
segregação racial oficial — amparado pelas leis — que excluiu as pessoas negras do acesso aos
mesmos serviços que a população branca, além de ter estabelecido um sistema de separação que
impedia que os negros fossem integrados na rotina social como as pessoas brancas.
A África do Sul é um país que tem, hoje, expressiva população branca por conta do colonialismo
inglês e que, durante os anos de dominação inglesa e da jovem república que surgiu após o fim da
dominação, ficou marcado pela segregação oficial num sistema político dominado por pessoas
brancas. Para exemplificar, podemos perceber que o primeiro presidente negro do período republicano
da África do Sul foi Nelson Mandela, eleito apenas no ano de 1994. Antes de sua eleição, Mandela,
que integrou movimentos contra a segregação racial em seu país, passou 27 anos na prisão por conta
de sua dura atuação militante.
Atualmente existem diferentes vertentes do movimento negro. Duas correntes mais amplas são o
Movimento Negro Unificado e o Movimento Negro Empoderado. O Movimento Negro Unificado tem
suas origens na histórica luta que se iniciou nos períodos da escravidão e intensificou-se na década de
1960 em todo o mundo, sobretudo por inspiração de personalidades estadunidenses engajadas na luta,
como Martin Luther King Junior, Malcom X, James Baldwin e Angela Davis.
O Movimento Negro Empoderado, por sua vez, surgiu a partir da década de 1960,
intensificando-se na primeira década dos anos 2000. O contexto do neoliberalismo e do
reconhecimento da gritante desigualdade entre negros e brancos em todo o mundo foi fundamental
para o fortalecimento dessa vertente do movimento.
Enquanto o movimento unificado pretende unificar, na luta, todos os negros e todos que somem
forças, o movimento empoderado pretende centrar sua atuação no indivíduo. Enquanto o primeiro
centra-se naquilo que há de bom na negritude e na raça, o segundo centra-se nas injustiças e no
sofrimento histórico da população negra para exigir políticas de reparação. Independentemente das
diferenças ideológicas, os movimentos negros querem igualdade e justiça.

Movimentos sociais e suas conquistas


Os movimentos sociais em geral colecionam conquistas históricas, obtidas com muita luta dos
seus protagonistas. Para os movimentos negros, em específico, podemos elencar como a mais
simbólica e talvez mais antiga conquista a abolição da escravatura nos países americanos.
Na Inglaterra, devido à sua industrialização precoce, a escravidão foi abolida no início do
século XIX. O sistema capitalista liberal e industrial precisava de mão de obra assalariada, pois houve
a necessidade de uma grande quantidade de consumidores, que, para consumirem, precisavam de
liberdade e dinheiro. Essa necessidade foi imposta pela alta produção industrial, pois, se há uma
produção em larga escala, faz-se necessário o consumo e a venda em larga escala.
Nas Américas, no entanto, a situação foi diferente. Os estados do sul dos Estados Unidos, a
América Central e a América do Sul são países de industrialização tardia e de economia sumariamente
agrária. Ao contrário do capitalismo liberal e industrial, a economia agrária suportava a escravidão
como modelo de mão de obra.
Foi nesse contexto do século XIX que os movimentos abolicionistas, compostos por
intelectuais negros livres que tiveram a oportunidade de estudar, além de brancos apoiadores da causa
abolicionista, intensificaram-se. A abolição da escravidão tardia no Brasil foi uma imensa conquista
para os movimentos negros.
Na década de 1950, nos Estados Unidos, ainda persistia um sistema legal de apartheid social
que segregava negros e brancos. Os negros não podiam frequentar as mesmas escolas que os brancos,
os banheiros públicos eram separados e os assentos em ônibus também. Foi nesse contexto que
personalidades importantes do movimento negro surgiram por lá, como Martin Luther King, Rosa
Parks e Malcom X. Luther King e Rosa Parks eram adeptos da resistência pacífica e da desobediência
civil como táticas de luta. Malcom X era adepto da luta ofensiva, mais radical.
Rosa Parks, em 1955, recusou-se a ceder lugar a um homem branco no ônibus coletivo. Luther
King organizava protestos em que negros entravam em estabelecimentos que não atendiam pessoas
negras e recusavam-se a sair deles. Malcom X era filho de um militante pelos direitos negros no
estado de Nebraska, e seu pai foi assassinado. Mais tarde, Malcolm converteu-se ao islamismo e
fundou a Organização da Unidade Afro-Americana (OUAA).
O que havia em comum entre essas três personalidades do movimento negro nos Estados
Unidos era a resistência à segregação racial num país extremamente racista. Inclusive, nessa época,
uma entidade que ganhava cada vez mais força nos EUA era a Ku Klux Klan — uma organização
assumidamente racista, antissemita e extremista.
A luta dessas pessoas e de outras que vieram depois — como Angela Davis e James Baldwin,
integrante do movimento Black Power e dos Panteras Negras (grupo radical revolucionário, com
inspirações marxistas e táticas guerrilheiras) — trouxe como conquistas o fim do regime de
segregação racial.

Luta pela igualdade racial no Brasil


No Brasil, apesar de não haver um sistema oficial de segregação racial, o racismo causa a
segregação social desde o fim da escravidão. Aqui, a luta do movimento negro foi inspirada por
personalidades, como Zumbi e Dandara dos Palmares, lideranças no maior quilombo já registrado em
nossa história. Também foi um nome de extrema importância o advogado, jornalista, escritor e
abolicionista negro Luís Gama.
No século XX, o movimento negro contou com forte atuação de pessoas, como: o artista,
escritor, político e ativista Abdias do Nascimento; e a Iyalorixá (mãe de santo, líder de terreiro de
candomblé) Mãe Menininha do Gantois, que defendeu o culto do candomblé e conquistou a
admiração de artistas que deram mais visibilidade à importância de preservar-se as religiões de matriz
africana.
Outras personalidades importantes para a luta do movimento negro são: a empregada doméstica
e ativista pelos direitos das empregadas e dos negros Laudelina de Campos Melo; o geógrafo e
professor Milton Santos; o antropólogo e professor congolês naturalizado no Brasil Kabengele
Munanga; o professor José Vicente; e, mais recentemente, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro e a
socióloga, ativista e política Marielle Franco.
Marielle ficou conhecida por sua atuação em defesa dos direitos humanos, da população negra e
das mulheres. Desde 2016, ela vinha denunciando o projeto de intervenção de tropas federais nas
favelas do Rio de Janeiro para a redução da criminalidade, o que para Marielle estava acarretando na
morte de jovens negros na cidade. Além disso, a então vereadora denunciava a atuação de milícias nas
comunidades cariocas. Marielle foi assassinada em 14 de março de 2018, ao que a investigação
policial indica, por uma milícia carioca.
Com tantas personalidades engajadas na luta, vieram também muitas conquistas. Apesar de não
haver um sistema de segregação em nosso país, o racismo mantém uma segregação social de modo
velado, o que resulta na exclusão da população negra do acesso aos melhores empregos, em maiores
dificuldades para estudar, em menor expectativa de vida etc. Por isso, a atuação de movimentos, como
o Movimento Negro Unificado, é importante em nosso país.
Como resultado da atuação de tais movimentos temos, por exemplo, a Lei 12.711/12 e a Lei
12.990/14, popularmente conhecidas como Leis de Cotas. A primeira prevê a reserva de 50% das
vagas em cursos de universidades e institutos federais para estudantes de escola pública e estudantes
que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas. A segunda prevê a reserva de 20% das vagas
ofertadas em editais de concursos públicos federais para pretos, pardos e indígenas.
Também foi sancionada a Lei 7.716/89, popularmente conhecida como Lei Caó, que prevê
detenção de um a cinco anos para crime de discriminação racial. Essa lei veda a recusa ao acesso a
estabelecimentos públicos ou privados, o impedimento de acesso aos transportes públicos, a recusa à
matrícula em instituições de ensino, ofensas, agressões e tratamento desigual por motivação racial;
também veda a confecção e publicação da cruz suástica para a promoção do nazismo, bem como a
propagação de ideias nazistas.

Consciência negra
Outra grande conquista para o movimento negro no Brasil foi o estabelecimento do dia 20 de
novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra. A escolha da data deu-se por ser a data do
assassinato de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo da história brasileira, o Quilombo dos
Palmares. O estabelecimento da data ocorreu para que haja discussão e conscientização social, em
torno da condição das pessoas negras em nosso país, sobre o racismo, e para que a luta do povo negro
e os terríveis anos de escravidão não sejam apagados de nossa história.
A data foi estabelecida pela primeira vez, em 1978, pelo Movimento Negro Unificado, sendo
oficialmente reconhecida pela Lei 10.639/03. Nesse dia, ONGs, setores organizados da sociedade,
sindicatos, entidades ligadas ao movimento negro, instituições de ensino e parte da mídia promovem
debates, seminários e programas com a temática racial em nosso país.

Como surgiu o Movimento Negro Unificado (MNU)?


Em 18 de junho de 1978, o feirante Robson Silveira da Luz foi acusado de roubar frutas na
feira onde trabalhava. O homem negro de 27 anos foi levado para a 44º Delegacia de Polícia de
Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo. Lá o rapaz foi torturado e morto. Em 7 de julho de 1978, um
ato contra a morte de Robson reuniu duas mil pessoas na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo.
Aquele era o momento de nascimento do MNU.
A partir do ato, vários representantes de movimentos que lutavam pela igualdade racial uniram-
se para tornarem-se uma única entidade, mais forte e coesa. Como conquistas do MNU, além da
proclamação do dia 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra, há a proibição da
discriminação racial na Constituição Federal de 1988 e a criação da Lei Caó, de 1989, que tipifica o
crime de racismo no código penal.

Movimento Estudantil

O movimento estudantil é um tipo de ativismo composto por estudantes de diversas áreas,


desde o ensino médio, até estudantes de pós-graduação. O objetivo do movimento sempre possui um
cunho social. Ou seja, busca sempre mudanças políticas, ambientais ou econômicas. Também pode
ser direcionado para reivindicações em uma escola ou faculdade.
O movimento estudantil teve uma parcela grande de participação na luta contra a ditadura
militar, por exemplo. Na época, foram realizados protestos e até mesmo combate armado contra os
militares. O objetivo era resgatar a liberdade política e protestar contra a violência dos governantes.
Estudar o movimento estudantil é sempre importante. Em primeiro lugar, para entender a
importância deles na história do país. Em segundo lugar, porque pode ser tema de provas, vestibulares
e até do Enem. Portanto, acompanhe neste post mais detalhes sobre o movimento estudantil.

Estudantes unidos por uma causa


Segundo as estudantes Isabela Peccini e Julia Oliveira, em texto publicado na Revista
Capitolina, os estudantes que participam de movimentos se encontram em atos, acampamentos,
encontros, assembleias, plenárias ou reuniões. Em pauta estão assuntos relacionados à universidade ou
escola sob um viés político. O objetivo em geral é melhorar a educação do país, de forma que as
mudanças se reflitam na sociedade em que vivemos.
Em suma, a busca é sempre por uma sociedade mais justa, melhor e com mais direitos para os
cidadãos. Segundo o texto, no caso das universidades, o movimento procura buscar instituições para
todas as pessoas, de forma pública, gratuita e de qualidade. A ideia é que todos tenham as mesmas
oportunidades de quem está inserido hoje dentro das universidades públicas. Não apenas a
oportunidade de estudo, mas também a oportunidade de formação profissional e pessoal, como um
sujeito político que luta pelos seus direitos.
A história do Movimento Estudantil e a Ditadura Militar
Nas décadas de 1960 e 1970, os movimentos estudantis possuíam grande representação com
os DCEs (Diretórios Centrais Estudantis), UEEs (Uniões Estaduais dos Estudantes) e com a UNE
(União Nacional dos Estudantes). Estas organizações tiveram uma grande importância na mobilização
social e luta contra a ditadura militar que se instaurou no país no ano de 1964.
A capacidade das organizações estudantis citadas acima de mobilizar os estudantes foi muito
grande. Fez com que muitos deles participassem ativamente da vida política do país, lutando por seus
direitos e ideias. Suas reivindicações, protestos e manifestações influenciou significativamente os
rumos do país.
Antes de entrarmos na Ditadura Militar, é importante entender o contexto histórico dos
movimentos estudantis. Entre os anos de 1945 e 1968, o número de estudantes universitários do país
cresceu muito. Isso coincidiu com a consolidação de novas correntes políticas no meio universitário.
A grande maioria defendia ideologias esquerdistas, ligadas ao marxismo, voltado a um projeto
socialista de transformação da ordem social.

Repressão ao movimento
Os estudantes e movimentos estudantis ligados à esquerda foram muito bem sucedidos ao
canalizarem a crescente insatisfação dos jovens estudantes com as deficiências do ensino superior.
Sendo assim, já na primeira metade da década de 1960 ocorreu a “Reforma da Universidade”. Essa foi
uma importante luta do movimento estudantil que visava discutir o papel da universidade e seus
rumos na sociedade.
O Golpe Militar, que aconteceu no ano de 1964 no Brasil, foi um grande repressor do
movimento estudantil. Como os movimentos possuíam uma vertente política totalmente relacionada à
esquerda, os militares iniciaram a repressão e desarticularam as principais organizações dos
estudantes. A UNE foi dada como ilegal, logo em seguida o alvo foi as UEE e posteriormente os
DCEs.

1969: um ano muito difícil


As organizações estudantis não aceitaram serem postas na ilegalidade e muitas outras
começaram a surgir nessa época. Os movimentos com reivindicações visavam a ampliação de vagas
nas universidades, melhores condições de ensino e também se colocavam contra a ditadura militar e
privatização. Além de lutarem em defesa das liberdades democráticas e justiça social, o que não
agradava os governantes militares da época.
O ápice das manifestações realizadas pelo movimento estudantil aconteceu em 1968, após o
estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto ser assassinado pela polícia militar no Rio de
Janeiro (RJ) durante um protesto. A comoção e revolta popular foi tão grande que deu início a
manifestações de rua com mais de 50 mil pessoas. A UNE decreta então uma greve geral de
estudantes, e muitos outros grupos, como sindicalistas, religiosos, artistas e intelectuais demonstraram
apoio ao movimento. Alguns meses depois, em junho de 1968, acontece a “Passeata dos 100 mil”, um
grande marco na história da resistência à ditadura militar brasileira.
Entre os anos de 1969 e 1973 o movimento estudantil foi totalmente desarticulado. Isso
ocorreu por consequência da coerção política que atingiu o seu ápice. Muitos estudantes e líderes de
movimentos ingressaram em organizações de luta armada, com o intuito de derrubar o governo
militar. Após o ano 1969, com a Lei de Segurança Nacional, e também sob o AI-5, deu-se início aos
Anos de Chumbo. Momento da história marcado por um estado de exceção, com forte controle
midiático e educacional, censura, prisões, torturas, assassinatos e desaparecimentos de opositores ao
governo.

1977 e a volta do Movimento Estudantil


O movimento estudantil só voltou a ter força quando a política brasileira começou a mudar.
Isso aconteceu após o General Ernesto Geisel (Arena) ser escolhido como presidente da República.
Foi nesse momento que se iniciou o projeto de liberalização política, com o intuito da
redemocratização do país. O processo foi lento e durou até o final do governo militar. Este foi um
momento em que a ditadura perdeu muita força popular.
A retomada dos movimentos teve seu auge em 1977, quando os estudantes saíram as ruas em
grandes manifestações e passeadas. O objetivo era defender a democracia e acabar com as prisões e
torturas. O movimento não teve repressão violenta pelo governo.
Foi então que os movimentos estudantis retomaram suas forças. Em 1979, aconteceu um
congresso para reestruturação da UNE, em Salvador. Foram reivindicados mais recursos para as
universidades, a liberação dos estudantes presos no período ditatorial, e também a defesa pelo ensino
público e gratuito.

Pós-ditadura, movimentos apoiam democracia


Depois do fim da ditadura militar, o movimento estudantil voltou às ruas, levantando
bandeiras de consolidação da democracia no país. Em 1984 os estudantes participaram ativamente da
campanha das “Diretas Já”, participando de manifestações, intervenções e comícios.
Apesar de se manter ativo, o movimento estudantil não tem mais tanta força quanto nas
décadas de 1960 e 1970. Desde o fim da ditadura militar, o movimento vem perdendo força, prestígio
político e influência social. Em 1992 ocorreram passeadas em oposição do presidente Fernando Collor
de Mello, que foi acusado de corrupção.

Atualmente, como está o movimento estudantil?


Em 2002, com a vitória de Lula, a UNE conseguiu alcançar algumas demandas. Mas, o
fato de não ser mais oposição do governo gerou muitas críticas internas para a entidade. Além disso, a
UNE foi tida como tendenciosa. Isso porque chegou a apoiar demandas que não faziam sentido para a
realidade estudantil.
Em 2013, os estudantes também marcaram presença nas “Manifestações dos 20 centavos”,
que aconteceram em junho. As manifestações tinham como objetivo revogar o aumento de 20
centavos das passagens de ônibus. Mas tiveram como efeito colateral, entre outros motivos, a queda
da então presidenta Dilma Rousseff.
A oposição estudantil então se voltou contra o impopular presidente Michel Temer e suas
políticas. Logo em seguida, com o presidente Jair Bolsonaro também não foi diferente. O movimento
estudantil articulou protestos no ano de 2019 contra o contingenciamento de recursos da educação e
do projeto Future-se.

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