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A luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos começou a ter ampla
repercussão mundial a partir da segunda metade do século XX. Essa luta teve vários
focos, desde aqueles que optavam pela via da manifestação pacífica até outros que
defendiam a luta armada e a criação de um Estado negro separatista.
Entre os movimentos pelos direitos civis dos negros, um dos pioneiros e mais
expressivos foi a Conferência da Liberdade Cristã do Sul (SCLC – Southern Christian
Leadership Conference), formada em 1957, em Montgomery, capital do estado do
Alabama. O fundador dessa organização foi o pastor protestante da Igreja
Batista Martin Luther King Jr.
Luther King tornou-se notável por sua proposta de ativismo pacifista, com
estratégias de manifestação como boicotes e grandes passeatas. O ato mais famoso de
King ocorreu no dia 28 de agosto de 1963, em Washington D.C., quando ele proferiu o
famoso discurso “Eu tenho um sonho...” para milhares de pessoas que ocupavam a
esplanada do Monumento a Washington.
O fato é que, mesmo com a enorme pressão que esses movimentos faziam
sobre as autoridades dos EUA à época, as transformações demoraram a ocorrer. No
auge do movimento, no ano de 1963, aconteceram repressões de grande repercussão,
com a que segue descrita abaixo:
Em abril de 1963, Luther King organizou uma série de protestos não violentos em
Birmingham, Alabama. Em frente às câmaras de televisão nacional, o chefe de polícia da cidade
supervisionou pessoalmente ataques contra a manifestação, prendendo centenas de pessoas e usando
cachorros de ataque, gás lacrimogêneo, aparelhos de choque elétrico e jatos de água contra os
manifestantes, inclusive crianças e idosos. A cobertura de eventos como esse na mídia chocou a nação e
teve impacto importante no apoio crescente de brancos e negros em favor de direitos civis e no próprio
governo, que foi forçado a agir.1