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JACKSON LAGO
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA
SÉRIE: 1 ANO TURMA: ______________ DATA: _____/_____/_____
PROFESSORA: CLEANE LIMA
NOME: ____________________________________________________________
Antes mesmo do fim da guerra, muitos estados do Sul escravista possuíam políticas
segregacionistas, como leis antimiscigenação, que proibiam o casamento entre brancos e negros.
Mas, com a abolição da escravidão, a defesa dessas políticas foi intensificada por alguns grupos,
como a sociedade secreta Ku Klux Klan, formada em 1865.
O federalismo estadunidense permitia que cada estado possuísse suas leis próprias. Assim, um
conjunto de leis adotadas a partir da década de 1870 no Sul do país, chamado pejorativamente de
“Jim Crow”, oficializou a segregação racial nessa região.
Nos Estados Unidos, a escravidão foi abolida em 1865, ano em que a Guerra Civil Americana,
iniciada em 1861, chegou ao fim. Porém, o fim do sistema escravista não garantiu direitos básicos
aos ex-escravizados, e muitos grupos sulistas não aceitavam a ideia de que os negros libertos,
possuíssem direitos iguais aos dos brancos.
Antes mesmo do fim da guerra, muitos estados do Sul escravista possuíam políticas
segregacionistas, como leis antimiscigenação, que proibiam o casamento entre brancos e negros.
Mas, com a abolição da escravidão, a defesa dessas políticas foi intensificada por alguns grupos,
como a sociedade secreta Ku Klux Klan, formada em 1865.
O federalismo estadunidense permitia que cada estado possuísse suas leis próprias. Assim, um
conjunto de leis adotadas a partir da década de 1870 no Sul do país, chamado pejorativamente de
“Jim Crow”, oficializou a segregação racial nessa região.
Tais leis definiram, por exemplo, que os negros não ocupar os mesmos locais que os brancos em
serviços públicos, como escolas, transportes e hospitais, e privados, como hotéis, restaurantes e
teatros. Esses locais deveriam estabelecer instalações diferentes para os dois grupos. Havia,
também, leis que determinavam regras para o casamento e a miscigenação.
Porém, houve resistência desde o surgimento dessas leis, incluindo a própria luta pelos direitos
civis da população negra e a criação de organizações como a National Association for the
Advancement of Colored People (NACCP, Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de
Cor, em português), fundada em 1909. No entanto, as primeiras vitórias seriam efetivamente
conquistadas somente na década de 1950.
Um dos principais acontecimentos que simbolizam essa resistência data de 1955, quando Rosa
Parks, membro da NACCP, ao pegar um ônibus no Alabama não cedeu seu lugar a um passageiro
branco quando o veículo ficou lotado. Embora estivesse sentada em uma fileira permitida aos
negros, a lei determinava que cedessem seu assento aos brancos quando o veículo lotasse.
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Parks foi presa. Liberada após pagar uma fiança, uniu-se a Martin Luther King, pastor e líder de
movimentos pelos direitos civis dos negros nos EUA e de um boicote contra o sistema de ônibus
organizado alguns dias após o ocorrido com Parks. O boicote permaneceu por mais de um ano, e,
em 1956, a Suprema Corte dos EUA declarou inconstitucional a segregação racial em transportes
públicos.
Ainda na década de 1950, a fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC, sigla em
inglês), por Luther King, representou mais um marco do movimento dos direitos civis nos EUA,
defendendo a resistência pacífica.
Em 1963, a Marcha sobre Washington, liderada por Luther King e demais militantes, reuniu cerca
de 250 mil pessoas contra a segregação racial. O amplo movimento pacífico influenciou a
aprovação de leis que garantiam direitos à população afro-americana.
A primeira e mais importante delas foi a Lei dos Direitos Civis, de 1964, que encerrou as leis de
segregação racial nos EUA, e permitiu, legalmente, que a população negra frequentasse os mesmos
locais e ocupasse os mesmos lugares que a população branca, e ocupasse os mesmos lugares. Além
das discriminações raciais, a lei pôs fim a discriminações religiosas e de nacionalidade no país.
Ainda nesse momento, ganhariam força e surgiriam outros líderes e organizações na luta pelos
direitos da população afro-americana, adotando novos discursos e estratégias. Um exemplo desses
movimentos é a Organização da Unidade Afro-Americana, fundada em meados de 1964 por
Malcolm X. De tendência separatista, defendia a união dos afro-americanos para combater a
opressão vivenciada pelos negros e o racismo.
Etnia
A etnia refere-se a um grupo social em que a identidade é definida por meio do compartilhamento
de uma língua, cultura, tradições e territórios.
Os estudos realizados sobre assuntos como cultura, identidade, raça e etnia estão em voga e são de
grande importância para as disciplinas vinculadas às Ciências Sociais. Isso acontece, em grande
parte, em virtude do aumento do contato entre grupos étnicos e culturas diferentes, antes separados
pelas barreiras geográficas. O advento da globalização encurtou distâncias e trouxe para nossa
“vizinhança” culturas, pensamentos, ideias e línguas que, na grande maioria dos casos, nossos
antepassados jamais haviam ouvido falar. Essa aproximação gerou, ao mesmo tempo, um
sentimento de estranheza e de fascinação pelo exótico e diferente e, assim como tornou nosso
mundo social mais diverso, também serviu de catalizador para um processo de acentuação das
diferenças étnicas desses grupos.
O que é etnia?
Tudo isso está relacionado com a noção de etnia, que, resumidamente, pode ser conceituada como o
sentimento de pertencer a determinado grupo com o qual o indivíduo partilha a mesma língua,
tradições e território. Trata-se de características tão marcantes que, de inúmeras maneiras, acabam
tornando-se pontos basilares da construção identitária do indivíduo, definindo certos aspectos da
convivência social da população que constitui o grupo étnico.
O conceito estende-se às relações de alteridade entre grupos étnicos diferentes. Esses grupos veem-
se de forma diferente dos demais e, ao mesmo tempo, também são entendidos como grupo distinto
por outros grupos. É nesse ponto que a relação de alteridade insere-se. O convívio com a diferença
torna-se “espelho” que reflete a autoimagem do grupo ao tornar claro o que lhe é estranho. Nessa
perspectiva, a população de um grupo reconhece-se por meio da constatação de uma familiaridade
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linguística, religiosa, de tradições etc. Por esse motivo, a etnicidade fornece ao sujeito uma ligação
direta com o passado por meio da ideia de continuidade, que é mantida na perpetuação das tradições
e dos sentidos que elas carregam.
Raça e Etnia
Uma importante ressalva que devemos fazer é que o conceito de etnia é distinto do conceito de raça.
Ainda que frequentemente sejam confundidos, a ideia de raça está ligada a uma concepção biológica,
dando a entender que as diferenças entre grupos étnicos estão ligadas a predisposições biologicamente
inatas. Essa ideia, no entanto, é um engano e não tem qualquer fundamento científico. Muitas vezes,
esse equívoco acaba alimentando noções preconceituosas acerca de uma ou outra etnia. A construção
de uma etnia é puramente social e baseia-se nas disposições do grupo e em suas experiências através
de sua história.
EXERCÍCIOS
Observe a imagem abaixo
1) Em agosto de 1963, após a famosa Marcha de Washington, Martin Luther King proferiu o
famoso discurso “Eu Tive um Sonho”, em que sintetizava algumas ideias do Movimento dos
Direitos Civis norte-americano, do qual era uma das principais lideranças.
B) ( ) O fim da segregação racial no Sul dos Estados Unidos e a proteção aos direitos civis
dos afro-americanos.
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C) ( ) A separação do Sul norte-americano, em relação ao resto da nação, e a refundação
dos Estados Confederados da América.
D) ( )
O nacionalismo radical e o isolacionismo norte-americano diante dos conflitos
globais.
C) ( ) a defesa da plena harmonia entre brancos e negros dos Panteras Negras e o projeto de
evangelização dos negros de Martin Luther King.
a) A gravação digital de costumes para que possam ser preservados para a posterioridade.