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PERSONALIDADES DETERMINANTES NA LUTA CONTRA AS

DIFERENTES FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO

racismo surgiu com o próprio surgimento do Homem, a intolerância é algo que desde
sempre caracterizou a nossa espécie, assim, longo da história, muitas foram as
manifestações de atitudes racistas e xenófobas. Na Cultura Ocidental, ligado a certas
conceções sobre a Natureza Humana que justificaram a discriminação dos seres
humanos, tendo em vista a sua exploração.
Durante o Império Romano e na Idade Média, preponderam as discriminações
baseadas na condição social. Os nobres na Idade Média, por exemplo, eram
reconhecidos como superiores em relação aos outros grupos sociais, porque gozavam
de certos privilégios que haviam herdado ou lhes fora atribuído por um Rei. Estes e
outros privilégios estabeleciam uma hierarquia entre os seres humanos, fazendo com
que uns fossem reconhecidos como superiores aos outros. 
Hoje está muito difundida a ligação entre racismo e escravatura, de tal forma
que tendemos a pensar que o racismo acabou por gerar a escravatura, que não
corresponde à verdade. Até ao século XVII, tanto um branco como um negro podiam
ser vendidos como escravos. Apesar desta consciência que a escravatura se fundava
na violência, nem por isso deixava de ser aceite e defendido.
A Bíblia, o livro de judeus e cristãos, não a condena a escravatura. Quando ao
racismo, as posições são mais equivocas. O Cristianismo, por exemplo, defendia
inicialmente que todos os homens eram filhos de um mesmo Deus não se distinguindo
quando à sua natureza, mas sim quando à sua condição social. 

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Em resumo, podemos dizer que até ao fim da Idade Média, admitia-se que
todos os homens podiam ser livres ou escravos, não estando esta condição inscrita na
sua natureza. Também os descobrimentos portugueses deixaram a sua marca nos
aspetos históricos acerca do racismo, pois com a descoberta do Brasil, na altura
designado por Terra de Vera Cruz, foi necessário arranjar mão-de-obra que ajudasse
a construir a nova colónia e, para isso, os Portugueses “exportaram” populações
negras de África para o Brasil, dando inicio ao flagelo da escravatura, visto que muitos
povos seguiram o nosso exemplo.
As discriminações eram justificadas por diferenças culturais, e sobretudo por
diferentes condições sociais entre os indivíduos. Até ao século XIX continua a achar-
se NATURAL uns nascessem destinados a trabalhar (pela sua condição social) e
outros a viverem à sua custa.
Desde finais do século XIX, baseados em supostas teorias científicas procurou-
se fundamentar a superioridade de uns povos sobre os demais. As últimas
descobertas sobre o ADN foram concludentes sobre a falsidade deste tipo de
argumentos.
Um dos últimos regimes políticos que se baseou nesta distinção racial foi a
África do Sul. O sistema do
Apartheid, foi instituído entre 1948 e
1991, envolvendo a separação
entre as diferentes "raças", no que
respeitava à propriedade,
residência, casamento, trabalho,
educação, religião e desporto.
Este sistema tem origem nas práticas segregacionistas dos colonos holandeses
seguidas desde o século XVII nesta região de África. O sistema só terminou
oficialmente em 1994, quando nas eleições multipartidárias de abril, Nelson Mandela
se tornou no primeiro presidente negro deste país e no chefe de um governo
multirracial.

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Nos Estados Unidos, por volta dos anos 50, havia grande discriminação racial.
Martin Luther King, mais tarde eleito Nobel da Paz, ficou célebre pelo seu discurso
intitulado “Eu tenho um sonho”, que defendia os direitos iguais para todos, isto é, o fim
da discriminação racial.
Nos EUA, apenas nos anos 60 do
século XX, acabaram em todos os seus
Estados as exceções legais à igualdade de
direitos de entre negros e brancos, o que
não impediu que as desigualdades de
tratamento tivessem continuado.

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