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1. Discriminação Racial
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Neste cenário revestem-se de particular importância as disposições legais
emitidas a favor dos trabalhadores imigrantes, e o desenvolvimento de uma
abordagem que favoreça e valorize a multiculturalidade e interculturalidade,
quer seja a nível da educação, da saúde, da formação ou do emprego.
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Consideram-se práticas discriminatórias as ações ou omissões que, em razão
da pertença de qualquer pessoa a determinada raça, cor, nacionalidade ou
origem étnica, violem o princípio da igualdade, designadamente:
1. A adoção de procedimento, medida ou critério, diretamente pela
entidade empregadora ou através de instruções dadas aos seus trabalhadores
ou a agência de emprego, que subordine a fatores de natureza racial a oferta
de emprego, a cessação de contrato de trabalho ou a recusa de contratação;
2. A produção ou difusão de anúncios de ofertas de emprego, ou outras
formas de publicidade ligada à pré-seleção ou ao recrutamento, que
contenham, direta ou indiretamente, qualquer especificação ou preferência
baseada em fatores de discriminação racial;
3. A recusa de fornecimento ou impedimento de fruição de bens ou
serviços, por parte de qualquer pessoa singular ou coletiva;
4. O impedimento ou limitação ao acesso e exercício normal de uma
atividade económica por qualquer pessoa singular ou coletiva;
5. A recusa ou condicionamento de venda, arrendamento ou
subarrendamento de imóveis;
6. A recusa de acesso a locais públicos ou abertos ao público,
7. A recusa ou limitação de acesso aos cuidados de saúde prestados em
estabelecimentos de saúde públicos ou privados;
8. A recusa ou limitação de acesso a estabelecimento de ensino público
ou privado;
9. A constituição de turmas ou a adoção de outras medidas de
organização interna nos estabelecimentos de ensino público ou privado,
segundo critérios de discriminação racial, salvo se tais critérios forem
justificados pelos objetivos referidos na lei;
10. A adoção de prática ou medida por parte de qualquer órgão,
funcionário ou agente da administração direta ou indireta do Estado, das
Regiões Autónomas ou das autarquias locais, que condicione ou limite a
prática do exercício de qualquer direito;
11. A adoção por entidade empregadora de prática que no âmbito da
relação laboral discrimine um trabalhador ao seu serviço;
12. A adoção de ato em que, publicamente ou com intenção de ampla
divulgação, pessoa singular ou coletiva emita uma declaração ou transmita
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uma informação em virtude da qual um grupo de pessoas seja ameaçado,
insultado ou aviltado por motivos de discriminação racial.
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O art.º 242.º do Código Processo Penal dispõe que:
1 - A denúncia é obrigatória, ainda que os agentes do crime não sejam
conhecidos:
a) Para as entidades policiais, quanto a todos os crimes de que tomarem
conhecimento;
b) Para os funcionários, na aceção do artigo 386.º do Código Penal, quanto a
crimes de que tomarem conhecimento no exercício das suas funções e por
causa delas.
2 - Quando várias pessoas forem obrigadas à denúncia do mesmo crime, a
sua apresentação por uma delas dispensa as restantes.
3 - O disposto nos números anteriores não prejudica o regime dos crimes
cujo procedimento depende de queixa ou de acusação particular.”
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Direito à igualdade no acesso a qualquer emprego, profissão ou posto
de trabalho;
Direito à igualdade na formação profissional;
Direito a que os anúncios de ofertas de emprego e outras formas de
publicidade ligadas à pré-seleção e ao recrutamento não contenham
qualquer restrição, especificação ou preferência baseada no sexo;
Direito a que o recrutamento para qualquer posto de trabalho se faça
exclusivamente com base em critérios objetivos, não sendo permitida a
formulação de exigências físicas que não tenham relação com a
profissão ou com as condições do seu exercício;
Direito à igualdade de remuneração por um trabalho igual ou de valor
igual prestado à mesma entidade patronal;
Direito à igualdade no desenvolvimento de uma carreira profissional que
permita atingir o mais elevado nível hierárquico da profissão, bem como
ao preenchimento dos lugares de chefia e à mudança de carreira
profissional;
É proibido à entidade patronal despedir, aplicar sanções ou por qualquer
forma prejudicar trabalhadoras ou trabalhadores por alegarem
discriminação.
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Os direitos de igualdade e não discriminação em função do sexo na
Administração Pública são os seguintes:
Direito a ausência de discriminação baseada no sexo, nomeadamente
pela referência ao estado civil ou à situação familiar;
Direito à igualdade nas condições de trabalho, orientação e formação
profissional;
Direito à igualdade no acesso ao exercício de quaisquer funções ou
cargos públicos;
Direito à igualdade de remuneração por um trabalho igual ou de valor
igual;
Direito à igualdade no desenvolvimento de uma carreira profissional que
permita atingir o mais elevado nível hierárquico da profissão, bem como
ao preenchimento dos lugares de chefia e à mudança de carreira
profissional;
Direito a que os avisos dos concursos de ingresso e de acesso e os
anúncios de ofertas de emprego e outras formas de publicidade ligada à
pré-seleção e ao recrutamento não contenham qualquer restrição,
especificação ou preferência baseada no sexo;
Direito a que o recrutamento se faça exclusivamente com base em
critérios objetivos, não sendo permitida a formulação de exigências
físicas que não tenham relação com a profissão ou com as condições do
seu exercício;
É proibido a qualquer entidade proceder disciplinarmente, aplicar sanções
ou por qualquer forma prejudicar trabalhadoras ou trabalhadores por alegarem
discriminação, sendo sujeitos a procedimento disciplinar os dirigentes e
trabalhadores cuja ação tiver sido julgada discriminatória.
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contraordenacional, beneficiando da isenção do pagamento da taxa de justiça e
das custas.
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“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer
direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,
língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual”.
Quer isto dizer que qualquer pessoa pode optar pela religião que bem
entender, sem ser ferido na sua cidadania com base nessa escolha. A religião
é uma escolha livre de cada cidadão que deve ser respeitada pelos seus pares.
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