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O papel da ONU
A Organização das Nações Unidas nasceu oficialmente a 24 de outubro de
1945, data em que a sua Carta foi ratificada
pela maioria dos 51 Estados Membros
fundadores. O dia é agora anualmente
celebrado em todo o mundo como Dia das
Nações Unidas.
O combate ao racismo, à discriminação
racial, à xenofobia e à intolerância está na
origem da criação da Organização das Nações
Unidas. Produto de um mundo marcado pela
experiência trágica da mais extrema das modalidades de discriminação – o genocídio
–, a ONU introduziu a linguagem dos direitos humanos na agenda internacional.
Ao longo dos últimos 60 anos, o sistema internacional de proteção dos direitos
humanos desenvolveu-se tendo por fundamento a igualdade entre todos os seres
humanos em direitos. Acima desses direitos paira o princípio da dignidade humana,
princípio que orienta tanto o direito internacional como o direito interno.
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Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em
direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com
os outros em espírito de fraternidade.
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades
proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma,
nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de
opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de
nascimento ou de qualquer outra situação.
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e
o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.
Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis,
desumanos ou degradantes.
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento em todos os lugares
da sua personalidade jurídica.
Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual
proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.
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instituições, e a proceder de modo que todas as autoridades públicas e
instituições públicas, nacionais e locais se conformem com esta obrigação;
b) Os Estados Partes obrigam-se a não encorajar, defender ou apoiar a
discriminação racial praticada por qualquer pessoa ou organização;
c) Os Estados Partes devem adotar medidas eficazes para rever as políticas
governamentais nacionais e locais e para modificar, revogar ou anular as leis e
disposições regulamentares que tenham como efeito criar a discriminação
racial ou perpetuá-la, se já existe;
d) Os Estados Partes devem, por todos os meios apropriados, incluindo, se as
circunstâncias o exigirem, medidas legislativas, proibir a discriminação racial
praticada por pessoas, grupos ou organizações e pôr-lhe termo;
e) Os Estados Partes obrigam-se a favorecer, se necessário, as organizações
e os movimentos integracionistas multirraciais, e outros para eliminar as
barreiras entre as raças, e a desencorajar o que tende a reforçar a divisão
racial.
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Todas as pessoas têm o direito de participar na vida cultural da sua
escolha e de realizar as suas próprias práticas culturais, sem prejuízo do
respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Ao mesmo tempo que se garante o livre fluxo de ideias pela palavra e
pela imagem, deverá ter-se o cuidado de assegurar que todas as
culturas se possam exprimir e dar-se a conhecer.
Face aos atuais desequilíbrios nos fluxos e intercâmbios de bens e
serviços culturais a nível mundial, é necessário reforçar a cooperação e
solidariedade internacionais para que todos os países, especialmente
países em vias de desenvolvimento e países em transição, possam
estabelecer indústrias culturais viáveis e competitivas a nível nacional e
internacional.
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Conferência mundial contra o racismo, xenofobia, discriminação racial e
intolerância conexa (2001)
Esta conferência foi organizada pelo Alto Comissário para os Direitos Humanos
e centrava-se em propostas de ação e medidas concretas em matéria de luta contra o
racismo.
Os objetivos principais compreendiam: uma avaliação do combate contra a
discriminação racial e o seu futuro, o aumento da tomada de consciência do racismo e
das suas consequências, a formulação de recomendações às Nações Unidas (ONU)
no que respeita ao reforço da aplicação das suas ações, etc.