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SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS


COMANDO DE ENSINO POLICIAL MILITAR
COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR UNIDADE CARLOS CUNHA FILHO

Disciplina: Sociologia Professor (a): Vitor Gabriel Alves Cardoso Período:

Nome: _____________________________________________ Nº: _____ Série: 1ª e 3ª Turma: ______

DIREITOS HUMANOS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um documento marco na história mundial que estabeleceu, pela primeira
vez, normas comuns de proteção aos direitos da pessoa humana, a serem seguidas por todos os povos e todas as
nações. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais, a DUDH foi proclamada pela Assembleia
Geral das Nações Unidas, em Paris, no dia 10 de dezembro de 1948, por meio da Resolução 217 A (III) da Assembleia.
Desde a sua criação, o documento foi traduzido em mais de 500 idiomas e inspirou as constituições de muitos Estados
democráticos, como o próprio Brasil, que junto a outros países membros da ONU assinou e ratificou a DUDH na data de
sua proclamação, em 1948.
De acordo com a sede da ONU no Brasil, uma série de tratados internacionais e outros instrumentos adotados desde 1945
expandiram o corpo do direito internacional sobre os direitos humanos. Entre eles, a Convenção para a Prevenção e a
Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial (1965), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as
Mulheres (1979), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência (2006).
“A Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como ideal comum a atingir por
todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente
no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por
promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais
e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua
jurisdição.
Princípios essenciais
Há 70 anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos como uma
norma comum de direitos para todas e todos, em todos os lugares. Assinada por 192 países que compõem ONU, a declaração
ainda não tem força de lei, é apenas uma recomendação base para tratados internacionais e constituições nacionais de
cada país.
Os 30 artigos visaram, de maneira geral, garantir a liberdade, a justiça e a paz mundial. Os mais conhecidos entre eles são:
Arts. 1 e 2 – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos: e podem invocar esses
princípios, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, de fortuna, de nascimento ou de
qualquer outra situação;
Art. 3 – Direito à vida, à liberdade e à segurança;
Art. 4 – Não a escravidão: a escravatura, servidão e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos;
Art. 5 – Não a tortura: ninguém será submetido a tortura, penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes;
Art. 7 ao 11 – Direitos relativos à Lei: citando que, sem distinção, todos os seres humanos têm direito a igual proteção
da lei.
Que toda a pessoa terá o direito a recorrer as jurisdições competentes contra os atos que violem seus direitos e também,
à tribunal independente e imparcial a fim de obter decisões públicas e justas acerca de seus direitos, obrigações ou em
razão de qualquer acusação penal deduzida contra si.
E, além disso, assegura que ninguém poderá ser preso, detido ou exilado de maneira opressiva e sem fundamentos lógicos,
sendo que, todos serão considerados inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada e todas as possibilidades
de defesa asseguradas.
Art. 13 – Liberdade de movimento: considerando que toda a pessoa tem o direito de circular livremente e escolher sua
residência em um determinado país bem como abandoná-lo e regressar, caso assim deseje.
Art. 14 – Direito a Asilo: toda pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de se beneficiar de asilo em outros
países, exceto em casos de crimes ou atividades que são contrárias aos fins e princípios da ONU;
Art. 18 – Liberdade de pensamento, de consciência e de religião: direito que implica na liberdade de mudar de
religião/convicção e liberdade de manifestá-las, sozinho ou em comum, pela prática, culto e pelos ritos;
Art. 19 – Liberdade de opinião e de expressão: como o direito de não ser reprimido ou apreendido por suas opiniões além
de possuir o direito de procurar, receber e difundir informações e ideias por qualquer meio de expressão.
Além dos direitos aqui evidenciados, toda a pessoa tem direito à segurança social; ao trabalho; ao repouso e aos lazeres; à
educação; à cultura; ao nível de vida suficiente para assegurar a si e à sua família a saúde e o bem-estar quanto à alimentação,
ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica; direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez,
na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência; e outros.
No Brasil esses direitos estão descritos no Artigo 5º CF/88.
A relativização de direitos básicos
Nas últimas décadas, tem sido feito progressos significativos em relação aos Direitos Humanos.
Segundo a ONU, podemos elencar algumas conquistas importantes:
1. Os direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos e o direito ao desenvolvimento são reconhecidos como
direitos universais, indivisíveis e direitos mutuamente fortalecidos de todos os seres humanos, sem distinção;
2. Os direitos humanos tornaram-se fundamentais para o discurso global sobre paz, segurança e desenvolvimento;
3. Proteções no direito internacional agora englobam crianças, mulheres, vítimas de tortura, pessoas com deficiência,
instituições regionais, entre outros. Onde houver alegações de violações, os indivíduos podem apresentar queixas
aos órgãos de tratados internacionais de direitos humanos;
4. Há um consenso global de que graves violações dos direitos humanos não devem ficar impunes. As vítimas têm o
direito de exigir justiça, inclusive em processos da restauração do Estado de Direito após conflitos. O Tribunal
Penal Internacional traz autores de crimes de guerra e crimes contra a humanidade à justiça;
Contudo, apesar dessas conquistas, ainda acontecem violações de direitos humanos. A pobreza e desigualdades globais,
o conflito armado e a violência, os abusos, a discriminação, a intolerância, as torturas física ou psicológicas e a escravidão
são alguns dos exemplos disso.
Cidadania e Direitos Civis e Políticos
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres que torna possível ao cidadão a participação no governo (através do direito de
votar e de ser votado) a participação na construção e efetivação de políticas públicas, morar com dignidade, ter um emprego,
não ser discriminado, manifestar-se pública e livremente sobre quaisquer temas ligados à nação através de plebiscitos e
debates públicos. Estes são alguns exemplos de exercício da cidadania, que só é possível por vivermos em um Estado
democrático.
O cidadão é uma pessoa com a possibilidade de transformar a sociedade em que está inserido por meio do exercício de seus
direitos (liberdade, igualdade, participação da vida política e social) e deveres. Logo, a cidadania está relacionada à
democracia, aos direitos humanos, à solidariedade, ao meio ambiente e à ética, e, por ser um exercício, encontra-se sempre
em construção. Esse exercício é realizado dentro das normas e leis do Estado. A cidadania é, assim, um dos fundamentos
do Brasil como Estado Social e Democrático de Direito.
Uma pessoa ou grupo de pessoas que dentro do Estado não pratica o exercício de sua cidadania estará na condição de
marginalizada, excluída das decisões da vida social. Infelizmente, a exclusão social não voluntária ("compulsória"), ainda
é bastante presente em nosso país – moradores de rua, trabalhadores, cujas condições de trabalho e moradia não lhe garantem
dignidade, entre outros exemplos. Nosso Estado tem o dever de criar políticas que universalizem estes direitos, incluindo
estes grupos que foram excluídos e marginalizados da sociedade de forma efetiva. Os direitos humanos civis e políticos são
direitos inerentes a qualquer ser humano, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. Assim, não são
admitas quaisquer tipos de discriminação. Esses direitos são intransferíveis, inalienáveis, irrenunciáveis. A dignidade não
pode ser retirada da pessoa de forma alguma! É nosso direito nos desenvolvermos de maneira livre, autônoma e plena.
Além disso, são princípios que estão acima de qualquer vontade, interesse de Estado ou pessoa e vêm sendo conquistados
ao longo da história com muita luta e participação popular.

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