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Exposição racismo

Olá a todos. Eu hoje vou-vos falar um pouco acerca do racismo. A razão pela
qual escolhi este tema é porque acho que mesmo hoje em dia, em pleno século
XXI, ainda existe muito racismo entre as diferentes raças e povos.
A segregação racial ou racismo pode ser definida como um tipo de política
de Estado que tem por objetivo separar indivíduos ou grupos de indivíduos de
uma mesma sociedade por meio de critérios raciais (ou étnicos). Esse tipo de
medida passou a ser executado a partir do fim do século XIX e teve forte vigor no
século XX, em países como a Alemanha nazista, com o antissemitismo, a África do
Sul, com o apartheid, e os Estados Unidos da América.
Relativamente aos Estados Unidos, a segregação racial teve início após a
Guerra Civil e a consequente abolição do regime de escravatura no Sul do país, na
segunda metade do século XIX.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece os princípios
básicos da igualdade e da não discriminação em relação ao gozo dos direitos
humanos e das liberdades fundamentais, “sem distinção alguma, nomeadamente
de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de
origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra
situação”. Porém, este direito natural à igualdade nunca foi, nem no passado nem
no presente, plenamente reconhecido a todos os seres humanos.
Há vários exemplos de racismo, mas o que me marcou aconteceu em
Mineápolis, nos Estados Unidos, no dia 25 de maio do ano passado quando
George Floyd, de 46 anos morreu durante uma ação policial, em que ele, um
homem negro, foi asfixiado por um polícia que se ajoelhou no seu pescoço
durante nove minutos.
A morte do afro-americano às mãos de um polícia de Minneapolis gerou
protestos antirracistas um pouco por todo o mundo. Austrália, Coreia do Sul,
Japão, França, Reino Unido, Grécia, Alemanha, Argentina, Portugal, Brasil, Nigéria
e Quénia são alguns dos países onde já houve protestos. Apareceu, nos últimos
anos, um movimento Black Lives Matter que pretende protestar contra a morte de
afro-americanos sob custódia policial. Com a pressão gerada pelos protestos,
alguns departamentos da polícia dos Estados Unidos baniram o uso de técnicas de
estrangulamento.
A discriminação, por uma ou outra forma, sempre foi um problema, desde o
início da humanidade. A discriminação aparece de muitas maneiras e pode-se
presumir que todos já tenham sido afetados por esta em diferentes níveis. Assim,
a consciência sobre o assunto é essencial para se poder lidar com a questão de
forma eficaz.
Na História da Humanidade, os seres humanos têm sido, uma e outra vez,
classificados segundo a categoria de “raça”, bem como segundo o pressuposto
errado da existência de “raças superiores” e “raças inferiores”. Por exemplo, as
teorias da evolução e da sobrevivência dos mais aptos, de Charles Darwin, têm
sido erradamente utilizadas para justificar “cientificamente” noções de
“superioridade racial”. Formas de discriminação e racismo manifestam-se no
sistema indiano, bem como nas antigas conceções gregas e chinesas de
superioridade cultural. O racismo, nos tempos medievais, foi dominado pela
perseguição dos judeus em todo o mundo. O sistema colonial espanhol,
particularmente dos séculos XVI e XVII, foi o primeiro a introduzir uma sociedade
racista no “Novo Mundo” (o continente sul-americano), onde a “pureza do
sangue” se tornou um princípio supremo. As vítimas deste sistema foram os
Americanos Nativos e os escravos deportados de África.
O tratado internacional mais importante sobre a discriminação racial é a
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
Racial (CIEDR), de 21 de dezembro de 1965. Com a elaboração desta Convenção, a
Assembleia-Geral das Nações Unidas reagiu aos horrores do Holocausto e à
existência contínua de atitudes e políticas racistas no mundo do pós-Guerra. A
CIEDR baseia-se no princípio da dignidade e da igualdade, condena quaisquer
formas de discriminação racial e obriga os Estados a utilizarem todos os meios
adequados, de forma célere, para eliminarem a discriminação racial, em todas as
suas formas. Assim, os Estados têm a obrigação de respeitar, proteger e
implementar o princípio da não discriminação.
Hoje em dia os meios de informação influenciam as atitudes das pessoas,
por essa razão, eles podem desempenhar um papel positivo no combate a
estereótipos racistas, contribuir para a promoção de igualdade, respeito e
dignidade humana e para a afirmação dos valores da diversidade. Em geral, todos
nós podemos contribuir para a promoção do respeito pelos direitos humanos, a
prevenção de atos racistas e discriminatórios e a implementação do princípio da
igualdade. O primeiro passo, e talvez o mais eficaz, é o de desafiarmos as nossas
próprias atitudes e preconceitos, tornando-nos conscientes deles e tentando
evitar, no dia a dia, comportamentos discriminatórios.

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