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O que é racismo?

Racismo é um mal que, infelizmente, ainda afeta as nossas relações sociais. O racismo é o
preconceito e a exclusão social de pessoas com base na cor de sua pele.

O racismo é uma forma de preconceito e discriminação baseada num termo controverso, que
sociologicamente é revisto e do qual a genética também inicia uma revisão: a raça. No século
XIX, compreendia-se que a cor da pele e a origem geográfica de indivíduos promoviam uma
diferenciação de raças.

Misturando-se cultura e aspectos físicos, os primeiros antropólogos estabeleceram uma


hierarquia das raças, o que, por vezes, reforçava a dominação de povos brancos europeus
sobre populações de outras etnias não europeias.

Racismo e preconceito

Existem diferenças conceituais entre os termos racismo e preconceito. O preconceito, na raiz


da palavra, é a formulação de um conceito sobre algo sem antes o conhecer. O preconceito,
por exemplo, pode ser julgar que um alimento é ruim por seu aspecto físico. Trazendo para as
relações sociais, o preconceito consiste no prejulgamento de algo sem, de fato, conhecê-lo.

Nas relações sociais, o preconceito pode acontecer por conta da sexualidade (prejulgar uma
pessoa homossexual); do gênero (julgar uma mulher como inferior a um homem, ou uma
pessoa transgênero); da condição física (julgar uma pessoa deficiente ou de baixa estatura, por
exemplo, como incapaz); e da raça (cor da pele).

O movimento Black Lives Matter surgiu nos EUA após atos bárbaros cometidos por policiais
brancos contra negros. (Tradução: Vidas negras importam)

Quando o preconceito é motivado pela cor da pele de uma pessoa, chamamo-lo de racismo. O
racismo é, portanto, uma forma de preconceito cruel que ainda atinge uma grande parcela da
população mundial. É importante frisar que não existem grandes diferenças genéticas entre
pessoas de etnias diferentes|1|, e, mesmo que essa diferença existisse, isso não seria motivo
suficiente para justificar o preconceito racial.

Nas formas mais agudas, o preconceito racial pode servir de pretexto para motivar agressões
físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições e prisões injustas de pessoas,
principalmente de negros
Racismo no Brasil

Apesar de a abolição da escravatura ter ocorrido em 1888 (período relativamente tardio se


considerarmos que o mesmo, nos vizinhos latino-americanos, aconteceu

Segundo a PNAD de 2018, a taxa de desemprego entre negros e pardos (14,6% e 13,8%,
respectivamente) era maior que a taxa de desemprego geral (11,9%).

.Dados da PNAD de 2015 apontam que negros e pardos representam 54% da população
brasileira. No entanto, eles representam 75% do grupo de 10% da população mais pobre e
17,8% do grupo de 1% da população mais rica.

.Entre pretos e pardos, a taxa de analfabetismo gira em torno de 9,9%, enquanto o


analfabetismo entre brancos gira em torno de 4,2%.

.22,9% dos brancos com mais de 25 anos têm diploma de ensino superior; entre os pretos e
pardos, esse dado está em 9,3%

Racismo no esporte

A repercussão dos ataques racistas direcionados ao atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid,
no duelo com o Valência pelo Campeonato Espanhol no último domingo (21), mostra que este
não é um fato isolado. Nos últimos anos, foram vários os casos de racismo contra atletas
brasileiros no futebol europeu, dentro e fora de campo, mas que não se limitam ao Velho
Continente. Eles também avançaram no Brasil.

Daniel Alves, Taison, Dentinho, Neymar, Roberto Carlos, Malcom, Richarlison, Hulk. Todos eles
já foram vítimas de racismo na Europa, de bananas atiradas no gramado a sons que imitam os
de um macaco nas arquibancadas. A mesma Espanha na qual Vinicius Júnior tem sofrido com
manifestações racistas e de ódio foi palco de boa parte destes ataques

Linha do tempo do racismo no futebol

“Isso [repetição de ataques a Vinicius Júnior] reflete anos e anos de leniência das autoridades
espanholas com o racismo. Especialmente nos campos de futebol, não é apenas Vinícius Júnior
que tem sofrido, mas outros jogadores pela Europa também, como o [atacante belga Romelu]
Lukaku, vítima de racismo em abril e expulso por reagir contra os xingamentos racistas [na
Itália, onde defende a Inter de Milão]. Existe um histórico [de racismo], com mais de 20 anos,
com jogadores negros brasileiros e de outros países”, destacou Jorge Santana, professor de
História e mestre em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), em
depoimento ao programa Stadium, da TV Brasil.
Print do Cell

Movimentos racistas pelo mundo

As pessoas denominadas racistas baseiam-se na ideologia da superioridade racial. Estas ideias


ganharam força no século XIX através do Positivismo e, mais tarde, no século XX, foram
aproveitadas pelo Fascismo.

Mesmo com todos os estudos indicando que a raça de um indivíduo não tem relação com
inteligência ou caráter, certas pessoas continuam a acreditar nisto. O pior é quando estas
pessoas se reúnem e começam a tomar atitudes violentas contra os grupos que elas classificam
de “inferiores”.

Foto dos neonazista e skinheads

Alguns movimentos racistas pelo mundo atual são os Neonazistas e Skinheads. Esses grupos
perseguem, espancam e matam pessoas consideradas diferentes, seja pela raça, cor, cultura ou
mesmo por preferências sexuais, religiosas, etc.

KKK

Foto

A Ku Klux Klan (KKK) ou Klan é uma organização terrorista que foi fundada em uma pequena
cidade do Tennessee, Estados

Unidos, entre os anos de 1865 e 1866. Essa organização, que se pauta pelo supremacismo
branco, promovia e promove atos terroristas contra pessoas negras e simpatizantes dos
direitos dos negros.

Ku Klux Klan é o nome de uma organização supremacista que surgiu nos Estados Unidos.

Surgiu inspirando-se em ideais supremacistas brancos e promovia atentados contra negros e


contra brancos que defendiam os direitos dos negros.
O ressentimento dos sulistas, defensores da manutenção do trabalho escravo nos EUA, com a
vitória dos nortistas, abolicionistas, levou ao surgimento de organizações terroristas como a
KKK.

A Ku Klux Klan passou por três fases em sua história e hoje se encontra enfraquecida.

Como combater o racismo?

O racismo deve ser combatido diariamente, primeiro em atitude individuais e depois, de forma
social.

O mais importante é reconhecer que vivemos numa sociedade racista e isto é muito fácil de
comprovar respondendo a estas perguntas.

O Brasil tem quase 50% da população que se declara negra: no Congresso Nacional temos 50%
dos parlamentares negros?

Existem 50% de médicos negros em hospitais?

Assim, seria interessante uma autoavaliação começando pelo nosso vocabulário. Deveríamos
tirar da nossa linguagem expressões como “denegrir”, “preto de alma branca”, “moreninha do
cabelo bombril”, e tantas outras.

Igualmente, conhecer outras culturas, costumes, pessoas e religiões. Quantas personalidades


negras ou indígenas você admira? Ao ter contato com saberes diferentes dos quais estamos
acostumados, abrimos nossa cabeça e percebemos que os seres humanos são bem parecidos.

Por fim, lembremos que o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial é


comemorado dia 21 de março.
Fontes:

Agênciabrasil

Educabrasil

Todamateria

Jornalusp

Uninter

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