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Racismo

Inês Sousa Delgado nº6 10ºB


➢ Sumário

Tema - Racismo.
Problema- Será aceitável praticar racismo?
Tese- Immanuel Kant - A favor do racismo.
Martin Luther King Jr. - Contra o racismo.
Argumentos- Immanuel Kant é a favor do racismo e argumenta que as pessoas de
cor na África não possuem, por natureza, nenhum sentimento que se eleve acima
do ridículo e descreve-os com total desprezo. Martin Luther King Jr. é contra o
racismo e argumenta que todas as pessoas, independentemente de sua raça ou cor,
devem ter direitos e oportunidades iguais.

➢ Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Filosofia. Trata-se de um


ensaio filosófico, referente ao tema do racismo. Ao longo deste ensaio pretendo dar
uma definição do conceito “racismo”, mostrar e explorar diferentes perspetivas sobre
este assunto. De seguida, apresentar as teses como resposta ao problema
colocado. Irei dar a conhecer a perspetiva dos dois filósofos, um a favor do tema e
outro em divergência ao mesmo. Quanto ao filósofo alemão Immanuel Kant que se
mostra a favor desta ação, e, por outro lado, Martin Luther King Jr, ativista político e
líder dos direitos civis, que não concorda com estas ações, e, por fim, expor a minha
opinião.

➢ Desenvolvimento
O racismo é uma ideologia, atitude ou sistema de crenças que mantêm a ideia da
superioridade ou inferioridade de determinados grupos raciais em relação a outros.
É caracterizado pela descriminação e preconceito com base na raça ou etnia das
pessoas. Ele nega a igualdade de direitos, oportunidades e dignidade para todos os
indivíduos, perpetuando estereótipos e hierarquias sociais injustas, esta noção de
superioridade pode levar à exclusão e tratamento injusto de pessoas pertencentes a
grupos considerados “inferiores”. O racismo também se manifesta através de
generalizações simplistas e ações discriminatórias, não é apenas uma questão
individual, também está fixado em estruturas e instituições sociais podendo ser
encontrado em sistemas políticos, leis, instituições educacionais e no acesso
desigual a recursos e oportunidades.
Os efeitos desta atitude são profundos e abrangentes, geram desigualdades
socioeconômicas, limitam as oportunidades de desenvolvimento e prejudicam o bem
estar emocional e psicológico das pessoas afetadas. Além disso, o racismo contribui
para a fragmentação social e o conflito intergrupal.
Muitas pessoas não estão cientes, mas o racismo tem uma longa história que
remonta a milhares de anos e persiste até os dias de hoje. Ao longo dos tempos,
diversos grupos raciais foram alvo de discriminação, preconceito e opressão em
diferentes partes do mundo, por exemplo, na Grécia Antiga os gregos
consideravam-se superiores a outros povos, como os Persas ou os Egípcios e na
Roma Antiga onde existia um sistema de escravidão que se baseava em diferenças
raciais.
No século XVI, o racismo desempenhou um papel crucial na criação e expansão do
sistema de escravidão transatlântica. Durante esse período, milhões de africanos
foram escravizados, levados para a América e tratados como propriedade, eles
foram submetidos a condições extremamente cruéis e desumanas.
Outro exemplo acontece durante o período do colonialismo europeu, os impérios
coloniais exploraram e dominaram povos não europeus, usando argumentos
baseados em conceitos racistas para justificar as suas ações, além disso, o
colonialismo também incluiu a imposição de ideias de superioridade racial e a
implementação de políticas discriminatórias.
No século XX, a África do Sul adotou o sistema de “apartheid”, que foi uma política
oficial de segregação racial e discriminação institucionalizada.
Por muitas décadas, a população negra foi alvo de leis discriminatórias que
limitavam a sua liberdade e as suas oportunidades. Nesse mesmo século surgiu em
todo o mundo movimentos pelos direitos civis, com o propósito de confrontar o
racismo e alcançar a igualdade racial, um exemplo notável é o Movimento pelos
Direitos Humanos nos Estados Unidos, liderado por Martin Luther King Jr. que me
leva a abordar o primeiro filósofo.
Martin Luther King Jr. foi um grande defensor da igualdade racial, dedicou a sua
vida a lutar contra o racismo e à ascensão da igualdade de direitos para todas as
pessoas, independentemente de sua cor de pele. Martin argumentava que todas as
pessoas são iguais em dignidade e merecem ser tratadas com justiça e respeito,
independentemente da sua raça, ele acreditava na igualdade de oportunidades e na
eliminação das discriminações raciais. Para ele o racismo era uma injustiça moral e
uma violação dos princípios da liberdade e igualdade que deveriam ser assegurados
a todos os cidadãos. Martin Luther King Jr. defendia a não violência como uma
estratégia para combater o racismo, acreditando que a mudança social poderia ser
alcançada por meio do amor, da empatia e da resistência pacífica.
No entanto o filósofo Immanuel Kant que se mostrava a favor do racismo
argumentava que certos povos europeus eram “belos” e “sublimes” enquanto
desvaloriza os povos africanos chegando a dizer que “devia dispersá-los as
pauladas.” Kant referia-se aos africanos como um povo que não tinha, por natureza,
nenhum sentimento que se ascendia acima do ridículo, falava dos negros como
pessoas sem talentos e que não se encontrava nenhum indvíduo de pele escura
que apresentasse algo grandioso na arte, na ciência ou em qualquer outra aptidão.
Além disso, disse que a diferença entre estas duas raças era essencial quanto às
capacidades mentais quanto à diferença de cores.
Ao meu ver ninguém deveria ser julgado, discriminado ou mesmo maltratado pela
sua cor ou etnia. Muitas pessoas inocentes sofreram injustamente por não serem
consideradas a “raça superior”, e é triste saber que em pleno século XXI
esta discriminação continua a existir. Crianças e jovens de cor escura vão à escola
para adquirir conhecimento e ter oportunidade de crescer como pessoa e são
vítimas de racismo, tantos adultos que perdem oportunidades na vida pessoal ou
profissional só porque não correspondem ao padrão imposto pela sociedade.
E mesmo assim ainda existem pessoas que acham que o racismo é necessário e
acreditam que quem não for o “padrão” deve ser criticado e maltratado só pela sua
cor de pele.

➢ Conclusão
Em suma, não é aceitável praticar racismo, é uma violação dos princípios morais
fundamentais que devem orientar a nossa sociedade. Esta ação causa danos
significativos às pessoas que são alvo dele, mantém desigualdades sociais e limita
o pleno desenvolvimento e participação de todos os membros da sociedade. Além
disso, o racismo vai contra os valores de respeito e diversidade que são essenciais
para uma sociedade justa e harmoniosa. Somente com a desconstrução do racismo
e o comprometimento coletivo em criar uma sociedade mais inclusiva, podemos
avançar rumo a uma sociedade onde a igualdade seja uma realidade para todos,
independentemente de sua raça ou etnia.

➢ Bibliografia e Webgrafia

Bezerra, Juliana (2011). “Racismo.” Toda Matéria. Recuperado em 18/05/2023 de


Racismo - Toda Matéria (todamateria.com.br)

Machado, Lívia (2016, 14/10). “Martin Luther King e a luta pela igualdade racial.”
Estado de Minas. Recuperado em 18/05/2023 de Martin Luther King e a luta pela
igualdade racial - Estado de Minas

Pereira, Rui (2006, 09/10). “Uma visão colonial do racismo.” Openedition.


Recuperado em 18/05/2023 de Uma visão colonial do racismo (openedition.org)
Wordpress (2015, 07/06). “Os Pensadores do Racismo.” Identidade Cultural e
Preconceito. Recuperado em 17/05/2023 de Os Pensadores do Racismo | Identidade
Cultural e Preconceito (wordpress.com)

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