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METODOLOGIA DA COMISSÃO
NACIONAL DA VERDADE SOBRE A
ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
Brasília - DF
2015
COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
FICHA TÉCNICA
COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
APRESENTAÇÃO
COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
INTRODUÇÃO
CONSIDERANDO que em 1948, a Assembleia das Nações Unidas adotou a Convenção para a
Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
CONSIDERANDO que a Assembleia das Nações Unidas de 1968 aprovou a Convenção sobre a
Imprescritibilidade dos Crimes de Guerra e dos Crimes contra a Humanidade.
CONSIDERANDO que cinquenta anos após haver adotado a Convenção para a Prevenção e
Repressão ao Crime de Genocídio. A Assembleia das Nações Unidas de 1998, aprovou o Estatuto
de Roma que instituiu o Tribunal Penal Internacional.
Reconhecendo que esses graves crimes constituem uma ameaça para a paz e segurança
do bem estar da humanidade.
Afirmando que os crimes graves que preocupam a comunidade internacional em seu
conjunto não devem ficar sem castigo e que para assegurar que sejam efetivamente
submetidos a ação da justiça, cumpre adotar medidas no plano nacional e fortalecer a
cooperação internacional. (...)
CONSIDERANDO que o fato de haver subscrito a Carta da Organização dos Estados Americanos e
de ser membro da OEA, acarreta ao Brasil compromisso com os princípios e fundamentos éticos
previstos no Preâmbulo da Convenção interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e
Formas Correlatas de Intolerância, antes mesmo de subscrevê-la, assim dispondo esse Preâmbulo:
OS ESTADOS PARTES NESTA CONVENÇÃO, CONSIDERANDO que a dignidade
inerente e a igualdade de todos os membros da família humana são princípios básicos da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Declaração Americana dos Direitos e
Deveres do Homem, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e da Convenção
Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial.
REAFIRMANDO o firme compromisso dos Estados Membros da Organização dos
Estados Americanos com a erradicação total e incondicional do racismo, da discriminação
racial e de todas as formas de intolerância, sua convicção de que essas atitudes
discriminatórias representam a negação dos valores universais e dos direitos inalienáveis
e invioláveis da pessoa humana e dos propósitos e princípios consagrados na Carta da
Organização dos Estados Americanos, na Declaração Americana dos Direitos e Deveres
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CONSIDERANDO que o Estado brasileiro jamais adotou um pedido formal de desculpas aos
afrodescendentes pela prática da escravidão.
CONSIDERANDO que a Lei Áurea e seus desdobramentos implicaram em marginaliza-ção da
comunidade afrodescendente.
CONSIDERANDO que a sociedade brasileira precisa ainda colocar-se frente a frente com esse
passado, para apagar as manchas que ele deixou.
CONSIDERANDO que o Estado brasileiro mantém até os nossos dias um silêncio sepulcral quanto
ao Crime de Escravidão e suas consequências.
Considerando que os instrumentos do Regime Internacional de Combate ao Racismo consideram
urgente, a justa reparação e superação desse passado:
Instituir no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil uma COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE
SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL composta de 12 membros por ele indicados.
Será propósito dessa Comissão colocar em mesa, os fatos alusivos à escravidão, de tal forma que a
sociedade brasileira possa livrar-se das sombras desse passado e a partir de então, congratular-se
num estilo de vida multirracial e multicultural.
CONSIDERANDO que essa alta responsabilidade e elevada missão não se esgota no âmbito da
sociedade civil,o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,Marcus
Vinícius Furtado Coelho decide ainda:
Expedir Ofício à Excelentíssima Sra. Presidenta da República Dilma Roussef, sugerindo a instituição
de Comissão similar a essa, no âmbito do Poder Executivo Federal.
Expedir Ofícios, dando ciência da criação dessa Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão,
às seguintes autoridades: Ao Excelentíssimo Sr. Presidente do Supremo Tribunal Federal e do
Conselho Nacional de Justiça, Ministro Ricardo Lewandowski; ao Excelentíssimo Sr. Procurador
Geral da República e Presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Rodrigo Janot; ao
Excelentíssimo Sr.Presidente do Congresso Nacional, Senador Renan Calheiros; ao Excelentíssimo
Sr.Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso; a Excelentíssima Sra. Ministra da SEPPIR, Luiza
Bairros.
SUMÁRIO
COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE SOBRE A ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
1.1 EMAIL
cnvenb@oab.org.br
1.2 WHATSAPP
1.3 TELEFONE
1.3 FACEBOOK
https://www.facebook.com/messages/conversation-1407228102913562
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Através da Página oficial do facebook onde terão acesso e poderão se comunicar postando
PISTAS das provas que precisamos;
Através do email da Comissão (cnvenb@oab.org.br);
Através de Audiência Pública caso haja necessidade;
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3. SUB COMISSÕES
3.1 Estaduais:
3.2 Municipais:
3.3.1 Nacional
Presidente e um Vice-Presidente;
Um Secretário, que manterá o registro de suas atividades.
Um Relator, que deverá elaborar o seu relatório final e entregá-lo ao Presidente da
Comissão, que o subscreverá, juntamente com o Vice-Presidente.
O Presidente e o Vice-Presidente da Comissão, não integrarão qualquer dos dois Grupos de
Trabalho, assumindo a coordenação de ambos.
4. PRODUTO
4. PRAZOS
4.1 - NACIONAL
Relatório Parcial – Dezembro/2015.
Relatório Final – Dezembro/2016.
4.2 - ESTADUAL
Relatório Parcial – Outubro/2015.
Relatório Final – Outubro/2016.
4.3 - MUNICIPAL
Quais foram, por quem foram e como foram cometidos, os crimes que tornaram realidade, a
escravização de pessoas negras no Brasil?
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6. ESTRATÉGIA DE TRABALHO
6.1 GT 1
Arregimentar pesquisa bibliográfica, direcionada a responder às questões norteadoras;
Realizar entrevistas, com autores vivos, das obras visitadas
6.2 GT 2
Coletar provas materiais e documentais, dos crimes que “viabilizaram” a escravização de
pessoas negras;
fotografar, filmar, digitalizar materiais;
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7. ESTRUTURA DO RELATÓRIO
Introdução;
1. Relato, com encadeamento lógico, dos principais elementos coligidos pelo GT-1.
2. Relato, com encadeamento lógico, dos principais elementos coligidos pelo GT-2.
3. Fundamentação lastreada no Regime Internacional de Combate ao Racismo, ordenada
por uma técnica argumentativa direcionada a apontar a responsabilização do Estado e o
dever de REPARAÇÃO.
4. Propostas de modalidades viáveis de reparação.
5. Conclusão.
8. PARCERIAS
8.1 Assinar Termo de Cooperação Técnica com os lócus de Produção das fontes Bibliográficas
(Universidades, Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Museus, Arquivos Públicos,
Arquivos de Dioceses, etc);
(Modelo da Comissão Nacional);
8.2 . Assinar Termo de Cooperação Técnica com Setores Estratégicos para garantir
FINANCIAMENTO de passagens e diárias para atividades do GT-2 (Universidades Públicas e
Privadas, Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, Museus, Governos do Estado,
Prefeituras, Secretarias de Ciência e Tecnologia, Fundações de Apoio à Pesquisa Estaduais, etc );
9. BASE DE DADOS
ESTADUAL:
Todos os documentos ficam sob a guarda da Secretaria da Comissão Estadual;
Todas as provas documentais devem ser digitalizadas e encaminhadas ao email da
Comissão (cnvenb.pa@gmail.com);
NACIONAL
Todos os documentos ficam sob a guarda da Secretaria da Comissão Nacional;
Todas as provas documentais devem ser digitalizadas e encaminhadas ao email da
Comissão (cnvenb@oab.org.br);
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BIBLIOGRAFIA