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Luta pelos direitos civis nos E.U.

A
ACONTECIMENTOS ANTERIORES

Com o fim da Guerra de Secessão em 1865 foi abolida a escravidão nos E.U.A.
Porém, o fim do sistema escravista não garantiu direitos básicos aos ex-
escravizados, e muitos grupos sulistas não aceitavam a ideia de que os negros
libertos, possuíssem direitos iguais aos dos brancos. dddddddddddddd
Antes mesmo do fim da guerra, muitos estados do Sul escravista possuíam
políticas segregacionistas, como leis antimiscigenação, que proibiam o
casamento entre brancos e negros. Mas, com a abolição da escravidão, a defesa
dessas políticas foi intensificada por alguns grupos, como a sociedade secreta
Ku Klux Klan, formada em 1865. ggggggggggggggggggggggggggggggggggg
O federalismo estadunidense permitia que cada estado possuísse suas leis
próprias. Assim, um conjunto de leis adotadas a partir da década de 1870 no
Sul do país, chamado pejorativamente de “Jim Crow”, oficializou a segregação
racial nessa região. Ddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddddd
PORQUE ‘JIM CROW’

A expressão "Jim Crow" provavelmente originou-se da canção "Jump Jim


Crow", cantada e dançada pelo ator Thomas D. Rice, com maquiagem
blackface, caricaturando os negros. A canção foi lançada em 1832 e era
usada para satirizar as políticas populistas de Andrew Jackson.
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LEIS ‘JIM CROW’

Tais leis definiram, por exemplo, que os negros não ocupar os mesmos
locais que os brancos em serviços públicos, como escolas, transportes e
hospitais, e privados, como hotéis, restaurantes e teatros. Esses locais
deveriam estabelecer instalações diferentes para os dois grupos. Havia,
também, leis que determinavam regras para o casamento e a miscigenação.
Porém, houve resistência desde o surgimento dessas leis, incluindo a
própria luta pelos direitos civis da população negra e a criação de
organizações como a National Association for the Advancement of Colored
People (NACCP, Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor,
em português), fundada em 1909. No entanto, as primeiras vitórias seriam
efetivamente conquistadas somente na década de 1950.
PRINCIPAIS RESISTÊNCIAS

Um dos principais acontecimentos que simbolizam essa resistência data de


1955, quando Rosa Parks, membro da NACCP, ao pegar um ônibus no
Alabama não cedeu seu lugar a um passageiro branco quando o veículo ficou
lotado. Embora estivesse sentada em uma fileira permitida aos negros, a lei
determinava que cedessem seu assento aos brancos quando o veículo lotasse.
Parks foi presa. Liberada após pagara uma fiança, uniu-se a Martin Luther
King, pastor e líder de movimentos pelos direitos civis dos negros nos EUA e
de um boicote contra o sistema de ônibus organizado alguns dias após o
ocorrido com Parks. O boicote permaneceu por mais de um ano, e, em 1956, a
Suprema Corte dos EUA declarou inconstitucional a segregação racial em
transportes públicos.
Ainda na década de 1950, a fundação da Conferência da Liderança Cristã do
Sul (SCLC, sigla em inglês), por Luther King, representou mais um marco
do movimento dos direitos civis nos EUA, defendendo a resistência pacífica.
MARCHA SOBRE WASHINGTON

Em 1963, a Marcha sobre Washington, liderada por Luther King e demais


militantes, reuniu cerca de 250 mil pessoas contra a segregação racial. O
amplo movimento pacífico influenciou a aprovação de leis que garantiam
direitos à população afro-americana.
A primeira e mais importante delas foi a Lei dos Direitos Civis, de 1964,
que encerrou as leis de segregação racial nos EUA, e permitiu, legalmente,
que a população negra frequentasse os mesmos locais e ocupasse os
mesmos lugares que a população branca, e ocupasse os mesmos lugares.
Além das discriminações raciais, a lei pôs fim a discriminações religiosas e
de nacionalidade no país.
OUTRAS ORGANIZAÇÕES

Ainda nesse momento, ganhariam força e surgiriam outros líderes e


organizações na luta pelos direitos da população afro-americana, adotando
novos discursos e estratégias. Um exemplo desses movimentos é a
Organização da Unidade Afro-Americana, fundada em meados de 1964 por
Malcon X. De tendência separatista, defendia a união dos afro-americanos
para combater a opressão vivenciada pelos negros e o racismo.
Dois anos depois, Huey Newton e Bobby Seale fundaram o Partido dos
Panteras Negras, com a ideia de formar uma comunidade para combater a
opressão e violência sofridas pelos negros, e, com um discurso
anticapitalista, defender a liberdade, a terra, emprego, educação e outros
direitos para essa população.
O ASSASSINATO DE MARTIN
LUTHER KING JR

Pouco depois das 6 horas da tarde de 4 de abril de 1968, Martin Luther King Jr. foi
ferido mortalmente por uma arma de fogo quando se encontrava na sacada do 2º andar
do Lorraine Motel, em Memphis. O líder dos direitos civis estava na cidade para apoiar a
greve dos trabalhadores em serviços sanitários e ia jantar quando um projétil o atingiu
no queixo e rompeu sua medula espinhal. King foi declarado morto logo depois de sua
chegada a um hospital local. Tinha 39 anos.
Na noite do homicídio de King, um rifle de caça Remington cal.30-06 foi encontrado na
calçada ao lado de uma casa de pensão a um quarteirão do Lorraine Motel. Durante os
meses subsequentes de investigação, o rifle e os relatos de testemunhas oculares
apontavam para um único suspeito: James Earl Ray.
Em 8 de junho, investigadores da Scotland Yard prenderam Ray no aeroporto de
Londres. Tentava voar para a Bélgica com o objetivo – mais tarde admitido – de chegar à
Rodésia. À esta altura, a Rodésia era governada por um governo de minoria branca,
opressor e internacionalmente condenado. Extraditado para os Estados Unidos, declarou-
se culpado ante um juiz de Memphis em março de 1969 para assim evitar a cadeira
elétrica. Foi sentenciado a 99 anos de prisão.
DISCURSO “EU TENHO UM SONHO” DE
MARTIN LUTHER KING DURANTE A MARCHA
SOBRE WASHINGTON
REFERÊNCIAS

CARSON, Clayborne; SHEPARD, Kris (Org.). Um apelo à consciência: os


melhores discursos de Martin Luther King. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2006.
HARRIS, Joseph E.; ZEGHIDOUR, Slimane. A África e a diáspora negra.
In: MAZRUI, Ali A.; WONDJI, Christophe (Org.). História Geral da
África, VIII: África desde 1935. Brasília: UNESCO, 2010.
Há 60 anos, Rosa Parks se recusava a ceder lugar a um homem branco em
ônibus. Geledés – Instituto da Mulher Negra, 02 dez. 2018. Disponível em: 
https://www.geledes.org.br/ha-60-anos-rosa-parks-se-recusava-ceder-lugar-
um-homem-branco-em-onibus/
. Acesso em: 25 abr. 2019.

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