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GOVERNO PROVISÓRIO

O COMBATE AS VELHAS ESTRUTURAS


REVOLUÇÃO DE 1930
• A Revolução de 30 conduziu os descontentes com o governo da
Primeira República ao governo federal, através do golpe de Estado
proposto por Getúlio Vargas.
• As primeiras medidas do governo provisório foram: o fechamento do
Congresso e do Senado, a suspensão da Constituição de 1891 e a
destituição dos antigos presidentes de províncias (governadores).
• Também foram criados o Ministério da Educação e Saúde, bem
como o Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio.
• Vargas também prometeria eleições presidenciais para breve, mas
adiava a decisão sempre que podia. Voltou-se para a Igreja Católica
em busca de apoio e assim conseguir se sustentar na presidência.
• Atitudes como estas desagradavam vários dos seus
correlegionários que participaram do movimento de 30.
REVOLUÇÃO DE 1932 E GOVERNO PROVISÓRIO
• O descontentamento dos grupos oligárquicos, liderados pelos paulistas,
marcaram o início da Revolução de 1932, em São Paulo.
• Os objetivos deste levante eram a convocação de eleições para os
cargos executivos e para a formação de uma assembleia constituinte.
Diante da recusa do governo, os paulistas pegam em armas, mas a
revolta foi sufocada por Getúlio Vargas.
• De todas as maneiras, um ano depois, era instituída a Assembleia
Nacional Constituinte, que promulgaria a nova Carta Magna e elegeria
como presidente o próprio Vargas.
• Entre as definições da nova Constituição de 1934 estava a eleição por
voto direto e secreto, mandato presidencial de quatro anos e a criação de
deputados por categoria profissional.
• Com a nova Carta Magna, o governo provisório e o movimento tenentista
chegariam ao fim e a Era Vargas entra na fase denominada Governo
• Fala no inicio
• Chama-se governo provisório o período de 1930 a 1934, quando Getúlio Vargas governou o Brasil,
após a vitória da Revolução de 1930.
• Este momento foi marcado pela tensão entre a centralização do poder em torno a Vargas e o
descontentamento das antigas oligarquias estaduais.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS
• A Revolução de 1930 marcou a chegada de Getúlio Vargas ao poder, instalando-
se o Governo Provisório. Vargas então anulou a Constituição de 1891, fechou o
Congresso Nacional, extinguiu os partidos políticos e começou a governar por
meio de decreto-lei. Nos estados, Vargas depôs os antigos governadores e
nomeou interventores, pessoas da sua confiança, para governar cada estado
brasileiro. Uma característica marcante desse período histórico é a
participação de civis e militares na política, em vários casos, os dois grupos
entraram em conflito. Em 1924, São Paulo foi palco de um movimento militar
que objetivava a tomada do poder, mas os revoltosos foram derrotados
• Vargas, como chefe do Governo Provisório, acumulava poderes. Sem um
Congresso aberto e partidos atuando no campo político, ele começou a
desagradar antigos apoiadores da Revolução de 1930, pois o seu governo
centralizava poderes. Não foram convocadas eleições presidenciais, a
Assembleia Nacional Constituinte prometida não se realizava, ou seja, o Brasil
não tinha uma Constituição. Além disso, os interventores escolhidos para
governar os estados não agradavam aos políticos locais. Um exemplo disso foi
São Paulo.
• "Os paulistas viram na escolha dos interventores uma interferência
de Getúlio Vargas nos estados. A autonomia estava em risco, pois
os governantes não eram escolhidos pelos seus políticos, mas sim
pelo chefe do Governo Provisório, que começou a fazer isso desde
1931, nomeando interventores militares (ou ligados aos militares).
• Em 23 de maio de 1932, aconteceu no centro da cidade de São
Paulo uma manifestação contra o governo Vargas. As forças leais
ao governo reagiram, matando quatro estudantes: Mário Martins
Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio
Camargo de Andrade. A violência contra os manifestantes
aumentou o apoio da classe média paulista à causa
constitucionalista e contra o governo. Os sobrenomes dos mortos
foram imortalizados no acrômio: MMDC
LUTA ARMADA

• A ditadura civil-militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985 teve


como uma das formas de oposição a luta armada contra o regime. Os
grupos intensificaram os debates e sua formação principalmente a
partir de 1967, com a escalada de movimentações nas zonas urbanas
e a intensificação da repressão.
• Entretanto, antes disso, em 1964, Leonel Brizola já havia indicado o
interesse em resistir com grupos armados ao golpe que depôs João
Goulart. Foi criado o Movimento Nacionalista Revolucionário e
iniciaram-se contatos com guerrilheiros cubanos. A partir do
movimento, formou-se uma guerrilha para atuar na Serra do Caparaó
em Minas Gerais, entre 1966 e 1967. O objetivo era estreitar os laços
com os camponeses, nos moldes do que havia sido feito na Sierra
Maestra, Cuba. Não obteve sucesso a ação na Serra do Caparaó,
• A perspectiva da luta armada contra a ditadura civil-militar espelhava-se em exemplos que
haviam ocorrido em outros países latino-americanos como Guatemala, Colômbia, Venezuela
e Peru, além de Cuba, claro. Um dos pontos do debate dos grupos de esquerda organizada
era o livro do francês Régys Debray, Revolução na Revolução . Nele, fazia-se a defesa de
criação de focus guerrilheiros em pontos específicos dos países, pretendendo irradiar-se a
partir desses pontos e alcançar uma escala mais ampla da sociedade. Era uma visão que
apontava uma nova forma de enfrentar o capitalismo, distinta das formas experimentadas
anteriormente.
• Assim se formou uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB): a Aliança
Libertadora Nacional. A dissidência ocorreu porque a direção do PCB defendia a
manutenção de uma frente ampla de organizações políticas para enfrentar o regime, em
detrimento da luta armada. Para superar essa política, Carlos Marighella e Joaquim Câmara
Ferreira criaram a Dissidência Comunista, que daria origem à ALN. Assaltos a bancos foram
realizados para financiar as ações, sendo assaltado inclusive um trem pagador da ferrovia
Santos-Jundiaí.
• Um dos principais feitos da ALN, em conjunto ao Movimento Revolucionário 8 de outubro
(MR-8), foi o sequestro do embaixador estadunidense Charles Ewbrick, em 1969. Em
nenhum lugar do mundo um embaixador dos EUA havia sido sequestrado. Essa façanha
possibilitou aos guerrilheiros negociar a libertação de quinze prisioneiros políticos. Outro
embaixador sequestrado foi o alemão-ocidental Ehrefried Von Hollebem, que resultou na
soltura de quarenta presos.
AS MULHERES E O DIREITO AO VOTO
• O direito ao voto é um dos direitos mais importantes das democracias indiretas, uma vez
que permite que as pessoas possam exercer a sua cidadania e tomar parte do processo
político, elegendo seus representantes na política ou se candidatando aos cargos políticos
disponíveis. No entanto, durante muito tempo, uma série de grupos presentes na sociedade
brasileira não tinha acesso a esse direito e, portanto, não exercia a sua cidadania.
• Um desses grupos eram as mulheres. O voto feminino só foi possível no mundo ocidental
graças à muita luta das mulheres pela conquista desse direito. Não foi diferente aqui no
Brasil, e mulheres de diferentes classes sociais, movidas pelo desejos de equiparação de
direitos, esforçaram-se para conquistar espaço na política.
• A luta das mulheres pelo direito de votar despontou no Brasil no final do século XIX. No ano
de 1880, a Lei Saraiva foi promulgada, trazendo grandes modificações para o sistema
eleitoral do Brasil. Essa lei permitia que todo brasileiro com título científico pudesse votar
e, aproveitando-se disso, a cientista Isabel de Souza Mattos exigiu na Justiça o direito ao
voto.
• A luta das mulheres seguiu com o começo do século XX, embora a resistência em conceder
esse direito às mulheres era muito grande. O crescimento da causa do voto feminino
resultou no surgimento de associações, instituições e até partidos em defesa dessa pauta.
Um exemplo foi o surgimento do Partido Republicano Feminino, criado em 1910 pela
professora Leolinda de Figueiredo Daltro
CÓDIGO ELEITORAL DE 1932
• Apesar dos avanços significativos que aconteceram no Rio Grande do Norte, o
direito ao voto feminino só avançou no país anos depois. A ascensão de Getúlio
Vargas ao poder do Brasil em 1930 tinha trazido grandes mudanças para o sistema
eleitoral brasileiro, e uma das mais significativas aconteceu com a aprovação do
Código Eleitoral (Decreto n.º 21.076) em 24 de fevereiro de 1932.
• Esse Código Eleitoral estabeleceu normas para a padronização das eleições que
seriam realizadas a partir daí. Foi estabelecido que o voto seria obrigatório e
secreto, além de serem abolidas as restrições de gênero ao voto. Com isso, as
mulheres conquistaram o direito de voto no Brasil, fazendo de nosso país o
primeiro na América Latina a conceder o sufrágio para as mulheres.
• A conquista do voto pelas mulheres a partir do Código Eleitoral de 1932 pode ser
percebida pelo Artigo 2º desse decreto: “É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem
distinção de sexo, alistado na forma deste código”|1|. Assim, as mulheres poderiam
votar desde que tivessem mais de 21 anos e fossem alfabetizadas. A partir de
1934, o voto feminino passou a estar presente na Constituição promulgada naquele
ano. Atualmente, o voto é um direito assegurado a todo cidadão brasileiro,
incluindo os analfabetos, pela Constituição de 1988
• "A conquista do voto feminino é um marco importante na história da democratização do Brasil. Por essa
razão, uma data comemorativa foi criada em homenagem a essa conquista. No dia 24 de fevereiro,
celebra-se o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil.

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