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A Era Vargas
Com a Revolução de 1930, Getúlio Vargas assume a presidência do Brasil. No comando do
país, Vargas concentrou muitos poderes em suas mãos, foi contestado e, por fim, deu início a
uma ditadura no Brasil.
O Governo Provisório
No início do governo provisório, Vargas teve atitudes que levaram a uma centralização política.
Ele fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas estaduais e as Câmaras
Municipais e passou a controlar todos os poderes através de decretos-leis. Nos estados, os
governadores foram substituídos por interventores federais, e o único que ficou de fora foi Minas
Gerais.
Durante o governo provisório houve alguns conflitos, pois os políticos paulistas não aceitaram os
interventores. Assim, os remanescentes oligárquicos formaram a Frente Única Paulista. Essa
frente empenhou-se em lutar pela elaboração de uma nova constituição, ficando responsáveis
pela campanha constitucionalista. O movimento ganhou força devido a uma tragédia ocorrida em
São Paulo, em que quatro estudantes, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foram mortos ao
atacarem a sede de um jornal que era a favor de Vargas. O movimento paulista aderiu a letra
inicial dos nomes dos jovens como símbolo, MMDC.
Assim, em 9 de julho de 1932, o movimento teve início com luta armada e ficou conhecido como
Revolução Constitucionalista. Os combatentes paulistas estavam mais bem equipados que as
tropas federais, por isso Vargas reuniu forças de todo o país para combatê-los e, após três
meses de lutas, Vargas, venceu a Frente Única Paulista. O movimento não foi de todo em vão,
já que conseguiram seu objetivo, que era convocar eleições para a Assembleia Constituinte.
Em novembro de 1933, a Assembleia começou a elaboração de uma nova constituição, que foi
promulgada em 1934, a terceira do Brasil. Getúlio Vargas foi eleito pela Assembleia para
presidente do país em um mandato de quatro anos.
Atenção!
A Constituição de 1934 trouxe várias mudanças importantes para o país, entre elas podemos
citar: voto secreto, voto feminino, a criação da justiça eleitoral e ensino primário gratuito.
Também foram reconhecidos alguns direitos trabalhistas, por exemplo, a jornada de trabalho de
oito horas diárias, férias e descanso semanal remunerado, proteção ao trabalho da mulher e da
criança, entre outros.
O Estado Novo
Em 1937 chegava ao fim o mandato de Vargas e novas eleições deveriam ser convocadas para
escolher seu sucessor para o ano de 1938. Acontece que Vargas não queria sair do poder e,
para isso, foi divulgado um falso documento conhecido como Plano Cohen, que criou uma
instabilidade no país. O documento apoiava as causas comunistas e, com o pretexto de
combater o comunismo no Brasil, Vargas aplicou um golpe de Estado com o apoio de militares e
deu início a uma ditadura no Brasil, conhecida como Estado Novo. As primeiras medidas
tomadas foram a extinção dos partidos políticos, o fechamento do Senado e da Câmara dos
Deputados, a suspensão dos direitos constitucionais e a outorga de uma nova constituição.
Foi criada uma nova constituição em 1937, que ficou conhecida como Polaca. Ela reafirmava os
poderes do presidente e reduzia a autonomia dos estados. Ela também autorizava o controle do
governo sobre os sindicatos, a abolição das greves e o culto ao nacionalismo.
A Economia e a Sociedade
Nesse período, o país já contava com indústrias que permitiram ao Brasil deixar de ser,
essencialmente, agrário e exportador. O governo passou a intervir no comércio, nas indústrias e
na agricultura.
No setor agrícola houve o incentivo de produtos diversificados orientados por institutos que
também financiavam a produção. No setor industrial houve o controle na produção de minérios e
fonte de energia. É desse momento a criação do Conselho Nacional de Petróleo, da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN) e da mineradora Vale do Rio Doce.
No Estado Novo a sociedade passou a ser controlada de perto. Havia repressão política e
censura aos meios de comunicação, que eram utilizados para reforçar o governo de Vargas.
Havia perseguição àqueles que se opunham ao governo. A propaganda do governo era
responsável pela divulgação de uma imagem positiva do país, na qual havia uma unidade
nacional, onde tudo estava integrado, havia harmonia e o governo visava o bem comum da
pátria e da sociedade.
Os sindicatos eram controlados por pessoas do governo, que eram conhecidas como pelegos,
vinculando a participação política dos trabalhadores a órgãos do governo. Durante o Estado
Novo houve o uso da violência física, e muitos opositores foram torturados, presos, exilados e
até mesmo assassinados.
Porém, nesse período, foram tomadas medidas importantes quanto à situação dos
trabalhadores. Foi criada, em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fato que
organizou a vida do trabalhador brasileiro, que passou a ter leis para defendê-lo. Esse fato foi
resultado da luta dos operários, mas foi apresentado como um benefício dado pelo governo aos
trabalhadores, aumentando o prestígio de Vargas, que ficou conhecido como “pai dos pobres” ou
“protetor dos trabalhadores”.
Em Resumo
A Era Vargas foi marcada por um período em que Getúlio Vargas esteve à frente do poder.
Nesse período houve importantes realizações, mas ele também foi marcado por uma ditadura. A
industrialização foi impulsionada e os direitos dos trabalhadores foram assegurados na
ordenação da CLT. Mas cabe salientar que houve grande repressão política e medidas
autoritárias por parte do governo Vargas, e ainda cerceamento de liberdades.
Fonte:
http://www.universiaenem.com.br/sistema/faces/pagina/publica/conteudo/texto-html.xhtml?
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