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TURMA 6131B
TRABALHO DE HISTÓRIA
GOVERNO VARGAS (1951-1954)
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
Novembro de 2022
SUMARIO
1. Biografia
2. Aspectos Políticos
3. Aspectos Econômicos
4. Aspectos Sociais
Em sua campanha eleitoral, Getúlio Vargas realizou comícios em diferentes partes do Brasil e
alinhou seu discurso com duas demandas importantes da população naquele momento: a garantia do
desenvolvimento econômico do país e a promoção do bem-estar social. Assim, Vargas reforçou seu
discurso, afirmando que realizaria o desenvolvimento econômico do país de maneira independente
ao mesmo tempo que combateria a inflação e promoveria o bem-estar da população.
O debate político durante o segundo governo de Getúlio Vargas concentrou-se, principalmente, na
questão do desenvolvimento econômico do Brasil. Esse debate gerou uma divisão muito clara nos
quadros políticos brasileiros entre aqueles que defendiam o desenvolvimento de uma forma mais
nacionalista e aqueles que defendiam o desenvolvimento do Brasil sob a influência do capital
internacional.
Essa divisão manifestou-se, sobretudo, na exploração de recursos considerados vitais para o
desenvolvimento da economia do país na época: o petróleo e a energia elétrica. Durante seu
governo, Vargas desenvolveu a Campanha do Petróleo, que defendia a exploração desse recurso a
partir do monopólio estatal.
A Campanha do Petróleo mobilizou diferentes grupos da sociedade brasileira que defendiam que
a exploração do petróleo era uma questão de soberania nacional. Sob o lema de “O petróleo é
nosso”, a campanha do governo pela criação de uma empresa estatal para exploração do petróleo
deu resultado e, assim, em 1953, nasceu a Petrobras.
O projeto político-econômico proposto por Getúlio Vargas entrava em choque com empresas
estrangeiras, com os interesses locais industriais e financeiros associados ou em vias de se
associarem ao capital internacional, e com os poderosos proprietários de terras que permaneciam
politicamente ativos em suas regiões. Todos esses grupos combatiam um Estado regulador do
mercado, concentrador de riquezas e favorável à adoção de políticas de contenção do capital
estrangeiro em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento nacional, e julgavam-se
prejudicadas por uma legislação trabalhista que avaliavam ser excessivamente onerosa aos
empresários.
Aspectos Sociais
Além da crise política que prejudicava a governabilidade de Vargas, a tensão social também foi
um elemento importante para o aumento da instabilidade de seu governo. Primeiro, e conforme
mencionado, a crise política e os ataques promovidos pela UDN criaram um clima de insegurança e
difundiram a insatisfação na população.
Além disso, a inflação era um grande problema para o governo, pois reforçava a tensão existente.
Antes de mais nada, é importante pontuar que o salário-mínimo não era reajustado no país desde
1943, e quanto mais a inflação crescia, mais o custo de vida aumentava e mais poder de compra o
trabalhador perdia.
Em dezembro de 1951, houve um pequeno aumento no salário que não conteve a insatisfação
popular. Com a reorganização dos sindicatos (haviam sido desmontados pela postura autoritária do
governo Dutra), as lideranças de trabalhadores logo começaram a organizar-se para exigir melhorias
salariais significativas.
A organização dos trabalhadores levou à realização de uma das maiores greves da história do
Brasil: a Greve dos 300 mil. Essa aconteceu durante março de 1953 e mobilizou trabalhadores de
diferentes categorias. Poucos dias antes da greve, uma passeata formada por 60 mil trabalhadores
aconteceu em São Paulo.
Esses acontecimentos levaram Vargas a perceber que era necessário reforçar as ações na direção
de manter o apoio do operariado urbano — o grupo mais importante para sua estratégia política.
Assim, resolveu nomear Oswaldo Aranha para o Ministério da Fazenda e João Goulart para o
Ministério do Trabalho.
A Quarta República, também conhecida como República Populista ou República de 46, foi um
período democrático da nossa história que se estendeu de 1946 a 1964.
“Brasileiros! No alvorecer do novo ano, quando nas almas e nos corações se acende mais viva e
crepitante a chama das alegrias e das esperanças e sentimentos mais forte e dominadora a
aspiração de vencer, de realizar e progredir, venho comunicar-me convosco e falar, diretamente, a
todos, sem distinções de classe, profissão ou hierarquia, para unidos e confraternizados, erguemos
bem alto o pensamento, num voto irrevogável pela grandeza e pela felicidade do Brasil (VARGAS,
1938, p.121)”
Palavras de efeito que causam furor diante das massas devem ser ditas por um comandante de
pulso firme, com olhar atento e visão para adaptações que a modernidade exige. Distante do povo, o
político não é capaz de mudar a ordem vigente em um Estado. Perto dele, no entanto, há
responsabilidade assumida pelo discurso de “fazer pelo bem”.
Vargas sabia das aspirações do povo, mas concomitantemente, estava ligado a uma oligarquia que
esperava mais do que um governante convencional. Buscava a manutenção de seus princípios
dentro da ordem estabelecida e almejada, no contexto em que o país vivia.