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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Disciplina: ANS

Nomes: Andreza Cabanez do Rosário, Luiza Barbosa Feliciano

Peça Provocativa de Segurança Alimentar e Nutricional

Apresentamos o Vídeo: https://youtu.be/rFvSh5_Rq10

Comentários sobre o vídeo: Segurança alimentar é a garantia de todas as dimensões que


inibem a ocorrência da fome. Disponibilidade e acesso permanente de alimentos, pleno
consumo sob o ponto de vista nutricional e sustentabilidade em processos produtivos.

Segundo a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei nº 11.346, de 15 de


setembro de 2006), por Segurança Alimentar e Nutricional – SAN entende-se a realização do
direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base
práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

A Politica de Alimentação e Nutrição (PAN), dentro do princípio da segurança alimentar e


nutricional, desenvolve ações buscando a melhoria das condições nutricionais da população do
RS, prestando apoio às Coordenadorias Regionais de Saúde e aos Municípios no processo de
gestão, planejamento, execução, monitoramento e avaliação de programas e ações de
alimentação e nutrição. A saber:

• Organização da Atenção Nutricional nas Redes de Atenção a Saúde (RAS);

• Promoção da Alimentação Adequada e Saudável: Implantação e implementação das


diretrizes do Guia Alimentar da População Brasileira, Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil;

• Vigilância Alimentar e Nutricional: Prevenção e controle da obesidade e doenças crônicas;


Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade; Programa Academia da Saúde;
Programa Saúde na Escola; Programa Crescer Saudável;

• Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais: Programa Nacional de Suplementação de


Vitamina A (PNSVA), Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes em Pó
(vitaminas e minerais) – NutriSUS; Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF);

• Programa Bolsa Família.

Não dá pra falar de Segurança Alimentar, sem falar na Insegurança alimentar. A fome é uma
das representações das injustiças sociais mais cruéis e sabemos que atinge de forma mais
contundente setores historicamente marginalizados na sociedade. Os acontecimentos
ocorridos a partir de 2016 e agora a pandemia aprofundaram ainda mais as desigualdades
econômicas e sociais no Brasil. A pesquisa “Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no
Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil”, realizada pela Rede PENSSAN(Rede Brasileira de
Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), é essencial nessa conjuntura,
pois nos mostra a gravidade dos retrocessos causados pela superposição das múltiplas crises e
seus impactos na Segurança Alimentar. Os resultados deste inquérito mostram que, em 2020,
a Insegurança Alimentar e a fome no Brasil retornaram aos patamares próximos aos de 2004.
Tem sido uma constante nos debates públicos no país a associação da piora nas condições de
vida observadas neste relatório com circunstâncias econômicas e políticas em curso há alguns
anos, em especial a execução de uma agenda governamental neoliberal de ajuste fiscal em que
as regras orçamentárias, a exemplo da Lei do Teto de Gastos, foram desvinculadas das
necessidades sociais, políticas públicas desmanteladas, empresas estatais privatizadas e
organizações sociais descartadas.

O protagonismo mais tímido do Estado daí resultante é visto como requisito falacioso para
uma recuperação econômica nunca ocorrida. As mazelas da fome e demais manifestações de
Insegurança Alimentar voltaram a patamares alarmantes, expondo os traços estruturais
deletérios calcificados da sociedade brasileira que têm encontrado ambiente favorável à sua
perpetuação. Seu enfrentamento implica recuperar a capacidade do Estado de agir em favor
do interesse público. Mas, os programas de Segurança Alimentar e Nutricional são ações que
vão desde o campo do fomento à produção, até a comercialização, distribuição e consumo de
alimentos saudáveis como forma de garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada e o
combate a todas as formas de má nutrição.

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