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Resumo
O presente subprojeto de iniciação científica tem como objetivo estudar a relação da Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN) com o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), produzindo a Soberania
Alimentar (SA). Interpreta-se a Segurança Alimentar e Nutricional, enquanto política garantidora do Direito
Humano à Alimentação Adequada, construída na Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, que foi
um marco importante na luta contra a fome, impulsionando a partir disso o Brasil, entre outras nações a
aplicarem suas próprias ações políticas, assim como estratégias de produção, distribuição e, consumo dos
alimentos, promovendo a Segurança Alimentar e Nutricional visando saúde para todos, que em tese garante o
acesso à alimentação permanente e adequada, resultando em Soberania Alimentar, outrossim, pretende-se
construir um levantamento cronológico das Políticas públicas de Segurança Alimentar e Nutricional, tomando
como imperativo o reconhecimento da alimentação, enquanto Direito Humano no Pacto Internacional sobre os
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, de 1966, sendo incorporado à legislação nacional em 1992, o período
proposto para o estudo, inicia-se em 1939 até 2022; por fim descrever, bem como mapear as implementações
progressivas e ações conjuntas dos órgãos públicos, que garantem o acesso indiscriminado à alimentação de
qualidade no município de Vitória, Espírito santo, Brasil. Nesse sentido, é preciso entender a relação associativa
dos conceitos propostos, à medida que são elementos fundamentais no enfrentamento à insegurança alimentar,
como também informar e fortalecer, a partir do levantamento criminológico das leis, efetivamente a população
dos mecanismos legais vigentes no âmbito alimentar, da cidade de Vitória-ES, averiguando as ações,
movimentos, desdobramentos e impactos considerando os serviços de alimentação na cidade.
Palavras - Chaves : Segurança Alimentar Nutricional (SAN). Direito Humano à Alimentação Adequada
(DHAA). Soberania Alimentar (SA). Insegurança. Alimentar (IA). Vitória-ES. Alimentação.
1 Introdução
IA Insegurança Alimentar.
Diante da tabela, estabelece-se definições para compreensão das diversas realidades de insegurança, que
entornam a alimentação, no caso brasileiro a concepção consolidada, expressa influência de processos históricos
e sociais mais amplos, que ultrapassam os limites acadêmicos, assim como assumiram uma dinâmica bastante
peculiar no caso brasilleiro (ANJOS, 2010). Ademais, por meio da pesquisa realizada pela Rede Brasileira de
Pesquisa e Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (REDE PENSSAN), realizada em 2020, vale
ressaltar que adotou-se como método as acepções da EBIA, certificou-se que a fome no Brasil tinha voltado
para patamares equivalentes aos do ano de 2004. Nota-se, desmonte de políticas públicas, desemprego, aumento
dos preços dos produtos vendidos e acirramento das desigualdades, entretanto no segundo ano de pandemia da
Covid-19, tornou o quadro desta segunda análise ainda mais perverso, acentuando, que no Brasil a Segurança
Alimentar e Nutricional, caiu em 2022, apenas 4 em cada 10 domicílios conseguem manter acesso pleno à
alimentação – ou seja, estão em condição de segurança alimentar. Os outros 6 lares se dividem numa escala, que
vai dos que permanecem preocupados com a possibilidade de não ter alimentos no futuro até os que já passam
fome. De acordo com o 2º Inquérito, em números absolutos, são 125,2 milhões de brasileiros que passaram por
algum grau de insegurança alimentar. É um aumento de 7,2% desde 2020, e de 60% em comparação com 2018
(REDE PENSSAN, 2022). Dessa forma, é necessário localizar as medidas tomadas pelo governo para combater
a fome na contemporaneidade, diante de um cenário de alta da inflação, sobretudo dos alimentos, da queda de
renda da população entre outras interfaces geográficas no campo da alimentação. Segue índices dos anos de
2021/2022 referentes à insegurança alimentar. (PESSAN, 2022, olhar a fome):
Ainda mais, encarrega-se a pesquisar, em caráter de plano de fundo, a trajetória histórica da segurança
alimentar e nutricional na agenda política nacional, na medida que após o ano de 2003, esta problemática
ganhou uma nova abordagem operacional, por conta do Programa Fome Zero (PFZ), que fortaleceu-se no
decorrer do tempo, mas precisou da colaboração de medidas, bem como ações políticas anteriores para sua
efetivação. Nenhum plano de desenvolvimento é válido, se não conduzir em prazo razoável à melhoria das
condições alimentares do povo, para que livre do peso esmagador da fome, possa este povo produzir em níveis,
que conduzam ao verdadeiro desenvolvimento econômico equilibrado, daí a importância da meta "Alimentos
para o povo”, ou seja, “a libertação da fome”, gerando soberania alimentar (CASTRO, 1946); Com base nesses
indicadores, busca-se compreender, especificamente como a temática da fome introduziu-se no âmbito
legislativo, assim como quais são os programas, bem como estruturas de políticas públicas consolidadas em
curso pelo governo, ao longo do período de 1939 ano marcado pela criação do Serviço Central de Alimentação
(SCA), até 2022, acentuando os principais resultados em termos de luta à fome, similarmente quais as principais
repercussões legais e as interfaces geográficas associadas à essa narrativa. Em suma, os estudos de Josué de
Castro ajudam a entender o cenário do recorte temporal estabelecido na pesquisa, na medida que o autor aponta
os flagelos sociais, que a fome desencadeada em território nacional, mas sempre acentuando a necessidade das
ações afirmativas para reverter o cenário de insegurança alimentar, com definição de políticas públicas
específicas. Porquanto, a luz da literatura referente as questões dos alimentos, estima-se estudar a associação das
concepções de SAN, DHAA e SA, como também sistematizar o percurso histórico das políticas de
enfrentamento à fome, usando como plano de fundo o cenário nacional, para pesquisar as questões estratégicas,
que promovem intervenções, em face às situações de insegurança alimentar na cidade de Vitória, Espírito Santo,
Brasil, pretende-se elucidar os cidadãos sobre às mobilizações ativas direcionadas à produção, distribuição e
consumo dos alimentos, visando assim compreensão dos processos do qual os hábitos alimentares constroem-se,
evoluem e permanecem no território atravessados pelo fenômeno da fome.
2 Objetivos
OBJETIVO GERAL
- Este trabalho tem como objetivo geral analisar as situações de Insegurança Alimentar (IA), no contexto de não
ter acesso pleno e permanente a alimentos, compreendendo a fome representante de sua forma mais grave.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- estudar a associação dos conceitos, no que refere-se à Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), enquanto
dispositivo legal garantidor do vigor referente ao Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) e, gerador
de Soberania Alimentar (SA).
- Elaborar uma aproximação teórica e metodológica entre insegurança alimentar e geografia, bem como tais
relações com os espaços urbanos e rurais.
- Analisar o perfil sociodemográfico da insegurança alimentar entre as famílias da cidade de Vitória, Espírito
Santo, entre o período de 2020 até 2022, partindo dos trabalhos levantados no II Inquérito de Insegurança
Alimentar no contexto de Pandemia da covid 19 (II VISIGAN), bem como os dados oficiais do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), produções acadêmicas e arquivo público.
- Elencar as leis, políticas públicas e ações governamentais promovidas, no período de 1939 até 2022, na cidade
de Vitória, Espírito Santo - Brasil.
3 Metodologia
a) Revisão bibliográfica 1, referente a Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), Insegurança Alimentar (IA)
e Soberania Alimentar (SA) - Levantamento cronológico das Leis de SAN, no período de 1939 até 2022.
b) Coleta de dados no arquivo público municipal referentes às Constituições Municipais da cidade de Vitória
e planos municipais.
c) Sistematização das associações presentes nos conceitos centrais - orientação das mobilizações legais
presentes no município - Relatório Parcial da Pesquisa.
d) catalogação das ações desempenhadas em Vitória, Espírito Santo, Brasil.
Atividade set. out. nov. dez. jan. fev. mar abr. mai jun. jul. ago.
. o
a) Revisão X X X X X
Bibliográfica
b) X X X X
Levantamento
cronológico.
c) X X X
Sistematização.
d) Resultado X X X X
Preliminar da
Pesquisa.
e) X X X
Mapeamento e
catalogação das
ações.
f) Revisão X X x
g) Relatório X X
Final
Referências
BRASIL. Lei no 11.346. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) com
vistas a assegurar o direito humano à alimentação e dá outras providências. Diário Oficial da União 2006;
15 set.
TAKAGI, Maya. A implantação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: seus limites e
desafios. Campinas, SP: UNICAMP, 2006. Tese de Doutorado.
CASTRO, Josué de. A geografia da fome. Rio de Janeiro: Gryphus, 1992. Primeira edição em 1946.
CASTRO, Josué de. Geografia da fome. Rio de Janeiro: Edições Antares, 1984. Primeira edição em 1946.
GIMENES, A.C.W. SCARIM, P.C. GOULART, A.C.O, et al. O alimento como produto de diferentes
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