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Atividade em Grupo
Outro ponto importante está relacionado a gestão de tais políticas, onde atuam
com a centralização de decisões, desconsideram as dimensões territoriais e as
dificuldades de acesso dos povos indígenas em suas dimensões locais. Sendo assim,
Silva (2021) aponta que se foi possível observar que as políticas públicas adotadas
foram marcadas pela lentidão e inefetividade, tendo em vista a atuação padronizada do
governo federal que desconsiderou as condições e especificidades dos 305 povos
indígenas brasileiros neste caso em específico, e que suas medidas empregadas na
situação de pandemia, pecaram pela inobservância das necessidades locais, assim como
das dimensões territoriais, corroborando com a influência das desigualdades étnico-
raciais sobre a fragilidade e negação da pluralidade indígena na administração das suas
ações públicas.
Sob a ótica do direito a vida intrínseco a todo ser humano, a saúde dos indígenas
é uma ponto de atenção que necessita de estratégias específicas em sua função, pois
decorre historicamente que os indígenas sempre foram mais suscetíveis a doenças,
especialmente as crianças. Tendo que lidar diariamente com insegurança alimentar e
falta de acesso à água potável apresentam uma elevada taxa de mortalidade infantil,
marcando a sua existência por uma infância predominada pela desnutrição crônica, que
acomete cerca de 25% das crianças indígenas menores de cinco anos no país.
É a partir desses indicadores que poderão ser propostas medidas e ações mais
adequadas para o enfrentamento de tais demandas. Haja vista esse ponto em específico,
a portaria nº 894 de 2021 do Ministério da Saúde, será possível reforçar o trabalho de
prevenção e combate a obesidade e desnutrição infantil entre as famílias que integram o
Programa bolsa família, especialmente no combate a obesidade e desnutrição em
crianças com menos de sete anos e gestantes, com subsídios repassados aos 15
municípios do estado, recursos que somam o total de $1.089.057,00 para ampliação das
ações de melhoria desses indicadores.
Por fim, embora o Brasil tenha feito progressos significativos em suas políticas
sociais, minimizando os efeitos da pobreza e falta de assistência de saúde para maior
parcela da população, e isso inclui a redução da desnutrição infantil nas últimas
décadas, ainda há muito a ser feito para garantir que todas as crianças tenham acesso à
nutrição adequada. É importante continuar a implementar e fortalecer políticas públicas
relacionadas à desnutrição infantil, bem como investir em pesquisa e monitoramento
para avaliar a eficácia dessas políticas.
REFERÊNCIAS
________________https://enani.nutricao.ufrj.br/wp-
content/uploads/2022/02/Relatorio_Estado_Nutricional5.pdf. Acesso em: Fev, 2023.
_________________https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_alim
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_________________https://www.gov.br/saude/pt-
br/assuntos/noticias/2016/agosto/brasil-alerta-sobreconsequencias-da-ma-nutricao-e-
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__________________https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/unicef-
alerta-sobre-desnutricaocronica-de-criancas-ianomamis. Acesso em: Fev, 2023.
__________________https://docs.bvsalud.org/biblioref/2022/12/1401619/32_sre_depro
s_estrategias_desnutricao _cronica.pdf. Acesso em: Fev, 2023.