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Gabriela Ribeiro, Julia Azevedo, Lana da Hora, Luana Sande, Maria Fernanda Cirne
Salvador, Bahia
2024
No Brasil, durante a década de 80, muitos movimentos sociais negros em busca
de melhores condições de vida começaram a ocorrer. Logo, motivada por tais
movimentos, em busca de uma melhor condição de saúde e de equidade no SUS, a
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) foi instituída em
maio de 2009, pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A PNSIPN foi
criada como uma resposta do Ministério da Saúde às desigualdades no Sistema
Único de Saúde (SUS), com o objetivo principal de garantir a equidade na efetivação
do direito humano à saúde da população negra em seus aspectos de promoção,
prevenção, atenção, tratamento e recuperação de doenças e agravos transmissíveis
e não transmissíveis.
No Brasil de acordo com o IBGE, nos últimos anos foi notório a grande
desigualdade em relação a população (preta ou parda) e além disso o crescimento
da população negra entre 2010 e 2015, houve um aumento na declaração de
pessoas como negras (pretas ou pardas), já entre 2010 e 2015, houve um aumento
na declaração de pessoas como negras (pretas ou pardas), mostrando também a
grande desigualdade social econômica que apesar do aumento relativo da renda
média per capita para a população negra, a desigualdade ainda é expressiva, onde
em 2014, nos 10% mais pobres, 76% eram negros, enquanto apenas 22,8% eram
brancos enquanto no extremo oposto, os 1% com maiores rendimentos em 2014
eram compostos por 17,8% de negros e 79% de brancos. É importante ter em vista
que nos últimos anos as consultas médicas e odontológicas destacam a
necessidade de abordar desigualdades para garantir um acesso equitativo aos
cuidados de saúde no país. Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 no
Brasil revelam disparidades significativas nos cuidados de saúde entre mulheres de
diferentes grupos étnicos e níveis educacionais Apenas 60% das mulheres entre 50
e 69 anos realizaram mamografia nos últimos dois anos, mulheres brancas e com
ensino superior completo apresentaram taxas mais altas, enquanto mulheres pretas,
pardas e com menor escolaridade tiveram taxas mais baixas.