Você está na página 1de 12

INTRODUÇÃO

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) é assunto a ser discutido na saúde


pública, ela encontra-se entre as principais causas de procura por assistência no mundo,
elas afetam ambos os sexos, sendo explicito na mortalidade materna e infantil. E o
presente trabalho da disciplina de SSR-1, tem como objectivo, de apresentar
informações sobre o tema ITS durante A Gravidez. E Neste tema quero colocar o
enfoque numa situação específica sobre os Riscos das ITS para a mulher grávida e
Riscos das ITS para o bebé. E o seu devido tratamento.

Objectivos

 Esclarecer as principais ITS mais comuns durante o período da gravidez,


 Explicar quais são as complicações mais recorrentes materno-infantil, e
 Explicar o tratamento adequado para das ITS durante o período da gravidez

Metodologia
Metodologicamente, a compilação do trabalho recorreu-se a consulta bibliográfica.
Parafraseando a consulta bibliográfica é o método mais exaustivo que consiste na
análise de várias obras e o seu cruzamento de fontes para a concretização do tema em
estudo, Quanto a estrutura o trabalho obedece a seguinte: introdução, desenvolvimento,
conclusão e por fim as referências bibliografia.
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST/ITS)

As infecções sexualmente transmissíveis (IST/ITS) são infecções causadas por vírus,


bactérias ou outros micróbios que se transmitem, principalmente, através das relações
sexuais sem o uso de preservativo com uma pessoa que esteja infectada, e geralmente se
manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Algumas ITS podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher. E isso
requer que, se fizerem sexo sem camisinha, procurem o serviço de saúde para consultas
com um profissional de saúde periodicamente. Essas infecções quando não
diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como
infertilidades, câncer e até a morte.
Como prevenir as ITS
Para prevenir as ITS deve-se envolver toda a comunidade (líderes comunitários,
activistas, professores, praticantes de medicina tradicional, organizações das mulheres e
dos jovens e os religiosos), na divulgação de informação para:
 O retardamento do início da actividade sexual, especialmente nos adolescentes e
jovens.
 A redução do número de parceiros.
 O uso correcto do preservativo.
 Procurar a unidade sanitária quando surgirem sintomas e sinais de ITS e levar o
parceiro a fazer tratamento ou recomendar-lhe que o faça.
Estas informações devem sempre ter em conta a idade, o sexo, as crenças religiosas,
culturais e tradicionais de cada local, o local onde se vai falar sobre o assunto, para não
criar problemas e interpretações erradas das mensagens. Os activistas, ao falarem de ITS
na comunidade e nas escolas, devem:
 Separar as pessoas pela idade e sexo (adolescentes, jovens, adultos, homens, e
mulheres).
 Separar as informações (o que dizer para o adolescente, o jovem e os adultos).
 Respeitar os locais e as crenças de cada local (se a religião não aceita que se fale
de preservativo, falar mais de abstinência e fi delidade).
 Ouvir primeiro a opinião dos mais velhos (líderes comunitários, professores),
para saber como e onde abordar a questão dos preservativos
O tratamento das IST melhora a qualidade de vida do paciente e interrompe a cadeia de
transmissão dessas infecções.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST/ITS) NA GRAVIDEZ


As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), podem ocorrer em qualquer momento
do período gestacional, e devem ser tratadas imediatamente.
O tratamento imediato e adequado das ISTs, durante a gravidez, é fundamental para
prevenir complicações e garantir a saúde da mãe e do feto.
PRINCIPAIS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E QUE
PODEM INTERFERIR NA GRAVIDEZ
SÍFILIS
A sífilis na gravidez pode prejudicar o bebê devido ao risco de transmissão da infecção
para a criança através da placenta, o que pode causar problemas graves à sua saúde
como perda auditiva, deficiência visual, problemas neurológicos e nos ossos.
A identificação da sífilis na gravidez pode ser feita inicialmente através de sintomas
como feridas na região genital ou manchas vermelhas no corpo, no entanto para
confirmar o diagnóstico geralmente são indicados exames no sangue como o VDRL ou
FTA-Abs.
Em caso de suspeita de sífilis na gravidez é importante consultar um obstetra para uma
avaliação e iniciar o tratamento apropriado, que geralmente envolve a injeção de
penicilina. Por meio do tratamento adequado é possível prevenir a transmissão de sífilis
para o bebê.
sífilis presente durante a gestação deve ser tratada logo que identificada, pois existe
risco de a doença atravessar a placenta e passar para o bebê e causar complicações como
aborto, baixo peso ao nascer, surdez e cegueira.
Sintomas de sífilis na gravidez
Os sintomas de sífilis na gravidez são:
 Ferida na região genital, que pode desaparecer em 3 a 6 semanas, mesmo sem
tratamento;
 Manchas vermelhas na pele;
 Perda de cabelo;
 Placas semelhantes a verrugas na região íntima.
Em alguns casos, pode também haver descamação da pele, dor de cabeça, dor muscular,
dor de garganta e mal estar.
Para confirmar o diagnóstico de sífilis na gravidez podem ser indicados exames no
sangue como o VDRL ou FTA-Abs, que podem identificar anticorpos no sangue contra
bactéria que causa a sífilis.
Principais riscos para o bebê
Os principais risco da sífilis para o bebê são:
 Parto prematuro;
 Morte fetal;
 Baixo peso ao nascer;
 Manchas na pele;
 Alterações nos ossos;
 Fissura perto da boca;
 Síndrome nefrótica;
 Edema;
 Convulsões;
 Meningite;
 Deformação do nariz, nos dentes, na mandíbula, céu da boca;
 Surdez;
 Dificuldade de aprendizado.
O tratamento da Sifilis
O tratamento para sífilis na gravidez é indicado pelo obstetra e, normalmente, é feito
com injeções de penicilina em 1 ou 3 doses, dependendo da gravidade e do tempo de
contaminação:
Sífilis primária, secundária ou latente recente (com até um ano de evolução) na
gravidez: 1 dose única de penicilina;
Sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução): 3 doses de penicilina, uma por
semana;
Sífilis latente com duração desconhecida: 3 doses de penicilina, uma por semana;
É importante realizar o tratamento até o final para evitar transmitir a sífilis para o bebê.
Assim, caso o tratamento não seja completo é recomendado consultar um obstetra, que
pode indicar iniciar o tratamento novamente.
Além disso, também é recomendado o tratamento do parceiro e evitar relações
desprotegidas durante o período de tratamento para evitar que a mulher se contamine
novamente e coloque o bebê em risco.
Após o nascimento do bebê é importante consultar um pediatra para uma avaliação e,
caso seja necessário, o tratamento também com penicilina também pode ser indicado
para o bebê
Efeitos colaterais do tratamento na gestante
Com o tratamento com Penicilina, a gestante pode ter alguns efeitos colaterais como
contrações, febre, dor de cabeça, nos músculos ou articulações, calafrios e diarreia,
sendo importante informar o médico caso ocorram.
Para diminuir a febre e as dores de cabeça, a gestante pode colocar uma compressa com
água fria na testa. Em caso de dor muscular e nas articulações, uma opção é tomar um
banho quente ou receber uma massagem relaxante. Além disso, o paracetamol também
pode ajudar a aliviar esses efeitos colaterais, mas deve ser utilizado com cautela.
Em caso de diarreia, uma boa dica é aumentar a ingestão de yakult, pois este iogurte
contém lactobacilos vivos que ajudam a regular o intestino, assim como tomar bastante
água para compensar as perdas de água e hidratar o organismo.
Grávida alérgica a penicilina
O tratamento da sífilis para gestante alérgica à penicilina pode ser feito com outros
antibióticos como a ceftriaxona, por exemplo, no entanto, atualmente não há outros
antibióticos além da penicilina que garantem o tratamento tanto da mãe quanto do bebê.
Por isso, é importante consultar um obstetra em caso de suspeita de alergia à penicilina
para uma avaliação. Algumas vezes o tratamento da alergia pode ser indicado.
Complicações da sífilis na gravidez
As complicações da sífilis na gravidez são mais comuns de ocorrer em grávidas que não
realizam o tratamento corretamente. Neste caso, o risco de transmissão da sífilis para o
bebê através da placenta ou do canal do parto é maior e o bebê pode desenvolver sífilis
congênita.
Outra complicação grave da sífilis para mulher é a neurossífilis em que o cérebro e a
medula são infectados podendo provocar lesões no sistema nervoso como paralisia ou
cegueira

GONORREIA
A gonorreia é uma doença infecciosa causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, que
é transmitida através de relação sexual vaginal, oral ou anal desprotegida, ou seja, sem
preservativo.
Na maioria das vezes a gonorreia é assintomática, no entanto pode também levar ao
aparecimento de alguns sinais e sintomas como corrimento vaginal com mau cheiro e
dor ou ardor para urinar.
A gonorreia durante a gravidez, quando não é identificada e tratada corretamente pode
representar risco para o bebê no momento do parto, isso porque o bebê pode adquirir a
bactéria ao passar pelo canal vaginal infectado, podendo desenvolver lesões no olhos,
cegueira, otite média e infecção generalizada, por exemplo. Por isso, é importante que
caso a mulher tenha sinais e sintomas de gonorreia durante a gravidez, vá ao obstetra
para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento adequado, que normalmente é
feito com antibióticos.
Riscos da gonorreia na gravidez
A gonorreia na gravidez é perigosa para o bebê, especialmente se o nascimento for por
parto normal, pois a criança pode ser contaminada pela bactéria presente na região
genital da mãe infectada, correndo o risco de causar ao bebê conjuntivite neonatal e, por
vezes, cegueira e infecção generalizada, com necessidade de tratamento intensivo.
Durante a gravidez, embora a probabilidade de o bebê ser infectado seja menor, a
gonorreia está associada ao risco aumentado de aborto espontâneo, infecção do líquido
amniótico, nascimento antes do tempo, rompimento prematuro de membranas e morte
do feto. A gonorreia também é uma das maiores causas de inflamação pélvica, que
danifica as trompas de Falópio, levando à gravidez ectópica e à esterilidade.
No pós-parto há um risco acrescido de doença inflamatória pélvica e de disseminação
da infecção com dores nas articulações e lesões na pele. Por isso, é importante que a
mulher fique atenta aos sintomas da gonorreia para que o tratamento possa ser iniciado
rapidamente e o risco de transmitir para o bebê diminuam
O tratamento da gonorreia
O tratamento para gonorreia na gravidez consiste no uso de antibióticos de acordo com
a orientação do ginecologista ou obstetra por um período de tempo que varia de acordo
com o tipo e a gravidade da infecção. Normalmente, a gonorreia, se detectada
precocemente, limita-se à região genital e o tratamento mais eficaz é através do uso de
uma dose única de antibiótico. Algumas opções de tratamento, que devem ser
recomendados pelo médico, para gonorreia são os seguintes antibióticos:
 Penicilina;
 Ofloxacina 400 mg;
 Tianfenicol granulado 2,5 g;
 Ciprofloxacina 500 mg;
 Ceftriaxona 250 mg intramuscular;
 Cefotaxima 1 g;
 Espectinomicina 2 mg.
Diante das complicações que a gonorreia pode causar a mulher e ao bebê, é importante
que o parceiro também seja tratado, deve-se evitar relações sexuais enquanto a doença
não estiver resolvida, manter um único parceiro sexual, usar preservativos e seguir
sempre todas as orientações médicas ao longo da gravidez.

CLAMÍDIA
A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia
trachomatis, podendo acontecer tanto em homens quando em mulheres. Essa infecção
pode ser assintomática ou causar sintomas, como fluxo genital alterado ou ardor ao
urinar por exemplo.
A infecção por clamídia também está relacionada a complicações como parto
prematuro, conjuntivite e pneumonia do recém-nascido, causando dor ao urinar,
corrimento vaginal com pus e dor no baixo ventre.
E que pode ser transmitida durante a relação sexual. A infecção por essa bactéria muitas
vezes não causa nenhum sintoma, sendo importante que a mulher realize exames
ginecológicos de rotina pelo menos 1 vez ao ano, assim como os homens devem ir ao
urologista.
Remédios para clamídia
O tratamento deve ser orientado pelo ginecologista ou urologista, que deve indicar
antibióticos como:
 Azitromicina 1g, em dose única;
 Doxiciclina 100 mg, 2 vezes ao dia durante 7 dias;
 Levofloxacino 500 mg, 1 vez ao dia por 7 dias.
É importante que o antibiótico seja tomado na dose e no tempo indicado pelo médico,
mesmo que os sintomas tenham melhorado. No caso dos sintomas persistirem mesmo
após a conclusão do tratamento, é importante consultar novamente o médico.

Tratamento da clamídia na gravidez


Na gravidez, o antibiótico deve ser indicado pelo obstetra, que deve ou pode indicar o
uso de azitromicina em dose única, ou amoxicilina 3 vezes ao dia por 7 dias.

HERPES
Durante a gravidez, a herpes aumenta os riscos de aborto, microcefalia, retardo do
crescimento do feto e contaminação do bebê pela herpes congênita, especialmente
durante o parto. Nesta doença surgem feridas na região genital que são acompanhadas
de ardência, formigamento, coceira e dor, e podem evoluir para pequenas úlceras.
Risco para o bebê
O risco de contaminação do bebê é maior quando a grávida é infectada pela primeira
vez com o vírus do herpes genital durante a gestação, principalmente no 3ª trimestre,
porque a grávida não tem tempo de produzir anticorpos, sendo menor o risco em casos
de herpes genital recorrente.
Os riscos da transmissão do vírus para o bebê incluem o aborto, ocorrência de
malformações, como problemas de pele, olhos e boca, infecções do sistema nervoso,
como encefalite ou hidrocefalia e hepatite.
O tratamento do Herpes
O tratamento é feito com medicamentos que combatem o vírus e evitam que atinja o
bebê, além de aliviar os sintomas, no entanto a herpes não tem cura definitiva.
O tratamento deve ser indicado pelo ginecologista ou obstetra, que pode recomendar o
uso de remédios antivirais, como o aciclovir.
Porém, antes de administrar este medicamento, devem ser considerados os benefícios do
medicamento devido aos riscos, já que é um remédio contraindicado para grávidas,
principalmente durante o primeiro trimestre de gestação. Na maior parte dos casos, a
dose recomendada é de 200 mg, por via oral, 5 vezes ao dia, até à cura das lesões.
Além disso, é recomendado realizar o parto por cesariana caso a grávida tenha uma
primo-infecção pelo vírus do herpes ou apresente lesões genitais no momento do parto.
O recém-nascido deve ser observado pelo menos durante 14 dias após o parto e, caso
seja diagnosticado com herpes, também deve ser tratado com aciclovir. V

CANCRO MOLE
O cancro mole é caracterizado pelo surgimento de várias feridas dolorosas na região
genital e no ânus, podendo ocorrer também o aparecimento de apenas uma úlcera mais
profunda, sensíveis e com mal cheiro.
Os sintomas do cancro mole surgem cerca de 4 a 10 dias após o contato sexual com
uma pessoa contaminada e podem ser semelhantes aos de outras infecções sexualmente
transmissíveis (ISTs), sendo importante que o ginecologista, urologista ou infectologista
seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento
O tratamento do cancro mole
O tratamento do cancro mole geralmente é feito com o uso de antibióticos, como
azitromicina ou ceftriaxone, que devem ser utilizados conforme a orientação médica
para garantir a eliminação da bactéria.
Também é recomendado manter os cuidados básicos de higiene, lavando a região com
água morna e, se necessário, com um sabão adequado para a região genital, para evitar
que as feridas piorem com outras infecções.
Além disso, geralmente é recomendado que parceiros também sejam tratados, caso
tenham tido contato sexual dentro dos 10 dias anteriores ao início dos sintomas devido
ao risco de desenvolverem cancro mole ou mesmo de causarem uma nova infecção na
pessoa

DONOVANOSE
A donovanose também é conhecida como granuloma venéreo ou granuloma inguinal, e
provoca o aparecimento de úlceras ou nódulos na região genital e anal que normalmente
não causam dor, mas que pioram durante a gravidez.
O que fazer: Na maior parte dos casos, a donovanose não causa prejuízos ao feto, mas
deve ser tratada com antibióticos de acordo com a orientação do médico para não se
disseminar para outras regiões do corpo.

CONDILOMA ACUMINADO (HPV)


Caracterizado por lesões verrugosas, isoladas ou agrupadas, úmidas ou secas e
queratinizadas, geralmente localizadas na vulva, períneo e região perianal. Podem ser
subclínicas e afetar o colo uterino.
Alguns subtipos do HPV são fortemente associados a neoplasia cervical (subtipos 16,
18, 31 e 35).
Tratamento
Na gestação, as lesões condilomatosas poderão atingir grandes proporções, seja pelo
aumento da vascularização, sejam pelas alterações hormonais e imunológicas que
ocorrem nesse período. Como as lesões durante a gestação podem proliferar e tornar-se
friáveis, muitos especialistas indicam a sua remoção nessa fase.
Não está estabelecido o valor preventivo da operação cesariana; portanto, essa não deve
ser realizada baseando-se apenas na prevenção da transmissão do HPV para o recém-
nascido, já que o risco da infecção naso-faríngea do feto é muito baixa.
Apenas em raros casos, quando tamanho e localização das lesões estão causando
obstrução do canal de parto, ou quando parto vaginal possa ocasionar sangramento
excessivo, a operação cesariana deverá ser indicado.
A escolha do tratamento vai se basear no tamanho e no número das lesões:
Nunca usar PODOFILINA, PODOFILOTOXINA ou IMIQUIMOD, durante
qualquer fase da gravidez;
Lesões pequenas, isoladas e externas: eletro ou criocauterização em qualquer fase da
gravidez;
Lesões grandes e externas: ressecção com eletrocautério ou cirurgia de alta frequência,
ou exérese por alça diatérmica, ou LEEP, em qualquer fase da gravidez. Esse
procedimento exige profissional habilitado, visto que pode provocar sangramento
considerável;
Lesões pequenas, colo, vagina e vulva: electro ou crio-cauterização, apenas a partir do
segundo trimestre;
Mulheres com condilomatose durante a gravidez, deverão ser seguidas com citologia
oncológica após o parto.

SÍNDROME DE ÚLCERA GENITAL


Presença de lesão ulcerada em região anogenital, de causa não traumática, única ou
múltipla, podendo ser precedida por lesões vesiculosas.
As causas mais comuns são à exceção da sífilis primária, o cancro mole e o herpes
genital.
Tratamento da gestante:
• Penicilina G benzatina 1.200.000 U, IM, em cada glúteo em dose única (total
2.400.000 U) e eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6h, por dez dias;
• O tratamento das lesões herpéticas, no decorrer da gestação, poderá ser feito, com
alguma vantagem, nos casos de primo-infecção, ou em situações de grande número de
recorrências, especialmente próximo ao parto, com: aciclovir 400 mg, VO, 8/8h, por
sete a dez dias.

SÍNDROME DE CORRIMENTO VAGINAL


Corrimento de coloração branca, acinzentada ou até amarelada, acompanhado de
prurido ou dor durante a relação sexual, pode ocorrer durante a gestação.
As causas mais comuns são a candidíase, a tricomoníase e a vaginose bacteriana. A
candidíase vaginal, porém, não é considerada de transmissão sexual.
Tratamento para corrimento vaginal
Qualquer um dos tratamentos tópicos pode ser usado em gestantes; deve ser dada
preferência a miconazol, terconazol ou clotrimazol, por um período de sete dias.
Não deve ser usado nenhum tratamento sistêmico. Para vaginose e tricomoníase, tratar
somente após completado o primeiro trimestre, com metronidazol 2g, VO, dose única.
Síndrome de corrimento cervical
Presença de corrimento muco-purulento proveniente do orifício externo do colo do
útero, acompanhado ou não por hiperemia, ectopia ou colpite.
As causas mais comuns são infecções por gonococo e clamídia.
Tratamento
O tratamento da gestante deve ser feito com:
Amoxicilina 500mg, VO, de 8/8h, por sete dias; ou
Eritromicina (estearato) 500mg, VO, de 6/6h, por sete dias; ou
Azitromicina 1g, VO, dose única.
Associado a:
Cefixima 400mg, VO, dose única; ou
Ceftriaxona 250mg, IM, dose única; ou
Espectinomicina 2g, IM, dose única.

O SIDA
O SIDA é uma doença sexualmente transmissível que pode ser passada para o bebê
durante a gestação, no momento do parto ou no aleitamento, especialmente se a mãe não
receber o tratamento adequado durante a gravidez.
O que fazer: O diagnóstico da AIDS é feito durante os exames do primeiro pré-natal e,
em casos positivos, o tratamento é feito com medicamentos que diminuem a reprodução
do vírus no organismo, como o AZT.
Conclusão
Com base neste trabalho de pesquisa, foi possível concluír que as gestantes são mais
susceptíveis às infecções do que as mulheres não grávidas, pela diminuição nos
mecanismos de defesa. Os cuidados em relação à contaminação pelas ITS devem ser
redobrados, pois além da sua protecção, a mulher grávida deve proteger também a
criança que está sendo gerada.

E a abordagem etiológica das ITS está reservada aos casos de resistência ao tratamento
sindrómico e os casos complicados devem ser transferidos para os hospitais de
referência.

As ITS durante a gravidez podem ter graves consequências, tanto para a gestação,
quanto para a saúde futura da mãe, nomeadamente: parto prematuro, ruptura prematura
da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), abortos, entre outras.

A gestante pode transmitir para o seu filho (transmissão vertical) várias doenças
adquiridas sexualmente. Essa transmissão pode ocorrer antes, durante ou depois do
nascimento. O vírus HIV e o Treponema (agente etiológico da sífilis) podem infectar o
feto ainda no interior do útero, pois têm capacidade de atravessar a placenta

Outras ITS, como a gonorreia, clamídia e herpes podem ser transmitidas ao bebé
durante o nascimento, na passagem pelo canal do parto. O vírus HIV e a hepatite B pode
ainda ser transmitido ao bebé após o nascimento, através da amamentação. As
consequências para o bebé são variáveis e algumas podem ser graves.

E por fim, a melhor forma de prevenir a transmissão das IST é usar sempre e
corretamente a camisinha em todas as relações sexuais;

· Não compartilhar agulhas e seringas com outras pessoas;

· No caso de necessitar receber uma transfusão de sangue, exija que ele seja testado para
todas as infecções que podem ser transmitidas pelo sangue.
Referências Bibliográficas

 FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia). Manual de


Orientação: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). 2006
 Universidade de Johns Hopkins, Escola de Medicina. Manual de ginecologia e
obstetrícia (The Johns Hopkins Manual of Gynecology and Obstetrics). Lippincott
Williams & Wilkins; 2002.
 Programa nacional de combate às ITS/HIV/SIDA-MISAU, Guia para tratamento e
controle das infecções de transmissão sexual (ITS), volume 2, 2006
 NHS. Overview -Chlamydia. Disponível em:
<https://www.nhs.uk/conditions/chlamydia/complications/>. Acesso em 06 jul 2023
 CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Chlamydial Infections. 2021.
Disponível em: <https://www.cdc.gov/std/treatment-guidelines/chlamydia.htm>.
Acesso em 06 jul 2023
 OYAL COLLEGE OF OBSTETRICIANS AND GYNAECOLOGISTS. Management of Genital
Herpes in Pregnancy. 2014. Disponível em:
<https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/management-genital-
herpes.pdf>. Acesso em 08 nov 2019
 MORONI, Rafael Mendes. Infecção por vírus herpes simples na gestação: aspectos
epidemiológicos, diagnósticos e profiláticos. FEMINA. 39. 7; 345-350, 2011
 MAHON, Connie R.; LEHMAN, Donald C. Textbook of Diagnostic Microbiology. 6 ed. St-
Louis, Missouri: Elsevier, 2019. 369-376.
 Mariana Carvalho Costa. Doenças sexualmente transmissíveis na gestação: uma
síntese de particularidades. An Bras Dermato. Vol 85. 6 ed; 767-785, 2010
 STATPEARLS. Syphilis. 2022. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK534780/>. Acesso em 21 set 202

Você também pode gostar