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SAÚDE

Durante a gravidez, o corpo e o sistema imunológico feminino sofrem diversas transformações. A


produção hormonal é alterada drasticamente, resultando na baixa imunidade e, consequentemente,
facilitando a proliferação de micro-organismos que causam doenças comuns nesse período.

De acordo com o ginecologista Renato de Oliveira, o acompanhamento pré-natal é importante


para garantir a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebê. Já que existem doenças que podem
atingir o feto. “Geralmente 10 a 15% das futuras mães apresentam alguma complicação durante a
gravidez. Portanto, é imprescindível realizar o pré-natal, pois algumas alterações podem resultar
em morte materna, fetal ou neonatal até problemas de desenvolvimento do recém-nascido”, alerta.

Um bom pré-natal ajuda na gravidez


A realização do pré-natal é fundamental para prevenir doenças na gravidez. O acompanhamento
médico ajuda a detectar precocemente patologias tanto maternas como fetais, permitindo o
desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.

Entre as vantagens do pré-natal na gravidez estão:

* Identificar doenças que evoluem de forma “silenciosa”, como hipertensão arterial, diabetes,
doenças do coração, anemias, sífilis, etc.

* Detecta problemas fetais, como más formações. Em alguns casos é possível realizar o
tratamento intraútero.

* Avalia aspectos relativos à placenta, como posição adequada, presença de hemorragias e outros
problemas.
* Identifica precocemente a pré-eclâmpsia que é uma das principais causas de mortalidade de
gestantes no Brasil.

Doenças comuns merecem atenção


A gravidez é um momento muito especial na vida da mãe e do bebê. É uma época repleta de
dúvidas, ansiedades e novas sensações. Evitar doenças é fundamental para a mãe curtir todas as
fases de desenvolvimento do bebê de forma tranquila. Confira cinco doenças comuns na gravidez
que merecem atenção especial:

Infecção urinária
Causada por bactéria, gera desconforto, dor e ardência ao urinar. Essa infecção não causa
alterações letais, mas caso não seja curada de fato pode afetar o crescimento do feto e até levar ao
parto prematuro.

Anemia
A condição, causada pela deficiência de ferro, pode afetar o crescimento do bebê. Isso porque
durante a gravidez a mãe precisa fornecer cerca de 27 mg de ferro para alimentar a produção de
hemoglobina para ela e o feto. “Para prevenir o problema, a futura mamãe deve seguir uma
alimentação balanceada e, se preciso, o médico poderá prescrever suplementos”, alerta o
especialista.

Pré-eclâmpsia
É uma afecção que pode provocar inchaço, perturbações hepáticas e aumentar a pressão arterial.
“O problema, que está entre os mais graves desse período, pode resultar no envelhecimento da
placenta e o parto prematuro. Além de surgir no terceiro trimestre, é mais comum na primeira
gravidez.

Diabetes gestacional
Caracterizada pelo aumento do nível de glicose no sangue durante a gravidez, geralmente
desaparece depois do parto. “A condição pode prejudicar o bebê, o que levaria a um parto cesárea,
além da possibilidade de alterar o peso da criança e aumentar em duas vezes o risco de pré-
eclâmpsia”, comenta Renato.

Vaginose bacteriana
Infecção caracterizada pela alteração na flora vaginal que aumenta a proliferação de bactérias
causando corrimento com forte odor. Pode causar ruptura da bolsa e o parto prematuro.

Algumas doenças podem causar problemas ao bebê e aumentar o risco de parto prematuro, por
isso manter as consultas de pré-natal em dia é fundamental para ter uma gravidez tranquila e
saudável.
A gravidez é um momento no qual o corpo da mulher sofre diversas transformações. A
produção hormonal é alterada drasticamente, o corpo começa a se transformar com o
crescimento do bebê e tantas alterações podem afetar o sistema imunológico da mulher,
deixando-a mais suscetível a “doenças oportunistas”, que aproveitam esse momento de maior
sensibilidade.

Muitas mulheres ficam extremamente preocupadas só de pensar em terem algum problema de


saúde durante a sua gestação. Pensando nisso, preparamos um guia especial das enfermidades
mais comuns entre as grávidas para ajudar a conhecer, entender e tratar as doenças que
podem atingir seu corpo durante a gestação.

O período da gestação em que as infecções ocorrem faz toda diferença: quanto antes, pior.
No terceiro trimestre, o bebê já está formado e é menos vulnerável, embora também possa
sofrer sequelas. Mas nem sempre a criança é infectada quando a mãe adoece. Felizmente,
caso haja o contágio, hoje é possível tratar ou controlar a maioria dessas infecções. Entre as
mais frequentes estão a urinária, a candidíase e a vaginose. Porém, todas merecem atenção.
Veja a seguir quais são, saiba como evitá-las e conheça os tratamentos disponíveis.
1. INFECÇÃO URINÁRIA

Desconforto, dor e ardência ao fazer xixi: se você é mulher e nunca teve, a chance de que isso
aconteça em algum momento é grande. Metade das mulheres contrai a doença pelo menos
uma vez na vida e, se você for gestante, está no grupo de maior risco. Entre as infecções
causadas por bactérias, as de urina são as mais comuns, segundo a literatura médica.
“Alterações funcionais e anatômicas dos rins e das vias urinárias durante a gravidez facilitam
infecções, assim como o histórico prévio e diabetes”, explica Reynaldo Augusto Machado
Junior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Apesar de não causar
alterações fetais, se a infecção não for devidamente curada restringe o crescimento do bebê e
leva até ao parto prematuro. Em casos muito graves que não são tratados, pode haver morte
de mãe e filho. Em algumas situações, a doença deve passar despercebida: a chamada
bacteriúria assintomática não apresenta sintomas e, justamente por isso, é maior o risco de
evoluir para quadros graves. O problema é detectado com exame de urina, que deve ser feito
pelo menos duas vezes no pré-natal. Para tratar, são usados antibióticos.

2. DOENÇA PERIODONTAL

A periodontite é uma infecção causada pelo crescimento de placa bacteriana por baixo da
gengiva, o que origina uma inflamação da membrana que envolve o dente. A gengiva fica
inchada, avermelhada, sangra, apresenta mau cheiro e, em situações mais críticas, a pessoa
pode perder os dentes. Ao observar os sintomas, a mulher deve procurar logo a ajuda de um
periodontista. É que, se não for tratada, pode desencadear outras infecções por todo o
organismo, além de acelerar o trabalho de parto. Entre as suas causas estão o aumento de
hormônios durante a gravidez, a tendência individual a esse tipo de problema e a falta de
cuidados higiênicos. Um estudo realizado pela Unicamp com 334 gestantes de baixa renda
revelou que 47% delas tinham a infecção. O alto índice foi atribuído ao estado precário da
higiene oral da população pesquisada. Para manter a saúde bucal, a mulher deve visitar o
dentista a cada seis meses e pelo menos uma vez durante a gravidez.
+ Cuidados com os dentes na gravidez: 5 dúvidas comuns
3. VAGINOSE BACTERIANA

Trata-se de um distúrbio que afeta a flora vaginal: ele diminui os lactobacilos que protegem a
região e eleva a quantidade de bactérias, como a Gardnerella vaginalis. O resultado é
um corrimento de cheiro forte. Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz revelou
que 30% das gestantes estudadas apresentavam vaginose. “Essa infecção está associada com
a ruptura da bolsa e o trabalho de parto prematuro”, diz o ginecologista Gutemberg Leão
Filho. A doença é diagnosticada por meio de análise do material coletado da vagina. O
tratamento acontece por via oral ou vaginal – por não ser uma doença sexualmente
transmissível, não é necessário tratar o parceiro. Não há como prevenir, porque ela aparece na
gravidez devido, principalmente, à baixa imunidade. Acredita-se que o estresse também
contribua para o surgimento do quadro.
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SAÚDE
12 doenças perigosas para a gravidez
Seu corpo dá sinais quando algo está errado. Durante a gestação, fique atenta aos
sintomas das infecções mais comuns para proteger você e seu filho
9 min de leitura

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• Cida de Oliveira e Maria Clara Vieira
02 Fev 2016 - 15h13 Atualizado em 07 Out 2021 - 21h02

Um mal-estar aqui, febre ali, dor acolá. Não importa se os sinais são brandos: eles podem
indicar a presença de fungos, bactérias, vírus ou protozoários que prejudicam tanto a mãe
como o bebê durante a gravidez. Todo cuidado é pouco! O corpo e o sistema imunológico
feminino sofrem alterações que facilitam a proliferação dos micro-organismos causadores de
doenças, inclusive aqueles capazes de atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento do
bebê. É por esse motivo que, após a primeira consulta do pré-natal, a mulher sai com uma
lista enorme de exames para fazer: desde sorologia para HIV, toxoplasmose e rubéola até
coleta de urina para detectar infecções no trato urinário.
Infecção urinária, candidíase e vaginose são as doenças mais frequentes na gravidez (Foto:
Thinkstock)
Salvar

O período da gestação em que as infecções ocorrem faz toda diferença: quanto antes, pior.
No terceiro trimestre, o bebê já está formado e é menos vulnerável, embora também possa
sofrer sequelas. Mas nem sempre a criança é infectada quando a mãe adoece. Felizmente,
caso haja o contágio, hoje é possível tratar ou controlar a maioria dessas infecções. Entre as
mais frequentes estão a urinária, a candidíase e a vaginose. Porém, todas merecem atenção.
Veja a seguir quais são, saiba como evitá-las e conheça os tratamentos disponíveis.
1. INFECÇÃO URINÁRIA

Desconforto, dor e ardência ao fazer xixi: se você é mulher e nunca teve, a chance de que isso
aconteça em algum momento é grande. Metade das mulheres contrai a doença pelo menos
uma vez na vida e, se você for gestante, está no grupo de maior risco. Entre as infecções
causadas por bactérias, as de urina são as mais comuns, segundo a literatura médica.
“Alterações funcionais e anatômicas dos rins e das vias urinárias durante a gravidez facilitam
infecções, assim como o histórico prévio e diabetes”, explica Reynaldo Augusto Machado
Junior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Apesar de não causar
alterações fetais, se a infecção não for devidamente curada restringe o crescimento do bebê e
leva até ao parto prematuro. Em casos muito graves que não são tratados, pode haver morte
de mãe e filho. Em algumas situações, a doença deve passar despercebida: a chamada
bacteriúria assintomática não apresenta sintomas e, justamente por isso, é maior o risco de
evoluir para quadros graves. O problema é detectado com exame de urina, que deve ser feito
pelo menos duas vezes no pré-natal. Para tratar, são usados antibióticos.
SAIBA MAIS

Infecção urinária na gravidez


Infecção urinária em crianças
2. DOENÇA PERIODONTAL

A periodontite é uma infecção causada pelo crescimento de placa bacteriana por baixo da
gengiva, o que origina uma inflamação da membrana que envolve o dente. A gengiva fica
inchada, avermelhada, sangra, apresenta mau cheiro e, em situações mais críticas, a pessoa
pode perder os dentes. Ao observar os sintomas, a mulher deve procurar logo a ajuda de um
periodontista. É que, se não for tratada, pode desencadear outras infecções por todo o
organismo, além de acelerar o trabalho de parto. Entre as suas causas estão o aumento de
hormônios durante a gravidez, a tendência individual a esse tipo de problema e a falta de
cuidados higiênicos. Um estudo realizado pela Unicamp com 334 gestantes de baixa renda
revelou que 47% delas tinham a infecção. O alto índice foi atribuído ao estado precário da
higiene oral da população pesquisada. Para manter a saúde bucal, a mulher deve visitar o
dentista a cada seis meses e pelo menos uma vez durante a gravidez.
+ Cuidados com os dentes na gravidez: 5 dúvidas comuns
3. VAGINOSE BACTERIANA

Trata-se de um distúrbio que afeta a flora vaginal: ele diminui os lactobacilos que protegem a
região e eleva a quantidade de bactérias, como a Gardnerella vaginalis. O resultado é
um corrimento de cheiro forte. Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz revelou
que 30% das gestantes estudadas apresentavam vaginose. “Essa infecção está associada com
a ruptura da bolsa e o trabalho de parto prematuro”, diz o ginecologista Gutemberg Leão
Filho. A doença é diagnosticada por meio de análise do material coletado da vagina. O
tratamento acontece por via oral ou vaginal – por não ser uma doença sexualmente
transmissível, não é necessário tratar o parceiro. Não há como prevenir, porque ela aparece na
gravidez devido, principalmente, à baixa imunidade. Acredita-se que o estresse também
contribua para o surgimento do quadro.
4. RUBÉOLA

Na mulher, a doença é simples de tratar com analgésicos e antitérmicos – os sintomas são


parecidos com os da gripe. O grande perigo é o vírus invadir a placenta e infectar o bebê,
porque pode provocar anomalias graves, surdez e problemas na visão. No caso de infecção
durante a gravidez, o acompanhamento médico é imprescindível. Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP), quando a mãe tem rubéola, o risco de contaminar o bebê chega
a 80% nos primeiros três meses de gravidez. O Togavírus, que causa a doença, altera a
reprodução de todas as células. Pode ser letal nas primeiras semanas ou desencadear prejuízos
que só serão percebidos mais tarde, muito depois do nascimento. A contaminação se dá por
via respiratória, por meio de gotículas expelidas no ar. Os médicos recomendam que, antes
de engravidar, a mulher faça a sorologia para saber se está imune. Se não estiver, deve
tomar a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), disponível na
rede pública de saúde, três meses antes de engravidar. Estudos recentes mostram que o
imunizante, feito com o vírus atenuado, não compromete a formação do bebê. Mas a maioria
dos médicos ainda não indica tomar durante a gravidez – para evitar inseguranças maternas e,
como as evidências científicas não dão 100% de certeza, descartar a possibilidade de que ela
seja a causa de algum problema no feto.
Roséola: tudo sobre a doença
5. TOXOPLASMOSE

Disparada por um protozoário, a infecção se manifesta com sintomas diversos, desde os que
se confundem com os da gripe até vômitos e gânglios pelo corpo. Uma das formas mais
comuns de transmissão é pelas fezes dos gatos, ainda que eles não aparentem estar doentes.
Por isso, os médicos recomendam que as gestantes evitem fazer a limpeza da caixinha ou
entrem em contato com gatos desconhecidos. Além disso, deve-se evitar a ingestão de carne
crua ou malpassada e lavar muito bem frutas, legumes e verduras. O risco de transmissão
para o recém-nascido é de até 2,5%. Quando a infecção acontece no primeiro trimestre,15%
dos casos terminam em aborto ou sequelas graves. Se ocorrer no segundo, 25% dos bebês
podem manifestar problemas sérios, como os oculares.
+ Toxoplasmose na gravidez: tire suas dúvidas
6. CITOMEGALOVÍRUS

Esse micro-organismo da família dos vírus da catapora e do herpes é transmitido por


transfusão de sangue, via respiratória (como a gripe) ou da mãe para o bebê. Ele afeta entre
0,4% e 6,8% dos recém-nascidos no Brasil. Durante a gestação, pode ser combatido com
antivirais que diminuem, porém não zeram, o risco de complicações para o feto. Como o
vírus ataca os tecidos cerebrais, causa malformações no sistema nervoso central. Também
é capaz de provocar surdez, dificuldades de aprendizado e, se for grave, pode matar.
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12 doenças perigosas para a gravidez
Seu corpo dá sinais quando algo está errado. Durante a gestação, fique atenta aos
sintomas das infecções mais comuns para proteger você e seu filho
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• Cida de Oliveira e Maria Clara Vieira


02 Fev 2016 - 15h13 Atualizado em 07 Out 2021 - 21h02

Um mal-estar aqui, febre ali, dor acolá. Não importa se os sinais são brandos: eles podem
indicar a presença de fungos, bactérias, vírus ou protozoários que prejudicam tanto a mãe
como o bebê durante a gravidez. Todo cuidado é pouco! O corpo e o sistema imunológico
feminino sofrem alterações que facilitam a proliferação dos micro-organismos causadores de
doenças, inclusive aqueles capazes de atravessar a placenta e afetar o desenvolvimento do
bebê. É por esse motivo que, após a primeira consulta do pré-natal, a mulher sai com uma
lista enorme de exames para fazer: desde sorologia para HIV, toxoplasmose e rubéola até
coleta de urina para detectar infecções no trato urinário.

Infecção urinária, candidíase e vaginose são as doenças mais frequentes na gravidez (Foto:
Thinkstock)
Salvar

O período da gestação em que as infecções ocorrem faz toda diferença: quanto antes, pior.
No terceiro trimestre, o bebê já está formado e é menos vulnerável, embora também possa
sofrer sequelas. Mas nem sempre a criança é infectada quando a mãe adoece. Felizmente,
caso haja o contágio, hoje é possível tratar ou controlar a maioria dessas infecções. Entre as
mais frequentes estão a urinária, a candidíase e a vaginose. Porém, todas merecem atenção.
Veja a seguir quais são, saiba como evitá-las e conheça os tratamentos disponíveis.
1. INFECÇÃO URINÁRIA

Desconforto, dor e ardência ao fazer xixi: se você é mulher e nunca teve, a chance de que isso
aconteça em algum momento é grande. Metade das mulheres contrai a doença pelo menos
uma vez na vida e, se você for gestante, está no grupo de maior risco. Entre as infecções
causadas por bactérias, as de urina são as mais comuns, segundo a literatura médica.
“Alterações funcionais e anatômicas dos rins e das vias urinárias durante a gravidez facilitam
infecções, assim como o histórico prévio e diabetes”, explica Reynaldo Augusto Machado
Junior, ginecologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Apesar de não causar
alterações fetais, se a infecção não for devidamente curada restringe o crescimento do bebê e
leva até ao parto prematuro. Em casos muito graves que não são tratados, pode haver morte
de mãe e filho. Em algumas situações, a doença deve passar despercebida: a chamada
bacteriúria assintomática não apresenta sintomas e, justamente por isso, é maior o risco de
evoluir para quadros graves. O problema é detectado com exame de urina, que deve ser feito
pelo menos duas vezes no pré-natal. Para tratar, são usados antibióticos.
SAIBA MAIS

Infecção urinária na gravidez


Infecção urinária em crianças
2. DOENÇA PERIODONTAL

A periodontite é uma infecção causada pelo crescimento de placa bacteriana por baixo da
gengiva, o que origina uma inflamação da membrana que envolve o dente. A gengiva fica
inchada, avermelhada, sangra, apresenta mau cheiro e, em situações mais críticas, a pessoa
pode perder os dentes. Ao observar os sintomas, a mulher deve procurar logo a ajuda de um
periodontista. É que, se não for tratada, pode desencadear outras infecções por todo o
organismo, além de acelerar o trabalho de parto. Entre as suas causas estão o aumento de
hormônios durante a gravidez, a tendência individual a esse tipo de problema e a falta de
cuidados higiênicos. Um estudo realizado pela Unicamp com 334 gestantes de baixa renda
revelou que 47% delas tinham a infecção. O alto índice foi atribuído ao estado precário da
higiene oral da população pesquisada. Para manter a saúde bucal, a mulher deve visitar o
dentista a cada seis meses e pelo menos uma vez durante a gravidez.
+ Cuidados com os dentes na gravidez: 5 dúvidas comuns
3. VAGINOSE BACTERIANA

Trata-se de um distúrbio que afeta a flora vaginal: ele diminui os lactobacilos que protegem a
região e eleva a quantidade de bactérias, como a Gardnerella vaginalis. O resultado é
um corrimento de cheiro forte. Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz revelou
que 30% das gestantes estudadas apresentavam vaginose. “Essa infecção está associada com
a ruptura da bolsa e o trabalho de parto prematuro”, diz o ginecologista Gutemberg Leão
Filho. A doença é diagnosticada por meio de análise do material coletado da vagina. O
tratamento acontece por via oral ou vaginal – por não ser uma doença sexualmente
transmissível, não é necessário tratar o parceiro. Não há como prevenir, porque ela aparece na
gravidez devido, principalmente, à baixa imunidade. Acredita-se que o estresse também
contribua para o surgimento do quadro.
4. RUBÉOLA

Na mulher, a doença é simples de tratar com analgésicos e antitérmicos – os sintomas são


parecidos com os da gripe. O grande perigo é o vírus invadir a placenta e infectar o bebê,
porque pode provocar anomalias graves, surdez e problemas na visão. No caso de infecção
durante a gravidez, o acompanhamento médico é imprescindível. Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP), quando a mãe tem rubéola, o risco de contaminar o bebê chega
a 80% nos primeiros três meses de gravidez. O Togavírus, que causa a doença, altera a
reprodução de todas as células. Pode ser letal nas primeiras semanas ou desencadear prejuízos
que só serão percebidos mais tarde, muito depois do nascimento. A contaminação se dá por
via respiratória, por meio de gotículas expelidas no ar. Os médicos recomendam que, antes
de engravidar, a mulher faça a sorologia para saber se está imune. Se não estiver, deve
tomar a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola), disponível na
rede pública de saúde, três meses antes de engravidar. Estudos recentes mostram que o
imunizante, feito com o vírus atenuado, não compromete a formação do bebê. Mas a maioria
dos médicos ainda não indica tomar durante a gravidez – para evitar inseguranças maternas e,
como as evidências científicas não dão 100% de certeza, descartar a possibilidade de que ela
seja a causa de algum problema no feto.
+ Rubéola: tudo o que você precisa saber sobre a doença que está erradicada, mas corre o
risco de retornar
+ Roséola: tudo sobre a doença
5. TOXOPLASMOSE

Disparada por um protozoário, a infecção se manifesta com sintomas diversos, desde os que
se confundem com os da gripe até vômitos e gânglios pelo corpo. Uma das formas mais
comuns de transmissão é pelas fezes dos gatos, ainda que eles não aparentem estar doentes.
Por isso, os médicos recomendam que as gestantes evitem fazer a limpeza da caixinha ou
entrem em contato com gatos desconhecidos. Além disso, deve-se evitar a ingestão de carne
crua ou malpassada e lavar muito bem frutas, legumes e verduras. O risco de transmissão
para o recém-nascido é de até 2,5%. Quando a infecção acontece no primeiro trimestre,15%
dos casos terminam em aborto ou sequelas graves. Se ocorrer no segundo, 25% dos bebês
podem manifestar problemas sérios, como os oculares.
+ Toxoplasmose na gravidez: tire suas dúvidas
6. CITOMEGALOVÍRUS

Esse micro-organismo da família dos vírus da catapora e do herpes é transmitido por


transfusão de sangue, via respiratória (como a gripe) ou da mãe para o bebê. Ele afeta entre
0,4% e 6,8% dos recém-nascidos no Brasil. Durante a gestação, pode ser combatido com
antivirais que diminuem, porém não zeram, o risco de complicações para o feto. Como o
vírus ataca os tecidos cerebrais, causa malformações no sistema nervoso central. Também
é capaz de provocar surdez, dificuldades de aprendizado e, se for grave, pode matar.
7. HEPATITE B

O vírus por trás da doença, o VHB, está associado à cirrose hepática e ao câncer no fígado.
Para se prevenir, basta estar em dia com a vacina – são três doses e ela pode ser tomada
durante a gravidez. A transmissão ocorre pelo contato com sangue infectado, por relações
sexuais e durante o parto, da mãe para o filho. É possível ter parto normal. Logo em
seguida, no entanto, o bebê deve tomar um banho, para reduzir a exposição ao sangue
materno, e receber a vacina contra a doença. A Organização Mundial de Saúde não
contraindica a amamentação caso a mãe esteja infectada.
+ Hepatite na gravidez: tudo o que você precisa saber
+ Hepatite em crianças: dá para prevenir?
8. AIDS

Segundo dados de 2020 do Ministério da Saúde, no Brasil, 920 mil pessoas vivem com o
vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Sintomas como febre,
manchas e dores pelo corpo às vezes surgem poucas semanas após a contaminação. “O parto
vaginal pode ser feito se a quantidade de vírus no organismo – a carga viral – for menor do
que mil cópias por mililitro. Do contrário, a mulher deve ser submetida à cesariana antes que
entre em trabalho de parto, para não infectar o bebê”, indica Philippe Godefroy, coordenador
do serviço de Tocoginecologia do Hospital Estadual dos Lagos (RJ). Ao nascer, a criança é
banhada imediatamente, para reduzir o contato com o sangue materno, e logo recebe a
primeira dose do AZT xarope, droga antirretroviral. O bebê não pode ser amamentado no
peito, porque o HIV está presente no leite.
9. CANDIDÍASE

Coceira na vagina, ardor, corrimento esbranquiçado e dor durante as relações sexuais podem
ser indícios da doença, que é engatilhada por fungos. O problema aqui é o desconforto que a
mulher sente, já que a infecção não acarreta males ao feto propriamente. A candidíase é
detectada por meio de exame clínico ginecológico e está associada à baixa imunológica pela
qual toda gestante passa. A mulher deve se submeter a tratamento por via vaginal, com
pomadas antifúngicas receitadas pelo especialista. Um levantamento da Universidade de
Buenos Aires concluiu que, de 493 gestantes pesquisadas, 28% apresentavam a infecção pelo
fungo Candida albicans, que vive no nosso trato intestinal.
+ Sapinho em bebês: entenda o que é, como evitar e conheça o tratamento
10. SÍFILIS

A doença se manifesta com manchas no corpo, lesões, verrugas e úlceras na vagina. Caso o
micro-organismo passe pela placenta nos três primeiros meses de gestação, pode provocar
aborto. “O risco de morte fetal cai a partir da metade da gravidez, mas permanece a chance de
haver trabalho de parto prematuro”, aponta Philippe Godefroy. A infecção acontece por
transfusão sanguínea ou relação sem o uso de preservativo. A cura, tanto da gestante como do
bebê que nasce, se dá pelo uso de antibiótico por via endovenosa.
11. HERPES GENITAL E CATAPORA

O tipo 2 do vírus da família do herpes é o que causa lesões genitais. Ele é transmitido por
atrito com a ferida. Se a infecção acontece durante a gravidez, é preciso cuidado, pois o
primeiro contato com o vírus costuma ser o mais grave. Com o bebê, a preocupação é na hora
do nascimento: se a mulher teve lesões nos 30 dias que antecedem o parto, é recomendável
fazer cesárea para não expor a criança ao vírus. O tipo 3 (varicela-zóster), da catapora,
contamina por via respiratória. Quem nunca teve a doença nem foi imunizada deve se vacinar
antes de engravidar. Caso seja infectada, o tratamento apenas alivia os sintomas. Se o vírus
passar para o feto, pode haver sequelas na pele e no cérebro e até risco de aborto.
12. ZIKA

Febre baixa, dores leves nas articulações, coceira, manchas vermelhas pelo corpo.
Aparentemente, a doença causada pelo vírus Zika, que é tranmsitido pela picada do
mosquito Aedes aegypti, parece mais inofensiva que a dengue, já que seus sintomas são mais
brandos. No entanto, no caso das gestantes, a doença pode ter efeitos graves sobre o feto.
Ainda não se sabe ao certo de que forma o vírus Zika, que consegue atravessar barreira
placentária, é capaz de afetar o desenvolvimento neurológico do bebê. O fato é que, ao que
tudo indica, ele pode causar microcefalia, uma má-formação que está associada com retardo
mental em 90 % dos casos, e outras síndromes como a de Guillain-Barré. Ainda não se sabe a
prevalência dessas síndromes nas gestantes que contraíram a Zika e nem existe por enquanto
uma vacina capaz de prevenir a doença. A recomendação, portanto, é evitar ao máximo o
contato com o mosquito, com a utilização de roupas de tecidos claros que cubram braços,
pernas e pés e uso de repelentes próprios para gestantes nas áreas expostas.

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