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Nesta sexta-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher, celebramos um histórico de lutas e

conquistas das mulheres, especialmente em relação à igualdade de gênero e ampliação de


direitos. O Sistema Único de Saúde (SUS) estabelece uma série de direitos relacionados à
saúde da mulher entre eles estão o acesso aos exames de mamografia, papanicolau,
planejamento familiar e à atenção humanizada durante o parto.

O SUS possui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher desde 2004, que foi
construída em parceria com movimentos de mulheres de diversos setores da sociedade. Essa
Política incorporou o ideário feminista de que a saúde da mulher não está ligada apenas às
questões reprodutiva e sexual, mas também a aspectos socioculturais, considerando o
machismo enraizado em nossa cultura e a diversidade das regiões do país, que apresentam

Nos últimos anos, o INCA tem trabalhado com a população feminina a importância de “estar
alerta” a qualquer alteração suspeita nas mamas (estratégia de conscientização), assim como
tem desenvolvido ações com gestores e profissionais de saúde sobre a importância do rápido
encaminhamento para a investigação diagnóstica de casos suspeitos e início do tratamento
adequado, quando confirmado o diagnóstico.

Além de estarem atentas ao próprio corpo, mulheres de 50 a 69 anos devem fazer mamografia
de rastreamento a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes de a
pessoa ter sintomas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina
adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de
mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da
mortalidade neste grupo.diferentes níveis de desenvolvimento e de organização dos seus
sistemas locais de saúde

. Toda mulher tem direito ao planejamento familiar, tendo acesso a informações sobre
métodos e técnicas para prevenção da gravidez. O SUS oferece contraceptivos como DIU,
anticoncepcionais e camisinha feminina. Já no caso das gestantes, a realização do pré-natal,
incluindo acompanhamento durante toda a gravidez e puerpério, também é uma garantia do
SUS. Durante a gestação devem ser realizados exames, consultas e orientações na Unidade
Básica de Saúde e, em casos de gravidez de risco, em maternidades ou centros de referência. O
acompanhamento é importante para detectar doenças que possam afetar o desenvolvimento
do bebê, a saúde da mulher e também para orientar a mãe sobre o aleitamento materno,
vacinas e cuidados com a criança

O acesso aos serviços de saúde é garantido pelo SUS à todas as mulheres, independente da
orientação sexual ou identidade de gênero. Por meio da Política Nacional de Saúde Integral de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, o SUS iniciou um caminho para a
construção de mais equidade, com respeito à diversidade, garantia do acesso universal à saúde
publica e repudiando praticas de descriminação e preconceito nas Unidades de Saude

O atendimento especializado e integral para mulheres vítimas de violência doméstica e sexual


no Sistema Único de Saúde (SUS) é garantido por lei. A Constituição estabelece, entre outros
direitos, acompanhamento psicológico e cirurgias plásticas reparadoras.

Câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil,
depois do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama responde, atualmente, por cerca
de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. O câncer de mama também acomete
homens, porém é raro, representando menos de 1% do total de casos da doença.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce
progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua
incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários
tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos
tem bom prognóstico

A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de


fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem
modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no
estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis.

Os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de


mama são: excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas.

Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até
28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a
obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar
o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama.
A amamentação também é considerada um fator protetor.

Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos
de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de
radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.

O que é câncer do colo do útero?

É um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo
da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na
maioria das vezes e, se não tratadas, podem, após muitos anos, se transformar em câncer.
As lesões precursoras ou o câncer em estágio inicial não apresentam sinais ou sintomas, mas
conforme a doença avança podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor, nem
sempre nessa ordem. Nesses casos, a orientação é sempre procurar um posto de saúde para
tirar as dúvidas, investigar os sinais ou sintomas e iniciar um tratamento, se for o caso.

Um cisto ovariano é o acúmulo de líquido dentro do órgão. A maioria dos cistos ovarianos
ocorre como parte do processo de ovulação, os chamados cistos funcionais. Esses cistos
geralmente desaparecem em alguns meses sem qualquer tratamento. Caso uma mulher
apresente um cisto, o médico solicitará um retorno após seu próximo ciclo menstrual para
acompanhamento.

Um cisto no ovário pode ser mais preocupante quando a mulher não ovula mais, por exemplo,
após a menopausa ou em uma menina que ainda não teve a menarca. Nestes casos, serão
solicitados exames, principalmente se o cisto for grande e não desaparecer em poucos meses.
Embora a maioria dos cistos seja benigna, uma pequena porcentagem pode ser maligna. Às
vezes, a única maneira de saber com certeza se o cisto é maligno é removê-lo cirurgicamente.
Os cistos benignos podem ser acompanhados por exames de imagem ou removidos
cirurgicamente.

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